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História My Brother's Boyfriend - I'm out of control


Escrita por: formyouth

Notas do Autor


100000000 DESCULPAS PELO ATRASO, e desculpas também por não responder os comentários, eu fiquei de responder e acabei esquecendo </3 mas ainda amo todos vocês

essa foi uma semana super corrida e mal tive tempo de escrever

aliás, #HAPPYTAEYONGDAY

comemorem o aniversário do nosso anjo lendo

esse pessoalmente é o meu capítulo favorito até agora, espero que seja o de vocês também

sem mais delongas, boa leitura <3

Capítulo 8 - I'm out of control


 

Jaehyun.

Entrei no carro já familiar de Ten. Meu colega então deu partida e seguiu para algum lugar que não perguntei qual era. Nos conhecíamos há pouco tempo porém já tínhamos muitos assuntos em comum. Compartilhávamos as mesmas preferências literárias e musicais, algumas que achei que só eu conhecesse. Mesmo assim, éramos pessoas completamente diferentes, desde a maneira como nos vestimos até nossos comportamentos, isso era algo que eu gostava de apreciar na nossa curta relação. 

Chittaphon deu a volta em mais algumas quadras até entrar em um bairro mais agitado que eu não conhecia, já no litoral de Incheon. As ruas estavam tomadas de pessoas que os veículos mal passavam. Elas estavam conversando, bebendo e até beijando em público, algo que me surpreendeu pois esse tipo de desinibição em público era algo bastante condenado pelos bons costumes coreanos. Bares e boates, eu nunca frequentei nenhum desses lugares. 

— É... Ten? — Chamei sua atenção e ele me olhou. — Quando iremos chegar? 

Meu colega de trabalho não respondeu e continuou dirigindo por mais alguns metros até estacionar na frente de casa noturna. Ela era enorme, tinha largas portas, luzes neon na sua faixada e vários seguranças. Eu nunca havia pisado ali, mas tenho certeza que já ouvira falar daquele lugar devido ao seu renome e fama, além de ser frequentado por idols conhecidos na noite sul-coreana, como Sulli e Dasom. 

— Chegamos. — Ten me olhou e sorriu ao parar o carro, esperando alguma reação minha. 

— Esse lugar não deve ser meio... caro? — Sussurrei a última palavra. 

— Eu tenho meus contatos, nada será caro hoje. — Ele tirou seu cinto de segurança e fez o mesmo com o meu. — Vamos!

Ten saiu do carro apressado e o segui. Conforme nos aproximávamos eu sentia cada vez mais vergonha das minhas vestimentas. Uma camisa social, já amassada depois de carregar tantos livros, uma calça jeans qualquer, um tênis surrado e óculos, como eu se tivesse acabado de liderar uma sessão no clube de leitura na casa de repouso de idosos do meu bairro, enquanto todos ali vestiam suas roupas mais caras e bonitas. Chittaphon era um caso à parte, tudo que ele usava parecia legal ou caro, ele estava sempre pronto para uma festa. 

Preparei para dar meia volta e sair correndo, mas Ten me puxou para mais perto quando nos aproximamos da entrada. Contornamos a fila e o tailandês foi falar com um segurança, que após uma breve troca de palavras liberou nossa entrada para o local. 

O interior do ambiente era ainda mais impressionante, os pisos e as paredes eram espelhados e refletiam todas as luzes, haviam vários bares espalhados pela circunferência da pista de dança. Uma escada protegida por seguranças dava acesso aos pisos superiores, que segregavam as pessoas mais importantes dali dos outros frequentadores. 

— Jaehyun? — Saí do meu transe com Ten me chamando enquanto me chacoalhava. — Tudo bem? 

— Sim, sim. — Respondi. — Aqui é muito bonito e entramos muito rápido. Você deve conhecer bastante gente para conseguir cortesia nesse tipo de lugar. 

— É, eu conheço um pessoal. — Ten segurou em meu braço e me puxou. — Venha, vamos beber algo. 

Ele me arrastou por toda a pista sem me dar chance de dizer qualquer coisa até pararmos no bar mais próximo. 

— O que você vai querer? Uma cerveja? Um drinque? Tequila? — Ten me deu algumas opções.

— Eu não... — Tentei dizer algo mais fui interrompido. 

