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História My Boys! - After...


Escrita por: LarrysBundas

Notas do Autor


CHEGAYYYY...


Eu descobri uma coisa bem curiosa agora...
Da primeira vez q postei MB, exatamente no cap de número 16, eu estava comemorando os 200 favoritos e agora estou eu aqui COMEMORANDO OS MAIS DE 100.... Não estou triste por isso, eu entendo, pq antes, eu postei o primeiro cap e passe mais de dois meses sem postar, então já tinham muitos favoritos quando voltei a postar.... EU ESTOU FELIZ PQ CONSEGUI MAIS DE 100 JÁ..... obrigado seus unicórnios cagadores de arco-íris...


MUDANÇA TOTAL....

Isso foi preciso okay.....
FOI PRECISO....


NOVO INTEGRANTE NESSA PORRAAAAAAA....


:)

Capítulo 16 - After...


Fanfic / Fanfiction My Boys! - After...

Um mês e quinze dias depois.

.

"****"

Muita coisa tinha mudado para os seis, e para os casais já formados, algumas para pior, outras para pior que pior e em pouquíssimos casos para melhor.

Começaremos, a saber, de tudo por Harry, Josh e o novo morador do apartamento. Josh não fez nada que disse que faria com Harry em relação ao que ele fez com Niall, afinal, quem era ele comparado ao garoto que sofreu o quase assédio e já tinha perdoado Harry? Então ele não ficou com raiva do cacheado, ele só ficou puto da vida quando Harry foi o contar o que lembrava e disse que transou com duas mulheres, isso rendeu uma greve de sexo que durou exatamente três horas, sim três horas. Styles contou todos os seus dias com Josh, não saiu mais de casa, apesar disso tudo, ele não conseguira se afastar dos vícios. Estava tudo muito bem, Harry estava de fato amando sua vida com Josh, mas a maravilha durou até certo ponto, Josh começou a sair muito, saía cedo e chegava de madrugada, mas chegava bem, o abraçava o beijava e eles acabavam transando em qualquer lugar, e Harry tinha outra casa marcada com memorias de transas por toda a aparte. Ele não foi à casa de Anne, tampouco falou com Niall e o pediu desculpas, ao menos ainda não. E por Josh ficar muito tempo fora que ele passava seu dia inteiro na casa de Mary, lá viu os filhotes de Trudy crescerem, os viu começarem a andar e perder o medo até do rabo, ficarem sapeca a ponto de perturbarem a gata. E isso tudo resultou em o pequeno gatinho branco que foi renegado pela bichana ter um novo dono, sim Harry levou o gatinho branco para casa, era dele e Josh nem sabia de nada, só soube quando entrou no apartamento e viu Harry jogado no chão com o gatinho sobre a barriga conversando com ele o perguntando qual deveria ser seu nome, ele achou a princípio meio impensado por Harry, mas depois de ver o gatinho ainda um pouco molenga brincando ainda tímido no tapete da sala, ele amou. Uma discussão que rompeu a madrugada foi sobre o nome do gatinho, Josh queria um nome mais diferente, tipo Barney, mas Harry estava irredutível quando ao seu palpite, Josh queria o matar com aquilo, mas acabou sendo subornado com um boquete e o nome do gato acabou sendo Gato.

“Gato por que se chegar alguém aqui e disser: oh que gato bonitinho. Já vai dizer o nome do gato, pronto, quer mais motivos?”

O argumento de Harry durante as horas de debate sobre o nome do bichano fora esse.

Josh, esse estava mais perdido que cego em tiroteio ou mais apaixonado que Harry pelo Gato. Sim, estava perdidamente apaixonado por Harry, perdidamente apaixonado pelo jeitinho de Zayn, o qual conversava todos os dias por mensagens e agora, perdidamente encantado por um tal de Niall que ficara com sua carteira. O fato foi o seguinte, Josh recebeu uma ligação de um número diferente no dia depois do episódio do Harry chapado e Niall seminu, era Niall dizendo que estava com a sua carteira, Josh se ofereceu em ir busca-la lá, mas Niall disse que não podia por motivos que Josh ainda não sabia, então o loiro disse que seria melhor eles se encontrarem em um shopping já que ele iria lá ver uma amiga – tudo mentira do loiro que só queria esconder Louis – então Devine foi e uma viajem para ir buscar a carteira se transformou em uma conversa enquanto lanchavam, em um filme em uma carona para o loiro que tinha um sorriso lindo. Depois disso ele passou a conversar com Josh todos os dias, até as mensagens virarem ligações e as ligações encontros e as conversas beijos. Mas com Zayn não era isso, eram papos mais cabeças e ele estava ajudando Malik em uma fase difícil, fase essa que Harry também estava participando ativamente e detalhava tudo a Josh como se ele não soubesse. E esse era o motivo número dois para Josh ficar fora do AP de Harry, já que o um eram seus negócios da pior herdado de seu pai bandido.

Os únicos casados de tudo estavam com dificuldades, não na relação em si, mas sim na vida, Zayn estava deprimido, rendia-se ao vício e depois do diagnóstico de gastrite nervosa provocada pelas inúmeras vezes que ele enfiou o dedo na garganta para vomitar e bulimia, ele ficou ainda mais abatido, nem ia mais para o trabalho, passava o dia em seu quarto com sua mãe e tomando alguns remédios, apenas ele e a mãe já que seu marido mal aparecia em casa assim que a terceira semana de trabalho começou na empresa de Geoff. Malik sabia que não era culpa do marido, tanto que quando ele chegava em casa ia direto para o quarto e o abraça e dizia milhões de vezes que o amava, em toda a hora vaga o ligava, perguntava se estava tudo bem, mas ainda assim, não era o bastante para Zayn que não era acostumado a passar mais de duas horas sem Liam por perto, sem o tocar, sem o beijar, sem sentir os braços fortes de seu marido ao redor de seu corpo. Liam o pobre homem mais parecia um zumbi, não um zumbi que come cérebro humano, mas sim um zumbi que é obrigado a gerir uma empresa sozinho em três dias de experiência, as olheiras eram profundas, o homem emagrecera, a voz estava abatida e ele mal tinha tempo para dormir. Sabia que o pai só estava fazendo aquilo para castigá-lo, para mantê-lo longe de seu marido e assim o tornar mais fraco e tentar os separar, mas aquilo ninguém conseguiria. A saudade de Harry estava os matando, doía todas as vezes que eles ligavam para o cacheado pela madrugada já que esse foi o horário que sobrou para ligarem para ele, ao menos Zayn e Liam juntos, pois Zayn ligava quase que de uma em uma hora para seu menino dos cachos. Estavam malucos para conhecer Gato, o gato de Harry e Josh, queriam aperta-lo e não só ver por fotos. Payne já aceitava de verdade Josh, aceitava ele longe, ele lá e Liam em outro continente e principalmente longe de Zayn.

