Notas Iniciais, por favor.
Toronto.
Quinta-feira
27 de agosto.
Liam não conseguiu tirar Zayn da cama no dia que disse que iria tira-lo. Manha, choro, manha e gritos foram às armas que Zayn usou contra a única de Liam: “amor, vamos sair”. Nem Liam dizendo o motivo ele levantou, então se rendeu ao marido e passou o dia no quarto com o ar-condicionado ligado no máximo, assistindo filme e comendo igual a uma formiga devorando açúcar, ao menos isso, Zayn comia junto.
Mas aquele dia veio de um jeito diferente, Zayn acordou cedo, Liam nem tinha visto, mas quando acordou, fora com Zayn de banho tomado, com uma roupa sua e menos mal que o outro dia. Os dois tomaram café juntos e por volta da uma da tarde, Trisha apareceu lá. Não comentou nada sobre a noite interior, apenas abraçou o filho e Liam. Passaram o resto da tarde jogados no sofá assistindo um programa no Discovery. Ela foi embora quando Zayn disse que queria sair, claro que não disse que queria ir atirar em coisas, mas apenas em mencionar “sair de casa”, a mulher tratou logo de ir embora.
E naquele momento, 18hrs23min, Liam acabava de parar seu carro em frente a um prédio longe de sua casa e de qualquer outro lugar. Parecia mais um galpão na verdade.
- Será que tem alguém? – Payne resolveu quebrar a silêncio que estava imposto desde que saíram de casa.
- Liguei para Rick, ele está aí, mas disse que vai ter que sair, o que significa que vamos ficar só nós dois, armas e um lugar imenso – pela primeira vez em dias, Liam escutou um tom malicioso na voz de Zayn. O fato era que eles não transavam há dias, não por não quererem, mas Liam não conseguia ver Zayn com outros olhos quando ele estava daquele jeito, nem Zayn conseguia pensar em sexo. Mas Zayn estava um pouco melhor, o que significava que ele queria Liam, e queria matar a saudade de Liam.
- Interessante – Liam se curvou para o lado e deu um curto beijinho em Zayn.
Os dois saíram do carro sem se preocupar muito em estacionar em um lugar correto. Deram as mãos e seguiram para a lateral do galpão onde era a entrada. Zayn bateu na porta de ferro e não demorou ela correr para o lado e um homem alto e negro aparecer por ela. Era Rick, o parceiro de Zayn naquele stand. O homem era um ex-policial que para não se afastar totalmente da profissão resolveu abrir aquilo, porém as coisas não deram muito certo e, quando Zayn foi visitar sua mãe em Toronto a mais ou menos dois anos, ele descobriu o lugar e viu que estava precisando de certas coisas, então ele se tornou sócio de Rick e foi ele quem fabricou quase todas as armar, de calibres e modelos conhecidos, mas personalizadas, claro.
- Fala Malik, achei que tinha se esquecido dessa porra aqui – Zayn sorriu e cumprimentou o homem que do nada o abraçou, Liam fez uma carinha feia, mas não falou nada apenas por Zayn parecer bem ali.
- Nunca, eu só estava passando por alguns problemas – Rick deu de ombros sabendo que não o interessava.
- E aí Payne?
- Rick – eles apenas deram um aperto de mão. Zayn se aproximou do marido o abraçando de lado.
- Bem Malik, eu tenho que ir, vou ter que resolver alguns assuntos com minha ex-mulher psicopata. Sorte a sua que é casado com um homem, ele não vai querer pedir pensão alimentícia se vocês se separarem – Liam apenas o olhou com cara feia e Zayn apenas o deu um dedo do meio – Aqui a chave – deu a Zayn uma única chave, que talvez fosse à reserva como Zayn pensou – Isso também é seu, fique com ela, e ah, a polícia de Toronto quer assinar um contrato conosco pra essa merda aqui ser oficialmente o centro de treinamento dos policiais que iram entrar – Zayn arregalou os olhos – Depois conversamos sobre isso. Estou indo – o homem saiu deixando Liam e Zayn parados perto da porta.
- Ele disse isso?
- Disse – Zayn sorriu grande e pulou no colo do marido o abraçando pelo pescoço.
O que por fora parecia um balcão apenas, por dentro era completamente diferente, eram dois andares, a cor era cinza escuro, corredores entre as inúmeras salas a prova de som e bala. Zayn amava aquele lugar porque além de estar longe da cidade, ele poderia fazer uma das coisas que mais gostava de fazer: usar armas.
- Eu te amo, Lih.
- Eu também – ficaram alguns segundos se olhando antes de Zayn começar beijar Liam lentamente, não era nada de afoito ou com segundas intenções, era apenas um beijo apaixonada que dizia mais do que com palavras que se amavam incondicionalmente. Zayn sentiu os braços de Liam o apertar com mais força e talvez por aquele motivo ele tenha percebido que não importava quem dissesse que Liam não o amava, porque Liam o amava, amava tanto que por mais problemas que ele tivesse, Liam estava li. Ele se achava um idiota por não ter visto isso antes, mas era que eram tantas coisas ruins rodando em sua cabeça que era até difícil enxergar as coisas.
- Vamos atirar – Liam concordou rapidamente e Zayn desceu de seu colo. Malik pegou a mão do marido e começou a o levar para o corredor imenso. Parou na frente de uma sala que bem na porta estava escrito “pistolas”. Abriu a porta e entraram. Uma bancada na parede deixava à mostra uma diversidade enorme de pistolas, uma parede de vidro blindado ficava a um metro e meio do balcão, fechava do teto até o chão, do outro lado da parede, uma outra bancada, trinta metros de sala e alvos de papel pendurados – Vamos fazer uma aposta?
- Não.
- Com medo de perder? – Zayn largou a mão de Liam e foi para a bancada de armas, embaixo dela tinham os equipamentos que eram obrigatórios e ele já tirava de lá todos os que precisariam.
- Zayn, você faz isso desde sempre, eu atirei umas duas vezes e desisti, quase quebrei a cara, minha mão ficou doendo por dois dias – Zayn sorriu ao lembrar.
- Eu te ensino antes de começar a valer – Liam bufou sabendo que não conseguiria fazer o marido desistir daquilo – Isso é um sim, amor?
- Não sei por que te amo – Zayn sorriu ladinho comemorando sua vitória.
- Eu sei – piscou para Liam que se aproximou dele. Malik entregou ao marido um protetor de ouvido, um colete a prova de balas para evitar qualquer acidente e óculos de proteção. Liam colocou tudo sozinho sendo assistido por Zayn que o dava as instruções de como colocar o colete – Já?
- Já – Zayn virou-se para o balcão de armas, pegou uma pistola que Liam não sabia o calibre, pegou o pente que estava carregado, colocou na pistola e mirou no vidro para ver se estava tudo okay, Liam ficou com medo de que Zayn fosse atirar e arregalou os olhos, Zayn sorriu divertido e entregou a arma para Liam que nem sabia como segurar aquilo. O tempo que ele levou para se preparar não foi um terço do que Liam usou e em um minuto no máximo, Zayn já abria a porta que daria para a sala de trinta metros.
- Vem logo, Lih – Liam meio hesitante entrou no lugar e se aproximou da outra bancada, Zayn fechou a porta e se aproximou do marido – Lembra-se de como ficar?
- Infelizmente sim – Liam afastou um pouco as pernas, segurou a arma com as duas mãos e a levantou em direção do alvo.
- Você fica sexy.
- Eu vou atirar em você – Zayn gargalhou e se aproximou de Liam.
- Separe um pouco mais as pernas – Zayn estava frente a frente com Liam, sua respiração batia na bochecha do homem que olhava fixamente para o papel querendo ver ali a cabeça de seu pai – Nunca coloque o dedo no gatilho se você não está pronto para atirar – Liam separou as pernas um pouco mais e tirou o dedo do gatilho – Levante a arma na altura dos olhos, assim não corre o risco de na hora do disparo você se machuca. Flexiona um pouco os braços e só os deixe eretos quando for atirar – Zayn sorriu sapeca e deu um beijo no pescoço de Liam que grunhiu.
- Zayn, fica bem difícil assim – ele sorriu e se afastou do marido.
- Okay, quando estiver pronto – Liam respirou fundo e mirou na cabeça do homem de papel. Fechou os olhos rapidamente e quando os abriu apertou o gatilho, esperou o barulho e a força da arma fazer seu braço dar um safanão pra trás, mas nada veio a não ser uma gargalhada alta de Zayn – Destrava a arma, amor.
- Não ria, eu pensei que você já tinha feito isso.
- Você que tem que fazer – Liam usou a mão de apoio para puxar a parte de cima da arma que ele nem sabia o nome, soltou em um estalo que o fez dar um pulinho pelo medo e puxou para trás a minúscula alavanca no lado da arma e voltou a ficar na posição que Zayn disse, respirou fundo novamente e puxou o gatilho, o barulho, seu braço dando um safanão para trás e seu coração disparando – Preciso tirar uma foto da sua cara de medo.
- Não começa Zayn – Malik apertou um botão vermelho que estava na parede e todos os alvos vieram até Liam que no seu acertou quase fora perto de onde seria a barriga – Eu quase errei, mas eu mirei na cabeça.