— Entendi qual é a sua, você prefere algo mais forte. — Ele se aproximou.— Quer ficar chapadão? — Sussurrou. 

No susto, tampei a boca de Ten com as mãos e balancei a cabeça diversas vezes em sinal negativo. 

— É ilegal! Como você pode falar isso tão alto? — Repreendi Chittaphon. 

O estrangeiro retirou minhas mãos de sua boca e começou a gargalhar alto, me deixando com cara de bobo. Eu odiava que me zoassem, ainda mais na minha frente, então minha expressão desentendida lentamente começou a se transformar em um semblante irritado. 

— Não entendi a graça. — Coloquei as mãos na cintura para dar ênfase na minha postura de zangado. 

— Olhe em sua volta Jaehyun. Estamos numa balada, não existe nada ilegal aqui. — Ten pediu e olhei, e realmente todos ali pareciam totalmente alheios à qualquer pessoa a sua volta. — Vamos, escolha uma bebida para começar e depois iremos experimentar algumas coisas novas. 

Abaixei a cabeça em constrangimento. 

— Eu meio que... Não bebo. — Expliquei. 

Ten fez uma careta. 

— Você já atingiu sua cota de chatices por hoje, você vai se divertir hoje. — Ele disse e depois se virou para o barmen. — Quatro copos de tequila, para começar. 

O barmen colocou quatro copos pequenos sobre o balcão e encheu cada um com um líquido transparente. O mais velho virou dois deles de uma vez só. 

— Sua vez, seja rápido! — Ele me estimulou, e em um impulso, obedeci. 

Virei os dois copos, um atrás do outro e sem imaginar as consequências. Aquela era a pior e a melhor coisa que eu já tinha tomado em minha vida, o líquido desceu pelo meu interior como se eu tivesse engolido fogo, projetando uma imagem de Taeyong em minha cabeça. A bebida em poucos segundos teve seu efeito e a queimação em minha garganta logo se dissipou, levando consigo os últimos rastros do meu namorado em minha mente.

— Você está bem? — Ten me olhava cauteloso, como se estivesse com medo de eu ter um desmaio ou algo do tipo. 

— Estou... Mas não vou ficar por muito tempo. — Me recompus e puxei meu amigo para a pista de dança. 

Ele sorriu com minha mudança repentina e começamos a dançar no meio da multidão. Eu não gostava de dançar, não tinha esse costume, mas dadas as circunstâncias os movimentos apenas saíam naturalmente seguindo o ritmo da música, algum sucesso número um da Gaon no momento, mas que não identifiquei qual era. 

Chittaphon dançava em minha volta, até o momento eu não havia prestado muito atenção em meu colega, mas aquele cara realmente dançava bem, chamando a atenção de todos em sua volta. Ele não era forte ou alto e nem tinha um charme de womanizer, mas ainda sim era um homem bonito e digno de ser apreciado. 

— Algum problema? — Ten se aproximou e sussurrou no meu ouvido mediante a música alta. — Você ficou parado aí me olhando com uma cara estranha. 

— Não é nada. — Percebi que fiquei tempo demais o observando e voltei a dançar. 

Entre o intervalo de uma música ou outra saíamos e íamos para o bar para pegarmos mais bebidas e tomarmos um ar fora da multidão, entorpecida pelas batidas. Após alguns minutos sentados na beira do balcão, um Ten já levemente embriagado, assim como eu, tentou iniciar uma conversa. 

— Se divertindo muito? — Ele disse pausadamente, atropelando algumas letras. 

— Como nunca antes. — Tomei mais uma dose e o respondi eufórico, ele riu do meu jeito. — MEU DEUS, EU AMO ESSA MÚSICA!

Agarrei Ten e o arrastei até a pista sem chance de protesto. A música era Untouchable, das Girls Aloud. Como um bom gay que sou, reconheci o hino de longe. Arrisquei até alguns passos da dança enquanto meu amigo desesperadamente ria de mim, mas não me abalei pois sabia que estava arrasando. No meio da coreografia acabei pisando em falso e indo de encontro com o chão no meio de todos, que pararam para me olhar e rir. 

— Acho que já deu por hoje. — Ainda risonho, Ten se agachou para me ajudar e sinalizou que era hora de irmos embora. 