Niall era o único 99,99% feliz na porra toda, sua relação com Louis era quase como se eles namorassem, claro um namoro sem amaço, sem beijos muito pegados e sem sexo, mas ainda assim, um namoro, e ele confessava, amava aquilo, nunca teve nada parecido já que com Harry era só sexo, agarração, beijos malucos e mais sexo. Não tivera a conversa com Louis, ainda, mas pretendia, só estava vendo que o menino estava finalmente bem, estava estudando, era assediado diariamente pelos alunos, mas estava feliz na escola, obvio que Horan, o “Neaou” de Louis marcava seu território abraçando e dando selinhos no menino onde fosse possível sem os professores e a diretora não vissem já que aquilo poderia chegar até sua mãe. Louis era ainda mais adorável do que ele tinha imaginado que seria, amava o menino e não tinha dúvidas, mas ele não estava só feliz por ter Louis para si, estava feliz também por estar tendo um rolo com Josh, o homem bonito e sexy, oh como ele gostava de Josh. Era até engraçado o fato, antes ele não conseguia nem beijar outra pessoa sem ser Harry, agora ele beijava Louis e dormia com o garoto e ainda beijava Josh quase todos os dias. Não conhecia muito do homem, mas o que conhecia o deixava bobo. Josh era lindo. Não estava 100% feliz por não ter notícias de Harry, a não ser pelas que recebia de Josh, que descobrira ser um outro rolo de Harry. Niall beijava Harry, o irmão de Harry e o suposto namorado de Harry – por que sim, ele tinha certeza de que seu irmão tinha algo sério com Josh.

E por último, mas nunquinha menos importe, Louis e Louise. Na verdade só Louis já que ele nunca mais se vestiu de menina, não porque não queria, porque ele queria muito, mas ele não tinha suas roupas, não tinha suas presilhinhas de cabelo, nem seu batom. Louis estava triste por isso, mas estava pensando em uma coisa completamente errada, mas ele já estava a ponto de fazê-lo, ninguém veria, ninguém nem sonhava com aquilo, e muito menos Anne viajando o tempo todo desconfiaria, mas apesar disso, ele estava bem, tinha um quarto todo decorado como queria, não mudou muito, só a cor, tinha alguns pôsteres na parede, as colchas de cama mudaram de um bege sem vida para um azul claro, alguns quadros de paisagens que ele se apaixonou quando estava entrando no shopping com Niall para comprarem roupas novamente. Comprou três do mesmo artista e disse que se o visse novamente compraria novamente. Ele compraria, não Niall como foi da vez anterior já que Anne passou a lhe dar uma mesada semanal, ele renegou de primeira, mas Anne disse que era sua independência, que poderia comprar o que quisesse. A possibilidade de comprar roupas femininas o atingiu assim que ele deitou a cabeça no travesseiro, mas como explicaria as empregadas se elas achassem roupas de meninas em seu guarda roupa? Então desistiu. Com o dinheiro comprava roupas de menino e lanche na escola e alguns presentinhos bobos para Niall em troca dos que ele o dava. Estava mais que bem com seu loiro, o beijava onde fosse possível, o abraçava durante as noites e ficava o olhando até dormir. Niall era tão lindo. Ele nem percebia nada sobre Niall estar diferente ultimamente já que ele o dava toda a atenção que fosse possível dar em uma casa onde as pessoas não podiam saber que eles tinham algo, o dava amor o suficiente para ele se sentir bem até na escola onde todo mundo olhava como se fosse um pedaço de carne, e esse amor que ele recebia de Niall era capaz de fazê-lo ignorar tudo.

E ele ainda nem sabia da existência de Harry.

Ainda.

"****"

.

 

25 de agosto, terça-feira.

23hrs34.

 

Harry estava jogado no chão do seu quarto perto da porta, não por ter se drogado até desmaiar, e sim brincando com Gato, o seu gato. Seu dedo passava pela pequena passagem entre a porta e o piso do apartamento, o pequeno não tão mais pequeno assim gatinho batia com suas patinhas no dedo de Harry que ria feito criança. Vez ou outra Harry puxava seu dedo e era o gatinho quem passava as patinhas pela passagem tentando achar algo para brincar. Mas esse não era o único motivo para Harry estar acordado em plena quase meia noite, mas sim por ele estar esperando Josh, estava morrendo de saudade do homem mesmo tendo o visto pela manhã e ter o ligado cinco vezes naquele dia.

- Tá com fome? – Styles suspirou assim que o gatinho parou de morder seu dedo, ele sabia que ele não estava já que tinha o dado leite a menos de vinte minutos, mas queria muito que Gato crescesse e ficasse gordinhos como os outros dos filhotes de Trudy, já que ele ainda era o menor. E como sabemos, gatos não falam então ele não recebeu respostas – Okay, vamos para o leite – então ele levantou, ajeitou o cabelos que caíra em seu rosto que estava um pouco maior que antes por ele não ter cortado ainda, ajeitou a calça moletom que estava frouxa por ele ter emagrecido e abriu a porta, a roupa dele se resumia na calça e em uma bandana da bandeira dos Estados Unidos – Eu sou o dedo misterioso Gato – ele pegou o gatinho branco o levantando na altura do rosto, o bichano miou pelo grande medo que todos os filhotes tem de altura, mas ele logo parou quando Harry o colocou encostado ao seu peitoral. Não que ele ficasse quieto ali, porque não, ele queria subir em Harry e acabava no ombro do homem voltando a miar, mas não daquela vez já que ele estava sem camisa. Styles foi para a cozinha, pegou uma caixa de leite, colocou em uma pequena panela – que Josh tinha comprado junto com sua tão amada outra xícara verde – e colocou no fogão, outra coisa que aprendeu a usar também com Josh, já que ele sempre errava a temperatura do leite do gatinho e tinha que esperar esfriar, então no fogão era mais prático de amornar o leite. Quando estava na temperatura certa, ele colocou Gato no chão e colocou o leite no pratinho com orelhas azul bebê que tinha comprado para seu bichinho, assim como também tinha comprado a caixinha de areia que ele insistia em ensinar ao bichano que era ali para ele fazer suas necessidades, não funcionava muito bem, mas ele ainda aprenderia. A bola de pelos brancos começou a tomar seu leite e Harry já sentaria ao lado dele, mas o seu celular – que agora era o objeto favorito na casa já que era seu único meio de comunicação com seus três homens ocupados – começou a tocar no quarto.

- Não apronte nada seu demônio – Harry deixou a panelinha no balcão e foi para o quarto, catou o celular entre os lenções e edredons. Era Zayn, ele até estranhou, o homem disse que ligaria só quando Liam chegasse e se Harry não estava enganado, lá ainda eram seis da tarde e Liam chegava só dez da noite ou mais tarde.

