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História My Chest is Your Garden - Fertilizando


Escrita por: tabibito

Notas do Autor


Nome bem bosta, mas não liguem muito pra ele ashuahs

Boa leitura, não foi betado, então se tiver algum erro, me perdoe.

Capítulo 3 - Fertilizando


 

A semana de prova havia começado e todos nós estávamos entalados de matérias e avaliações até o pescoço. 
Aquilo estava sendo exaustivo.

Eu ficava até tarde estudando e logo de manhã tinha de ir pra faculdade. Muitas vezes que os nossos horários não batiam, eu e Mingyu não íamos ou voltávamos juntos, para não perdemos tempo de estudo.

E eu estava sentindo falta dele.

Eu sentia falta de alguém para conversar e falar coisas banais. Eu tinha meus outros amigos, mas nenhum era Mingyu.

Esse era o meu problema. Mingyu tinha vários amigos, na faculdade não mudara muita coisa do ensino médio. Todos queriam um lugarzinho ao lado do garoto bonitão com porte de modelo da trigésima turma de Biologia. Ele é carismático e simpático demais com todos, o que me deixava levemente irritado, ou com medo de que ele achasse alguém mais legal que eu.

Enquanto isso, eu era o excluído da turma de Administração. O riquinho, filhinho de papai que esnobava todos. Não sei por que as pessoas achavam isso e por que acabei ficando assim, afinal, o único com quem eu falava do curso era Seungcheol hyung, que estava no último ano e que também era o popular. 

Na verdade, ele e Jeonghan hyung eram o casal da faculdade. Todos amavam eles e quase ninguém tinha preconceito.

Podemos dizer que eu era a ovelha negra da família. Hansol virou o capitão do time de basquete logo no segundo ano de curso e o Boo tinha um talento enorme para teatro.

Enfim, como estava dizendo, eu não conseguia conversar com Mingyu há tempos, e isso estava me matando. Eu sentia muita falta dele, tanto que eu mal falava com os outros.

- Ei, posso me sentar aqui? - Jeonghan hyung apareceu na sala quando estava vendo tv.

Era uma quinta à tarde e eu só teria prova na semana seguinte, então eu dei uma pausa para relaxar.

- Claro. - tirei meu celular do estofado e dei espaço para o loiro.

- Você anda quieto. O que está acontecendo? - ele sentou e eu deitei em suas pernas.

- Estou cansado. - fechei os olhos com o carinho que recebia.

- Não é só por causa disso, você pode me contar, uh? 

- Eu não vejo Mingyu há uma semana. - revelei, mesmo relutante. - E isso está me matando. - suspirei fundo.

- Eu também não tenho conversado muito com o Cheol esses dias, mas nós sempre separamos pelo menos cinco minutos, para nós. 

- Mas hyung, por que está comparando eu e Mingyu com vocês dois? - perguntei confuso.

- Me diga, você sente falta do Gyu em menos de um dia? Se preocupa com ele como se isso valesse a sua vida? E você fica eufórico só de pensar que poderão conversar sozinhos, até que suas cordas vocais estejam cansadas demais para soltar algum som? - perguntou sem parar e eu balancei a cabeça positivamente. - Você está apaixonado. - sorriu e apertou a minha bochecha.

- O que? - levantei e encarei-o. - Co-como assim, apaixonado?

- Você gosta do Mingyu, oras. - disse me puxando de volta para o seu colo. - Isso não é nenhum bicho de sete cabeças. 

- O que eu faço agora? - estava realmente assustado.

- Diga à ele.

- Não. - levantei de novo e balancei a cabeça freneticamente de uma lado para o outro. - Eu não vou conseguir fazer isso. E se ele não gostar de mim do mesmo jeito e ele se afastar? - o medo percorria minha mente numa velocidade extraordinária.

- Woo, fica calmo. Você não sabe o que o Mingyu vai achar disso, e mesmo se ele não gostar de você da mesma forma, ele não vai se afastar, eu tenho certeza. - sorriu me tranquilizando, pelo menos naquele momento.

Mais tarde, eu fui para o quarto ver se conseguia pôr todas as ideias em ordem. Jeonghan hyung havia me encorajado bastante, mas o medo de ser rejeitado ainda era enorme.

