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História My Brother's Boyfriend - A boy in the hallway


Escrita por: formyouth

Notas do Autor


eu ia postar esse capítulo só na semana que vem, mas decidi postar antes

tentei escrever mais dessa vez, me desculpem a lentidão do desenrolar nesse capítulo, é que meio que to tentando encaixar todo mundo na história

boa leitura <3

Capítulo 2 - A boy in the hallway



Mark.

Acordei atrasado. Por causa da noite anterior eu esqueci de configurar o despertador do meu celular e perdi o horário. Lee Taeyong não cansava de desgraçar a minha vida. 


Saltei da minha cama e corri direto para o banheiro. No banho não pude evitar pensar em tudo que aconteceu ontem. O rápido beijo que o namorado do meu irmão deu na minha bochecha abriu um leque de suposições na minha mente e eu já estava começando a fantasiar coisas, até ser despertado pelos gritos da minha mãe, pedindo para me apressar. 
Vesti o meu uniforme enquanto arrumava o meu material. Até fiquei surpreso com minha habilidade de fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Aliás, três, pois pensar em Taeyong também era uma atividade para mim.


Desci as escadas correndo, tomei um rápido café e engoli uma maçã. Como eu já estava atrasado e hoje seria um dia de provas no colégio, pensei em pedir um Uber ou chamar um Táxi, porém, mamãe impôs uma opção diferente que me deixou alguns segundos desestabilizado. 


— Taeyong irá te dar uma carona para a escola hoje. Ele deixou Jaehyun na faculdade e se dispôs a levar você. — Minha mãe falou aquelas palavras como se fosse algo normal. Para mim, não era. 


Comecei a ter um princípio de hiperventilação só de me imaginar junto com Taeyong em uma moto. Eu segurando em sua cintura e sentindo o cheiro de sua nuca. Isso parecia um dos vários episódios que eu fantasiei com o namorado do meu irmão. 


— O... Ok. — Respondi pausadamente. 


— Ele está lá fora te esperando. Vá, vá. E boas provas. — Mamãe se despediu com um beijo na testa. 
Quando abri a porta, dei de cara com a mais bela imagem do mês: Taeyong estava escorado em sua moto, segurando um capacete e distraído, como sempre fora antes de começar a namorar Jaehyun.


Se eu não tivesse presenciado aquele momento até poderia imaginar que aquilo era um outdoor de alguma publicidade de roupas jeans. Me permiti admirar o amor secreto da minha vida por mais algum tempo, até me aproximar e fitá-lo diretamente no rosto, esperando que ele notasse minha presença ali. 


— Ahh, você já está aí. — Ele se virou e me observou, como se buscasse algo nos meus olhos. — Já andou de moto antes? 


— Não. — Menti. 


— Bem, não é difícil, você só tem que segurar firme e não cair. — Ele sorriu ao dizer e eu ri de sua piada para não deixá-lo sem graça. Até me surpreendi por Lee Taeyong estar fazendo piadas. — Deixe-me colocar o capacete em você. 


Com uma delicadeza que eu considerei afetuosa, Lee colocou aquela coisa, maior que a minha cabeça, em mim. Ele deu um tapinha no capacete, já na minha cabeça, abaixou o visor e deu um sorriso de aprovação. Me perguntei se eu estava bonito daquele jeito. 


Taeyong me ajudou a subir na moto e me mostrou onde deveria colocar os pés. Logo após, ele também subiu, se acomodou, pegou os meus braços e os envolveu em sua cintura. Eu nunca havia chegado tão perto dele e tal contato quase me ocasionou um colapso ou algo do tipo, tamanha a dormência dos meus músculos. 


— Não tenha vergonha de me apertar, ainda mais em alguma curva. — Lee continuou me instruindo sobre como andar numa moto. 


— Ok. Mas você não vai usar capacete? — Indaguei pois não observei nenhum outro com ele. 


— Não curto usar capacetes. — Eu iria rebater e dizer que era importante o uso, mas preferi não entrar nesse tipo de discussão. 


O mais velho deu partida na moto e seguiu em direção ao meu colégio. Aproveitei a viagem para fitar seu pescoço nu e pálido e imaginar como seria seu corpo por baixo de suas roupas. Suas costas quentes, seu abdômen quase definido, seu peitoral magro. Tinha vontade de tatear cada detalhe e centímetro cúbico do corpo de Taeyong, da forma que eu merecia. 