 

- Hey, amor – ele não escutou resposta, apenas fungadas e respirações fortes – Zayn? – outra vez só fungadas, mas dessa vez acompanhados de tosse e choro. Harry sentia o estômago doer com aquilo, Zayn estava daquele jeito ultimamente, chorava por tudo – Zayn, por favor – Harry já estava desesperado, andava de um lado para o outro do quarto e puxava os cabelos ou passava a mão no rosto.

- E-ele me l-li-ligou... – uma agonia imensa invadiu Harry, ele sabia que se perguntasse quem, Zayn iria começar a chorar ainda mais, então a melhor alternativa era o deixar dizer no seu tempo -  O-o p-a-... Pai do Lih – Harry não sabia nadinha da história, então ele só pode ficar puto da vida por deduzir que aquilo fazia mal pa4ra Zayn pelo que ele disse assim que chegaram em Toronto. Ele nunca tinha visto o homem, mas já era uma rixa pessoal com ele. Odiava o homem com todos os seus demônios.

- Hey, respira, Z, fica calmo e-...

- E-ele disse que i-isso só vai piorar, o-o Lih v-vai acabar m-me deixando – Harry não só estava odiando ele queria que o homem morresse da pior forma que se é possível morrer – O-o Lih n-não me ama mais.

- Pelo amor de Deus Zayn, escuta o que você está dizendo! É o Liam, ele é simplesmente obcecado por você, ele te ama mais que tudo, ele nun...

- VAI SIM – Harry parou, tanto fisicamente quanto psicologicamente, aquele era Zayn? O homem que era um muro indestrutível fora de casa? O produtor de armas? Sim, era e ele parecia estar tão acabado, tão em carne viva que Harry sentiu os olhos marejarem – El-ele vai m-me dei-xar como todo mundo, n-ninguém me ama.

- Z-zayn, por favor – aquela era uma crise que Styles deveria estar tendo não Zayn ô forte homem, não Zayn ô frágil homem – Você é tão amado, amor, por favor, para com isso, o Liam te ama, o pai dele é um desgraçado que não aceita isso. Por favor, acredita no Lih, ele te ama mais do que você imagina Zayn. Por favor, não pensa nisso.

- E-eu prefiro morrer a ficar s-em o Liam – a punhalada final, a flecha no calcanhar de Aquiles, fora o que Harry sentiu ao escutar aquilo: como se seu ponto franco tivesse sido atingido. Se Zayn preferia morrer sem Liam, Liam com certeza morreria sem Zayn, e ele como ficaria sem os dois?

- Hey, hey, quem disse isso? – Harry engoliu o choro e tentou mostrar-se forte com aquilo, se não Liam para apoiar Zayn, ele assumiria essa responsabilidade por alguns minutos – Quem disse que vocês vão se separar? Um velho babão que não aceita o filho feliz? Zayn, pelo amor de sabe Deus quem, fica calmo, o Liam é capaz de jogar tudo pro ar se ao menos passar na cabeça dele que isso pode levar vocês a separação. Zayn, respira, se acalme, você não fez nada, não é?

- Jura que ele não vai me deixar?

- Amor eu juro – amor tinha se tornado algo bem maior que uma simples forma de tratamento carinhosa, Harry sentia que amor era o tratamento ideal para Liam, Zayn e até para Josh. Não era mais uma palavra vaga, estava aprendendo o que era amor com Mary, não na prática, escutando a mulher dizer o quanto amou Trudy e Pietro, o quando se sentia feliz ao lado deles, o quanto ficava feliz em vê-los passando pela porta de casa ou o quanto se sentia bem quando seus olhos se cruzavam e pelo que ele deduziu, era exatamente o que ele sentia quando via os três – preferia ignorar o fato de que sentia isso também com Niall, nem pensava nisso e não pensar nisso era seu tratamento contra Niall.

- E-eu vou acreditar em você – Zayn não parecia mais um barril de pólvora perto do fogo prestes a explodir, mas ainda fungava o que denunciava que ainda chorava.

- Que bom, porque eu nunca minto – Harry estava esperando realmente que passasse a não mentir mais, porque ele mentia, mentia para as pessoas ao seu redor e ainda mentia para si mesmo, mas para todos os efeitos, ele não mentia para Zayn. E aquilo era uma mentira.

- Eu te amo – fora talvez à única vez que ao escutar Zayn dizendo aquilo que Harry sentiu dó do homem, o amar era ainda um erro, não tão grave quanto ele achava que era antes, mas ainda assim, era um erro já que Harry ainda tinha medo do amor.

- Eu sei, e você é muito importante pra mim, não faz nada contra você, tudo bem? – Zayn não disse nada o que levou Harry a pensar que ele já tinha feito algo – Onde você está? Sem mentir – novamente silêncio, uma pigarreada e Harry como se previsse o futuro sibilou exatamente o que Zayn falaria.

- Banheiro.

- E você só me liga depois de fazer o que não deveria? Por que não ligou antes? Por que não descontou tudo em mim? Por que continuava fazendo isso sabendo que é errado? – Harry não estava mais triste, ele estava com raiva, tanta que teve que respirar para não piorar as coisas para Zayn.

- Desculpa – a voz de Zayn era quase sussurrada, Harry até conseguia ver Zayn encolhido no chão do banheiro abraçando os joelhos e com os olhos vermelhos, os cílios molhados e as bochechas também molhadas.

- Não é pra mim que você tem que pedir desculpas, Zayn, é pra você mesmo, isso prejudica você mesmo e não a mim – Harry sentou na cama sentindo o momento de euforia passar. Os ânimos estavam mais calmos e isso era perceptível.

- Está sozinho? – aquela pergunta estava sendo feita com bastante frequência no último mês, claro que Harry sabia que era por Josh, mas claro que era apenas por educação de Zayn – ao menos era o que ele pensava.

- Estou, quer dizer, o Gato está comigo – ele escutou algo parecido com uma baixa risadinha de Zayn, aquilo acontecia todas as vezes que o nome do gato era dito.

- E ele ao menos está acordado?

- Ele é um gato, gatos dormem de dia, e sim, ele está tão acordado que estava tomando leite quando saí da cozinha.

- Mas ele é um filhote, filhotes dormem toda hora – Harry escutou barulhos, depois passos e mais barulhos, Zayn suspirou longo o que deu Harry a certeza de que ele estava na cama naquele momento.

- Não o Gato, ele passa o dia tentando subir nas coisas ou pegar meu dedo pela porta, destruindo o tapete e se escondendo entre a geladeira e o balcão da pia – silêncio – Está cansado?

- Estou – fungou, Styles fechou os olhos, seria tão bom se Zayn dormisse, assim ele poderia ligar parar Liam, o xingar de tudo que era nome, mandar o pai dele para o quinto dos infernos e depois pedir desculpas e pedir para ele ir para casa.

