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História My Best Mistake. - Verdades


Escrita por: sct_svy

Capítulo 7 - Verdades


 

Ficamos ali conversando, Gabi me mandou mensagens no whats, mas resolvi não responder. Já era 16:57 quando ele resolveu aparecer, é claro que ele ia fazer isso, eu deveria ter respondido as mensagens. 

 

- Oi Lari. - beijo na Lari.

- Boa tarde, meu bem. - Beijo na traidora, no caso eu. - Vim te buscar pra ir lá em casa. 

- A Laura está em casa? É que faz tempo que não fazemos nada só nós. – pior desculpa da vida.

- Nada a ver, Isa, já aceitei o fato que ela faz parte do pessoal agora. Relaxa. Vamos lá fazer um churrasco e tomar banho de piscina, cerveja. Vamos Lari? A Bianca, o André e o Jonatan vão estar lá.  

- Vamos - Respondeu, filha da mãe. 

- Então sou voto vencido. Posso chamar a Ju? - Lari me fuzilou com o olhar. 

- Pode. - Disse meio contra gosto. 

 

Passamos em casa, na casa da Lari e fomos em direção a onde tinha dito pra Julia me esperar, chegamos na casa do Gabi, os pais dele não estavam, foram passar o fim de semana fora, os meninos e a Bianca já estavam lá. Cheguei e fui logo pegando uma cerveja pra mim e uma pra Julia, sentei com ela na beira da piscina, acendi um cigarro e ela não protestou. Eu também não perguntei. 

 

- Se importa? - Resolvi perguntar, estava meio pra baixo, mas não queria que ela pensasse que era com ela. 

- Não fumo, mas não me importo. 

- Eu não recomendo, fumar mata. 

- Então porque você fuma? 

- Tem tanta coisa que mata mais e todo mundo faz, é uma hipocrisia. 

- Concordo. 

- Você está linda, sabia? - Ela sorriu, estava sendo sincera. Estava tentando me concentrar em algo, a Laura não tinha aparecido ainda.

- Você é linda, demais. - Sorri e beijei ela, eu esperei um beijo diferente, mas o beijo dela era muito bom, mas não o suficiente, não encaixava tanto com o meu. - E o seu beijo é muito bom. 

- O seu também. Quando você volta pra sua cidade?

- Daqui a duas semanas. 

- Já? 

- Sim. Mas eu posso vim te visitar.

- Nova Hartz é um pouco longe né. 

- Bem longe, mas você tem uma cama quentinha pra quando quiser visitar a serra. 

- E uma ruiva gata para me esquentar? 

- Sempre. - Sorri e beijei ela novamente. 

- LAURA, VEM PRA CA? - Bianca. Gelei. Olhei pra trás e ela estava atrás de mim, ouviu tudo. Merda.

- Oi Lau. - Falei sem graça. 

- Oi. - Foi pra lá. Que droga isso. Deixa pra lá. Não vou insistir em nada. 

- Às vezes me dá impressão que os dois são afins de você - Comentou Julia. 

- Capaz, é só o jeito deles. O Gabi é garoto né, é amigo, mas se ela quiser ele pega. - Rimos. - Mas eu não quero. 

- E se ela quiser? Você pega? – Sagaz e esperta essa menina.

- Somos amigas a anos, nada a ver. 

 

Todos bebendo, eu continuei mais afastada do pessoal com a Ju, até que fomos pra mais perto, Lari ficou conversando com ela e eu observando tudo, pensando, vez ou outra olhava pra Laura, dava vontade de puxar ela pra um lugar onde estivéssemos sozinhas e beijar ela de novo. Esquecer de tudo, mas eu não podia. Jonatan pulou na piscina primeiro, em seguida Bianca e chamaram Laura que foi, podia jurar que o Jonatan estava dando em cima dela, mas deve ser impressão. Os dois conversavam muito, ela estava rindo, feliz, nem lembrava da minha existência. E quando eu menos esperei ele beijou ela e ela correspondeu. Gabi não gostou muito, mas não falou nada, apenas ignorou, hoje que ele podia surtar ele não surta, cadê o Ariano que existe dentro de você, Gabriel? 