- Uma hora você vai acertar – Liam fez bico e Zayn se aproximou pegando a arma depois de fazer os alvos voltaram para o final da sala – Se afasta – Liam fez o que o outro mandou e ficou perto da porta, puxou o celular do bolso e esperou Zayn ficar na posição em que estava para tirar uma foto, tirou e mandou para Harry com quem não tinha falado aquele dia ainda. Malik usava apenas uma mão e parecia mais calmo do que quando acordava – Na cabaça – e o disparo foi dado e Zayn nem se mexeu com a força da arma. Liam apertou o botão e os alvos vieram, se aproximou do marido – Viu – ele de fato acertou na cabeça.
- Nem vem que eu não vou apostar nada com você – Malik deixou a arma na bancada e virou de frente para Liam.
- Tem razão, eu não preciso nem apostar para ganhar o que eu quero – Payne sentiu o corpo tremer com aquilo, Zayn parecia estar o provocando e ele amava aquilo. Liam pensou que ele iria o beijar, mas não, ele apenas se esquivou de si e saiu da sala pegando mais uma pistola, carregou-a e voltou para a sala fechando a porta – Descarrega o pente inteiro no alvo, quem acertar mais no centro ganha.
- Ganha o quê?
- Nada, porque já vou fazer amor com você nessa sala mesmo – querendo ou não, Liam sorriu pequeno ao escutar Zayn, nem tanto por escuta-lo dizer aquilo, mas pelo tom petulante que era seu quando estava em bons dias.
- Ah vai?
- Duvidando de mim? – Liam negou sorrindo, pegou sua arma e ficou na posição que seu marido tinha o ensinado – Quando quiser.
- Minha mão vai ficar doendo.
- Te faço esquecer a dor, rapidinho – e com aquela frase de sentidos incontáveis, Liam começou a apertar o gatilho, Zayn logo depois.
Os barulhos dos tiros e dos cartuchos caindo sobre o tapete fora o resumo por segundos. Liam já sentia os braços doerem enquanto Zayn parecia mais que feliz. Depois de segundos os barulhos pararam e ao contrário de Zayn que parou no momento certo, Liam apertou o gatilho mais duas vezes por não saber que as balas já tinham abacado. Eles se olharam, Zayn com um ar superior e debochado e Liam com cara de paisagem, estava tremendo e com os braços doloridos.
- Vamos ver – Zayn passou por Liam e apertou o botão vermelho, os alvos vieram e quando chegaram em frente a bancada Zayn primeiro parou no de Liam e o olhou – Acertou três no centro da barriga, um quase fora da cabeça e o resto espalhado, mas não errou o alvo – ele foi para o seu a qual Liam estava na frente chocado com o que viu.
- Isso é injusto, Z.
- Treino – ele sorriu ao marido – Tem um buraco onde seria a cabeça e um buraco onde teria o centro da barriga – ele virou de frente para Liam e sorriu vitorioso – Ganhei.
E sem chances de Liam responder, Zayn o abraçou pelo pescoço e o beijou, um beijo nada calmo e nada sentimental começou e em pouco tem Liam já tinha suas mãos na cintura de Zayn puxando, apertando, querendo tirar a merda do colete de uma vez. Malik gemia entre o beijo, louco para que aquilo tudo fosse pulado e passasse para a parte onde ele sentisse Liam o beijando por inteiro. Payne sentia o corpo todo pulsar ao sentir Zayn desesperado o tocando, apertando seus ombros, passando as mãos por seu pescoço e até o machucando de tanto que apertava ali, e ele confessava mesmo estando quase sem ar que amava quando Zayn era tão violento quanto ele.
Zayn soltou um suspiro longo ainda contra o beijo quando Liam agarrou sua bunda e o levantou do chão, ele meio que guiado pelo instinto enlaçou suas pernas a cintura do marido. Liam sem paciência alguma afastou com uma mão a arma que estava ali a jogando no chão, Zayn sorriu baixo. Não custou a ser posto no balcão e Liam ficar entre suas pernas. O beijo ficou ainda mais quente e afobado quando isso aconteceu.
- Tira logo isso – Liam resmungou referindo-se ao colete que Zayn não custou a joga-lo longe assim como ele mesmo não custou a tirar o seu.
Voltaram a se beijar tão intensamente quanto antes, agora sim Liam podendo tocar o quanto queria em Zayn, suas mãos já por dentro da camisa do marido, vez ou outra passando por cima da ereção ainda completamente escondida pela roupa, Malik apenas gemia e tocava onde podia em Liam para matar a saudade e é claro por aquilo ser um vício quase involuntário.
A camisa de Liam foi a primeira a voar para longe, em seguida a de Zayn. Payne não demorou nada para matar a vontade de sentir o gosto de Zayn, sua boca voou para o pescoço do marido, os chupões doíam, mas Malik nem pensava em reclamar por que amava, mas não era só isso, Liam descia o zíper de sua calça desesperadamente.
- Que saudade – Payne sussurrou com os lábios ainda no pescoço do marido já puxando a calça do homem para baixo.
- D-desculpa.
- Shiii, só aproveita – àquela altura Zayn já tinha tirado seus sapatos com os pés da maneira que conseguiu, Liam também não estava atrás e em movimentos apressados, ambos já estavam apenas de boxer dentro daquela sala – Eu te amo tanto – Payne apertava as coxas do marido que naquele momento tinha o rosto na curva do pescoço de Liam e aproveitava tudo aquilo como se fosse sua última vez – Você é tão lindo – o pescoço de Malik começou a ser marcado por chupões violentos novamente, sua cintura era apertada pelas duas mãos de Liam que o puxava para perto, sua bunda mal tocava a bancada pela força com que o marido o puxava, sua ereção presa pela boxer e sendo prensada contra o ventre do outro.
Liam permaneceu segurando Zayn daquele jeito por mais alguns minutos até que toda sua paciência foi incinerada por um gemido manhoso do marido que implorava por qualquer contato pele a pele.
- Oh – Liam o deixou no chão, prensava seu corpo ao do moreno sem piedade enquanto apertava sua bunda e friccionava sua ereção contra a dele. A boxer de Zayn foi sendo lentamente puxada para baixo quase como se fosse sem pensar, oh, mas Liam queria aquilo. Os lábios se tocaram em um beijo animalesco que fazia os corpos esquentarem ainda mais. Repentinamente e com uma força que Zayn não sabia de onde Liam tinha tirado, ele já estava curvado sobre a bancada, sua bunda empinada na direção de Payne que tinha seu peitoral encostado em suas costas, à respiração afobada batendo contra sua orelha.
- Você ganhou?
- Ga-ganhei.
- Mas o presente é todo meu.
- Só você amor – Liam sabia o que aquilo significava então começou a beijar o pescoço de Zayn que se arrepiava por inteiro, os beijos foram descendo até chegarem a seus ombros que estavam mais magros que nunca, Liam beijava cada mínimo pedaço de pele como se fosse o mais precioso de Zayn, e eram, claro.
- Como quer?
- Lento – Liam concordou e voltou a beijar todo o pedaço de pele que fosse possível, seus lábios já estavam no meio das costas de Malik que nem sabia o que fazer: se ficava quieto ou jogava o quadril contra Liam.
- Vou tentar, mas não garanto nada.
- O-okay.
Liam já estava de joelhos no chão, seus lábios passando lentamente pela bunda do marido que tinha os olhos fechados ansiando pelo que viria a seguir. Payne deu uma leve mordida em seu glúteo direito e quase gargalhou por ter dado um sobressalto pela sensação gostosa que aquilo o dava. As grandes mãos começaram a apertar com mais forçar suas coxas enquanto elas iam em direção a sua bunda, parecia que tinham fogos de artifícios estourando em seu estomago e cafeína circulando por se corpo ao invés de sangue.
- Oh m... Liammmm – todos os seus dedos se apertaram, os dos pés quase cravaram no tapete cinza que cobria todo o chão, os das mãos se apertaram contra as palmas e seus dentes cravaram em seu braço. Liam o dava um beijo grego, não qualquer beijo grego, só Liam sabia o deixar maluco fazendo aquilo. Inconscientemente ele começou a jogar seu quadril contra o rosto de Liam que o alargava com a língua sem pudor algum – Hummm-ohh, Lih – Zayn deu um jeito de enfiar seus dedos nos cabelos de Liam o empurrando ainda mais contra seu traseiro, se fosse possível obviamente. Payne não reclamava, não hesitava nem sairia dali, não enquanto Zayn não pedisse, mas isso não significava que ele não iria torturar um pouquinho seu amado mulçumano – PORRA LIHHH – Zayn amoleceu e soltou Liam completamente, seu corpo deitou completamente sobre o balcão e ele nem sabia como estava em pé ainda. Liam tinha dois dedos dentro de si sendo acompanhados por sua língua ávida, os dedos longos tocavam constantemente em sua próstata o fazendo dar saltinhos e ficar nas pontas dos pés de tão bom que aquilo era. Os gemidos de Zayn eram como gritos de incentivo de um treinador raivoso para que Liam continuasse, continuasse e melhorasse como podia o que estava fazendo, e foi com o pensamento de dar ainda mais prazer a Zayn que ele começou a masturbar o marido que apenas soltou um gemido rouco e baixo que o fez querer desistir na hora e partir para a parte que o faria gritar por mais – L-liam, Liam para – Malik sabia que se o marido continuasse daquele jeito ele iria gozar e como estava mole por seu estado físico não estar dos melhores, ele acabaria deixando Liam na mão, e porra, ele não queria aquilo, não mesmo.
- Já? – Liam disse debochado dando beijos e mordidas nas nádegas do marido que choramingava feito criança.
- Lihhhhhh...