- Então dorme.

- Quer se livrar de mim?

- Nunca.

- Josh chegou?

- Não, só quero que você descanse, acho que é o melhor a se fazer depois disso – disso se referia não só pela ligação do pai de Liam, mas pelo que ele sabia que Zayn tinha feito no banheiro.

- Fica comigo até eu dormir? – oh, que grande merda, Harry queria naquele momento estar em Toronto abraçando seu Zayn e o dando vários beijinhos até que ele dormisse e não em outro continente, em uma ligação onde ele nem podia ver o estado do homem.

- Fico.

- Estou com saudade.

- Eu também – isso sim já não era mais um problema para Harry; dizer que estava com saudade, porque era normal, humanos sentiam saudade e por mais estranho que Harry fosse, ele ainda era um humano e tinha direito de sentir saudade sem parecer fraco por isso – Sabe o que é muita saudade?

- Humrum.

- Então, é ainda mais que eu sinto. De você e sua histeria, seu ar sexy, seu cheiro, sua pele, do Liam e sua calma, do jeito meigo de me tratar mesmo sendo bruto às vezes, dele tentando me provocar com você – e lá estava Harry querendo chorar. Estava Hazzy o dia inteirinho, ele sabia que estava Hazzy bem mais que isso, mas porra, era difícil ele ser ele mesmo depois de passar pelo que passou sendo ele mesmo.

- Queria te beijar agora.

- Porra, Z, não faz isso – ele se jogou no colchão disperso de forças para se manter sentado. Ele queria tanto Zayn e Liam.

- Boca suja.

- Você adora quando eu sou boca suja enquanto estou transando com você.

- Transando? Achei que fodíamos.

- As coisas evoluíram agora.

- Eu estou percebendo. Josh está conseguindo o impossível.

- Josh e eu somos o impossível em carne e osso.

- Por que diz isso?

- Porque sim, somos diferentes não só fisicamente, somos diferentes em tudo.

- Liam é diferente de mim em tudo.

- Você e Liam são diferentes de mim e Josh.

- Em que exatamente? – agora Harry estava sem resposta, quer dizer, poderia dizer que entre Liam e Zayn existia amor e entre ele e Josh só companheirismo, mas não queria ser tão mesquinho, afinal era apaixonado pelo homem, são não era correspondido – Sem resposta?

- Não exatamente.

Depois disso só as respirações eram ouvidas, a de Harry mais barulhenta que a de Zayn, e em minutos Harry sabia que Zayn tinha dormido, então apenas sussurrou um “durma bem Z” e desligou.

 

Precisava se recuperar antes de ligar para seu Payne número dois, afinal, ele não era Zayn, e por não ser Zayn era aumentar o tom de voz e levar um tapa na cara mesmo ele estando um oceano distante. E sobre Harry querer xingar Liam? Tudo pelo calor do momento, nem sendo louco ele faria aquilo. E ele passou quase cinco minutos respirando fundo com os olhos fechados, nem o miado – ou quase um - baixo e distante de Gato foi capaz de tirá-lo do momento reflexivo. Quando abriu os olhos foi logo discando o número de Liam, sabia que seria difícil o homem atende-lo, mas não custava tentar. E para a surpresa do cacheado, no quarto toque ele atendeu.

 

- Boa noite.

- Quem é você? – como assim era uma mulher com o celular de Liam?

- Quem deseja?

- Olha aqui vadia dos infernos, se você perguntar mais alguma coisa eu juro que vou aí e corto seu cabelo, agora passa o celular para o Liam – silêncio.

- Senhor, e sinto muito, mas eu não aceito ser tratada dessa forma.

- Pouco me importa o que você acha, e se você não passar o celular para o Liam agora eu ligo para o marido dele e ele é mulçumano, eu teria cuidado ao tentar tocar no que é dele – silêncio.

- Acho que o senhor está confundindo as coisas, senhor, eu sou a secretária do senhor Payne.

- E o que porras você está fazendo com o celular dele, sabia que ele curte pau?

- Senhor, por favor, use palavras menos agressivas.

- PORRA PASSA LOGO PRO LIAM – Harry queria socar alguém, será que Josh já tinha chego?

- Senhor Payne está em uma reunião senhor e n...

- Você vai entrar na porra da sala e vai dizer para ele que é o Harry, ou assim que eu conseguir falar com ele eu vou educadamente O MANDAR TE DEMITIR.

Um momento senhor, eu irei informa-lo de sua ligação.

- Nada mais que sua obrigação – Styles respirou fundo, aquilo só poderia ser brincadeira do destino, só podia, o quê? Era difícil falar com Liam? Falar sobre o marido dele? “Vão pro inferno”.

- Desculpe interromper senhor Payne, mas tem uma ligação importantíssima para o senhor.

- Senhores, me deem licença, mas eu preciso ver quem é – Harry não sabia se a mulher sabia da sexualidade de Liam, mas se não, ela sabia naquele momento e duvidava muito que ela contasse para alguém já que colocaria seu emprego em risco. Alguns barulhos e Liam agradeceu a mulher, uma porta se fechou.

 

- Harry?

- Oi Lih, atrapalhei?

- Não, não. Aconteceu alguma coisa? – Harry respirou fundo, um fundo bem fundo, tão fundo que sentiu os pulmões doerem.

- Está sozinho?

- Sim. O que aconteceu? Fala logo, H, estou preocupado – de fato a voz de Liam estava abatida, mas não só naquele momento, estava abatida diariamente de uns tempos para cá, mas estava ainda mais naquele momento.

- Onde seu pai está? – Liam estranhou, por que Harry queria saber daquilo?

- Sei lá, deve estar em casa com Karen. Mas por que quer saber?

- Bem, acho que as coisas não estavam boas lá e ele resolveu ser um sogro e ligou para o Zayn.

- Ham? – o coração de Liam disparou naquele momento. Ele tinha que ir para casa.

- Ele me ligou desesperado, chorando e bem, você sabe o que ele fez, mas o acalmei e ele deve estar dormindo – aquilo era para acalmar Liam, mas pela respiração do homem não pareceu funcionar.

- Meu Deus. Eu vou pra casa.

E sem dar chances a Harry, Liam encerrou a ligação.