 

Ela sorria pra ele, que raiva, que raiva. Levantei pra ir ao banheiro, estava anojada daqueles dois, logo que entrei ouvi alguém vir atrás, ela não seria louca de vir atrás de mim. Me virei e vi Lari vindo. 

 

- Isa, você está dando muito na cara, daqui a pouco todo mundo vai perceber. 

- Que merda, porque ela tinha que fazer isso? 

- Você trouxe a Julia.

- Que merda. Eu não sei o que fazer.

- Volta pra lá e disfarça esse ciumes. 

- Ciumes é o seu cu. 

 

Voltei e a Ju veio falar comigo. 

 

- Isa, eu vou embora, tudo bem? 

- Fica mais. 

- Já está tarde, meu tio mandou mensagem que está vindo me buscar. 

- Tudo bem. 

 

Acompanhei ela até à frente, ficamos nos despedindo até o tio dela chegar, quando chegou acenei pra ele e voltei pra piscina, Gabi estava limpando as coisas, tinha feito churrasco, então teve a brilhante ideia.

- Vamos jogar eu nunca? Para relembrar os velhos tempos.

- Isso nunca dá certo. - Falei.

-  Eu topo. - Laura.

Ergui as sobrancelhas. 

- Então vamos. 

Todos sentaram em roda, Gustavo começou.

- Vamos começar bem leve só para deixar tudo mais interessante. Eu nunca beijei um homem. 

- Nossa, que filha da puta. - Falei. Bebemos eu, Lari, Bianca, Laura e pra nossa surpresa André. 

- Cada um com suas experiências. - Rimos.  - Eu nunca transei com duas pessoas ao mesmo tempo.

Beberam Gabi, Gustavo e Bianca. 

- Eu nunca peguei a Bianca. - Lari, pegou pesado. 

Só não beberam Lari e Laura.

- Masturbação vale? - Bianca. Rimos. 

- Não. - Ela bebeu também, rindo.

- Eu nunca beijei o Gabriel. - Laura, obvio.

Lari e Bianca beberam, quando eu bebi tomei um olhar daqueles que matam da Laura e a roda toda percebeu. 

- Eu nunca quis pegar a Lari. - Falei. 

Só eu e a Laura não bebemos e por obvio a Lari. 

- Eu nunca ficaria com a Isa. 

Quando Gustavo bebeu Gabi levantou. 

- Por isso que não dá para confiar nos amigos né. – Falou alto. Todos olhamos pra ele.

- Que isso Gabi? - Falei. 

- Que ele está aqui, pegando minha irmã e dizendo que queria te pegar, Isa.

- Eu não disse que queria pegar ela, mano. Disse que ficaria com ela, em uma outra situação. Você é doente, sério. Pra mim deu, estou indo embora. 

 

 

André e Bianca foram com ele, moravam pro mesmo lado, eu e Lari íamos voltar mais tarde. Gabriel entrou batendo porta e Lari entrou atrás dele. Eu não sabia mais o que fazer com ele, se fosse meu namorado não causava tanta confusão, no fim eu ia ter que acabar me afastando dele. A situação estava insustentável.

 

Laura pegou o ultimo copo de dose e bebeu, me encarando. Sentou na beira da piscina, com os pés pra dentro, ficou em silencio por um tempo e eu também não sabia o que dizer. Sentei do lado dela e acendi um cigarro, haja nicotina para controlar essa loucura.

 

- Me dá um cigarro? – Pediu. Alcancei o cigarro e o isqueiro pra ela. – Senta aqui. – Bateu do lado dela e eu cheguei mais perto, ficamos em silencio. Encostei a cabeça no ombro dela. – Porque você trouxe ela?

- Porque você ficou com ele? – Retruquei.

- Porque eu queria fazer ciúmes em você. – Sorri.

- E acha isso bonito?

- Quando dá certo acho. – Sorriu.