- Não posso nem me divertir – se Zayn tivesse algum senso cognitivo naquele momento, ele teria maior prazer em bater em Liam até ele o foder na merda daquela sala sem falar mais nada, mas ele não tinha força nem capacidade mental de virar para Liam, ele nem conseguia mexer as pernas. Ele odiava Liam quando ele queria provoca-lo, mas o amava também por fazê-lo, a linha tênue entre odiar e amar não existia para Zayn em relação a Liam, era confuso, mas ele entendia – Eu não posso mais fazer nada direito nesse casamento, poxa.
- Liammmmm – Zayn fungou, não por manha, ele queria mesmo chorar por Liam estar fazendo aquilo.
- Só porque você pediu – Liam levantou, tirou sua boxer em tempo Record e se masturbou um pouco para espalhar o pré-gozo e não machucar muito o marido – Mas olha, Z, não vai ser toda vez assim, eu estou um...
- Cala boca – Liam sorriu vitorioso, era aquilo que ele queria, irritar Zayn, o sexo ficava melhor quando tinha alguns tapas e palavrões – S-só devagar, por favor.
- Com medo?
- Liam eu juro que eu vou te bater.
- Pode começar – Zayn bufou de raiva, mas não teve outra reação como Liam esperou que seria – Respira – Liam aproximou-se ainda mais de Zayn e passou lentamente sua glande na entrada do marido que gemeu por finalmente senti-lo – Não faz isso – referiu-se ao marido se contrair feito um louco antes mesmo de ele fazer algo além. Malik respirou fundo e tentou relaxar, mas a ansiedade não deixava, ele queria logo sentir Liam dentro de si – A dor vai ser só pra você – Zayn choramingou novamente, queria bater em Liam, muito.
Respirou novamente e relaxou o quanto pôde, Liam sentindo que podia começou a forçar seu pau contra a bunda de Zayn que soltava baixas súplicas que ele não entendia se era para ir de uma vez, se para parar ou para que fosse devagar. Payne continuou em seu ritmo, lento, entrava um pouco mais em Zayn e saía novamente, amava ver aquilo e não tinha ninguém no mundo que o fizesse para de fazer aquilo. Ele se curvou para frente e distribuía beijos delicados nos ombros de Zayn que já não dizia nada por estar mordendo seu antebraço.
- Que saudade disso – Liam acabou com a tortura e entrou todo de uma vez em Zayn que soltou todo o ar que estava em seus pulmões em forma de um gemido baixo e rouco que fez Liam fechar os olhos e quase implorar para que ele fizesse de novo.
- E-eu também – Liam nem conseguia respirar direito, eram tantas coisas ao mesmo tempo, que ele estava a ponto de desmaiar, principalmente quando Zayn deu uma leve rebolada em seu pau e se contraiu ao máximo.
- Ohhh – ele encostou a testa no ombro de Zayn e o deixou fazer o trabalho pesado. Ele ficou ereto e levou ambas as mãos para os quadris de Zayn que o ondulava. Liam olhava tudo aquilo fascinado, Zayn era tão perfeito que doía.
Depois de um tempo Liam foi quem assumiu o controle, suas estocadas começaram lentas, mas a falta de controle o fez acelerar e quando ele percebeu Zayn já segurava na lateral da bancada para não se machucar, mas ele não parou, não pararia porque ele sabia que Zayn estava adorando tanto quanto ele estava. Via também que seus dedos estavam brancos pela força com que ele apertava na cintura do marido que parecia não se importar com aquilo, pelo contrário, gemia com tanta intensidade que parecia até gostar.
- E-eu te... De... ohhh Lih – Payne puxou Zayn para que ele ficasse em pé, as costas de seu marido tocaram em seu peitoral e não custou para estarem se beijando alucinadamente enquanto se sentiam de todas as formas possíveis. Zayn sentia absolutamente todo o corpo doer, não dor de dor, mas a dor de sentir tanto prazer, as pálpebras pareciam coladas, o sangue parecia correr em uma velocidade impossível, coração parecia que iria parar em qualquer segundo e ele nem se importaria em morrer daquele jeito.
- Repete – Zayn sentiu a mão de Liam começar a o masturbar e infelizmente ele iria gozar, não aguentaria tudo aquilo.
- E-... Eu te... AMO... Ohhh merda – pareciam murros em seu corpo, o cérebro falhou por alguns segundos e ele gozou na mão de Liam que gemeu alto ao sentir Zayn se contrair.
- E-eu te amo – Payne continuou a masturbar Zayn que quase chorava por estar sensível, continuava a o estocar forte, acertando sua próstata sem esforço algum, a visão falhava, por vezes ele pensava que aquilo nem estava acontecendo de tão bom que estava – E-e sabe mais? Eu ca-casaria com você de novo de tanto que eu te amo – Zayn perdeu ainda mais o chão com aquilo. Suas mãos foram para os braços de Liam que estavam o segurando pela cintura, suas unhas curtas cravaram ali, sentiu um beijo em seu ombro e logo depois Liam tremer dos pés à cabeça – O-ohhhhhh... P... – os dentes de seu marido cravaram em seu ombro enquanto ele sentia os jatos quentes de sêmen o preenchendo, era tão bom que ele gozaria novamente se tivesse capacidade física para isso.
As respirações eram quase gemidos explícitos, Zayn já estava apoiado na bancada novamente e Liam tentava controlar suas pernas que tremiam feito gelatina. Pareciam reclusos em um lugar fora da terra onde só os dois existiam e nada era melhor que sentir um ao outro. Liam continuou dentro de Zayn por vários minutos, era tão bom, confortável e seu que se ele pudesse ficaria ali pelo resto da vida. Ele só acordou de seu sonho paranoico quando do nada Zayn começou a gargalhar, de verdade, tanto que era até contagiante e ele não custou a gargalhar também. Zayn se afastou o que fez Liam sair de si, virou de frente para o marido e o abraçou pelo pescoço, ainda gargalhava, os olhos brilhavam em diversão. Liam nunca mais tinha o visto daquele jeito.
- Do que estamos rindo? – selou rapidamente seus lábios aos do marido que o olhava fixamente.
- Nós acabamos de fazer amor em uma sala cheia de câmeras – Liam arregalou os olhos e olhou para os cantos da sala e viu que tinham mesmo câmeras.
- Porra, e agora? – Zayn sorriu ainda mais e o beijou lentamente, Payne correspondeu ao beijo e esquecendo-se das câmeras, ele apertou a bunda de Zayn.
- Estão desligadas seu bobo – o castanho abriu a boca indignado.
- Você me enganou.
- Descontei, na verdade – Malik sorriu debochado – O mandei desligar as câmeras dessa sala, e ainda o mandei contratar alguém para limpar nossa bagunça – Liam novamente ficou chocado.
- Você s...
- Claro que eu sabia que acabaríamos fazendo isso, ou você esqueceu que eu sou eu?
- Petulante.
- Gostoso.
- Se atirar te deixar assim todas às vezes eu vou construir um negócio desse no quintal de casa.
- Eu vou adorar – ficaram alguns minutos se olhando como era de costume. Beijaram-se mais algumas vezes antes de Zayn bocejar e Liam perceber que eles ainda estavam nus, em uma sala onde pessoas atiravam em alvos de papel.
- Vamos antes que você durma aqui.
- Me carrega? – Payne o olhou desconfiado e assentiu.
- Okay – Zayn encostou-se a bancada enquanto o marido catava as roupas, vestiu a boxer, a calça e a camisa, o vestiu apenas com uma boxer e o pegou no colo junto com as roupas – Você é muito folgado.
- Não.
- Oh claro que não, até porque eu te carrego todo o tempo.
- Toda razão, e se você não fizer, eu corto seu cabelo.
- Virou a mamãe agora?
- Eu sou ela versão homem.
- Sempre percebi.
- Esperto – Zayn sorriu satisfeito e passou a mexer nos cabelos do marido.
Saíram do galpão e Liam caminhou até o carro sentindo Zayn dar leves beijinhos em seu pescoço. O colocou no carro e saiu dali o mais rápido que conseguia. Zayn acabou dormindo minutos depois de saírem dali. Liam pensou em ligar para Harry, afinal, não tinha falado com seu cacheado desde o dia anterior, mas ele achou melhor não.
Chegaram em casa quase onze da noite, Liam teve que acordar Zayn o que rendeu em manha em dobro, alguns “mas, Lihhh, está tão bom aqui”, “só mais um pouquinho”. Ele não esperou, pegou o marido no colo deixando as roupas ali, entrou em casa e seguiu para o quarto, tomou banho e deu banho em Zayn que reclama feito um bode na chuva que a água estava gelada mesmo que estivesse quente. Liam o abrigou a comer mesmo que ele estivesse quase cochilando sentado na cama, mas comeu. Ele acabou dormindo depois de pedir um beijinho de boa noite, já Payne teve que lavar a louça e antes de realmente dormir, mandou uma curta mensagem para Harry que ligaria assim que acordasse e pedindo desculpas por não ter ligado o dia inteiro, Harry respondeu dizendo que entendia e que não precisava pedir desculpa, ainda ressaltou que bateu uma punheta no banheiro com a foto de Zayn atirando.
Liam foi dormir sorrindo por ter Zayn em seus braços e por ter Harry em outro continente. Amava os dois incondicionalmente e não sabia mais o que era viver sem eles.
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Londres.
Ex-abatedouro.
05hrs00min.
