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História My Black Pearl - Triste Lembrança - Despedida


Escrita por: iKaye

Notas do Autor


YEYYY
Demorei pra caralhoooos
Vou contar o que houve... foi bem simples, ME ESQUECI DE POSTA O CAPITULO.
Achei que eu já tinha postado e tal, dai fui assistir doramas e depois fiquei interdita com EXO Next Door (pior que já revi um monte de vez)... entrei aqui na inocência e paaaaah cadê o capitulo 18??
Me desculpem sério... sou muito cabeça de vento.
*a autora parecia um rio de lagrimas escrevendo esse capitulo por ter alguns fatos reais da vida dela*
Bora pro que interessa, no notas finais falamos direitinho
Espero que gostem e Boa leitura!

Capítulo 18 - Triste Lembrança - Despedida


Fanfic / Fanfiction My Black Pearl - Triste Lembrança - Despedida

POV's Mimi

Treze anos atrás.

Olhei pro lado de fora da janela do meu quarto e pude ver a casa do meu vizinho, sob o tempo nublado e uma fina garoa. O clima em Bucheon só era um reflexo de como meu dia estava indo, de mal á pior.

— Não irá levar ela Christina! — meu Appa gritava com minha Omma no outro cômodo, fazia três messes que a relação deles não era das melhores. — A vida da Park Min está aqui, não tem o direito de tirar isso.

— Anyo, Anyo, — repita Omma batendo as coisas no seu quarto — PARK JOON ELA É MINHA FILHA E VAI COMIGO PRO BRASIL SIM!

Não queria ir com minha Omma, mas ela não estava me dando escolhas e isso tudo era porque meu Appa não gostava de dar satisfação do seu emprego e acabava chegando tarde da noite, por consequência chegou à conclusão de que ele a traia.

— Do mesmo jeito que ela é sua filha é minha também — afirmava tentando convence-la — deixa de drama Christina, já disse que não tem ninguém. Vocês duas são as únicas na minha vida...

Me escondi entre o espaço da cama e o guarda-roupas assustada com os passos que vinham na direção no meu quarto, não demorou muito pra que a porta se abrisse.

— Suas coisas já estão prontas Park Min? — fui questionada e não respondi. — Sai dai de trás e vá arrumar suas coisas agora! — exclamava autoritária, com meu Appa atrás dela.

Meus olhos encheram de lagrimas por não ter coragem de afronta-la. Quando percebeu que eu não sairia de lá, abriu as portas do guarda-roupa com tudo pegando algumas peças e jogando na mala apressada.

— Mimi — meu Appa chamava-me docemente diferente de poucos instantes atrás. Levantei o olhar e reparei minha Omma descontrolada atrás dele. — Vá pra casa dos Byun enquanto resolvo isso com sua Omma tá bom? — assenti querendo acreditar nele — Então vá logo brincar com o Baekhyun e não se preocupe.

Levantei-me limpando minhas lagrimas e passei por eles o mais rápido que consegui, desci as escadas correndo e fui pra casa deles, agradecida pelo meu Appa ter me deixado sair dali.

[...]

Bati tantas vezes na porta dos Byun que vi minhas mãos ficarem vermelhas.

— Aish, calma — pediu o Baek do outro lado da porta.

Assim que ela se abriu, o avistei. Ele já um pouco mais alto que eu, deixava nossa diferença de altura clara.

— O que houve Mimi? — questionou-me, depois de ver meus olhos vermelhos.

O abracei pegando desprevenido, entretanto não me importava com nada só não queria ir.

— Brigando, Appa e Omma e ir pra América com ela — o apertava — não quero ir oppa, não quero ir...

Minhas palavras saiam mais confusas do que imaginei e o senti passar suas mãos em meus cabelos tentando me reconfortar.

— Fique calma Mimi — pediu — está frio aqui fora, vamos subir pro meu quarto e você me explica direito isso — murmurou nos afastando e puxando-me pela mão até as escadas — Omma faz um chá pra Mimi.

Pensar em ficar longe te tudo aquilo me corroía por dentro e mais uma vez voltei a choramingar seguindo ele.

