História My choice. - Bebedeira.

-  Bonnie você anda tão pensativa. Tem algo errado?  - perguntei enquanto lhe entregava uma xícara de chá, pude notar minhas mãos tremulas e isso não deve ter passado despercebido por seus olhos. 

Os pesadelos voltaram mais fortes ainda nessa última semana, eu podia dizer que era o meu subconsciente dizendo que eu estava quebrando as regras ao me envolver com Klaus, mas era só o controle que Lucien ainda tinha sobre mim, mesmo depois de anos. Também devia ser a falta de Klaus eu não o via desde a noite em que ele esteve aqui em minha casa. Ele estava se tornando o meu porto seguro. As minhas crises de pânico, noites sem dormir, medo constante sumiam cada vez que eu o via mais.

Bonnie estava em minha casa, ela apareceu de surpresa dizendo que estava passando por perto e resolveu me ver. Não acreditei muito, ela parceria nervosa e sua mente vagava por ai.

- Não é nada....eu só estou cansada. -  falou vagamente olhando um ponto fixo atrás de mim.

-  Nos últimos meses eu aprendi como é bom ter amigas....você e Elena me ensinaram isso. E eu espero que vocês também me vejam assim, eu sei que não sou a melhor pessoa pra se lidar, mas é só me dizer o que ta acontecendo.  -  falei apertando sua mão. Bonnie suspirou e então se virou em minha direção sorrindo.

- Okay. Tem um cara e .... Bem ele vai viajar e eu bem não queria que ele fosse...pelo menos não até a gente se acertar. 

-  Bonnie... Quem é ele? 

- Kai.  -  falou como se fosse um crime.  

- Não é um segurança que trabalha com o Klaus? ....espera era com ele que  você estava naquele beico?  -  Certo dia eu e Elena estavamos jogando o lixo fora quando vimos Bonnie numa atitude bem suspeita. Ela retornou para dentro, com um sorriso bobo no rosto, batom manchado..... Nós tentamos de tudo mas ela agiu como se estivéssemos loucas.

- Sim, Klaus deu o emprego a ele e sim era ele que estava comigo.  -  disse timidamente. -  Eu o conheci a algum tempo e nós meio que temos um lance, só que eu não sei se quero assumir algo sério e foi por isso que discutimos. E agora ele vai para esse viagem e eu estou enlouquecendo.  O que eu devo fazer?  

Ela estava aflita e nervosa.  -  Por que não quer assumir o que vocês tem?  -  pude perceber uma certa tensão dominar seu corpo.

-  Bom Kai nem sempre foi uma pessoa descente.  Ele...bem digamos que andava com as pessoas erradas, escolhia e fazia as ações erradas.  Ele não é muito bem visto e eu até falaria com Elena mas ela pensa exatamente igual aos outros.

-  Ta com medo do que vão pensar por você se envolver com alguém com o passado igual ao dele, não é?  -  Bonnie concordou sem olhar em meus olhos.  -  Bonnie você não pode deixar de gostar de alguém só por causa do que os outros pensam. Se ele te faz bem não pode deixar escapa-lo. Vá atrás dele e diga o que sente, explique o por que de estar agindo assim, só não o perca. Já parou pra pensar que talvez ele seja o seu para sempre.  

Falei tudo gesticulando com as mãos e andando de um lado para o outro pela sala.  Como eu pudia conseguir aconcelhar os outros tão bem se nem sabia lidar com a minha vida? Enquanto Bonnie analisava cada palavra minha e tirava suas próprias conclusões. Notei que ela tinha feito a escolha certa quando um sorriso dominou seu rosto.

- Obrigada, obrigada.  Sabia que você me entederia. Eu só queria ouvir de alguém o que eu já sabia. E apropósito não pense que eu e Elena esquecemos do encontro que teve com o Klaus. Queremos saber de tudo. Nós ainda vamos marcar de sair.

- Ai meu deus do céu.  - falei já imaginando o tipo de pergunta que fariam.  Bonnie veio até mim e me abraçou apertadamente enquanto eu retribuia. 

-  É melhor você ir, não quer perder a chance de falar com o bonitão não é? Lembre-se todos nós temos um passado do qual queremos esquecer e as vezes tudo o que precisamos é de um lugar seguro onde nenhuma dessas sombras possam nós atingir. Seja esse lugar para ele. 

Bonnie me abraçou novamente me olhando estranhamente e logo depois foi embora. 

No dia seguinte eu recebi uma visita inesperada no Grill.