Fui para a sacada e fiquei observando as flores de Mingyu. No canto, havia um vaso comprido, apenas com amaranto plantado. 

As preferidas de Mingyu. 

Elas eram fofas de certa forma, pareciam bolinhas coloridas espetadas num espeto verde dentro de um vaso. 

Eu não sabia ao certo o porquê, mas Mingyu as amava demais.

Queria eu ser amado dessa forma por ele.

Desde então, dois meses se passaram e as provas haviam terminado, pelo menos naquele ano. Eu estava determinado em, finalmente, me declarar para Mingyu, Jeonghan hyung me incentivava a todo instante, dizendo que eu não deveria ter medo. 

Mas o fato é que eu estava morrendo de medo.

- Mingyu, vamos almoçar em algum lugar? - eu falei ainda deitado na cama, era sábado e todos ainda estavam dormindo.

- Pode ser. - resmungou mas não se moveu um centímetro. - Vamos chamar os outros.

Eu levantei, na maior má vontade, afinal, meu plano era ir sozinho com ele, e fui para os outros quartos.

Chamei os dois mais novos, mas eles apenas resmungaram e voltaram a deitar abraçados. No quarto dos hyungs, eu apenas avisei que estaríamos saindo, e Jeonghan mandou um fighting me encorajando pela última vez, deixando Seungcheol hyung confuso.  

Fomos para um restaurante de fast-food e pedimos lanches e batatas fritas. Eu me sentia ansioso, nunca havia me declarado à alguém.

- Ah, hyung, eu tenho uma novidade. - Mingyu disse quando eu estava me preparando para falar. Balancei a cabeça levemente, incentivando-o a continuar. - Eu estou namorando. - foi um tiro. 

Dois tiros com o sorriso que ele deu.

- Na-namorando? Mas você não tinha dito nada que estava gostando de alguém. - mexi nas batatas que estavam na minha frente.

- Eu realmente achei que era um paixonite passageira, mas ela falou comigo semana passada. - sorriu satisfeito. - Hyung, ela é tão linda, tão simpática, você precisa conhecer ela. - sua empolgação me embrulhou o estômago e eu perdi o apetite subitamente.

- Isso é muito bom, hm, parabéns. - tentei sorrir, mas meu estômago se revirava mais. - Acho que eu não estou me sentindo muito bem. - coloquei a mão na cabeça, sentindo minha cabeça girar.

Mingyu pediu para embrulharem tudo para viagem e fomos para casa, antes que eu vomitasse no meio da rua.

Quando chegamos, eu fui direto para o quarto. Mingyu ficou na sala explicando tudo e contando a grande novidade para todos.

- Woo? - ouvi Jeonghan hyung bater na porta e deixei-o entrar. - O Mingyu contou... - começou hesitante.

- Que está feliz e que eu não tenho chances de ficar com ele? - bufei escondendo meu rosto por entre as pernas.

- Não fale assim, você apenas precisa superar isso, uh? Vamos, você precisa esquecer isso e achar uma pessoa também. - o loiro me chacoalhou tentando me animar.

- Me deixa sofrer um pouco, hyung. - choraminguei e deitei em seu colo. - Que merda de primeiro amor foi esse. - bufei.

- Acontece. - riu baixinho e fez carinho nos meus cabelos até eu adormecer.

Mais tarde, Mingyu veio ver se eu já estava melhor. Ficamos conversando um pouco e eu resolvi perguntar sobre a tal namorada, já que era isso que ele estava esperando.

- Ela é intercambista, veio de Londres. O nome dela é Alice. Woah, hyung, acho que eu nunca estive tão feliz! - sorriu largo e me abraçou.

Depois daquilo, eu pensei mesmo que deveria esquecer essa coisa de primeiro amor. Mingyu continuaria sendo meu amigo e mais ninguém precisaria ficar sabendo.

Continuamos como era antes, exceto pelo fato de que eu teria que dividir toda atenção dele com a tal namorada que íamos conhecer no fim de semana. 

Estávamos terminando de arrumar a casa quando eles chegaram. Mingyu tinha um sorriso lindo no rosto e era visível como ela o fazia feliz.

E foi a partir desse momento, que eu percebi. Eu estava perdendo de vez, o garoto que eu mais amava nessa vida.

