História My body is in your hands - 1

POV’S Kim JongIn

Aperto o lado direito da tela do meu celular, o personagem pula, lado esquerdo, o personagem joga um microfone com fio num gancho e salta. Estou jogando EXORUN, joguinho de celular muito viciante até acabar os corações e ter que esperar para carregar.

Havia chegado em casa através da carona que tive do namorado do meu melhor amigo, Luhan. Aproveitar que ele tem carro. Ainda tenho que comprar o meu, mas não quero depender do meu pai, conseguir comprar uma moto economizando meu dinheiro, mas frio não deixa eu usa-la frequentemente.

Vejo uma grande quantidade de pessoas na recepção do prédio, só falta ter uma festa. Vai lotar o elevador. Corro até ele para entrar antes dessa gente toda e de preferência sozinho, é estanho, mas gosto de ficar no elevador sozinho.

Tem dois elevadores grande no prédio, no qual um está descendo e outro está subindo. E outro de serviço, mas ele é bem menor.

Olho do lado e vejo o pequeno corredor que dá acesso a garagem do térreo, ainda há mais dois níveis de garagem para baixo do prédio, a porta é de vidro com película escura. Ela abre saindo de lá um baixinho com moletom preto, as mãos rapidamente colocadas no bolso e o cabelo está começando a crescer ficando levemente espertado e uma calça jeans escura.

Meu vizinho não olha primeiro para mim, magoou um pouco, e sim para a quantidade de gente barulhenta e faz uma faceta de desgosto. Não tive como não rir. Agora sim ele para do meu lado olhando pelo canto do olho para cima.

Ficamos nos encarando e novamente tive vontade de correr. Seus olhos são assustadores, faço o favor de desviar para os lábios que estão bem pálidos e rachados. Com essa característica faço uma nova avaliação, conseguir perceber que o lábio inferior tremia e o pano da camisa na parte do bolso onde está a mão dele também treme. Ele está com frio. Analiso seu rosto de perfil, minha mão levantou com vontade de acariciar sua bochecha, mas logo aperto o celular mais forte nos dedos.

Seu olhar é para o chão, ele está meio avoado. Seus lábios seu umedecidos pela língua e o mesmo lorde o lábio inferior fazendo uma ferida por estarem secos. KyungSoo toca com dois dedos no ferimento para ver o sangue que está saindo.

-Droga – o mesmo sussurra. Uma voz suave. Primeira vez que escuto sua voz e fico encantado pela suavidade, mesmo numa reclamação.

O elevador abre e espero o KyungSoo entrar primeiro que aperta o botão ‘10’, me encosto na parede bem no meio do elevado cruzando as pernas.

-Rapaz segura esse elevador! – escuto um grito de uma das pessoas na recepção e quase caiu para apertar o botão para abrir a porta do elevador - obrigado meu jovem.

-De nada – respondo vendo aquelas pessoas entrar no elevador que pareceu ser um cupiculo de tão apertado que ficou.

-Arreda para trás que ainda cabe gente! – um cara falou rindo.

Cabe não senhor! Limite de pessoas é apenas 10, tem umas 20 aqui!

-Deixa eu passar!

Senti um forte baque no meu Jorginho junior. O velho na minha frente faz o favor de bater nos meus testículos.

Segurei a lagrima que ameaçava cair, então virei meu corpo ficando de costa para todas essas pessoas. Vi que estava de cara com o interior do elevador então estiquei meus dois braços para cima apoiando meu corpo na parede de metal... bem devia ser a parede. Há um corpo bem no meio.

Fiz merda.

Por um segundo esqueci a dor do meu testículo.

Eu estou com o meu corpo colado com o meu vizinho estranho que me encara com os olhos arregalados e pela primeira vez tive coragem de encara-los por mais de 5 segundos. Senti alo formigar no meu baixo ventre, talvez seja a pancada que levei, seus olhos não demostravam coisas malignas eu achei um brilho forte que me hipnotiza.

Suspiro.

O elevador dá um tremor e as luzes apagando tirando um gritinho de terror do pessoal. Fazendo que eu automaticamente baixasse a minha mão direita e apoiar no ombro do baixinho e apertasse, não quero que esse elevador pare com esse bando de gente, certamente vou ficar louco.

O elevador volta a subir.

Olho para baixo e encaro o rosto do menor que me avaliava. Percebi seu olhar assustado e senti vontade de abraça-lo para protege-lo e dizer que está tudo bem.