-  Olá, senhorita Grey.  -  o irmão de Klaus estava na minha frente ele era tão educado, pelas suas roupas ele tinha acabado de sair da empresa. Olhei em direção a porta com a esperança de ver Niklaus passando por ela. 

-  Ele não pôde vim. E tenho certeza que a decepção que estou vendo em seu rosto é mesma que ele sentiu. - pelo visto eu não estou conseguindo controlar o que sinto. 

- Ele te disse sobre nós?  -  perguntei timidamente. Não fazia idéia sobre como a família de Niklaus me via. Elijah deu uma risada antes de começar a falar. 

-  Você tem sido a dona dos pensamentos de Niklaus a um bom tempo. Meu irmão não é de se apaixonar e acredito que você seja muito especial para conseguir esse feito.  Ele até te levou para a coleção secreta.  -  Ele sabia que eu tinha ido a empresa e foi lá que eu e Klaus quase.....pude sentir o meu corpo esquentar só com as lembranças. 

-  Obrigada, eu acho. Você quer alguma coisa? 

-  Apenas um café. - respondeu ainda rindo da minha expressão envergonhada.

Retornei com seu café e o entreguei a ele que se lenvantou arrumando o terno. 

- Eu preciso ir, mas quero que saiba que apoio o relacionamento de vocês. Niklaus merece uma chance de ser feliz, não desista dele só porque ele é difícil de lidar e tem uma família completamente maluca. Ele vai acabar te surpreendo.

- Eu vou tentar.  -  Nós dois gargalhamos e Elijah se despediu beijando minha mão. 

Fiquei um tempo pensando no que ele disse, bom não entendi muito bem a parte de Klaus ser difícil de lidar ele sempre foi gentil comigo, um pouco irritante quando ainda estava tentando me conquistar, nada demais. Bom pelo menos uma parte da família já gosta de mim, tenho minhas dúvidas se o resto vai agir assim também. Dúvidas muitas dúvidas.

- Caroline, Caroline, Caroli.....  -  Elena estava me gritando feito uma louca até assustou alguns clientes.

- O que foi sua escandalosa?  -  a olhei intrigada.

- Olha só o que chegou. - disse apontando para um buquê de rosas vermelhas. 

-  Damon é um fofo nunca imaginei que ele fosse do tipo que manda flores. Elas são lindas.

-  Obrigada barbie, mas não fui eu que mandei para Elena.  -  de onde é que esse mala surgiu, Damon tinha a mania de apelidar as pessoas....desde que Elena nos apresentou ele insiste em me chamar assim.

- Bem se não foi você quem foi? Cuidado Damon tem alguém de olho na Eleninha.  -  falei maldosamente, Elena não conseguiu segurar o riso e Damon fechou a cara.

- Care você não está entendendo. As flores são pra você.  -  falou dando leves pulinhos.

- Pra mim, mas quem me enviaria flor.....Klaus.  

Eu estava surpresa e contente....flores sempre são um ótimo presente. Sem dúvida alguma isso foi a melhor coisa que me aconteceu hoje.

- Só pode ser ele, vai abre o logo o cartão. - disse Elena enquanto tentava ver alguma coisa no cartão que eu segurava. 

Ele tinha a cor beje e as bordas douradas.  Depois de avaliar cada centímetro meus olhos finalmente focaram em sua belíssima caligrafia que dizia.

" Amor, sinto sua falta. Espero que goste das rosas. Com carinho Klaus. " 

- Ahhhhh que coisa linda. Ele não é incrível.  -  disse batendo palminhas.  - Eiiiii e eu sou o quê? -  Perguntou Damon com cara de chateado.  - Você é perfeito para mim.  -  falou Elena enquanto se aproximava beijando-lhe. O que começou a ficar bem mais erótico do que o necessário. 

Eu não estava prestando muita atenção estava mais interessada nas rosas, as levei até meu nariz para sentir seu cheiro e era maravilhoso. Klaus era um perfeito cavalheiro pelo menos comigo. Fiquei um bom tempo sorrindo feito uma boba apaixonada. O quê?

Depois de conseguir separar Elena de Damon e ouvi muitos resmungos da parte do moreno,  fui terminar o meu turno arrastando Elena comigo. Nós conversamos bastante ela estava tão empolgada com as rosas, enquanto meus pensamentos não saiam de Klaus, ele não era o único a perder o controle dos próprios pensamentos.

Estava em casa quando ouvi o som da campainha. Fui até a porta e vi Bonnie, ela devia ter vindo me dizer sobre como se resolveu com Kai.