Harry estava olhando para o teto, estava impaciente, queria matar alguém de raiva e esse alguém era Josh. O homem não tinha o ligado, não tinha mandado mensagem e nem tinha chegado em casa ainda, certo que ele saiu quase uma da tarde do dia anterior, mas porra, custava ligar, dizer que estava bem ou ao menos atender o celular? Não, não custava.
Styles não queria estar se sentindo abandonado como estava se sentindo, não por Liam não ter o ligado o dia inteiro, afinal, ele não ligou, mas mandou mensagem, mas ele não queria estar se sentindo daquele jeito por Josh, aquele cretino maldito gostoso do inferno. Sabe? Ele deveria estar acostumado, afinal, passou aquilo tudo com Josh quando era mais novo, o famoso Hazzy, e Harry sabia que não era tão mais Hazzy assim, e por isso não deveria sentir tanto pela falta de interesse de Josh, mas quem disse que ele conseguia? Estava até com vontade de chorar naquele momento – agarrado a uma blusa de Josh, mas isso ele não queria que ninguém soubesse porque era menininha apaixonada demais até para Hazzy.
E por citar Hazzy, ele estava Hazzy aquele dia, tanto que até arrumou a cama, e aquilo ele não fazia a milênios de anos e era uma mania frequente de Hazzy o organizado, quieto, antissocial, apaixonado e o filho de ouro da mamãe. Ele estava com raiva de si mesmo por estar Hazzy, queria sair, fumar maconha até desmaiar, beber até vomitar o fígado pra fora, mas o que realmente queria fazer era abraçar Josh e passar o dia com ele na cama falando baixinho sobre o quanto Gato estava um monstro destruidor de objetos da mesinha de centro. Ele estava até – até -, pensando na sua primeira vez com Josh que foi sem dúvidas alguma a melhor transa – ao menos como passivo – de sua vida inteira. Não era para menos, com Josh foram às únicas vezes consensuais, Josh foi o único que Harry transou porque queria e não porque era ameaçado por ele. Styles estava lutando na verdade para não ter o pensamento completo, desistia de lembrar logo no início porque achava que se lembrasse de tudo iria acabar pedindo assim que Josh chegasse para ele o foder, ele não saberia se conseguiria, não como antes. Porém, não conseguimos mandar em nossos pensamentos e Harry foi preso em uma teia de pensamentos felizes que nem lutando contra, ele não conseguira se soltar e então apenas deixou-se ser puxado para seu passado, deixou-se ser puxado para o tempo de Hazzy.
§---§
Era uma quinta-feira comum, Harry já tinha chegado da escola junto a Niall que não calava a boca dizendo que a “professora me deu uma estrelinha por ser educado”. Harry queria que ele enfiasse a merda da estrelinha na goela e morresse engasgado. Harry não odiava o irmão, não mesmo, nem tinha mentalidade para odiá-lo, ainda mais Niall sendo uma bola bochechuda de fofura Irlandesa. O problema do mau humor de Hazzy era o sumiço de três dias de Josh, seu Josh. O homem não tinha ligado nem aparecido em sua casa, e por mais que Harry soubesse que não tinham nada sério, eles já se conheciam há quase um ano, poxa, Harry ia à casa de Devine todos os dias, o beijava todos os dias e até dormia lá vez ou outra, isso já era motivo para ele dar notícias.
Já eram quase seis da tarde e Harry estava jogado no chão da sala por puro tédio, Niall tinha ido chama-lo para ir à sorveteria, mas ele não quis sair, então estava sozinho naquela casa, já que o irmão arrastou todas as empregas junto a ele dizendo que não queria ficar só com Judite e Kathy. Styles não reclamava, afinal, por ser um adolescente de dezesseis anos, a revolta estava o dominando, por mais que ainda fosse tímido, não desobedecesse ninguém, ele tinha raiva até de si mesmo, além, é claro de odiar sair de casa e ver gente. O adolescente revoltado começava a surgir ali por ele ter tomado consciência de que já tinha sofrido muito na vida, que era maltratado por aquele monstro e que fora forçado a fazer algo que não queria, começava também a odiar Anne, porque não era possível ela não perceber nada, e pela falta que a mulher fazia.
Harry rolou no tapete emburrado quando escutou a campainha tocar, teria que levantar para ver quem era, estava com um ódio anormal que era capaz de pular no pescoço de quem que fosse ali e xingar com os palavrões que aprendeu com Josh a pessoa que tivesse apertando a porcaria daquela campainha.
- ESPERA – ele levantou e em passos lentos propositalmente foi até a porta, estava preparado para dar um tapa na cara de quem quer que fosse, mas quando abriu a porta e viu Josh sorrindo com um buquê de rosas na mão, toda sua raiva foi transformada em amor e ele imediatamente se sentiu o idiota que se sentia perto de Josh.
- Achei que iria gostar de rosas e espero que me perdoe por eu ter sumido assim – o sorriso pequeno que Hazzy sempre via nos lábios de Devine estava ali, e por mais que Harry o quisesse tirar dali a base de tapas ou beijos – tanto fazia -, ele não conseguia – Não vai dizer nada Hazzy? – Josh se aproximou de seu menino descabelado e estendeu a ele o buquê, Harry meio hesitante pegou-o e sorriu pequeno, depois olhou para Josh que estava ainda mais próximo.
- E-eu... Não faça mais isso – era para ser uma ordem, mas acabou saindo como uma súplica o que fez Josh se sentir culpado mesmo não tendo culpa do que aconteceu. Ele pegou a mão livre de Harry que estava quase maior que si, levou até os lábios e deu um beijinho na costa dela, Harry aprendeu a amar aquilo ainda mais desde que ele fez pela primeira vez.
- Não faço – ele puxou Harry minimamente e seus rostos já estavam próximos o suficiente para os narizes se tocarem, o cheiro característico de Devine invadindo os sentidos de Hazzy o deixando inebriado, estava com tanta saudade que estava ignorando o fato de que a qualquer momento Niall e suas amigas empregadas pudessem aparecer ali e o ver quase beijando um homem – E você fica linda com raiva – até ser chamado no feminino ele já gostava, por mais constrangedor que parecesse, com Josh o chamando de Hazzy no sentido feminino era bom.
- N-não estou com raiva – Josh sorriu sacana passando levemente seu nariz no de Harry que fechou os olhos.
- Está sim, eu sei – Devine deu um beijo rápido na bochecha esquerdo de Harry que suspirou e quase deixou o buquê cair no chão. Ele se afastou completamente do garoto – Eu vou em casa, preciso tomar um banho e comer alguma coisa, você vai lá?
- Vou – ele fez um biquinho manhoso sabendo que Josh iria sozinho, ele não podia ir naquele momento, não sabia o porquê, mas ele não podia.
- Não faça isso, Hazzy, em uma hora você aparece lá, tudo bem? – ele concordou – Eu trouxe um presente pra você.
- O quê?
- Se eu disser não vai ter graça, aparece lá e vai ver – Josh se aproximou novamente de Harry e deu um beijo no canto de sua boca apenas para provocar o menino.
- Mas Joshuaaaa.
- Até mais, amor – e assim Josh o deu as costas e começou a caminhar para seu carro que Harry tinha percebido só naquele momento. Viu o homem entrar no veículo, não custou para o vidro descer e ele mandar um beijinho que Harry fingiu pegar, Devine deu uma piscadinha antes de sair com o carro, Harry ficou parado na porta com o buquê até ver o carro parar na frente da casa no final da rua e Josh sair dele e entrar na casa.
Styles também entrou na sua e olhou sorrindo bobo para o buquê. Tratou de procurar um vaso e as colocar ali, pensou aonde as colocaria e achou que seria bom pôr na sala onde sua mãe geralmente colocava as dela, não levaria para seu quarto, afinal, queria esfregar na cara de todo mundo que tinha ganhado flores, mas também não queria deixar na sala porque Niall acabaria pegando todas as rosas e as fazendo de “espirra água”. Niall era um capeta em forma de um menino fofo e bochechudo.
Acabou as deixando na sala e sentando no sofá. Ficou olhando para as flores com um sorriso que lhe rasgava o rosto, estava tão feliz que Josh tinha voltado sabe-se de onde, e que tinha o dado flores e ainda tinha trago presente. Hazzy estava com muita saudade de seu “namorado”, de verdade, ele queria fazer uma coisa que estava adiando há tempos porque não tinha coragem, mas pediria assim que chegasse a casa de Josh, queria provar o quanto gostava dele e que faria tudo, mesmo ele não sabendo que o que pediria era algo que ele pensou nunca mais fazer com ninguém por ser uma ferida que ao invés de sarar, estava se abrindo novamente. Mas mesmo tendo esse empecilho, Harry não desistiria, não mesmo, porque amava Josh.
Hazzy acordou de seus pensamentos incoerentes quando a porta abriu e um Niall pulando igual a um macaco de laboratório todo sujo de chocolate passou por ela.
- HAZZZZZZ – ele correu até Harry se jogando no menino que era quase duas vezes maior que si – Você perdeu, eu comi dois sorvetões de c... Olha, espira água – Harry segurou o menino antes que ele pulasse de seu colo e pegasse as rosas sem nem pensar.
- Não toca nisso seu peste – Niall parou e o olhou feio.
- Você disse palavrão, quero uma libra – sim Niall e Harry tinham um cofre do palavrão, quem falasse um, dava uma libra para o porquinho que estava quase vazio o coitado. O pequeno Horan estendeu a mão melecada de sorvete na direção de Harry que a bateu pra longe.
- Despois eu coloco, mas primeiro me promete que você não vai tocar, escutou? Não vai tocar nessas rosas.