-10º andar – a voz eletrônica feminina anuncia.

Eu viro para sair e as pessoas se afastam rapidamente tiro a mão do ombro do KyungSoo alisando seu braço e tendo vontade de segurar seu pulso e puxa-lo, mas não tenho coragem para isso, apenas fui seguido pelo menor.

-Esse pessoal é barulhento – comento tentando puxar assunto com o pequeno homem que está de costa para mim.

-É sim – ele responde abrindo a porta.

-Hey espera, sou Kim JongIn – me apresento, isso é muito idiota, mas parece que meu medo dele diminuiu.

O menor ante de entrar no apartamento para por dois segundos e fala sem me olhar:

-Eu sei – o menor fala fechando a porta.

Fiquei feliz em saber que ele sabe meu nome. Talvez até feliz demais.

...

...

Estou andando de um lado para o outro na sala de estar esperando o bendito Sehun atender o celular.

-Melhor ser importante, nego – conheço a voz frustrada do outro lado da linha.

-Sabe que é importante! Agora, lembra né do meu vizinho? – pergunto parando de andar um pouco.

-O gótico? O que tem o pacto com o satã? – Sehun pergunta.

-Ele não tem pacto não ta! – exclamo, não gosto que fale isso dele parece errado – sim é ele.

-O que foi agora? Ele te jogou feitiço e agora está afim dele? – Sehun começa a rir – haah esqueci. Ele já fez isso.

-Vai se fuder! – respondo indo para a sacada do prédio vendo a vista noturna da cidade. Sehun gargalha mais alto – mas hoje eu fiquei bem perto dele, tipo, muito perto.

-Beijo o crush? O Sempai te notou? – reconheço a voz do Luhan atrás rindo das palavras do Sehun.

Sinto um aroma viciante e diferente que me deixa extasiado.

-Não ta, mas se contar que ele sabe meu nome – respondo explicando tudo o que aconteceu no elevador.

Demorou uns 5 minutos os poucos 2 minutos, mas detalhes são detalhes. Por que ele não sai da minha cabeça? Hoje a situação está bem mais crítica.

-Esse garoto tem pacto com o demo! Serio! Ele fez o elevador parar – Sehun fala pouco serio agora, mas deve ser brincadeira – e você o tocou e ele voltou a andar? Hmm, acho que alguém quer seu corpo nu meu amigo.

-Isso não é verdade – protesto – não quero mais falar com você. Tchau.

Nos despedimos e marcamos que amanhã ele iria me buscar para a faculdade com o carro do Luhan.

O cheiro de antes retorna com mais força agora, olho para direção do vento e vejo que Do KyungSoo está na varanda do lado, olhando para a paisagem com algo nas mãos.

-Você devia ouvir mais seu amigo, Kim JongIn – ele fala, agora levantando a mão e revelando um cigarro.

-Isso faz mal – falo apontando para o cigarro.

-Você quer? – ele oferece ignorando o que falo.

Minha mãe é extremamente rigorosa em relação a bebidas, cigarros e drogas. Se ela descobrir que meu vizinho está me oferecendo um cigarro, ela pode vir a loucura e levar o pobre do garoto ao inferno, realmente.

Mas como dizer não ao meu vizinho fofo gótico? Espera... fofo?

Estendo o braço para pegar o cigarro e aproximo da minha boca, fecho os olhos para senti o gosto. É bem diferente que imaginei, isso não é um cigarro qualquer.

-Pode ficar – ele fala puxando outro de uma mesinha e acendendo com o isqueiro que é jogado ao lado do tabaco.

-Você escutou a minha conversa com o Hunnie? – pergunto desviando o olhar para os prédios e apoiando meu corpo na varanda. Ele apenas concordou com a cabeça – como?

-Tenho bons ouvidos – ele responde.

Vejo-me tragando aquele cigarro seu gosto é exótico difícil de explicar. Ele me lembra muito meu vizinho criando novas expectativas com o baixinho, novos movimentos e gostos. Conheço-me muito bem para dizer que não é da minha pessoa desejar outra pessoa que conheço tão pouco, nesse caso quase nada.

Volto a falar que esse cigarro é diferente.

-Para um iniciante até que você fuma direitinho – ele fala soltando uma risada. Risada? Foi isso mesmo que escutei? O olho o mesmo está me fitando – então JongIn. Por que não acredita no seu amigo? Sabe... quem aviso amigo é.

O fico encarando, esse homem é realmente estranho ele quer que eu concorde com o Sehun?