- Bonnie....Então se resolveu com o bonitão? Sabia que eu ganhei rosas hoje? -  de onde tinha vindo toda essa minha animação? Elena deve ter me contagiado. Meu sorriso foi muxando quando notei Bonnie me olhar séria.  -  Tá tudo bem? Venha entre.

- Care sabe que pode contar comigo também não é. Você pode me contar qualquer coisa..... Sabe eu tinha um tio que era cherife da cidade e...  - o tio da Bonnie é policial e policiais tem contato com outros policiais mesmo que estejam em outro estado, como eu não havia ficado sabendo disso?  -  Desde criança eu sou levada a esse mundo sabe, ele sempre ficava comigo enquanto meu pai viajava e então eu ia pra delegacia e ficava lá observando tudo. Foi quando decidi ser psicóloga...queria ajudar as pessoas a superar o que fossem que elas haviam sofrido.

-  Eu não sabia disso. - falei nervosamente enquanto a levava até a cozinha para podermos tomar um café.

-  É o que eu pretendo ser e estou estudando sobre o assunto. Eu fiquei intrigada com a sua chegada e até com um pouco de ciúmes de Elena com você. Aos poucos fui percebendo como você se retraia toda quando tentávamos arrancar qualquer tipo de informação sua. Sempre desconfiada e assustada como se tivesse algo errado acontecendo. Muitos livros de auto-ajuda.

- Eu não estou entendendo, não à nada e nem havia algo de errado comigo. Se for sobre como eu estava estranha de manhã é que eu só não dormir direito. E eu só gosto de ler, esses livros são mais baratos. Ta tudo bem. -  Tentei disfarçar mas minha voz saiu falhada, apoiei minhas mãos na pia tentando evitar que elas tremessem mais.

- Sabe que eu não quero te pressionar, mas talvez ira te fazer bem colocar tudo para fora.

Porque ela tinha que ser tão convincente, por que tinha que me questionar justo hoje que estou mais vulnerável... A quem eu estava tentando enganar eu realmente precisava conversar e falar com Klaus estava fora de questão.

-  Você não é a única com problemas com homens. Klaus ta me fazendo sentir coisas que eu não deveria. É só que....eu não gosto de alguém assim a muito tempo. Ele me deixa confusa, só que confusa de um jeito bom. Eu tenho dificuldades de me relacionar.

-  Você está apaixonada. Só não quer admitir e é isso o que a paixão faz...nós perdemos o controle e nos deixamos guiar por ai.

- Sabe eu tinha uma amiga que se apaixonou rapidamente, e se casou com o mesmo cara e no final percebeu que ele não era como ela tinha pensado. Ele a espancava por qualquer motivo, mesmo os mais bobos como esquecer de colocar o talher certo na mesa ou não deixar a tv ligada no canal de futebol. Ela vivia um pesadelo constante e não podia contar a ninguém porque estava sozinha.

Ela só conseguiu fugir depois de anos de tortura e eu sei que até hoje isso a atormenta, não importa pra onde ela vá ou com quem esteja ele sempre a acompanha.  -  eu sabia que estava chorando e com certeza minha voz tinha falhado em algum momento.  Respirei fundo e continuei falando.  -  Ela provavelmente vai gostar de alguém novamente, mas e se algo acontecer? Se não for seguro nem pra ela e nem pra ele? Eu só acho que não quero cometer o mesmo erro....se deixar levar demais....perde o controle. Eu sei que deveria saber que Klaus nunca ira me machucar como ele a machucou, mas é que..... como eu disse...estou confusa.

- Primeiro eu acho que sua amiga é muito corajosa. Eu nem consigo imaginar o inferno que ela viveu e mesmo que tudo ainda tenha a deixado com marcas ela sobreviveu e está aqui. Ela pode ter certeza que vai encontrar  pessoas que a  amem e acreditam que ela já faz parte da família. 

Eu sequei o rosto e virei em sua direção observando que seus olhos estavam marejados. Eu sabia que ela tinha entendido a história. Também sabia que não contaria a ninguém. Eu estava extremamente aliviada por finalmente dividir isso com alguém.

- Quanto ao um novo pretendente eu vou dizer a mesma coisa que eu diria se ela estivesse aqui na minha frente. Se ela se apaixonou novamente, se alguém conseguiu fazer com que ela se sentisse viva novamente. Então essa pessoa é a perfeita para ela. Klaus é perfeito pra você assim como eu acredito que você seja pra ele.

Eu ouvia atentamente tentado me convencer de que ela estava certa.