Fechei os olhos e me afoguei nos meus pensamentos enquanto apreciava o perfume de Taeyong, que atingia o meu olfato e me impedia de tirá-lo da minha mente. 


Jaehyun.


O professor encerrou a aula e eu guardei os meus livros. Desde que consegui uma vaga no curso de Literatura Francesa na disputadíssima Yonsei University eu tenho me esforçado ao máximo durante as aulas, para manter a minha vaga, orgulhar minha mãe e o mais importante, dar um exemplo para o meu irmão mais novo. 


Não temos uma grande diferença de idade, porém sempre tentei ser um modelo para ele. Tirava boas notas na escola, não desobedecia e nem desrespeitava nenhuma ordem em casa e em uma sociedade patriarcal como a nossa, eduquei ao máximo o meu irmão a respeitar todas as diferenças. Eu me sentia no dever de fazer tudo por Mark. 


Acabei por me afastar de Mark quando comecei a namorar, não de propósito, mas eu percebi que meu irmão mais novo estava ficando distante conforme crescia, talvez ele sentia que estava perdendo de alguma maneira. Taeyong disse que ele já era grandinho o bastante para entender o nosso relacionamento, por isso sempre tivemos liberdade de namorar na frente dele. No começo eu evitava fazer isso na presença de meu irmão, mas como ele demonstrava não ligar, parei de me importar. 


Sempre que estava em casa o meu irmão se esquivava de mim, eu nunca mais consegui manter uma conversa com ele por mais de 10 minutos. E tudo piorava quando Taeyong aparecia, ele definitivamente não gostava do meu namorado. Convidávamos ele quando saímos, para tentar aproximá-lo, mas não funcionava muito. Eu sabia que era difícil para ele entender que agora sou próximo de outro menino a não ser o próprio, mas eu não podia deixar que a difícil relação com meu irmão atrapalhasse o meu namoro. 


Quando dei conta de que era homossexual, eu tive medo de nunca encontrar um parceiro, um namorado, alguém para me amar e que eu pudesse amar. Tinha medo de morrer solitário. Achei isso até conhecer Taeyong, no terceiro ano do ensino médio. Foi por um acaso, a professora de Biologia designou que ele fizesse dupla comigo em um trabalho, pois ele tinha dificuldade na disciplina. 


Eu nunca havia reparado nele antes. Os boatos sobre seu passado eram famosos e ele ficou popular sem fazer muita coisa, entretanto eu nunca me importei muito com fofocas e popularidade, e por causa disso acabei pegando certa antipatia antes de conhecê-lo a fundo. Nos aproximamos quando eu confidenciei para ele que era gay. Eu nunca entendi o razão de ter feito tal coisa, mas me senti seguro de confidenciar isso para um estranho que mal falava. Ele, para o meu choque, apenas balançou a cabeça e disse "eu também". A partir daquele momento, eu e Taeyong, pessoas tão opostas e de realidades totalmente diferentes, despertamos uma ligação forte. 


Taeyong é amoroso e carinhoso, em nenhum momento ao lado dele eu senti carência de amor ou afeto de sua parte. Ele parece estar sempre disposto a me amar, a qualquer hora e momento. Posso passar dias listando todas as qualidades do meu namorado, mas há algo que me incomoda: ele parece estar sempre preocupado com algo, pensativo demais. Diversas vezes já tentei arrancar algo sobre ele e o seu passado, pois nunca conheci os seus pais e Lee nunca nem ao menos falou deles, e quando distraidamente eu os trazia à tona, Taeyong apenas desviava o olhar. Sua resistência e desconforto perante o assunto me impediram de continuar tentando.


Os boatos sobre seu passado nunca foram muito claros. Alguns diziam que sua família era problemática e ele sobrevivia de pequenos delitos, apesar de Taeyong ter nenhum antecedente criminal, muitos acreditaram.


— Amor? Você está bem? Parece preocupado com algo. — Taeyong perguntou enquanto se aproximava e colocava o braço ao redor do meu pescoço. 


— Nada. Só estou pensando no meu irmão. — Inventei algo rápido. 


— O seu irmão? Algo de errado com ele? — O semblante do Taeyong mudou de calmo para preocupado. 


— Ontem à noite, enquanto transávamos, ele estava no quarto ao lado, tenho medo de tê-lo constrangido.