 

- Abandonado por três? Que merda – ele, indignado com a situação, jogou o celular na cama e se encolheu entre os edredons. Estava de saco cheio de ser menosprezado por Josh o dia todo, estava ainda mais cansado de ser ignorado por um de seus dois Payne’s – Gato? – ele bufou, levantou da cama e foi até a sala tentando enxergar uma bola de pelos brancos, mas nada – GATO? – e nada, ele queria que o gatinho miasse em resposta, não era difícil miar? Que merda – SEU FILHO DA TRUDY – Harry estava estressado sim, por isso estava gritando, mas ele estava mesmo era com raiva do mundo. Chegou à cozinha e nem sinal do gato, estava já ficando preocupado, já iria gritar por socorro, chamar os bombeiros, a SWAT quando escutou uma baixa gargalhada vinda da sala. E BOMMMMMMM. Josh estava encolhidinho no cantinho atrás da porta segurando Gato que dava leves tapinhas em seu nariz, mas não era isso que o fazia rir, e sim Harry e seu desespero fora de série – Seu desgraçado – ele caminhou rápido até o homem que já estava de pé, Gato foi posto no chão e igual uma espoleta saiu correndo para o tapete da sala onde começou a dar batidinhas com as batinhas nos fios que ele tinha repuxado. Harry, oh esse nem mal deixou Josh se recompor e foi logo o puxando pela cintura o dando um beijo.

Seu corpo todo deu um espasmo forte com o contato das bocas, a dependência de Josh já era irreal e ele ficava daquele jeito todas as vezes que o homem saía, a vontade de o tocar era tão grande que ele se coçava para aquilo, e com Josh bem ali ao alcance de suas mãos, era o que ele faria. Os lábios ávidos em busca de sentir um ao outro se alisavam em um ritmo frenético, os gemidos eufóricos e os estalinhos do beijo pareciam fazer Harry vibrar ainda mais. Suas mãos já corriam por dentro da camisa de Devine, seus cabelos eram ainda mais bagunçados, a bandana já estava quase sendo puxada dali. Se sentiam que aquilo era loucura? Obviamente, aquilo era uma total loucura, uma loucura que poderia se repetir diariamente que eles não se importariam. O beijo foi perdendo a intensidade conforme Harry percebia que Josh também era humano e talvez estivesse cansado, estivesse com fome ou qualquer coisa que o impossibilitasse de transar naquele momento. Sim, Harry não precisava mais transar todos os dias, aos menos ele pensava que não, já que sua tese ainda não tinha sido colocada em teste pois Josh parecia insaciável ultimamente. O beijo se quebrou quando Josh sujou a língua de Harry para si e a soltou em um estalo.

- Oi, Hazzy – o apelido sussurrado meio sôfrego pela falta de ar fez Harry sentir-se uma criança perdida. Ele estava tão apaixonado por Josh.

- Oi, baby – Harry começou a dar leves beijos nas bochechas de Josh, desceram para a mandíbula e por fim foram até a clavícula, seu nariz se esfregou ali sentindo o cheiro do homem que sorria feito bobo apertando ainda mais seus dedos nos cabelos de Harry. Porém Harry sentiu algo o atingir feito um tiro: Josh estava com o mesmo cheiro do perfume de Niall. Harry não era muito de reparar em perfume, só em ruins e o de Niall – ao menos antes, já que na lista foram adicionados mais três -, mas se tinha uma coisa que conhecia no mundo era o cheiro do perfume que Niall usava, e ele sabia que Josh não usava aquele. Devine sentiu o corpo grande travar e imediatamente afastou o rosto para olha-lo.

- O que foi? – fala ou não falar? Niall era um nome quase proibido naquele apartamento, não era falado há tempos, mas porra, Harry estava morrendo com aquilo – Harry, você está pálido, o que foi?

- N-nada só senti um perfume diferente em você – Josh sentiu os órgãos explodirem dentro de sim, que porra era essa agora? Harry estava percebendo algo? Harry sabia de algo, era isso, ele só estava tentando o fazer falar, mas Harry não era tão esperto, era? – Você está ficando com alguém? – JOSH PRECISAVA DE AJUDA.

- Não, mas eu falei e cumprimentei tanta gente hoje que deve ser de alguns deles – Harry engoliu aquilo, claro, o perfume não era exclusivamente de Niall, milhões de pessoas poderiam usar o mesmo perfume, aquela era a explicação. Não teria outra.

- Entendo – até a alma de Josh respirou aliviada com aquilo, teria que tomar cuidados redobrados quando fosse encontra o loiro – Está cansado? – ele repentinamente se sentiu culpado, poxa, mesmo que tivesse encontrado Niall pela tarde na frente da escola, e de fato ter ficado até aquela hora resolvendo problemas com fornecedores, preços e distribuição, ele se sentia culpado. Estava em uma onda de parecer ser atraído para tudo que pertencia a Harry: primeiro Zayn e Liam, agora Niall. Era algum tipo de brincadeira, só podia ser. Josh se sentia uma vaca, claro que no sentido pejorativo da coisa, quer dizer, ele achava que era no pejorativo.

- Não – aquele não significou um sim para a pergunta incógnita que Harry fez ao perguntar se ele estava cansado – Mas eu preciso muito de um banho – e aquilo significou que ele poderiam transar no banheiro e Harry imediatamente esqueceu de tudo e puxou Josh ainda mais para perto o tirando do chão. Sua bandana voou para longe assim como os sapatos de Josh ficaram pelo curto caminho até a porta do quarto, a camisa do menor também ficou jogada pelo percurso, não se beijavam, apenas se olhavam como se quisessem ler o que se passava na mente do outro.

- Fique comportado Gato, os papais vão tomar banho, não entre no quarto – Harry falou como se o gato fosse uma criança, o que fez Josh rir e negar.   

- Você é louco.

- Se ser louco envolver ser apaixonado por um idiota igual a você, sim eu sou louco – Josh por vezes ficava sem palavras com Harry, mas por agora, ele ficava simplesmente sem reação alguma, Styles estava muito romântico ultimamente, falava coisas fofas, o chamava de amor bilhões de vezes por dia, o beijava carinhosamente tanto quanto o beijava afobado e desesperado por contato. Harry estava diferente.

- Que bicho te mordeu?

- Mary.

- Um bichinho bem legal.

- Muito.

Harry abriu a porta do banheiro, entrou no cômodo deixando-a aberta, as costas de Josh foram prensadas no azulejo gelado perto da porta, o choque térmico o fez tremer, mas nada comparado ao sentir os lábios quentes e molhados de Harry em seu pescoço dando beijos e lambidas ali. Seus pés tocaram o chão, as mãos de Harry foram para o botão de sua calça e ele sentia por aquilo o quão Harry estava desesperado. Em segundos, Harry já tinha as mãos em sua bunda, até a cueca era ignorada e os dedos marcavam seus glúteos sem piedade alguma, os lábios agora marcavam seu pescoço com chupões fora de série, seus olhos reviravam pelo prazer que aquilo o dava.