- Ele é arrogante, atormenta os seus funcionários, adorava gastar seu dinheiro por ai com bobagens. O típico riquinho que você sabe que não é bom mas que quer mesmo assim. A questão é que ele não é assim com você, você consegue fazê-lo sorrir frequentemente sem nem se esforçar. Você mudou tudo. Só pare de temer..... mais cedo você me disse sobre o para sempre.....agora eu que te digo...já parou pra pensar que talvez ele seja o seu para sempre.

- Você é realmente boa nisso.  -  falei sorrindo entre as lágrimas.  - Obrigada por tudo. 

- Eu só retribuir o favor de mais cedo. Okay? O que acha de fazermos a noite das garotas, chamamos Elena e o trio fica completo.  

- Eu acho que seria uma ótima idéia.  

- Eu vou ao mercado, buscar uns dvds e  ligo pra Elena do caminho. 

Quando vi Bonnie se afastando eu a chamei.

- Bonnie...espera. Sobre a minha amiga, ela não gostaria que os problemas dela se tornassem seus também. Não se preocupe com isso. 

Bonnie correu até mim e me abraçou novamente. -  Care você.... Não precisa ficar sozinha. 

- Eu to bem, estou me sentindo até aliviada....é estranho e bom ao mesmo tempo. Vamos esquecer isso por hoje. Só traga chocolate e bebidas.  -  falei enquanto a morena iria em direção a porta.

Quando finalmente fiquei sozinha pude perceber como foi bom dividir isso com alguém, sempre estive sozinha, a única pessoa com quem eu conversava era eu mesma, como eu disse foi como se estivesse tirando uma montanha de minhas costas,  mas não pude deixar de pensar que também foi arriscado. 

Decide que por essa noite eu iria curtir com minhas amigas, esquecer dos problemas....nada de pensar no passado. Arrumei a sala colocando várias almofadas, separei alguns copos e vasilhas. Festa do pijama.....não faço isso desde a adolescência.

Bonnie retornou com Elena que aparentava já está bem animadinha por ter aberto uma garrafa de vodca no caminho para cá. Nós escolhemos um filme, enchemos as vasilhas de guloseimas e nos sentamos conversando. Bonnie nos contou detalhe por detalhe de como havia se reconciliado com Kai, Elena nós contou detalhes sórdidos de seu relacionamente e eu fui obrigada a contar como era está com o Klaus. Por toda noite eu pude notar como Bonnie tentava me distrair, fazendo com que minha mente não vagasse pelas lembranças do passado e eu estava muito grata por ter la como amiga.

Eu confesso que deveria ter pegado leve com as bebidas, estava um pouco tonta e ria de tudo assim como Bonnie e Elena. 

Nós estavamos dançando feito loucas. Elena havia subido em cima da mesa e rebolava descontroladamente enquanto Bonnie filmava tudo. 

Ouvi o telefone tocar e fiz sinal de que elas deveriam fazer silêncio. Caminhei até ele esbarrando em alguns móveis. Atendi depois de alguns toques.

- Alô . - disse com uma voz meio embargada.

- Amor? -  eu podia está um pouco zona mas era impossível não reconhecer aquele sotaque.  -  Caroline?  - perguntou por causa de minha demora.

-  Klaus.....sabia que esse seu sotaque enlouquece qualquer uma. - Ouvi uma risada do outro lado da linha.

-  Você parece animada. O que está fazendo? E que música é essa?

Aproveitei que Elena e Bonnie estavam distraídas e fui em direção a varanda onde eu poderia falar com mais tranquilidade.

-  Eu e as garotas estamos dando uma festinha e ....acho que me empolguei,  sabia. - disse enquanto passava uma mão em minha testa.  

-  Você está bêbada?  -  perguntou divertido

- Só um pouquinho....mas sabe como eu estou também?  Com saudade, muita saudade....eu quero você aqui comigo, agora.  -  falei mandona e com uma vontade de chorar.

- Ééééé Klaus vem.....a Care quer você.  -  disseram as garotas, caindo na gargalhada depois.

-  As garotas já estão indo...... E eu quero te recompensar pelas flores. 

- Caroli.....

- Se você não vier ....eu vou ter que ir atrás de você e dada as minhas condições posso dizer que vai ser interessante tentar chegar até ai. -  tentei parecer ao máximo decidida. Pude ouvir ele soltar um suspiro de rendição do outro lado da linha.  

- Chego ai em 30 minutos.

- Isso.  Ei meninas o meu britânico ta vindo pra cá.  - gritei enquanto todas nós davamos pulinhos.

- Se é assim vou ligar para Damon vim buscar nós duas Bonnie.  - Bonnie concordou. E poucos minutos depois eu observei o carro de Damon as levando embora, antes de ir Bonnie me pediu para eu apenas apreciar a companhia de Klaus e esquecer do resto.