- Por quê? Mamãe me deixa fazer.
- A mamãe não está aqui.
- Mas é ela que sempre ganha flores do Dan.
- Essas são minhas – Niall arregalou seus já grandes olhos deixando os azuis brilharem em confusão.
- Você é menina? – Harry sorriu bagunçando os cabelos castanhos claros de Niall. O menino tinha dez anos, mas parecia ter seis, tanto pela energia quanto pela mentalidade.
- Não só meninas ganham flores seu idiota.
- Duas libras. ESCUTOU DITE, HAZZ DEVE DUAS LIBR...
- Não grita – Hazzy tapou a boca do irmão que parou na hora – Que coisa, já disse que não gosto de gritos.
- Desculpa – Niall já tinha empurrado a mão de Harry de sua boca e o olhava com um biquinho manhoso.
- Tá.
- Uminha?
- Não Horan, quando mamãe chegar eu te ajudo a roubar as delas, mas essa você não pode tocar.
- Você ganhou de quem? Você tem um marido para te dar flores? Você pode me dar flores? Eu gosto de flores. Sabia que a menina na minha sala tem alergia? Ela espirra igual a uma louca, eu só fico rindo da cara dela. E feio rir por que ela espira? Hazz você me acha mal? – Harry arregalou os olhos, não era possível alguém falar tudo aquilo sem respirar e ainda quase chorar no final de tantas perguntas.
- Deus, Niall, não, para com isso, pode rir dela sim. E não, eu não tenho marido para me dar flores, é só... Só um amigo, e sim eu posso te dar flores, mas seria gasto de dinheiro atoa, você ia acabar com as pobres as mergulhando na água e espirrando água pra tudo que é lado, além disso, eu levaria umas broncas das suas “amigas” e ainda você ficaria de castigo – o menino suspirou aliviado e sorriu ao irmão mais velho, ele tinha perdido dois dentes de baixo e por isso sorria grande para mostra a Harry, Styles já tinha visto, há tempos na verdade.
- Vamos assistir Pooh? – tantas perguntas para nada.
- Não aguento mais aquele urso.
- Vamos ver Peter?
- Não.
- As meninas super-poderosas? – Niall fazia uma carinha feliz para ver se conseguia fazer o irmão ir junto, as sobrancelhas levantadas e as mãozinhas balançando no ar.
- Vou sair daqui a pouco.
- Ahhhhh, Hazz, poxa.
- Não adianta fazer bico, eu tenho que sair.
- Você vai ver sua amiga filha do moço do fim da rua? – Harry tinha dito que tinha uma menina na casa do fim da rua, que era a casa de Josh, apenas para não desconfiarem de nada.
- Sim, ela chegou de viajem hoje.
- Posso ir?
- Não.
- Ma...
- Olha, Judite está te chamando.
- N...
- Anda, vai – Harry quase jogou Niall de suas pernas, o menino fez cara feia, mas começou a caminhar para a cozinha – Seu chato – Harry pensou que o menino já não escutava, mas ele o olhou e sorriu grande.
- TRÊS LIBRAS – e saiu correndo.
Depois do furacão Niall Horan, Harry levantou do sofá e foi para seu quarto, tomou banho, escolheu uma roupa bonita, passou perfume em cantos que ele nunca pensou que passaria, ajeitou seu cabelo do jeito mais bonito que conseguiu, escovou os dentes cinco vezes apenas para garantir e, depois de repetir milhares de vezes que Josh era Josh e não ele, Styles saiu do quarto. Desceu as escadas tentando não pisar muito forte para o barulho de seu All Star, não chamar a atenção de suas empregadas. Deu certo até ele pisar na sala e Kathy aparecer do nada ao seu lado.
- Tentando fugir? – Styles quase caiu duro no chão.
- Meu Deus, Kathy – ele colocou as mãos no coração e olhou para a mulher.
- Deus não, você mesmo. Vai pra onde?
- Eu vou ver minha amiga no final da rua.
- Sua namorada, você quer dizer, porque ficar bonito assim apenas para ver uma amiga, não é normal – Harry respirou fundo e tentou não sair correndo ou responder algo a Kathy.
- Ela não é minha namorada – Kathy concordou.
- Certo, volte cedo.
- Não sei se volto – ele sorriu pequeno achando que a convenceria com aquilo.
- Anne vai saber disso.
- Ela não vai fazer nada mesmo.
- Cuidado, me liga qualquer coisa, e Niall está dizendo que você deve três libras para o porquinho, pague ou ele vai ficar maluco.
- Dou depois, agora vou indo.
E saiu andando em passos largos até a porta, saiu e a deixou aberta sabendo que Kathy estava ao seu encalço, ele ainda deu um breve aceno a mulher antes de virar de costas e começar a caminhar para a casa de seu quase futuro namorado.
Era perto, e em pouquíssimos minutos ele estava tocando a campainha da casa de Josh que, ao contrário do que Harry esperou que fosse, custou a abrir a porta, e quando abriu estava apenas de boxer, os cabelos desarrumados e ele parecia ter acabado de acordar.
- Oi, Hazzy – e de fato ele tinha acabado de acordar – Você está lindo.
- Obrigado – Styles não esperou um segundo para colar seu corpo ao de Devine que também o abraçou, o puxou para dentro da casa e fechou à porta – Você dormiu no sofá?
- Dormi – ele sorriu como uma criança culpada, Styles amava aquele sorriso.
- Achei que te encontraria cheiroso e bonito – já estavam com os rostos a centímetros de distância, já tinham os olhos fechados e sussurravam.
- Me dê cinco minutos e eu apareço assim.
- Não precisa, você está lindo e cheiroso assim mesmo.
Styles fora quem quebrou a distância entres as bocas e o beijou, um beijo alvoroçado como eram os beijos de saudade, os braços tatuados de Devine o apertaram com mais força por pura necessidade de sentir o corpo do menino no seu e Styles apenas deixou-se levar. As línguas se tocando com lentidão, mas intensidade para matar a saudade que doía. As mãos de Josh passeavam pela cintura do menino com o respeito que ele sempre tinha, tanto que ele nunca tentou nada com o menino Styles. O beijo foi quebrado depois de alguns bons segundos. Eles se olharam e sorriram feito bobos, Devine se afastou e segurou na mão de Harry já o puxando para as escadas. Subiram o primeiro lance e depois mais um, chegando assim ao andar do quarto de Josh.
- Eu vou tomar banho, depois podemos pedir pizza, assistir um filme. Vai dormir aqui?
- Vou – Josh abriu a porta de seu quarto e entrou levando consigo Harry que já estava bem habituado com o lugar. Devine o deixou na cama e já iria para o banheiro quando Styles o segurou.
- O que foi, Hazzy? – Harry parecia tenso, estava pálido o que deixou o homem tatuado tenso.
- V-você estava aonde? – aquilo não era o que Harry queria dizer, mas estava tão nervoso.
- Não importa, eu estou aqui – Josh sentou na cama em frente a Harry, tocou em seu rosto e o fez olha-lo – O que foi de verdade?
- É... É que eu queria tentar uma coisa.
- O quê? – ele temeu a resposta do menino, afinal, mesmo nunca tendo escutado nada do tipo sair da boca do garoto, sabia que ele tinha passado por algo que o machucou muito apenas pelo jeito que ele via certas coisas.
- Faz amor comigo, Joshua? – Josh ficou estático, sem reação, o ar sumiu de seus pulmões e ele por segundos pensou que tinha morrido e estava cruzando o tal do túnel.
- O-o quê? – ele balançou rapidamente a cabeça e viu Harry empalidecer ainda mais.
- E-eu... – Styles já iria começar a chorar quando respirou fundo e recuperou a coragem – Eu quero que você faça amor comigo.
- Wow, wow, wow, espere aí – Devine passou as mãos no rosto e tentou achar no rosto de Harry algum sinal de hesitação – Por que isso?
- Porque eu quero.
- Harry, olha o que você está me pedindo – ficaram em silêncio alguns segundos até Josh voltar a falar – Se for por você estar se sentindo inseguro por esse meu sumiço, ou para tentar me provar algo, amor, você não precisa, você sabe que por mais tempo que eu fique fora, por mais pessoas que eu conheça, você é e sempre vai ser o meu Hazzy – aquilo era para tentar convencer Styles a desistir, mas tudo o que Josh falava, o dava mais vontade de tentar.
- Eu apenas quero.
- Em outro dia, pense mais.
- Hoje.
- Harry, por favor, hoje não.
- Você não me quer? – a pergunta atingiu Josh como um murro bem no estômago. Oh como ele queria Harry, tanto que ele nem sabia mais como fugir, mas veio tudo tão rápido, tão sem aviso que ele até ficou assustado.
- Harry, eu tendo quase vinte e dois anos, você acha que eu sabendo os riscos de ser preso por estar com um menor de idade, que eu posso ter quem eu quiser e sendo como eu sou, você acha mesmo que se eu não te quisesse por perto eu já não tinha te dado um pé na bunda? – Devine se aproximou ainda mais de Harry segurando suas mãos – Eu te quero por perto, mas me pedir para transar com você assim por nada, não é o jeito certo.
- Mas eu já pensei, venho pensando nisso a muito tempo, é com você que eu quero tentar – Devine já estava sem argumentos para com Harry, ele não sabia mais o que dizer para tentar fazer o menino mudar de ideia – Por favor, não me renegue.
Foi à gota d’água.