- Que saudade, porra – ele sorriu grande, os olhos se fecharam e ele deixou-se apenas levar por aquilo. Harry com uma facilidade anormal começou a o despir, por nenhum segundo os lábios descolaram de sua pele e ele sentia os toques do cacheado por todos os cantos. Ele já estava nu assim como Harry que só fez desamarrar os cordões da calça moletom para ela cair, ele só a usava então sem problemas com outras peças de roupa. Ele foi novamente tirado do chão, sua ereção já totalmente ereta prensada entre seu corpo e o de Harry o fazia gemer baixo, ele nem percebeu, mas os dois já estavam dentro do box, Harry tentava ligar o registro e quando finalmente conseguiu, Josh gemeu ainda mais alto pela água morna caindo em suas costas.

O beijo que antes era molhado, recebeu uma ajudinha extra quando Harry deu mais um passo para frente e a água passou a cair sobre suas cabeças, os cabelos de Devine que antes já estavam desmontados do habitual topete caíram sobre sua testa enquanto os de Harry ficavam com os cachos mais definidos e sem frizz. As bocas se movimentavam rapidamente já no desespero do momento, os corpos quentes quase liberavam vapor, os gemidos e ofegos ecoavam no banheiro como uma sinfonia única ou uma adolescente apaixonada escutando uma música centenas de vezes.

Harry adorava quando Josh gemia.

Adorava quando Niall gemia seu nome enquanto estava excitado ou recebendo um carinho íntimo.

Adorava quando Zayn gemia esperançoso por um toque mais bruto vindo de si. Adorava quando ele gemia por Liam.

Amava Liam gemendo rouco, era um gemido que parecia vir de um lugar obscuro que o fazia arrepiar sem aparente motivo.

Como seriam todos gemendo juntos?

Será que ele gostaria do gemido de Louis o qual nem conhecia?

- H-Hazzy – Harry foi puxado para fora de sua realidade fantasiosa por aquele gemido. Suas mãos tomavam posse do que era por direito seu, e ele nem se importava que ficariam marcas de seus dedos na bunda de Josh.

- Oi? – Josh sentiu que desmaiaria naquele momento, não era possível alguém ser tão sexy quanto Harry sussurrando rouco em seu ouvido como se aquilo fosse uma conversa banal e eles não estivessem quase transando no banheiro.

- Sabe de uma coisa? – Josh já o olhava, ambas as mãos nas laterais de seu rosto e os olhos faiscando. Harry estava enlouquecendo por Josh.

- Hum – Devine movimentou seu quadril contra o ventre de Harry que fechou os olhos – O-oh merda.

- Eu me masturbei no banheiro do meu escritório na nova boate pensando em como seria gostoso te sentir me fodendo – pura verdade, não que Devine não gostasse de transar, mas ele já estava com saudade de sentir Harry o fodendo.

- A é? Foi bom? – Styles colocou Josh no chão, ele mal teve tempo de se instabilizar e foi virado de frente para a parede, os longos dedos de Harry foram para seus cabelos o fazendo curvar a cabeça para trás pela força com que foram puxados, a outra grande e gostosa mão de Harry foi para sua cintura o prensando com força na parede. Josh amava aquilo, era como se nomear vadia, mas se ser vadia trouxesse o benefício de ser fodido por Harry, ele era vadia com dois vês maiúsculos.

- F... – ele teve que recuperar o folego quando Harry começou a beijar seu pescoço enquanto fingia o estocar lentamente – Foi horrível porque v-você não estava lá, meus dedos não sã-são tão gostosos quanto seu pau – e aquilo foi o ponto final para Harry, ele sem delongas, sem dizer nada que fosse compreensível para Josh, entrou no homem sem piedade, porque aquilo era uma foda e não uma transa – Oh... Oh p... Oh Hazzy – Josh sentiu absolutamente o corpo todo falecer naquele momento, e se não fosse Harry o segurando, ele estaria no chão do banheiro. A dor absurda misturada aos lábios de Harry fazendo um estrago em seu pescoço era como se ele tivesse tomado vinte ecstasy’s de uma única fez e tivesse tendo uma overdose, um monte de coisa junta jogada em um corpo que não aguentava nem um terço de tudo – Oh m-eu...

- V-você pediu por isso, Joshua – Harry já o estocava com força desmedida, sua ereção era estrangulada na parede, as mãos de Harry em seu corpo o deixando ainda mais quente, e mais quente. Ele tentava de alguma forma agarrar-se a parede, ficar suas unhas ali apenas para descontar alguma pequena parcela da dor, do prazer e das sensações que o cercavam, mas meio que impossível e se pudesse, ele realmente não sabia se iria querer deixar de sentir aquilo tudo. Porra aquilo era tão bom – Você – uma estocada funda – Que – outra – Pediu.

- M-merda – Josh choramingava a cada estocada, sendo ela funda ou lenta, rápida e certeira em sua próstata. A mente estava tão nebulosa que aquilo parecia até um pesadelo assombroso.

- En-então, melhor q-q... Que seus dedos?

- Oh m... Oh Hazzy – ele não conseguia responder, quem conseguiria sendo fodido por Harry Styles?

- Responde Joshua.

A frase ficou pairando no ar por minutos, gostosos e tortuosos minutos de puro deleite e gemidos escandalosos tanto de Josh quanto de Harry que rolavas os olhos todas as vezes que Josh se contraia, propositalmente ou institivamente. Suas mãos, se fosse possível, estariam fundidas ao corpo deliciosos do homem baixo a sua frente, deveria estar machucando, deveria ficar a marca por dias, mas aquilo de todo não era ruim, era de todo o ótimo porque vai que Devine estivesse transando com alguém – já que Styles não descartava essa hipótese nunca – ele teria que ter boa explicações se quisesse ser o ativo – já que Harry tinha certeza que Josh só era passivo consigo. Os movimentos continuavam incessantes, Styles ainda esperava sua resposta, mas não dava um segundo de brecha para Devine recuperar o folego que ele nem sabia que era possível o perder tanto, para que pudesse dar sua tão almejada respostas. O momento estava tão intendo que nada além daquilo os rondava a cabeça, nada, nadinha de nada, nem loiros, nem morenos, nem braços fortes com uma tatuagem de setas. Nada, eram  Harry e Josh fodendo no banheiro.

E mais minutos se passaram, Josh já não estava mais totalmente encostado na parede, Styles tinha o puxado para trás, e apenas seus braços estavam na parede sua testa colada no azulejo descia e subia pelas estocadas de Harry que agora segurava seu quadril com as duas mãos. Gemiam ainda mais alto pela posição ser mais acessível e até mais prazerosa, e Harry por um motivo a mais: era excepcional se ver sumindo em Josh, parecia uma dose extra de adrenalina em seu corpo, e Santos Pombos Transmissores de Doenças e pelo amor das vadias por pau, aquilo era tão bom que ele estava segurando seu orgasmo apenas para prolongar as sensações.

