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História My Best Mistake. - Instinto Ariano.


Escrita por: sct_svy

Notas do Autor


Só pra deixar claro, amo arianos.

Capítulo 3 - Instinto Ariano.


 

- Isa? - Disse ao largar Gabi.

- Olha, a gringa lembra de mim. - Brinquei abraçando. Ela estava quase da minha altura, na minha lembrança era baixinha e gordinha, agora exibia um corpo sob medida, que era o sonho de qualquer menina ter, cabelos castanhos escorridos e olhos castanhos. E cheirosa. Foco, Isa. 

- Que exagero, todos aqui parecem iguais a quando eu viajei. 

- Você não. Acho que está fingindo ser a Laura e a baixinha gordinha vai sair do carro a qualquer momento. - Todos riram. 

- Quer que eu te leve, Isa? - Gabi. 

- Mas já? Eu cheguei agora. Por favor, não me deixem no tédio. A mãe vai fazer janta e convidar os tios e família. - Reclamou. 

- Podemos fazer algo. - Falei. - Cerveja? - Ofereci. 

- Ela não vai beber. - Gabi. 

- Obrigado, mas eu posso responder por mim, Gabi. Quero. - Pegou, bebeu e ele fechou a cara. Ela entrou para tomar banho e nos deixou ali. Gabi me emprestou um casaco, eu realmente estava com frio.

- Pelo visto você não controla mais a sua irmãzinha. - Ri dele. 

- Cala boca, não oferece mais nada pra ela. 

- Qual é Gabi, a Lau cresceu, aceita que dói menos. 

Logo as pessoas começaram a chegar e a casa ficar cheia, estavam os avós, as tias, vizinhas, parecia festa de aniversário, ficamos nós três e mais alguns primos deles.

Em seguida todos entraram para fazer algo e eu fiquei por ali, era bom que podia fumar sem incomodar. Afinal, as pessoas que não fumam não eram obrigadas a aguentar o cheiro. Ninguém estranhou minha presença, eu estava sempre ali mesmo, então era normal, quando o Gabi não estava na minha casa, eu estava na dele. Estava fumando na beira da piscina até que Laura chegou.

- Então, não tem nada de bom pra fazer nessa cidade? - Reclamou pedindo cerveja, entreguei. 

- Hoje é difícil, tem uns bares, uns garotos idiotas, umas cervejas. Nada demais, acho que não foi uma boa troca. 

- Ah, eu já tinha cansado de todo aquele povo estranho inglês. Me dá um cigarro? 

- Você fuma? 

- Estou pedindo pra jogar fora. - Ironizou. 

- Coooooice. – Rimos. – O Gabi vai me matar se eu te der um cigarro. 

- Af, eu digo que é meu. – ela ia me entregar a cerveja e não deixou eu pegar. – a cerveja por um cigarro. – Entreguei um pra ela e o isqueiro. 

- Mas eu não tenho nada com isso. 

- O nosso segredinho. 

- Citando O Rei Leão enquanto fuma, contraditório. 

- Sou criança quando me convém. 

- Esperta. 

E claro que Gabi apareceu e viu ela fumando. Se ela estivesse inventando a cura pro câncer ninguém iria aparecer para ver, mas como era algo ruim, obvio que o universo iria me ajudar a tomar no cu. Parecia não acreditar no que estava vendo, sendo condenada em 3, 2, 1...

- Você deu cigarro pra ela? - Perguntou pra mim. 

- Não, o cigarro é meu. - Lau se meteu. - E se ela tivesse dado? 

- Você não tem que fumar isso. 

- Fumo porque quero, Gabriel. Deixa de ser chato. - Reclamou.

- Vou falar isso pros nossos pais. 

- A vontade, eles já sabem e outra, sou maior de idade. - isso sim foi um tapa na cara dele, apenas entrou, fui atrás dele. 

- Gabi, eu não podia mandar ela largar, não fumar, apagar o cigarro. 

- Não to culpando você, achei que tivesse dado pra ela. Mas deixa ela, está achando que é a adulta.

- Deixa ela Gabi, sério. Vai só se incomodar. - Abracei ele. - Deu, se acalma aí. 

- Obrigado, você sempre consegue me acalmar. - Alerta papo xarope. Me afastei. 