Josh um ser humano normal, comum como todos os outros, estava com Harry em sua frente pedindo para que ele não o renegasse e fizesse amor com ele. Era demais para qualquer um.
- Deus, Harry – Josh negou rapidamente antes de dar um longo selinho em Harry – Okay, mas eu passei seis horas em um avião, estou com fome e morto de vontade de tomar um banho, você pode descer, pedir comida, qualquer coisa que você quiser, escolhe algum filme e depois resolvemos isso – Harry achou estranho, afinal, achou que Josh só começaria o beijar, eles tirassem a roupa e pronto, mas também achou bonitinho da parte de Josh, então ele só concordou.
- Você é perfeito.
- Longe de mim, você é que é – Devine deu uma piscadela rápida e levantou da cama deixando Harry sentado na cama com uma carinha feliz.
Styles fez o que o homem pediu, mas só saiu do quarto quando escutou o barulho da água caindo no chão. Pediu pizza, viu se tinha refrigerante, andou pela cozinha umas trinta vezes, nervoso como nunca antes, sentia o coração pulando no peito e estava até pensando em desistir, mas não, não desistiria. Repentinamente, quando estava com as mãos apoiadas na bancada com a cabeça pendida para frente, sentiu duas mãos em sua cintura, mas apenas isso, nada de fricção, nada, só duas mãos, mas apenas isso o fez arrepiar. Ele se recompôs e não custou para ganhar um beijinho no pescoço acompanhado de uma baixa risadinha.
- Oi, Hazzy – ele sorriu e virou de frente para Josh que estava com os cabelos um pouco molhados, estava apenas de boxer como era mania ficar em casa, os lábios mais vermelhos que o comum talvez pela água quente do banho.
- Oi – sem saber o que fazer depois daquilo, Harry começou um beijo afoito, seus dedos já entrando nos cabelos um pouco cumpridos. Jogava o corpo levemente contra o do homem que tinha as mãos em sua cintura. Os lábios se imprensavam, Harry sentia a barba curta de Josh tocar seu rosto e arrepiava ainda mais do que já estava. Ele quase, quase soltou um suspiro fogoso quando sua bunda bateu na lateral do balcão. As mãos ainda naquele tempo, leigas no assunto buscando conhecer a pele de Devine que sentia algo pulsar entre as pernas resultado de quase um ano inteirinho reprimindo o desejo pelo menino Hazzy.
Harry não soube quando ou como, mas já estava sentado em um banquinho com Josh entre suas pernas, as mãos consideravelmente pequenas para um homem apertavam suas coxas enquanto as suas passeavam apressadas pelo peitoral definido do outro. O beijo não perdia intensidade, pelo contrário, cada toque novo parecia que os davam mais ânimo para continuar. Harry não tinha nada passando por sua cabeça que não envolvesse Josh, Josh, Josh, Joshua, Joshua e mais Joshua. Já o próprio Joshua estava apenas seguindo seus instintos, tentando controlar os que gritavam em sua cabeça para ele tirar a roupa de Harry e “fazer amor” naquela cozinha mesmo. Por sorte – ou não – bem na hora que ele iria puxar a blusa de seu menino a campainha tocou. O beijo foi cortado imediatamente e ambos ofegantes se olharam, os lábios completamente vermelhos, os corpos quentes e necessitando de mais.
- D-deve ser a pizza – Harry soltou em um suspiro ofegante, Josh o pobre homem mal conseguia raciocinar e entendeu meio débil “pizza”, e foi como acordar de um sonho maravilhoso.
- Acho... Acho melhor você ir lá, minha carteira está na mesinha da sala – Harry entendeu bem o “acho melhor você ir lá” e com as pernas bambas ele pulou do banquinho e seguiu para a sala. Josh quase se jogou sobre o balcão tentando não se masturbar. Respirava fundo e repetia milhões de vezes em sua cabeça a frase: “se controle, se controle, se controle”.
Harry na sala pegava algumas notas na carteira de Josh com as mãos tremulas, tinha a respiração ofegante e nem pensava direito, tanto que pegou quase cem libras e seguiu para a porta, a abriu, sem esperar o entregador falar um ai, ele pegou a pizza e deu o dinheiro ao entregador.
- Tem quase quatro vezes mais dinheir...
E Harry fechou a porta. Em passos rápidos ele deixou pizza na mesinha de centro e voltou para a cozinha onde Josh estava encostado no balcão com os braços cruzados e com as bochechas vermelhas pelo “calor”.
Harry não pensou muito antes de jogar o corpo contra o de seu homem e voltar a beijá-lo. Não estava muito se importando onde estava ou como estava, ele só queria beijar e beijar Devine. As mãos do homem foram para seu rosto controlando totalmente os movimentos do beijo, se é que aquilo podia ser chamado de beijo. Os lábios de Harry estavam latejando pela força com que era beijado, suas mãos passeando meio sem rumo pelo abdômen do homem a sua frente.
- V-vamos comer a...
- Não, Joshua – Harry não queria parecer necessitado, mas a quem ele queria enganar suplicando daquele jeito? Estava louco para sentir Josh de todas as maneiras possíveis desde sempre. Harry era puta desde novo.
- Harryyy – Josh tentou afastar Harry, mas não funcionou muito, já que ele se jogou ainda mais contra si, então ele só agarrou o menino pela cintura e inverteu as posições o prensando no balcão.
- Comemos depois – ele sorriu sacana, Devine apenas negou e deu um beijo rápido no menino, segurou sua mão esquerda e começou a caminhar, iria para o quarto, obviamente, não queria que a “sua primeira vez com Harry”, fosse em uma cozinha. Ahhhh, pra ser sincero ele queria sim, mas iria reprimir mais um pouco seu fetiche, afinal, daria o primeiro passo de uma longa e alucinante corrida – bons entendedores, entenderam.
Subiram às escadas em uma velocidade quase anormal, Harry ria baixo quando acabava tropeçando de leves nos degraus por ter dois pés esquerdos. Josh nem conseguia pensar direito, não em coisa que não tivessem a ver com Harry deitado em uma cama, sua cama gemendo seu nome. Já perto do quarto, Harry puxou a mão de Josh o fazendo virar de frente para si, não era difícil, afinal, Harry era quase maior de Devine. Mas quem tinha todo o controle da coisa era Josh que agarrou o menino pela cintura e votou a beijá-lo, a parede foi um alicerce para o castanho que prensou Harry ali e tentou algo mais ousado, e isso foi apertar a bunda de Harry que suspirou fundo e se agarrou ainda mais a Josh querendo mais.
- V-vamos devagar, Hazzy – Styles concordou, mas não agiu, já que suas mãos corriam pelo peitoral e rumava para baixo – Hazzy, devagar.
- Não quero – Harry falava como se estivesse sussurrando, mas não queria, estava mesmo ofegante e sem voz com aquilo.
- Porra, Hazzy, você quer me matar? Sabe o quanto é d... – Harry calou o homem com um beijo e uma mão boba bem saliente entrado na boxer que Josh vestia. Devine gelou, mal conseguia beijar Harry – Ohhh merd... – Josh quase engastou ao sentir Harry o tocando, toques tímidos, ainda por dentro da cueca, mas porra, era Harry o tocando naquele momento – Qu-que gostoso – o homem tatuado passou a morder, lamber, beijar e dar chupões no pescoço do menino que agora o masturbava lentamente. Harry estava bem mais que excitado, estava como nunca se sentiu antes, desejando alguém como nunca antes tinha desejado na cama. Claro que não era virgem, já tinha transado com algumas garotas da escola mesmo que sua cara de menininho santinho negasse até a morte e até o papa acreditaria que o menino era puro, mas não, Harry não era. E, além disso, passou por maus bocados com ele e infelizmente suas lembranças de relações sexuais com homem não eram nada, nada boas. Mas Josh não era ele, Josh era Josh e nunca faria o que ele fez.
- Você vai ser meu primeiro, Joshua – bem, aquilo chocou Josh em tão grande escala que ele teria broxado se Harry não estivesse o masturbando tão gostosamente. Mas nada impediu de ele olhar para o menino com os olhos arregalados – Como se fosse meu primeiro, vamos fingir que sim, tudo bem? – ele só concordou, sabia que tinha algo escondido, mas deixaria Harry falar no seu tempo – Então, não acha que eu estou com muita roupa? – “PUUUUTAAAAAAAA”.
- Ahh, claro – Devine afastou a mão de Harry de seu pau porque seria uma covardia ele tentar fazer algo sendo masturbado pelo garoto, tirou a camisa polo que ele usava e a jogou longe, seus lábios sedentos de pele voaram para a de Styles que jogou a cabeça para trás dando todo o espaço que o outro precisasse.
Seu mamilo direito começou a lentamente ser massageado pela língua esperta de Josh que aproveitou e agarrou uma das coxas do menino e puxou-a até sua cintura, seus dedos afundavam-se na carne mesmo tendo uma peça grossa de roupa cobrindo as afeminadas e perfeitas pernas de Harry.
- Hmmm – Josh queria gravar aquilo e escutar enquanto estava negociando com babaca que tinha uma plantaçãozinha de maconha e se sentiam donos do mundo, seria melhor que escutar os otários querendo mais dinheiro do que valiam.
- Você geme tão bonito, Hazzy – ele sussurrou já perto do ouvido do menino apenas para provocar, parte do seu plano também de provocação foi começar a friccionar seu pau contra o de Harry, que nem sabia se aquilo era real ou um muito, muito gostoso sonho – Vamos, Hazzy, geme meu nome – ele começou a beliscar os mamilos de Hazzy enquanto continuava a friccionar seu membro contra o do menino que mantinha a perna na cintura de Devine.