Adormeci um pouco durante o caminho e acabei sonhando com a única pessoa que eu queria esquecer com aquela embriaguez toda: Taeyong. Minha última música da noite, Untouchable, lembrava o meu namorado. 

"And in my dreams it feels like we aren't ever gonna fall;

We're safe and sound and we're untouchable."

Taeyong e eu éramos intocáveis, ele costuma ser a minha fortaleza, que me protegia de tudo e que me dava ímpeto todas as manhãs. Nosso namoro trava diariamente uma batalha contra os dogmas de uma sociedade exatamente preconceituosa como a nossa, então era difícil não identificá-lo na letra daquela música. Mas em nosso aniversário de um ano, eu comecei a duvidar se éramos realmente intocáveis. 

"And only love can save us now..."

Mark.

— O que foi isso? — Taeyong perguntou boquiaberto enquanto me segurava. — Você não... Eu namoro o seu irmão! — Ele exclamou alto, me sacudindo ao proferir as últimas palavras.

O olhar de Taeyong queimava em meu rosto, seu semblante não me dava alguma resposta concreta. Seus lábios finos, agora inchados do nosso recém finalizado beijo, pulsavam em sua boca entreaberta. Eu sentia o suor gelado de suas mãos trêmulas enquanto segurava as laterais de minha cabeça. 

Não pude evitar um sorriso inconsciente e pouco conveniente surgir em meu rosto após o fim do beijo e logo se dissipar ao dar conta da insanidade do meu último ato. Toquei os meus lábios, ainda molhados pelo contato com a boca de Taeyong, tentando acreditar que aquilo realmente havia acontecido, que eu realmente tinha feito isso. 

Eu beijei Taeyong, no dia do aniversário de um ano de seu namoro com meu irmão. Pensei em correr ou fingir um desmaio, coisas que geralmente faço em situações constrangedoras ou que coloquem em perigo a minha (agora pouca) dignidade, mas que nada me adiantaria nesse momento. Eu não poderia fugir do namorado do meu irmão, ele estava em todo lugar, a todo momento, fisicamente ou não, sua presença sempre estava comigo. 

— Me desculpe, Taeyong. — Agarrei na gola de sua camisa e abaixei a cabeça, simulando arrependimento e vergonha. — Foi um impulso. Eu não queria ter feito isso. — Fiz que iria chorar e engoli em seco. 

Forcei algumas lágrimas que desceram sem muito esforço. Taeyong, em resposta ao meu estado, me puxou contra o seu peito, me abraçando forte. Seu ato me surpreendeu e me tirou de minha atuação, as ações me fugiram e fiquei sem saber o que fazer e como reagir. Resolvi retribuir o gesto após alguns minutos inerte, colocando meus braços vagarosamente em volta de sua cintura e apreciando o calor de seu corpo me envolvendo e destruindo todas as minhas proteções. Eu me sentia intocável em seus braços.

O momento foi interrompido quando Taeyong me afastou novamente, segurando em minhas bochechas, agora vermelhas. A distância entre nossos rostos era novamente perigosa, ele encarou penetrante no fundo de meus olhos antes de dizer qualquer coisa, eu sabia que aquela troca de olhares queria me revelar algo que estava além de palavras e explicações. 

— Mark... — Ele sussurrou em uma tonalidade terna, como se não quisesse me machucar com suas palavras. — Por favor, nunca mais faça isso. — Seu pedido veio acompanhado de um leve afago em minhas bochechas com seus polegares, uma maneira de amortecer o impacto da sua sentença sobre mim. 

Concordei com um movimento de sim com a cabeça e Lee sorriu ao ver minha reação positiva. Ele iria dizer mais alguma coisa, porém foi desencorajado quando passos e vozes altas se aproximaram da porta e a abriram repentinamente, fazendo eu e Taeyong nos afastarmos em um pulo. Era Jaehyun, acompanhado de alguém que eu desconhecia. 

Eles pareciam embriagados e estavam suados, como se acabassem de sair de uma festa. O estado de meu irmão era pior, ele aparentava estar ainda mais alcoolizado e suas roupas estavam sujas. Ele caiu? Ambos entraram rindo, Jaehyun carregado nos braços de seu amigo. 

— Amorzinho, você por aqui hoje? — Jaehyun ironizou a presença de Taeyong, que estava tão abismado quanto eu.