- Vo-você é... É mais gost... Oh porra, Hazzy – Harry sorriu travesso com aquilo, adorava sentir as sensações que provocava em Josh, e agarrar o membro do homem e começar a o masturbar fora o melhor de todas as outras, tanto por ele ficar completamente sem reação quanto por o esmagar. E Josh estava tão perto de gozar que ele pouco estava fodendo para terminar a frase.

- Re-espon-de – Harry beijou seu ombro e aquilo por mais insignificante que tenha parecido para qualquer um, para Josh significou o limite.

- OHHH CACETE – ele cravou os dentes no antebraço enquanto sentia o corpo eletrizar por estar tendo seu tão esperado orgasmo, Harry sentiu todo o corpo também tremer e deixou vir tudo o que estava preso em si também gozando. Devine não sabia se queria sentir ou não sentir aquilo, era simplesmente muito para processar por estar gozando e sentir Harry o preencher com o liquido tão Harry. Harry não gemeu, prendeu todos os gemidos em sua garganta para apenas Josh fazer seu show – Ahhhh – Styles voltou a o prensar na parede, ainda estava dentro do homem, mas aquilo durou pouco até ele sair e voltar lentamente – Ohhh, H...

- Eu não consigo mais viver sem isso – Josh estava ainda inerte demais, a mente nebulosa demais e ele pensou estar fantasiando aquilo, não respondeu por esse motivo. Styles saiu completamente de Josh ganhando um gemido fogoso em troca, suas mãos que ainda estavam no quadril do homem subiram para sua cintura o viram de frente. Devine estava com as bochechas queimando de vermelhar, os lábios não muito diferente e uma marca vermelha na testa que era provavelmente por ter sido friccionada na parede, completamente lindo na visão de Harry. Além de tudo estava de olhos fechados e extremamente molenga em seus braços – Escutou o que eu disse?

- O quê? – a voz estava rouca e era sussurrada como se ele estivesse prestes a dormir.

- Que eu não consigo mais viver sem isso – Josh teve um lapso de consciência que o dizia que aquilo era quase como se Harry estivesse dizendo que não queria mais que ele fosse embora, mas até ele estava pensando em não sair mais daquele apartamento, tinha tanta coisa importante ali: sua xícara verde, uma geladeira cheia de comida, biscoitos de Mary no armário, Gato e Harry, nunca teve isso em outro lugar, nunca se sentiu feliz como estava se sentindo. Começou a pensar também em como era uma puta por estar fazendo o que estava fazendo, mas pensaria nisso, outra hora, estava quase dormindo.

- Que bom.

- Só isso?

- Eu estou quase dormindo, Hazzy, dá um desconto, por favor.

- Vai me dar uma resposta descente hoje antes de sair?

- Claro, Hazzy.

- Jura?

- Claro Hazzy.

- Quer transar de novo?

- Claro Hazzy.

- Está no automático como e pensei – claro Hazzy servia para tudo na visão de Devine, fazer o que.

Depois de mais alguns “claro Hazzy” esporádicos, Harry se banhou e banhou Josh, obviamente o segurando já que ele parecia sem forças até para abrir os olhos, imagina ficar em pé. O enxugou com todo o cuidado do mundo, o levou para a cama, não o vestiu, como também não se vestiu, foi até a cozinha e apagou a luz, viu onde Gato estava e ficou orgulhoso de seu menino por ele estar dormindo onde não era para dormir: entre a parede e o raque da TV. Apagou a luz da sala e volto para o quarto, apagou a luz dali também e foi para a cama onde Josh estava exatamente do jeito que ele o deitou, pegou o celular e viu que não tinha sinal de vida de Liam e Zayn. Deitou-se, cobriu-se e cobriu Josh também, se arrastou até ele até ficarem bem pertinho e deixou-se levar pelo sono.

.

   

Toronto.

18hrs43

 

 

Liam nem sabia como tinha chegado até sua casa sem sofrer um acidente e morrido. Dirigiu como um louco até ali. Ele já atravessava o quintal da casa ignorando completamente tudo, afinal, seu tudo estava em um quarto provavelmente chorando a alma por seu pai ter o ligado. Subiu os pequenos degraus e em poucos passos já estava rodando a chave na maçaneta. Ignorou a força que usou para fechar a porta e em um desespero fora do normal atravessou a sala e subiu as escadas correndo. Sentia os olhos arderem pela vontade de chorar e quando tocou na maçaneta da porta de seu quarto, as lágrimas vieram.

- NÃO MÃE, ELE TEM RAZÃO, O LIAM VAI ME DEIXAR.

- Zayn, por favor, para com isso, você está se m... ZAYN PARA – e soluços e mais soluços vieram, e não eram só os de Liam, e sim os de Zayn. Ele resolveu acabar com tudo e entrou no quarto e, nem seu pior pensamento seria capaz de reproduzir o que ele estava vendo.

- Li... Lih?

- Oi amor – Liam andou em passos largos até a porta do banheiro onde Trisha impedia Zayn de entrar, ele estava no chão agarrado as pernas da mulher, estava apenas de boxer e era possível ver de longe os vergões vermelhos espalhados por sua barrida, braços e coxas. Ele se ajoelhou ao lado do marido e acariciou seu rosto. Zayn estava magro, mais que o normal, estava pálido e chorava muito – Por que não me ligou?

- E-eu não queria t... Te atr-atrapalhar – Payne sentou-se no chão e o abraçou, Trisha que segurava o choro antes apenas para não piorar a situação, saiu do quarto e desabou no choro, as pernas fraquejaram e ela caiu de joelhos no chão. Estava começando novamente e dessa vez parecia pior do que antes. Dessa vez ela não estava com medo de Zayn acabar em um hospital, ela estava com medo de perder o filho.

- Você nunca, nunca, Zayn, me atrapalhou ou vai me atrapalhar, você é tudo pra mim, você nunca vai me prejudicar em nada – Zayn tocava em Liam desesperadamente, queria saber se Liam ainda era real, se ainda era seu Liam – Eu estou aqui, Z, eu sempre vou estar.

- Só fi-fic-ca comigo, Lih, nã-não volta mais pra lá-lá hoje.

- Não vou, vou ficar aqui, e quer saber, o resto da semana toda.

- M-ma...

- Mas nada, eu vou ficar, só vou sair amanhã de manhã bem cedo para resolver uma coisinha, mas antes das oito eu volto, tudo bem? – Liam afastou o rosto do marido de se pescoço e o olhou – Já disse que você é lindo?

- Não s...

- Você é lindo – ele o deu um selinho rápido, Zayn continuava melancólico, mas não chorava muito mais – Vamos descansar, está cansado?

- Estou – Zayn agora sussurrava, Liam estava usando todo seu autocontrole para não começar a chorar feito um louco por ver o Zayn com onze anos novamente, o sofrido e inseguro Zayn de onze anos.