- Oh, Me... Ohh Joshua – foi o fim para Devine escutar aquilo mesmo que ele tenha pedido, ele se afastou completamente de Harry e o puxou sem delicadeza alguma para dentro de seu quarto, fechou a porta em um baque alto e colou seu corpo ao do menino que parecia ter fumado três baseados seguidos.
O beijo era barulhento e molhado, Harry era empurrado pra trás e sabia que não custaria a ser posto na cama e estava até achando que estava demorando para aquilo acontecer. Josh desfazia os botões de sua calça e descia o zíper rapidamente.
- Oh – foi de susto, mas Josh nem se importou com o gemido do menino quando ele caiu de costas na cama.
- Por que você não veio só de shorts?! – ele pensou alto, e mesmo assim Harry não escutou, estava submerso em sensações delirantes e ele só ansiava pelo momento que seria Josh dentro de si.
Devine tirou os tênis de seu Hazzy, as meias e puxou rapidamente a calça do menino e jogando na famosa casa do caralho. E lá estava Harry só de cueca em sua cama, os dedos agarrando os lenções, os cabelos jogados para todos os lados enquanto sua cabeça mexia para o lado e para outro em um ato inconsciente. Não tinha tatuagens, não tinha pelos, e a única coisa que parecia errado no corpo do menino era a bendita cueca cobrindo a ereção dele. Harry era grande, Josh já tinha visto o menino excitado inúmeras vezes em milhares das festas que ele dava, Harry tentava disfarçar, tentava não dizer que não ficava excitado vendo as coisas que aconteciam nos corredores da casa, ou que não ficava excitado o vendo andar só de boxer por ali, mas ver Harry excitado sem uma calça jeans atrapalhando era outra coisa, Josh poderia pegar, provar, fazer o que quisesse com o menino que ele não falaria nada além de gemer.
- Você é linda, Hazzy – Styles sorriu pequeno e sentiu as mãos de Josh tocaram em suas coxas, subiam lentamente, tortuosamente o fazendo arrepiar em lugares extremos, e repentinamente as mãos foram substituídas por lábios.
- Ohhh, J... – Josh afastou as pernas do garoto e ficou entre elas, seus lábios perigosamente perto de uma zona que ele nunca tinha chegado muito perto – OH MEU... DEUS – Josh sorriu quase como um coringa da vida ao ver Harry se contorcer na cama por ele ter fechado a mão entorno de seu membro, ele massageava lentamente e a cada movimento Harry choramingava.
- Você quer mesmo isso? – pergunta idiota, mas Josh desistiria a qualquer sinal de hesitação de Harry, mas o que ele recebeu não foi um sinal de hesitação, mas sim um impulsionar de quadril em sua mão – Bom, então vamos lá.
- JO... Josh, Josh – era puro desespero mesmo, tanto que até o menino Styles se assustou.
- Relaxa boneca – Josh tinha levantado e se afastado completamente de Harry, via o garoto quase chorar na cama e se não fosse extremamente necessário um tubo de lubrificante e um preservativo ele tinha voltado para Harry e feito logo o que tinha de fazer – Tira a mão daí, Hazzy – nem Harry tinha percebido que tinha começado a se masturba, mas tirou a mão dali porque nem ele queria se estimular, queria que aquilo durasse muito. Josh pegou uma camisinha e um tubinho de lubrificante, o mais normal que encontrou, voltou para cama, os jogou onde alcançaria e cobriu o corpo de Harry com o seu friccionando propositalmente os membros mais que despertos.
- M-mer...
- Sem palavrão, Hazzy.
- MERDA – Josh gargalhou baixo, tinha agarrado novamente o pau de Harry e o masturbava em ritmo médio, por isso o menino gritou um palavrão, oh, Josh amava aquilo.
Josh continuou o masturbando, mas agora com os lábios colado na pele do menino que gemia baixo, coisas incompreensíveis, seus beijos e chupões desciam para as partes baixas de Harry, estava na altura do umbigo, onde Devine fez o que podia para excitar ainda mais Styles, a cueca já tinha sido abaixada e o membro de Harry estava livre de qualquer tecido, e Josh estava tão pertinho que ele sentia mesmo que não estivesse sentindo quase nada, a respiração no homem bater vez ou outra em sua glande, era como o dar choque de pequenas voltagens, era bom. Mas não foi como ele imaginou que seria, Josh não começou a o chupar, pelo contrário, largou seu membro e do jeito que pode tirou a última peça de roupa que ainda restava. Tirou também sua própria boxer e ficou entre suas pernas, o olhava, Harry não via, mas Josh o olhava de cima a baixo procurando achar qualquer coisa que fizesse Harry um qualquer, mais um em sua extensa lista, mas era como procurar o pote no fim do arco-íris, não existia.
- Harry – Styles fazendo uma força subumana para abrir os olhos, olhou para Josh, ele estava sério, o peitoral subia e descia rápido e Styles novamente fechou os olhos por não aguentar aquela visão – Se eu fosse alguém bom, era com você que eu queria passar o resto da minha vida.
A frase fez Harry querer chorar, e bem, ele chorou, mas em silêncio, as ralas lágrimas rolaram por seu rosto, Josh percebeu, mas resolveu deixar aquilo pra lá, e sem aviso, sinal ou qualquer outra coisa do tipo, ele abocanhou a glande de Harry. O menino não teve reação, apenas sua boca abriu, mas nada de gemido ou qualquer outro som saiu de lá, era simplesmente bom demais para reações. Josh continuou o chupando por inúmeros minutos, Harry se conseguisse olharia, tentaria controlar em algo, mas estava débil demais para respirar direito, imagina comandar alguma coisa. Ele não sabia o que acontecia ao seu redor, só sentia a boca de Josh subir e descer em seu membro, mas algo acontecia, Josh melecava dois dedos com lubrificante e tentava se controlar para não fazer besteira, ele pensou em avisar a Harry, mas achou que não seria muito apropriado, então apenas levou os dois dedos para a entrada do garoto e os passou lentamente ali.
- Joshuaaaa – talvez tenha sido o Joshua mais gostoso que ele tenha escutado na vida dele até aquele momento, e incentivado por aquilo, ele passou a sugar com mais força e lentamente, com todo o cuidado do mundo ir explorando Harry com um dedo apenas. Harry estava tenso e contraído, o que fez Josh pensar em desistir. Ele largou o membro de Harry e passou a se concentrar em dar prazer a Harry com seu dedo.
- Relaxa, Hazzy – o menino concordou meio descoordenado, respirou fundo e relaxou – Você não tem noção de tanto está lindo.
- OHhh, droga, Joshua – Josh tinha posto o outro dedo em Harry o que o fez se contorcer novamente na cama, o lábio inferior foi mordido para não gritar e a respiração travou.
- Quer se tocar? – Harry negou – Você sabe que vai doer.
- Nada comparado à dor que eu já senti – Devine poderia parar e pensar em que sentido aquele frase poderia ser, ele poderia, não era hora de ser racional, não naquele sentido.
- Pronto? – Harry concordou, Josh tirou seus dedos do menino e pegou a camisinha abrindo com os dentes, já iria se proteger quando olhou para Harry e viu um mar verde o fitando – O quê?
- Não quero isso – Josh responderia aquilo, mas foi cortado – Você transou com alguém sem camisinha?
- Nunca.
- Joga isso fora.
Josh sem reação para com aquilo jogou o preservativo para longe e pegou o tubinho de lubrificante, colocou uma exagerada quantidade e passou em seu pau por inteiro, passou também um pouco na entrada de Harry que reclamou baixinho por ser gelado. Era a hora, e por incrível que parecesse era Josh a estar nervoso e não mais Harry.
Devine de curvou sobre o menino e enlaçou suas pernas na cintura do tatuado que o olhava intensamente: os quase verdes focados nos extremamente verdes. As bocas se tocaram em um beijo lento que poderiam classificar como apaixonado. Devine tomou coragem e se alinhou na entrada de Harry que gemeu baixo pelo contato.
- Relaxa – Josh passou a dar beijos lentos pelas bochechas vermelhas de Harry que puxava ar para seus pulmões pela boca, as unhas curtas tentando de alguma forma arranhar seus ombros para aliviar o incomodo de um corpo estranho em si, apenas tentando a passagem ainda – Eu vou devagar, não se preocupe, Hazzy.
- P-pode ir – Josh novamente forçou a entrada e lentamente, o fazendo sentir milhões de sensações nunca sentidas, milímetro por milímetro sua glande estava sentindo o calor de Harry, estava sentindo Harry por dentro. Ele continuou a ir, lento, sem pressa, sem violência – Oh-hoo, J... – Harry parecia flutuar naquele momento, era tão bom, tão gostosamente dolorido que ele queria sentir aquilo para sempre, ele parecia sentia cada pedacinho de Josh, o pulsar, a sensação de ardor que ele parecia criar a cada centímetro que entrava em si. Harry amava aquilo tanto quanto Josh amava – Esp-espera – Josh parou, estava quase por completo no garoto, e apenas aquilo parecia viciante e ele só queria mais e mais, mas parou – I-isso é tão bom – Harry enfiou todos os seus dedos nos cabelos aloirados de seu “primeiro homem” e o puxou para outro beijo. Suas pernas puxaram Josh um pouco mais para frente dando sinal para que ele continuasse, e ele o fez. E em mais alguns deleitosos movimentos, Josh estava completamente dentro de seus Hazzy, e era indescritível – Você é bom pra mim, Joshua – aquele era outro momento de não ser racional, porque Josh não queria começar a falar o porquê de ser um puto, desgraçado, um maldito que era para ter sido abortado. Ele apenas esperou Harry o dar outro sinal, e quando o menino, propositalmente ou não, mexeu o quadril de encontro ao seu ele percebeu o que tinha que fazer.