- Nada. Vamos voltar. 

Voltamos, logo em seguida todos foram embora e voltamos a ficar só nós três, os dois nem se olhavam, piores que crianças. Laura que amava destacar que era maior de idade, parecia ter cinco anos e Gabriel seis. E eu no meio daquela linha de fogo. Estava no celular conversando com Julia que havia me chamado conforme o prometido. 

- A Julia está dizendo que tem uma festa sábado, vamos? - Falei. 

- Não estou muito afim.

- Mas eu não quero ir sozinha, eu sempre vou nos lugares com você.

- Mas eu não estou afim de ir na festa com a Julia. 

- Sério, Gabriel, você está acabando com a minha paciência com esse seu instinto Ariano. 

- Isso não tem nada a ver com signo.

- Vamos na festa. 

- Se quiser companhia eu vou com você - Laura, ih, fudeu. 

- Não vai mesmo. - Gabriel. 

- Porque não? - Eu.

- Porque eu não quero que ela vá e fique com meus amigos. 

- Você está insuportável hoje. 

- Obrigado. - Levantou e saiu. 

- Que garoto impossível. - Comentei. 

- Conselho para uma pessoa de Aries, no momento de ser: não seja. – Tive que rir do comentário da Laura.

- Ou seja menos, bem menos. 

- O que está rolando? 

- De uns tempos pra cá ele entrou numas ideias erradas que é apaixonado por mim, mas obvio que nunca tivemos nada, mas ele não entende, parece que quanto mais eu digo não, mais ele quer. Aí eu fiquei com a Julia. E agora ele está surtado. 

- Huuummm, você ficou com a Julia? Você não quer ele porque é lesbica? – Tentando entender.

- Eu não quero ele porque somos amigos e porque eu não curto ficar com garotos. 

- Entendi. Eu vou na festa com você, vamos de táxi. Aí você vê a sua garota e eu conheço gente nova. 

- Mas vamos tentar convencer ele a ir também, ele sempre acaba indo. 

- Certo. E você vai ficar aqui hoje? 

- Daqui a pouco ele volta. Ele deveria estar meio bêbado. 

- Se quiser eu levo você. 

- Sem carteira? Vai dar problema. Ah não ser que faça questão que eu vá embora. 

- Claro que não. Por mim você fica. 

- Por mim também. 

- Mas me conta dessa Julia, é bonita? 

- É sim. Eu fiquei com ela hoje, mais cedo, não conhecia ela. 

- E porque você não gosta de garotos? 

- Sei lá, você gosta de tudo que todo mundo gosta ou tem suas preferências? - Ela sorriu, como ela está linda, devo estar muito bêbada. 

- Está certo. Cada um com as suas peculiaridades. 

- E você não deixou nenhum coração partido pra trás? 

- Não, tive meus rolos, mas era um internato de meninas, então acho que teria me dado melhor se pensasse como você. 

- E você nunca pensou na possibilidade? 

- Nunca. Não teria problema se tivesse interesse em alguma, mas não foi o caso, a inglesas não são muito interessantes.

- E as brasileiras?

- Olha, faz tanto tempo que não venho pra cá que preciso de um tempo pra responder essa pergunta.

Amanhecemos conversando na beira na piscina e bebendo, fumamos todo cigarro. Eu já não aguentava mais de sono e ela estava na cara que também estava se rendendo. 

- Você veio da Europa e não se entregou ainda. Estou morta. 

- Como você é fraquinha, quer dormir? Pode dormir lá comigo. 

- Aí o Gabi me mata mesmo, sério, não quero mais confusão.

- Mas nós somos amigas também. 

- Eu sei, mas ainda acho que depois de ontem é melhor não. Vou ligar pra minha mãe e peço pra ela me buscar. - Liguei.

- O Gabriel não era tão chato. 

- Ele só quer cuidar de você. - Respondi. 

- Não preciso disso. Ele pode cuidar de mim numa boa, sem brigar. 

- Precisa sim, você que não sabe, mas precisa.

- Vai cuidar de mim também? 

- Mas sem brigas. 

- Jura? - esticou o dedo minguinho. 

- Juro. - Entrelacei o meu no dela e abracei. 

- Senti sua falta. - Disse ela.

- E eu a sua. 




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