Liam deu um jeito de levantar com Zayn em seu colo, o levou até a cama, o cobriu, era analisado um par de olhos vermelhos e inquietos. Tirou os sapatos e as meias, o terno, a gravata, a camisa de botões a calça, ficando só de boxer, deitou-se ao lado do marido e o abraçou com a mesma intensidade com que foi abraçado.

- Me desculpa?

- Você não precisa pedir desculpas, amor, eu sei o quanto é difícil pra você aguentar tudo isso e mais meu pai tentando te convencer de que você não é bom pra mim, mas me escuta: você é meu tudo, Z, e eu só vou te deixar quando você disser que não me quer mais, enquanto isso não acontece, eu sou seu.

I-isso nunca vai acontecer.

Um silêncio descomunal preencheu o quarto, Zayn era ciente do que tinha feito, mas era impossível não voltar a se sentir o garotinho de onze anos que foi jogado pra fora da casa de seu na época namorado, escutando tudo o que não prestava e ainda sendo proibido de o ver – ao menos na visão dos pais de Liam. E se só aquilo não bastasse, ele ainda sofria com os garotos da escola quando eles descobriram que era gay e namorava Liam. E tudo isso e mais um pouco o fazia sentir-se um lixo ambulante, e naqueles momentos só Liam o tirava de seu mar de tormenta.

Só Liam.

Malik dormiu quase duas horas depois, ainda chorou um pouco, mas foi acalentado por Liam dizendo que o amava e que estava tudo bem, e ele por alguns segundos antes de apagar, achou que estava mesmo tudo bem. Liam ficou ali até ter certeza que Zayn não acordaria, saiu da cama com o maior cuidado do mundo, foi até o banheiro, tomou um banho rápido, se trocou e foi em busca de sua mãe que ele sabia que precisava de ajuda naquele momento.

E foi como ele pensou que seria, a mulher estava sozinha em seu quarto, estava escuro e gelado, ela soluçava feito criança e Liam se sentiu tão culpado por aquilo que queria morrer apenas para os poupar daquilo. Ele se deitou ao lado dela e a abraçou, nada disseram, ela só chorava e ele só fingia ser forte.

Ela também acabou dormindo e era a vez de Liam chorar tudo o que queria chorar, o homem definhou ainda mais e estava pensando seriamente em voltar para sua casa em Londres com seu marido e seu H, mas sabia que seria pior. Na verdade ele não sabia o que seria pior.

Não estava com cabeça para falar com Harry, não naquele momento, era provável ele chorar novamente e preocupar seu cacheado, e ele não queria mais um preocupado. Nesses momentos ele até agradecia por Josh ser uma distração para seu garoto número dois.

Foi para o quarto e dormiu ao lado de seu marido o resto da noite.

 

.

 

Liam acordou às cinco da manhã do dia seguinte, Zayn ainda dormia e ele agradecia por aquilo. Tomou um banho quente para tentar relaxar antes de ir quebrar a porra toda com seu pai. Saiu de casa vestido informalmente. O percurso todo para a casa de seus pais foi sofrido, ele nem sabia o que faria se o homem tentasse ser sarcástico.

Chegou lá quase sete da manhã, não fez questão de estacionar o carro corretamente já que não queria passar mais de dez minutos naquela casa. Ignorou os seguranças o oferecendo assistência com o carro e o “bom dia, senhor Payne” que os outros o davam. Entrou na casa mais parecendo um furacão, já estava vermelho de raiva. Foi direto para a cozinha e lá estava seu alvo.

- Bom dia seu monstro, como se sente depois de fazer meu marido quase se matar?

- Bom dia filho, e que culpa eu tenho se seu marido é um fraco – e naquele momento Liam não pensava mais, estava 100% com raiva e foi nesse momento que ele avançou em seu pai, viu o medo no olhar do homem assim que agarrou em seu terno.

- Fraco é você – ele não gritava, para sua própria surpresa – Você que não suporta me ver feliz, você que não suporta saber que seu filho é mais feliz que você na mesma idade que você casou com ela, em saber que Zayn me ama e não meu dinheiro, ela, ela só está com você por seu dinheiro.

- Me lar...

- Você disse tudo o que queria para o meu marido, agora vai ESCUTAR TUDO O QUE EU QUERO TE DIZER SEU DESGRAÇADO.

- Liam p...

- CALA A BOCA – Karen se encolheu, estava com medo de Liam ultimamente.

- Se você pensar em entrar em contato com Zayn novamente, se pensar em tentar encontra-lo para dizer qualquer coisa eu juro que eu te mato com o maior prazer do mundo, tenho o maior prazer em ser algemado na frente de um monte de gente, levar esse nome para lama e ficar preso, eu teria o maior prazer de dizer que matei meu pai para defender o meu marido. Ao menos pense nisso, ao menos pense em chegar perto dele, ao menos me deixe saber que ele enfiou o dedo na garganta tentando se aliviar de algo que você fez – ele largou o pai que estava em choque, nunca antes Liam tinha o repreendido daquele jeito – E você... – ele olhou para a mãe – Imagina o que Trisha está passando no momento? Vendo o filho dela sofrer por ser impedido de ser feliz? – Karen nada disse, apenas levantou de sua cadeira e deu as costas para Liam como se aquilo não a interessasse – Você ainda tem coração, Karen? Ainda sente algo que uma mãe sentiria? – ele a acompanhava enquanto ela saia da cozinha – Se sim, se coloque no lugar dela, ou apenas pense que eu ainda sou seu filho e me deixe ser feliz, pense em mim uma vez na vida, deixa de pensar só em você e no que as pessoas vão falar, ME DEIXE SER FELIZ COM ELE.

Liam saiu da casa em passos rápidos. Não chorava ou sentia algo diferente de raiva e nojo de seus pais.

 Quando chegou em sua casa tirou suas roupas que estavam “sujas” e deitou ao lado de seu marido, dormiu agarrado a ele não muito depois de dizer que o amava e que iria o proteger de tudo, de todos e até dele mesmo se visse que não era mais suficiente, se visse que ele não estava mais feliz consigo. Sim, Liam deixaria Zayn se visse que não o estava fazendo feliz, por mais que isso o matasse, ele faria.

Queria que tudo ficasse bem agora. Estava implorando que ficasse tudo bem, que os dias que tiraria de folga ajudassem Zayn a ser Zayn, queria aquela recaída passasse rápido como as outras recaídas que passaram rápido.

Mas o que ele não sabia era que aquela recaída não era uma recaída qualquer.

 A única coisa que ele queria era que Zayn ficasse bem, ao menos ele pedia que ele ficasse bem, não só por ele mesmo, mas também para si. Porque Liam dependia de um Zayn bem para também ficar bem.

Era a lei natura dos dois.

                           


Notas Finais


GATO LINDO VOLTOUUUUUUUUUUUUUUUUU...

É ISSO...

E ti au....


Ally xx


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