Baekhyun me colocou sentada em sua cama e ficou andando de um lado pro outro até que sua mãe levar o chá pra mim tomar. Como se aquilo de alguma forma fosse me acalmar mesmo.

Depois de explicar o que havia acontecido pra ambos e ouvir as explicações do senhora Byun, não resisti muito já que não me entenderia. Ela saiu depois que o Baek pediu para que ficássemos sozinhos.

Ele que até então ficou em pé se sentou ao meu lado, deixando o silencio tomar conta do local.

— Também não quero que você vá. — afirmava — quem me trará sorte nas minhas apresentações? — se referia as minhas dancinhas do Fighting que fazia antes de cada uma.

Olhei pra ele percebendo que também me olhava, podia ver pelo seu olhar que assim como eu estava triste com tudo aquilo, sempre fomos muito próximos desde pequenos e nunca ficamos muito tempo afastados, nem por causa das brigadas bobas de criança.

— V-vou s-sempre t-ta com você — choraminguei fitando suas orbes negras.

Ele pegou uma das minhas mãos, não sei dizer qual era a mais gelada as minhas ou as dele. Porém mesmo assim me sentia tão calma na sua presença que era capaz de me esquecer de tudo.

— M-mimi e-eu — gaguejou, desviando nosso olhar — fiz uma musica pra você, mas não ta cem por cento pronta, achei que  essa seria uma boa hora — parou pra pensar — ah, é melhor deixar pra lá...
Em seguida Baekhyun ficou vermelho, um pimentão perdia pra ele facilmente. Dei um sorriso tímido não é sempre que vejo esse seu lado envergonhado.

— Quero ouvi-la — o interrompi — vai cantar né Baek Oppa?

Ele arregalou os olhos surpresos se levantando pra pegar o violão ao lado da porta, e voltou se sentando.

— Não ta pronta e estou em duvida no ritmo, mas quero ouvir o que acha ta? — indagou hesitante.

— Ne! — assenti.

E mais de uma vez suspirou fundo pra começou a tocar uma melodia lenta. A forma que ele toca o violão olhando pra mim faz meu coração dar saltinhos.

— Ela é minha Black Peaaarl — iniciou, e foi minha vez de ficar vermelha.

Ela é minha black Pearl

Não preciso de um mapa

Meu coração me leva até você

Mesmo que o caminho seja perigoso

Não serei capaz de para

Nunca me esquecerei de você

Nem por uma hora sequer

Se eu apenas for capaz de vê-la ao fim do horizonte...

Eu levanto a vela do barco

Percorrerei pelo vento

Até o final oh!

 

Acalmando a água voraz sob mim

A flor que é capaz de florescer na escuridão

A lua que surge acima do oceano

Até em meu esconderijo,

 

Minha bela Black Pearl

Você existe de verdade?

Você parece tão surreal

Ou só estou imaginando demais?

 

Minha Deusa,

parece que você vive como uma lenda

Lutarei contra o tempo em sua busca

Nunca acreditarei nestas coisas "eternas"

Até que eu possa alcançar meu desejo profundo, você...

Até mesmo nos momentos arriscados de tormentas marítimas

Não vire o barco, não pare a jornada

 

Como eu poderia fugir assim

Se nem comecei ainda?

Encararei as armadilhas do oceano que escondem-na

Acalmando a agua voraz sob mim

 

Ela é minha Black Pearl

O sol no céu com seus cinco oceanos abaixo oh

Na direção da minha amada brilhante

Mesmo na nevoa e nas ondas altas

Você brilha levemente, minha bela Black Pearl

No silencio profundo da triste melodia

Posso escuta-la levemente,

Minha bela black pearl

Não sabia se ria ou se chorava, nem fazia ideia que ele faria uma musica pra mim. Como sei que é pra mim? Vive me chamando de minha Black Pearl pra lá e pra cá.

Isso definitivamente foi à coisa mais bonita que alguém já fez por mim.

— E ai? Ta chorando? Não gostou? Acho que preciso mudar o ritmo e algumas estrofes né?— perguntava colocando o violão atrás da gente na cama.

Comecei a bater palmas depois de voltar um pouco em mim e ele sorriu de canto envergonhado.