Dei uma arrumada na sala enquanto esperava Klaus chegar. Fiquei esperando sentada até que ouvi o barulho de seu carro se aproximando, corri em direção a varando, estava louca para vê-lo. 

Klaus veio até mim sorrindo e seus braços me apertaram como nunca antes, enquanto ele sentia o cheiro de meus cabelos.

- Você demorou.  -  falei manhosa enquanto entrávamos em minha casa, eu não estava me referindo só a hoje mas sim a semana toda.

- Me desculpe. A empresa está uma loucura. Entro cedo demais e só saio de lá quando passa da meia-noite. Não acho justo te acordar esse horário.

- Sabe o que não é justo também? - Klaus negou com a cabeça.  -  Você ainda não ter me beijado. 

Juntoi nossos lábios rapidamente, eu anciava aquilo a muito tempo, seus lábios estavam mais doces do que eu me lembrava. Segurei seus rosto com uma mão de cada lado, Klaus me puxou para mais perto. Quando comecei a ficar animada Klaus interrompeu o beijo.

-  O que ta fazendo? - perguntei confusa.

-  Sem dúvida alguma você está bêbada e confusa. E eu só quero cuidar de você, então direto pra cama. - falou enquanto me pegava no colo e eu resmungava.

Pude sentir Klaus me depositar na cama calmamente, o que só fez minhas pálpebras pesarem mais eu estava me sentindo extremamente mole. Ele tirou minha jaqueta alisando meus braços lentamente, depois desceu suas mãos em direção aos meus pés onde tirou meus sapatos um a um delicadamente.

Só voltei a sentilo novamente quando ele me pegou no colo novamente enquanto me levava em direção ao banheiro, pude notar o chuveiro ligado....ele estava planejando um banho a dois?  Klaus me colocou no chão e antes que eu pudesse reagi me empurrou para debaixo da água que estava extremamente gelada com roupa e tudo. Tentei sair mas seus braços me mantiveram parada.  Meus dentes já estavam batendo um contra o outro por causa de minha tremedeira. Uma certa irritação foi substituindo os sintomas da bebida a cada minuto que ele me obrigava a ficar ali e o fato dele parecer estar se divertindo só a fez aumentar.

Depois de perceber que eu não tentaria mais fugir, Klaus me deixou terminar de tomar banho. Quando retornei ao quarto havia, Klaus estava sentado em minha cama e do seu lado tinha uma muda de roupa.

Ele sorriu quando me viu e veio em minha direção trazendo as roupas consigo.  -  Como se sente?  -  perguntou acariciando um de meus braços.

- Meio zonza, mole e irritada por você está se divertindo com a situação.  -  falei indignada o fazendo rir mais ainda.  - Que langerie é essa? -  ergui a peça que tinha a cor de um vermelho intenso.

-  Eu fui chantageado para vim até aqui....então por que não tirar proveito da situação. - e lá estava o Klaus cínico que eu conheço.

- Você não presta. -  Klaus se virou para eu poder me trocar, fiz esse processo o mais rápido possível estava envergonhada.

- Você precisa dormir um pouco. Vem.  

Klaus me puxou até a cama me fazendo deitar de frente para ele enquanto puxava um dos lençóis para nos cobrir.  Ele levou uma de suas mãos ao meu rosto acariciando minha bochecha.

- As flores, obrigada. Elas são lindas. -  puxei sua mão para que ela se encaixasse perfeitamente contra a minha. Posso dizer que o sorriso que ele deu foi o mais bonito possível. Ele se aproximou mais ainda puxando meu rosto para selar nossos lábios, saboreando cada canto de minha boca. O beijo durou menos tempo do que eu esperava. Logo depois Klaus me puxou fazendo com que eu apoiasse minha cabeça em seus peitoral, passei um de meus braços por sua cintura me aconchegando mais. 

Eu estava quase pegando no sono por ele está acaraciando meus cabelos, quando a sua voz quebrou o silêncio que já durava minutos.

-  Que bom que gostou. Eu não dava flores pra alguém a muito tempo. -  falou em um sussuro beijando minha testa. 

-  Eu não recebia flores a séculos. E também ele....... só me dava flores quando se arrependia....... - eu tentei continuar falando mas tava difícil, tinha algo me puxando para um estado de sonolência, como se estivesse tentando me empedir de falar mais do que devia.

-  Do que está falando, Caroline? Quem é ele?  - foi a última coisa que escutei antes que o sono e  o restante da bebedeira me dominassem completamente me fazendo apagar.