Josh ainda lentamente deu sua primeira investida, Harry fechou os olhos e puxou com força seus cabelos, a boca se abriu e um curto gemido prazeroso saiu dali. As investidas aumentaram, a velocidade aumentou, mas sem ser algo violento, uma velocidade boa para ambos. Os gemidos em sua maioria eram sufocados por beijos sem coordenação, mas ainda assim deliciosos. Harry via fogos de artifícios pipocarem em suas pálpebras todas as vezes que Josh acertava em cheio sua próstata. Nada de coerente saía da boca dos dois, misturas de gemidos entre os beijos, frase desconexas, palavras sem sentido, mas tendo todo o sentido do mundo para os dois.
Harry amava Josh e não sabia.
- Vo-voc... Cê é lindo, Harry.
Aquilo surtiu o efeito que Josh queria, Harry se contraiu, tremeu dos pés à cabeça, seus dedos que agora estavam em suas costas, afundaram-se em sua carne e ele ficou ainda mais delicioso.
- OH... Josh, e-eu. AHH... – o grito do garoto chegando ao seu ápice foi calado por um beijo voraz de Josh que preferia aquilo a ter que sofrer ainda mais com aquilo na cabeça. Harry sentia, não, Harry não sentia nada além de Josh dentro de si e uma inexplicável sensação de alivio. Seu corpo todo tremia e ele sentia seu sêmen em sua barriga. O melhor orgasmo de sua vida tinha acabado de acontecer e ele estava exausto.
- Oh-oh – Josh deu mais uma estocada e saiu de Harry ficando de joelhos entre suas pernas e freneticamente se masturbava, o braço o dando apoio ao lado da cabeça de Styles que choramingava tanto por estar se sentindo vazio, tanto por estar escutando os gemidos roucos de Josh – M-.. Haazzy – Josh mordeu o bíceps enquanto gozava sem pudor sobre a barriga de Harry que gemia por Josh estar gemendo – Hummmm – ele, depois de alguns segundos parou de se masturbar e literalmente caiu sobre Harry que o abraçou.
Ficaram por minutos ali, ou seriam horas? Bem não sabiam, mas estavam tão conectados, tão unidos que não queriam sair dali. Harry finalmente tinha descoberto o prazer em fazer amor e não ser fodido, tinha finalmente tido certeza que queria Josh para o resto de sua vida, e Josh, bem esse tinha acabado de ter a melhor noite de amor de sua vida e acabado de ter certeza que nem fazendo pedidos para todos os santos, conseguiria viver longe de Harry.
- Quero dormir – a voz de Hazzy estava falha, e Josh sorriu bobo por ter sido ele a fazer a voz de seu menino ficar rouca. Devine criou coragem e saiu de cima do garoto que não queria, mas deixou, ele deitou-se no colchão e puxou o corpo do cacheado para perto do seu. Os lábios se tocaram demoradamente, um beijo lento e manhoso que poderia durar até o outro dia que nenhum dos dois se importaria.
- A fome passou – Styles riu baixinho se aconchegando ao homem que na época era apenas um pouquinho maior.
- Apaga a luz.
- Não vai tomar banho? Você está melecado de gozo, de suor, eca, seu porquinho.
- Shiiii, vamos dormir – Josh negou rapidamente já vendo o menino Hazzy cair no sono.
- Mole.
- Shiiii, vamos dormir.
- Claro Hazzy.
- Aaaah, volta aqui, Joshua – Josh tinha levantado da cama, ainda com as pernas meias bambas, mas levantou.
- Dorme.
- É tão chato sem você.
- Eu pegar uma toalha para te limpar, você é um porquinho sujo, eu não.
- Não vou responder.
- Acho bom – Josh pegou uma toalha, molhou na pia e voltou para o quarto limpando sua barriga, queria tomar banho, mas estava cansado e não aguentaria ficar mais dois segundos em pé. Ele sentou-se na cama e viu que Harry estava já quase dormindo, no estágio um do sono.
- Joshua, está gelado – Styles reclamou assim que a toalha foi jogada sobre sua barriga, Josh limpou tudo e criando coragem para levantar novamente ele suspirou fundo – Joshuaaa.
- Hazzy.
- Apaga a luz.
- Acalma aí moça.
- Chato – Josh jogou a toalha em qualquer lugar, procurou com o olhar onde estava o controle do ar-condicionado porque Josh era um pinguim e mesmo no frio geralmente sufocante de Londres ele ligava o ar-condicionado, e apagou a luz depois de vê-lo perto da cama no chão. Caminhou às cegas até a cama, pegou o controle, ligou o ar-condicionado, jogou o controle longe, caçou Harry com a mão e quando o achou o puxou para perto, puxou dois edredons e os cobriu – Joshuaaaa.
- Hazzy.
- Acho que eu não tranquei a porta.
- Se assaltarem minha casa você vai pagar.
- Não tenho dinheiro.
- Vai dar um jeito.
- Serve com beijos? – Josh sorriu pequeno e deu um selinho em Harry que estava com o rosto a poucos centímetros do seu.
- Se alguns de juros, eu aceito.
- Espero que assaltem sua casa.
- Roubando ou não eu vou cobrar.
Ficam minutos em silêncio e quando Harry já não aguentava mais controlar o sono, ele resolveu comentar sobre o corrido.
- Foi a melhor noite da minha vida.
- A minha também – Harry se agarrou ainda mais a Josh – A melhor de todas, e olha que não for...
- Cala a boca.
- Foram em mé...
- Shiiii. Boa noite.
- Boa noite, Hazzy.
---###----
Harry passou as mãos no rosto e respirou fundo, nem sabia que se lembrava dos detalhes, não sabia se agradecia ou lamentava o fato, seja como for, ele levantou da cama e foi em busca de Gato, o seu gato. O achou brincando na sala, o deu leite e o deu alguns poucos agrados, iria dormir, pouco se importava com Josh. Queria que ele sumisse por tempo indeterminado.
Foi para a cama, se cobriu dos pés à cabeça e fechou os olhos, já estava prestes a dormir, ou já tinha cochilado, não sabia, quando sentiu um par de braços o rodeando, ele não precisava ver para saber quem era.
- Oi Hazzy.
- Me deixa dormir.
- Olha aqui.
- Não quero.
- Poxa, então eu vou jogar fora – Harry abriu os olhos ainda com o edredom cobrindo a cabeça, respirou fundo e o puxou, olhou para Josh que estava em sua frente sorrindo, estava com olheiras e com os cabelos amaçados e molhados.
- O que você quer? Me cobrar alguma coisa? Porque p... – Josh não esperou Harry começar com seu ataque de ciúmes, que não era do feitio de Harry e sim de Hazzy, e o beijou rapidamente, Harry correspondeu porque não era louco em negar um beijo do homem que o ensinou que nem tudo na vida é tão ruim quanto parece.
- Quer ver o que eu trouxe?
- O que é? – Josh sentou na cama e se curvou para o lado da cama, pegou alguma coisa e escondeu atrás de si.
- Só de você prometer que vai me perdoar por ter ficado fora a noite toda.
- Não, mas me dá isso logo – ele não se mexeu, só olhava para Josh com a cara feia.
- Grosso.
- Estupido.
- Desgraçado.
- Hazzy – Harry se calou e Josh sorriu. Aquele era seu ponto fraco, sem chances de batalhar contra – Pra você – Josh mostrou um buquê de rosas brancas o que fez Harry se amaldiçoar por ter lembrado disso minutos antes – E isso é pro Gato – ele mostrou a outra mão e tinha uma roupinha de gatinho do Batman. Harry nem sabia o que dizer, talvez por isso ficou calado apenas olhando para Josh que esperava aquela reação – De nada.
- Nada mais que sua obrigação.
- Oh claro, Harry – Josh bufou, jogou o buquê na cama e ficou apenas com a roupinha do gato e saiu do quarto. Harry bufou, estava irritado com Josh, com Gato, com o mundo e consigo mesmo.
Depois de meia hora ele respirou fundo e levantou da cama, ajeitou os cabelos e saiu do quarto vendo Josh jogado no sofá, dormindo, Gato estava vestido com a roupinha e brincando no seu amado tapete. Styles lentamente deitou ao lado, meio em cima de Josh e o abraçou.
- Seu cretino.
- Menos discreto da próxima vez, eu estava dormindo.
- Eu te odeio.
- Mentira.
- É.
- Me beija – Harry fez aquilo sem pensar uma vez, um beijo calmo, mas intenso. Depois de separarem o beijo os lábios continuaram a se tocar em rápidos selinhos – Me perdoa?
- E tem como ficar com raiva de você?
- Não sei.
- Não, não tem.
- Okay, se você não está com raiva de mim, vamos dormir.
- Okay.
- Boa noite.
- Bom dia.
Harry ainda deu um outro selinho em Josh antes de fechar os olhos e se concentrar para dormir. Josh já estava no vigésimo quinto sono quando Styles realmente dormiu.
Estava bem, mas não tão bem assim, mas também não estava de todo ruim, só com saudade, apreensivo e com medo de algo estragar sua “vidinha perfeita”.
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