— Ficou linda oppa. — fui sincera — não tenho palavras pra descrever.

— É pra v-você — murmurou abaixando a cabeça — que bom que gostou.

Nossos momentos juntos vieram todos como flashback na minha mente e voltei a chorar.

— Até uma simples palavra sua me agrada Baek — afirmei convicta fazendo nossos olhares se encontrarem mais uma vez — Komawo, mesmo que fiquemos longe nunca irei me esquecer da gente Baek, nu-nunca...

Ele segurou minhas mãos novamente, me pegando de surpresa.

— O que essa letra quer dizer é que mesmo que você saia do meu campo de visão Mimi e vá pra muito, muito longe — dizia olhando pro teto pra não chorar, chegava a ser fofo vê-lo tentar reprimir as lagrimas — vou sempre estar procurando-a e não irei esquecê-la, você é muito preciosa pra mim Mimi, como uma perola negra... E definitivamente irei encontra-la onde quer que esteja.

Em um impulso súbito, levei minhas duas mãos encaixando perfeitamente em seu rosto. Tentava conter o choro querendo acreditar no meu Appa, mas já sentia que aquilo seria um adeus ou até logo.

— P-promete Baek? — minha voz saiu tremula.

Ele colocou suas mãos sobre as minhas e senti o calor no seu olhar, tudo nele me transmitia esse calor.

— Prometo mimi! — exclamou abaixando minhas mãos e a segurando sob seu colo — Sabe por que eu prometo? — foi aproximando mais seu rosto do meu. Desviva seu olhar dos meus olhos pra minha boca diversas vezes nos milésimos de segundo que nos separava. Eu permanecia sem reação esperando qual seria sua atitude, estávamos tão próximos que já sentia sua respiração na minha face— Porque eu te amo minha black pearl.

Antes que pudesse pensar em algo o Baek selou nossos lábios eles eram tão macios, quentes e doces que só posso compara-lo com algodão doce. Não tive reação nem pra fechar os olhos, era um beijo inocente, mas que transmitia muita coisa.

Aqueles seis segundos pareciam uma eternidade de êxtase...

E como tudo que é bom dura pouco, não foi diferente quando encerrou se afastando.

Continuei imóvel, vendo até suas orelhas ficarem vermelhas, provavelmente a ficha dele havia caído e a minha não. Sempre senti que o que sentia pelo Baek era algo mais do que somente amigos e percebi isso depois desse beijo.

Tinha muitas coisas pra dizer e perguntar pra ele, porém nada saiu.

— Miane, miane, miane mimi — se curvava diversas vezes depois de soltar minhas mãos, se afastando— Sinto muito mesmo, não sei o que...

Fui com uma das mãos em sua direção, mas de repente o mundo que parecia ser só da gente se desfez e ouvir o barulho da porta do seu quarto abri com tudo.

— Vamos Park Min. — minha Omma vinha em minha direção. — diga Adeus pro Baek.

Olhamos pra ela chocados, achei que meu Appa falaria mais tempo com ela. Engoli seco e olhei pro Baek, que permanecia paralisado.

— Noona— pedia desesperado — deixa a Mimi ficar.

Minha Omma olhou pra ele, e tentou esboçar um sorriso.

— Me desculpa querido, mas temos que ir agora ou perderemos nosso voo. — senti minha mãe segurar meu pulso com força. — Se despeça logo.

— E-eu não quero ir — murmurei. — Eu não quero ir Omma! — me coloquei de pé encarando-a como nunca fiz.

— Não irão se despedir? — questionou-me e neguei — Ok,— em seguida saiu me puxando pelo quarto sem nem mesmo me deixar dizer algo — Você não tem querer Park Min é minha filha! E irá onde eu for!

Olhei pra trás descendo as escadas e vi o Baek alguns passos atrás, não deu pra ver direito já que virou a cabeça,  porém parecia que seus olhos estavam cheios de lagrimas.

E mais uma vez voltei a chorar feito uma condenada, chegamos na porta da sua casa. Reparei no taxi parado, meu pai na porta provavelmente esperando pra se despedir. Sentia raiva da minha mãe por tá fazendo aquilo comigo, por não me dar escolha, a amava mais que tudo, mas isso não é algo que se faça, minha vida estava ali e não no Brasil.