Meu coração se apertou de uma forma tão dolorida, que eu não pude deixar de arfar, tentando respirar normalmente. Inventei uma desculpa qualquer e fui para casa dos meus pais. Não suportaria ficar ali, presenciando uma das piores coisas que poderiam acontecer comigo.

- Wonwoo, onde está indo? - JeongHan hyung veio atrás de mim.

- Eu vou pra casa dos meus pais. - respondi descendo as escadas.

- Não vai, você não pode fugir disso. - disse segurando o meu braço. 

- Hyung, por favor, eu não vou ficar pra presenciar essa palhaçada. - puxei o meu braço e voltei o trajeto.

Eu não queria ficar mais lá. Não perto de Mingyu, enquanto ele abraçava outra com tanto carinho. Ele esboçava um sorriso tão lindo que eu jamais pensei que poderia ver um dia.

Começara a chover bem na hora que eu pus meus pés para fora do prédio, então decidi por pegar um ônibus, pra facilitar a minha viagem.

Para a minha sorte, ele se encontrava quase vazio, exceto por um casal de velhinhos que estavam sentados na parte da frente. Eu fui para o oposto, sentei no último banco e fitei a janela que, a cada segundo, ganhava mais dezenas de pingos de chuva. 

Minha visão começou a ficar embaçada e quando percebi, eu já soluçava sozinho dentro daquele ônibus. 

Quando cheguei em casa, ignorei todas as perguntas vindo dos meus pais e fui para o quarto batendo a porta com força, me jogando na cama de qualquer jeito. 

Nunca imaginei que algum dia eu choraria por causa de alguém . Aquilo era estranho, qual o tamanho do meu amor por ele para que eu chegasse àquele ponto?

No dia seguinte, eu acordei com dor de cabeça e percebi que havia adormecido da forma que havia chegado. Estava com a mesma roupa e as janelas estavam abertas. 

Ouvi algumas batidas na porta e bufei, me levantando.

- Hyung, o que está fazendo aqui? - disse surpreso ao encontrar Seungcheol parado ali.

- Posso entrar? - perguntou e eu dei passagem. - Está tudo bem? - indagou, visivelmente preocupado. 

- Só estou cansado. - suspirei e me joguei na cama.

- Wonwoo, eu sei que você não está se sentindo bem com esse namoro do Gyu, o Hannie me contou. - ele começou e eu me afundei mais no travesseiro tentando, ao máximo, segurar minhas lágrimas. - Mas não tente guardar isso apenas para você, eu e Jeonghan estamos sempre aqui para quando quiser conversar. - disse acariciano meus cabelos, e eu não consegui mais me conter.

Seungchol me abraçou e eu deitei em seu colo, despejando sobre si, todo aquele sofrimento que estava me sufocando.

Depois de algumas horas, eu já me sentia aliviado e meu rosto estava, deveras, inchado.

Decidi que eu iria tentar aceitar o namoro deles. Não poderia viver fugindo da realidade, mas decidi também, que não iria ficar apenas dependendo da companhia de Mingyu. 

Estava na hora de fazer novas amizades.

Algum tempo depois, conheci um garoto da minha turma, o nome dele é Xu Minghao, e de quebra, ganhei a amizade do namorado dele, Wen Junhui, que cursava letras.

Os dois são chineses e se mudaram para a Coreia para fazerem faculdade.

Alguns meses se passaram e eu estava conseguindo lidar com tudo aquilo e acho que estava até superando o fora indireto que havia levado.

Porém, foi nessa época que Mingyu teve as primeiras brigas com Alice, e para quem ele corria? Exatamente, eu era o conselheiro dele, irônico, não é mesmo? Eu, Jeon Wonwoo, dando conselhos amorosos para o garoto que gostava.

Depois de quase um ano, eu não havia conseguido superar Mingyu. Ele continuava sendo o garoto bonito, gentil e que me fazia rir como sempre.

E foi num dia de inverno, que a parte mais importante dessa história começou.

Eu estava gripado na casa dos meus pais. A neve caía intensamente lá fora e eu não parava de espirrar e tossir.

Foi numa dessas crises de tosses, que eu descobri, algumas pétalas de Amaranto saindo de dentro de mim.


Notas Finais


A história começa a ficar menos chata a partir daqui uashuahsuha

Espero que tenham gostado, nos vemos no próximo?

XOXO


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