— Relaxa, antes de ir embora eu fui no quarto do Mark e ele estava dormindo. — Eu não estava exatamente preocupado com isso, mas fiquei feliz ao saber que Mark estava dormindo na noite passada. 


— Vamos? — Encerrei o assunto e chamei Taeyong para ir embora. Gostávamos de vir nessa lanchonete depois da minha faculdade pois era discreta e os donos estrangeiros, logo tínhamos mais liberdade no ambiente. 


Taeyong concordou com um sorriso que me causou um arrepio na espinha. Eu adorava aonde aquele sorriso terminava. 


Mark.


Terminei todas as provas do dia e aguardei pelo o intervalo enquanto desenhava Taeyong e sua moto na última folha do meu caderno. O sinal ecoou antes que eu pudesse finalizar o desenho, então arranquei a folha, dobrei e guardei no bolso, deixando a sala e saindo a procura pelos meus amigos. 


Costumávamos ser em sete: eu, o mais velho, Renjun, Jeno, Haechan, Jaemin, Chenle e Jisung, em ordem de idade. Jaemin, porém, está se recuperando de uma hérnia de disco e não aparece na escola há meses, então visitamos ele em sua casa e tentamos fazer o máximo de bagunça que conseguimos. Chenle e Renjun são chineses. Estudantes chineses e de outras nacionalidades são bastante comuns em minha escola. Jeno é o bonito do grupo, ele sempre se destacou mais, além de ser o mais popular entre nós e o preferido das meninas. Jisung é o mais novo e o mascote, e constantemente se aproveita de sua posição para debochar do resto de nós, e tudo isso acaba em ele levando um tabefe de alguém. Haechan era minha amizade de longa data, nos conhecemos desde pequenos. Alguns anos atrás desconfiei que ele sentisse algo além de amizade, e eu me aproveitei disso para me desfazer dele, de algum modo vê-lo vindo atrás me deixava bem, mas abandonei essa prática quando um novo hobby, chamado Taeyong, apareceu em minha vida. 


— Vocês viram o aluno novo do terceiro ano? As meninas estão dizendo que ele é o menino mais bonito da escola desde Lee Taeyong. — Chenle disse eufórico. Ele gostava de uma fofoca. 


— Eu ouvi dizer que ele é de Hong Kong. — Renjun completou, não tão animado quanto Chenle.


— Tenho certeza absoluta que ele não é mais bonito que Jeno. — Eu disse, abraçando Jeno de lado e o fazendo rir. Todos concordaram com a minha observação. 


O sinal indicava o fim do intervalo. O próximo tempo seria matemática, mas como eu odeio exatas resolvi cabular a aula em outro bloco. Então coloquei meus fones de ouvido e comecei a andar pelos andares enquanto escutava f(x), minha girlgroup de kpop favorita. Eu não gostava de kpop e também não sabia porque os ocidentais gostavam tanto, mas f(x) era uma exceção para mim. 


— Ei você, com licença. — Uma voz desconhecida me chamou. Imaginei que fosse algum professor ou funcionário da escola e até pensei em correr, mas já era tarde demais. Me xinguei em pensamento enquanto virava para encarar quem me chamava. 


— Sim? — Fiquei aliviado quando percebi que na verdade era um aluno. Eu nunca havia visto aquele garoto antes na escola e reparei que ele era muito bonito. Seria, talvez, o aluno novo que os meninos comentaram? 


— Eu estou perdido, sou novato. Poderia me ajudar a encontrar a minha sala? — Bonito e novato, uma combinação interessante. 


— Deixe-me ver o seu horário. — Não esperei ele responder e tomei o papel de suas mãos. O novato estava na mesma sala de matemática que eu. 


— Você está no bloco errado. Desça até o pátio e entre no corredor à esquerda da lanchonete. — Dei a informação errada. Se apenas eu estivesse ausente na aula de matemática eles dariam minha falta e mandariam alguém me procurar, então o novato gatinho me ajudaria nisso. 


— Obrigado. Aliás, me chamo Wong Lucas. — Ele me estendeu a mão e eu retribuí o cumprimento. 


— Mark, Mark Lee. Foi um prazer te conhecer, Lucas. 
 


Notas Finais


obrigado por terem lido até aqui, favoritem e comentem se tiverem gostado, e qualquer crítica e sugestão sintam-se livres para dizer


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