— Omma! — segurei seu braço e ambas paramos. Se virou pra mim e percebi que ela também sofria, demonstrando isso nas lagrimas que escorriam — E-eu não quero ir Omma.

— Eu sei minha querida, eu sei — afirmava — mas não posso deixa-la aqui é melhor assim, espero que me perdoe um dia.       

Voltamos a andar nós aproximando do meu Appa, ele era uma homem bom e um ótimo pai, até hoje não entendo direito do porque daquele desespero todo.

— Ligue pro Appa sempre — me abraçou depois que minha Omma entrou no taxi — durma cedo, escove os dentes, estude direitinho... — suspirou, nunca o vi tão vulnerável — não coma muitas besteiras. Sua Omma deve te dizer isso, né. — tentou se manter forte —Minha querida, nunca se esquece que seu Appa está aqui e te ama muito, muito mesmo. Agora sua mãe está de cabeça quente, mas vocês não ficarão muito lá te garanto.

Ele se afastou de mim dando um beijo no topo da minha testa, olhando pra algo atrás de mim.

— Ok Appa — assenti sentindo o gosto salgado das lagrimas que escorriam.

— Se despediu do Baekhyun? — perguntou.

Neguei, e ele me virou na direção da casa dos Byun e pude ver ele lá na porta abraçando sua mãe na cintura, com a expressão triste.

Queria sair correndo e ir abraça-lo, dizer que eu também o amava e que não precisava ter se desculpado do "beijo". Que adorei a sua musica...

Era tanta coisa que queria dizer e que não pude.

— Tch-tcchau Baek — foi a única coisa que consegui sussurrar olhando em sua direção dando tchau e ele fez o mesmo relutante.

Nem pude me despedir direito por ser puxada pra dentro do táxi.

Sentia vários tipos de dor ao mesmo tempo. De coração partido. De tristeza. De alegria pela musica e o beijo que ganhei. De decepção por minha Omma não me deixar ficar e por deixar meu Appa.

Mas nenhuma delas doía tanto quanto a do fato de ficar longe do Baekhyun.

Por isso eu pensei que nunca seria capaz de perdoar minha Omma, por mais que eu tivesse nove anos e não soubesse nada da vida. Não desejaria aquela dor pra ninguém, ninguém mesmo.

E esse dia entrou pra lista de um dos três dias mais triste da minha vida, por motivos óbvios.

[..]

Infelizmente depois, nunca mais vi o Byun BaekHyun. Sua família se mudou pra Seul pra ele estudar musica, na sequencia se tornou treinee da SM e logo em seguida debutou no EXO se tornando um k-Idol.

Minha família continua morando no mesmo lugar de sempre e ele nunca nem na porta de casa foi.

Tudo aconteceu tão estupidamente rápido, que a única coisa que me faz acreditar que aquilo tudo não foi um sonho é a musica Black Pearl do EXO, o ritmo mudou e algumas estrofes também. Mas a base é a mesma, me fazendo acreditar que bem no fundinho do coração do Baekhyun tem um pequeno espaço do meu eu do passado lá.


Notas Finais


Gentêêêêêêê cês queriam BaekMi que eu sei (teve um poquiinho sim, tii fofo ele dando um selinho nela, vomitei arco-iris na parte da musica tbm)
Explicando mozões eu poderia sim postar a continuação do capitulo 17 antes desse, porém por dois motivos não fiz: Um ele ainda não ficou pronto e Dois ficaria confuso pra vocês não saberem dessa parte da história, por isso eu tinha que postar esse capitulo antes de continuar.
Mas de agora em diante espero que tudo seja mais direto *-*
Já devem ter percebido o tanto que gosto de escrever do passado de BaekMi eu espero do fundo do coração que tenham gostado, por mais que estejam decepcionados por não ter sido a continuação do encontro deles.
Obs: Pelo vacilo desse capitulo, só irei dormir depois de terminar e postar o capitulo seguinte. Não recomendo que esperem, pois pode ficar pronto meia noite ou quatro horas da manhã hihihi
Título do capitulo 19 > (Re)encontro <
Kissus até loguinho!


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