- E quem disse que não deu certo?

- Pelo menos dessa vez eu não fui a única que ficou com restos. – não me olhou ao dizer isso, foi quase um soco no estomago ouvir isso.

- Do que você está falando? Você acha que eu trouxe ela aqui para ficar com ela e depois com você pelas costas do seu irmão? Que tipo de pessoa você acha que eu sou Laura?

- O tipo de pessoa que transa com uma garota e depois fica com outra. O tipo de pessoa que eu não poderia me apaixonar.

- Quem disse que eu transei com ela?

- É meio obvio né?! Mas o problema não é esse, você tem liberdade pra transar com quem quiser e beijar quem quiser depois, ninguém tem nada com isso, o problema é o que você fez comigo. Porque você fez isso? Você fez tudo errado. Me beijou, depois sequer me ligou para perguntar se eu estava bem e o que eu estava sentindo, você não teve coragem de olhar pra minha cara depois do que aconteceu. Você é uma covarde, Isa, trouxe a Julia pra cá para se esconder atrás dela e não ter que admitir olhando na minha cara que a gente estragou tudo. Sinceramente, eu estou cansada de pessoas covardes na minha volta e eu me recuso a ficar esperando que você tome uma atitude pra gente acertar as coisas. – Pulou de volta pra dentro da piscina.

 

Eu estava estática, não conseguia falar nada, não pensei que ia ouvir tudo isso dela e pior, ela estava certa, ela tinha dito tudo que eu sabia que era verdade, mas fugia. Levantei tirei a blusa e o short e pulei na piscina em direção a ela, eu precisava tomar uma atitude. Ela deu uns passos pra trás até que não conseguiu mais recuar, ficou encostada na borda da piscina. Me aproximei mais, coloquei uma mão em cada lado pra que ela não tivesse saída, cheguei perto do ouvido dela, pra que se alguém chegasse não pudesse ouvir.

 

- Presta bem atenção. – falei baixo e senti ela estremecer. – Você está certa, em cada palavra, eu estraguei tudo, eu sou uma covarde e não consigo admitir olhando pra sua cara. Eu trouxe ela porque eu tenho medo, medo de sentir o que eu já estou sentindo e sei que não posso, sei que eu magoaria o Gabi, que eu perderia pra sempre a amizade dele e que ele nunca iria te perdoar, mas eu não consigo evitar de querer você e se eu por um segundo desse ouvido pro que eu quero eu te beijaria agora e só iria parar quando você fosse minha e de mais ninguém. – nossas respirações já estavam descompassadas, dava para sentir no ar a tensão e a vontade que estávamos de jogar tudo pro espaço.

 

Senti uma lagrima tocar meu rosto, aquilo acabou comigo. Dei um beijo onde tinha caído a lagrima e outro na testa dela. Fazia carinho com a posta dos dedos no rosto dela. Eu queria tanto dizer pra ela que ia ficar tudo bem, mas nem eu acredito que vá ficar. A única coisa que eu queria era poder esquecer o mundo com ela agora. Coloquei minha testa na dela, fechei os olhos, sentia sua respiração no meu rosto.

 

- Eu preciso que você saiba que eu não quero e não vou ficar longe de você. – Falei.

- Não fica.

Quando ela terminou de falar ela me beijou e como é que eu vou negar? Não tinha forças para dizer que não, eu queria mais que tudo aquele beijo. Encaixava perfeitamente no meu, o toque, o ritmo, o corpo dela colado no meu, sem nenhum espaço, éramos como peças de um quebra cabeça, como se fizéssemos parte de algo maior que funcionava perfeitamente quando estávamos juntas. Quando ela foi terminando o beijo, mordi de leve seu lábio e beijei de novo, eu precisava aproveitar esse momento, não sabia se seria o último, apertei o corpo dela no meu, podia sentir até seu coração batendo. Eu só sabia que passaria o resto da vida beijando essa boca. Nos separamos quando ouvimos a porta abrir, mas naquele momento já era, quem entrou viu o que estava acontecendo.



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