História My Candy Love - Chapter 5

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O tão esperado evento escolar finalmente chegou. O ginásio jazia toda decorada e cheio de alunos, em cada canto havia um quadro, desde os coloridos até os monocromáticos. Nesse dia a escola se tornou aberta para visitação de pais e amigos. Todos os participantes do clube artes estavam bem animados e calmos, exceto por um, Lucy andava de um lado para o outro nervosa.

Na noite anterior passou pensando e conversando com Erza, sobre sua vida amorosa, chegou a uma conclusão de que não poderia para sempre fugir de Natsu, seria covardia. Ele estava fazendo de tudo para agrada-la, de manhã e a noite mandava mensagens carinhosas, mesmo que não houvesse uma resposta por parte dela.

Com a ajuda da melhor amiga e da colega de classe e nova amiga Levy, a loura resolveu fazer u m pedido em frente a todos os professores, alunos, pais e amigos que estavam presente, no entanto não pensou que seriam tantas pessoas. Ficou imediatamente nervosa. Resolveu deixar para ultima hora, porém quanto mais o tempo passava mais gente chegava e aquilo só a deixava com as pernas bambas.

Tinha que ter muita coragem para fazer aquilo que havia planejado afinal muitos olhares estariam sobre si, não queria voltar atrás em sua decisão. Faria o pedido no meio de uma multidão, vergonhoso com certeza, no entanto determinada a seguir em frente com sua decisão.

Erza ficou o tempo todo ao lado da amiga, não poderia desfrutar de passar o tempo junto do namorado por causa da condição em que se encontravam, não poderiam dar muito na cara além de quê Jellal era um dos professores responsáveis por fazer do evento possível. A ruiva achava graça em como via a garota andar de um lado para o outro. Estava quase na hora e com certeza já havia identificado à presença do rosado no meio de toda aquela gente.

– Está começando a me deixar tonta, fica um pouco quieta Lucy. –pediu a ruiva risonha.

– Não dá. Er-chan minhas mãos estão suando frio, nunca fiz algo do tipo antes. E se o Natsu tiver ido embora, ou se ele rejeitar o meu pedido, o que farei? – choramingou aflita.

–Está bem, está tudo bem, Levy está de olho nele e sempre me informando o que está fazendo. Ignora as pessoas, pensa que é somente você e ele. Natsu não vai te rejeitar, ele te ama. Você sabe disso, então pare de fazer cena.

Lucy se sentiu intimidada, mas sabia que havia razão no que lhe foi dito. Tentou se acalmar, o que obviamente não foi possível. Andou mais uma vez pelo ginásio observando os quadros todos tão bonitos e bem feitos. Mesmo com a pouca fama a Fairy Tail tinha pessoas talentosas.

Repentinamente se viu na vontade de olhar o seu quadro. Estava diferente de seu estilo original. Não havia cores brincando, todo em monocromático, preto e branco, desenhando um céu nebuloso e frio, da mesma forma como estava a se sentir por dentro, talvez seus dias tenha perdido a cor após ter se afastado da pessoa que mais ama.

Observou cuidadosamente. Havia uma fitinha presa que dizia segundo lugar, pela primeira vez em tanto tempo perdeu, não ficou chateada por isso, muito pelo contrario aceitou a decisão, até porque não achou sua pintura boa o suficiente para ganhar o que quer que fosse. Alegre cumprimentou o colega de clube, Reedus, deu-lhe os parabéns pela bela pintura.

Um pouco mais calma depois de mais uma vez ver as peças artísticas dos colegas resolveu que o momento chegará. Olhou em volta, mas não viu o Natsu. Com as pernas e mãos tremulas subiu no palco e pegou o microfone. Algumas poucas pessoas pararam o que faziam e a observaram.

– Je suis nerveux... (estou nervosa) – murmurou para si mesma.

Respirou fundo três vezes com os olhos fechados. Quando voltou a encarar a plateia, que por acaso aumentou, sentiu grande determinação, iria em frente não importa o quê.

– Bonne Nuit! (boa noite) – chamou a atenção de todos após sua voz ecoar. – Quero dizer algo, muito, muito importante. Espero que todas as garotas do colégio entendam e não tentem me atacar mais uma vez por isso.

Virou pouco a cabeça e suspirou de alivio quando viu a melhor amiga ali na lateral do palco acenando positivo para que pudesse continuar.

– Como... como muitos devem saber eu passei um bom tempo na França em uma academia de artes. Lá eu pude aprender muitas coisas, meu amor pela pintura cresceu e também eu pude ter o privilegio de ser chamada de jovem gênio por ser “talentosa”, mas poucos sabem o quanto me esforcei por isso. – olhou para os próprios pés dando uma pequena pausa. – Meus professores estavam sempre me perguntando qual é minha inspiração, só que no meu caso, minha inspiração não é uma coisa, uma situação, é uma pessoa. Para mim ele é meu azul que me deixa tranquila quando estou nervosa ou que me faz esquecer mesmo que por poucos instantes o meus problemas, ele também é meu amarelo que me trás calor e conforto nos momentos que mais preciso, é o meu rosa sempre despertando meu lado mais romântico, seu lado ingênuo é o que mais me faz pensar o quanto essa cor combina com ele, é o meu vermelho de paixão, o laranja de alegria e o meu branco de pureza. Mas nesse momento o que mais está em meu peito e que o representa para mim é o preto de solidão. A pessoa que mais me inspira não está ao meu lado.

Inevitavelmente Lucy começou a chorar, coma voz embargada surpreendendo a todos. As meninas pouco a pouco começaram a se comover dentre elas estava Lisanna e as garotas do fã clube do Natsu, elas perfeitamente compreendiam do que se tratava aquela declaração, começaram a se sentir mal por isso.

– Sem... sem ele... – recomeçou entre soluços mais e mais altos. – Sem ele... eu sou apenas uma nuvem nebulosa e feia. Então... aqui... na frente de todas essas pessoas eu irei inverter os papeis e dessa vez eu quem irei pedir... Natsu quer casar comigo?

Um, dois, três minutos se passaram e nenhuma resposta. O tempo parecia passar tão lentamente. Temia que aquele silêncio significasse uma rejeição, ou talvez nem mesmo estivesse ali, disse coisas tão bonitas e a pessoa para quem se destinara havia saído, não se surpreenderia se fosse um desses casos.

Abaixou a cabeça mais constrangida e triste, iria se retirar dali antes que se tornasse motivo de piada, já estava mal o suficiente por ter chorado de maneira tão vergonhosa na frente de tanta gente.

Antes que pudesse sair dali foi abraçada com força. O cheiro familiar preencheu lhe os pulmões. Retribuiu ao abraço, abafou a voz chorosa no peito largo do rapaz. Naquele instante percebeu o queanto foi boba por ter ficado com raiva por causa de um beijo, sabia que não significava nada. A tanto queria ser tocada dessa maneira.

O apertou tão forte como se dissesse que nunca mais iria deixa-lo ir. Ao longe podia ouvir assobio e palmas, realmente fez algo muito vergonhoso.

– Eu aceito me casar com você.

Sussurrou carinhosamente no ouvido dela, a reação continuava a mesma, a pele alva se arrepiou por inteira. Natsu nesse instante não pode se segurar, esteve durante muitos dias se contendo, a tomou os lábios, beijando com ternura. O breve rompimento apenas serviu para mostrar o quanto se amam e nada nem ninguém poderia mudar isso.

Para reafirmar isso, em voz sussurrante e alegre disseram juntos.

– Eu amo você.