— Jaehyun? O que aconteceu com você? — Lee se aproximou do meu irmão, afastando o desconhecido de perto. — E quem é você?

Taeyong tomou Jaehyun em seus braços, que mesmo bêbado teve forças para resistir e empurrá-lo para longe. 

— Ele é meu amigo, Ten. — Meu maninho puxou o cara para perto de si e envolveu os braços pelo pescoço dele. — Nos conhecemos na biblioteca. Ele não é lindo? — Jaehyun acariciou os cabelos de seu amigo, que riu. 

— Sou Ten Chittaphon e você deve ser Im Taeyang, não? Prazer. — Ele estendeu a mão, que Taeyong se recusou a pegar, como fez com Lucas quando eu o trouxe em casa. 

— É Lee Taeyong. — Meu cunhado disse com um princípio de revolta. 

Decidi tomar partido e me coloquei na frente de Taeyong, apertando a mão de Ten, o novo amigo de Jaehyun, com um largo sorriso no rosto. 

— Sou Mark, o irmão de Jaehyun. — Me apresentei e após o cumprimento enrolei minhas mãos em volta dos braços de Taeyong. 

— O famoso Mark, ele fala bastante de você. 

— Fala? Bem ou mal? — Coloquei um tom sarcástico em minhas últimas palavras. 

— Muito bem. Eu estava ansioso para conhecê-lo e parece que você é tão bonito quanto seu irmão. — O amigo simpático da Jaehyun me elogiou. Eu estava gostando dele.

Taeyong encarou Ten e me fitou de volta, com um semblante indignado em sua face. Ele parecia prestes a golpear o colega de trabalho do meu irmão na cara. Decidi interceder antes que isso acontecesse e alguém saísse daqui num estado pior que o de Jaehyun. 

— Meu irmão parece meio mal, tadinho, ele não é muito de beber. — Soltei uma de minhas mãos do braço de Taeyong e acariciei levemente a cabeça de Jaehyun, que praticamente dormia agarrado no estranho. — Por que não o leva no quarto dele lá encima? É a segunda porta à direita.

Taeyong se desvencilhou completamente dos meus toques e tomou uma atitude. 

— Não, deixe que eu faço isso! — Ele tentou pegar Jaehyun para si, que recusou os seus cuidados e segurou mais forte em Ten. 

— Não se incomode, por favor. — Chittaphon se colocou entre Jaehyun e Taeyong. — Eu estava junto com ele, eu tomo a responsabilidade. Faço questão. — Ele respondeu sorrindo e carregou meu irmão até o andar de cima. 

Meu cunhado se virou e bufou irritado com a situação. Pegando sua jaqueta e seu capacete e deixando o cômodo em direção a saída

— Vou embora. — Ele disse ríspido e deu as costas. 

Eu o segui até a porta e o olhei sair. 

— Não vai nem se despedir apropriadamente? — Me recostei sobre a parede e ele virou para me olhar. 

— Tchau. — Após alguns segundos me encarando sobre a sua moto Taeyong disse áspero e colocou seu capacete logo em seguida, dando partida e saindo. Sua mudança repentina me golpeou no estômago mas não deixei que isso estremecesse os últimos acontecimentos como o nosso primeiro beijo.

— Como eu amo esse desgraçado. — Sussurrei enquanto ele sumia do meu campo de visão. 

O estranho ficou mais algum tempo em minha casa até os meus pais chegarem. Eu o apresentei brevemente como um querido colega de Jaehyun na biblioteca e expliquei toda a situação, e tirando o cheiro forte de álcool, meus pais o adoraram, até conversaram um pouco sobre como meu irmão era inteligente. Papai e mamãe também estranharam a falta de Taeyong, já que hoje era o aniversário deles, mas eu inventei uma mentira qualquer para contorná-los. 

Ten não havia conquistado apenas meu irmão e meus pais, mas a eu também. Sua pessoa seria de bom grado e mesmo involuntariamente, de bastante utilidade. Ele veio em uma ótima hora. 


Notas Finais


obrigado por lerem e acompanharem mesmo com o atraso @_@

não vou promoter que não vou atrasar na próxima pq não sou bom com promessas, mas vou tentar

comentem qualquer coisa

e o hino que o Jaehyun tava se acabando na balada: https://youtu.be/rGkpoGZOzpo


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