História My controversial World - Me desculpe por não cuidar de você.

   Quando eu cheguei com Felipe em seu apartamento o coloquei em sua cama, pedi para que ele tirasse a blusa, quando ele tirou eu fiquei corado sendo que isso nunca aconteceu comigo, nem mesmo com filmes pornôs que não me deixavam tão exitados assim, acho que era porquê era um corpo real, nu, bem na minha frente...

 eu peguei o kit de primeiro socorros limpei e cuidei de seus ferimentos.

-Você devia ter ido ao hospital - O encarei 

-Pra que hospital se tenho meu maravilhoso Leandro pra cuidar de mim? E quanto aos seus ferimentos? seu rosto...  - ele tentou tocá-lo 

-Nem começa. - ele olhou para mim e parou por um segundo e  logo colocou seus dedos em meu lábio inferior tocando na minha pequena ferida pelo soco que levei, sua expressão era de culpa. - Se sente culpado ?  Pois se sente, não deveria, não foi você que me deu o soco e praticamente você não estava envolvido quando tudo aconteceu. - ele me olhou surpreso.

 Eu tirei sua mão da minha boca, mas ele me puxou para perto dele, ficamos nos olhando sem mesmo piscar, nossas bocas estavam tão perto uma da outra, até de mais, eu podia sentir sua respiração e seus olhos brilhavam diante de mim, ele pretendia me beijar mas fomos interrompido pelo meu celular tocando.

-Ah que merda! estava tão perto ! - ele gritou caindo com tudo na cama.

 
-Cala boca antes que eu de um soco nesse sua cara. - falei atendendo o celular

-Cara agressivo... - ele cruzou os braços e fez bico.

Antes mesmo de que eu pudesse dizer algo ouvi o que não queria ouvir pelo telefone, eu me decai contra o chão sentindo o choque por todo o meu corpo, gemi de dor, era a pior dor que já senti em todo esses anos, Felipe veio na minha direção desesperado sem saber o que fazer, eu me levantei ainda sentindo a dormência do meu corpo, eu precisava ir para o hospital, eu tinha que ir rápido...

 Eu desci as escadas ofegante e as batidas do meu coração estavam lentas, cada batida era uma dor infernal. 

-Leandro! - Felipe gritou o meu nome e foi aí que notei que já estava no meio da rua.

 Quando olhei pro lado o carro se aproximava rapidamente e me acertou em cheio, eu cai no chão com tudo, senti minhas costas darem de encontro ao chão, o cheiro do sangue, a sensação do líquido na minha cabeça escorrer...

Felipe chamava pelo meu nome desesperadamente pedindo por ajuda, eu mal conseguia sentir o meu corpo, Felipe respirou fundo e me pegou no colo e me colocou no carro que tinha me atropelado para me levar ao hospital, enquanto dirigia até lá Felipe precionava sua blusa em minha cabeça que não parava de sangrar.

Eu não acredito que vou morrer por tecido atropelado e não pelo o meu vírus...

~~

Quando eu recobrei a consciência e fui abrindo meus olhos aos poucos eu notei que estava em um quarto de hospital, eu toquei em minha cabeça e ela estava enfaixada, doía para um caramba. 

- Você realmente tem uma sorte em Leandro. - Quando minha visão voltava comecei a ver Beto perto da cama enquanto observava os meus raios x.

- Como está a minha mãe? - falava o que me era permitido.

- Sua mãe está estável Leandro, o problema aqui é você, você tem hematomas pelo corpo inteiro, sua mão está extremamente ferida, por sorte você não teve um traumatismo craniano e não precisou de cirurgia, não é só seu vírus que você tem que cuidar, você tem um sangue raro e é muito difícil achar seu tipo sanguíneo, desde que você começou a sair só a ocorrido coisas ruins com você. - Beto parecia exausto, ele tirou seus óculos e coçou seus olhos.

-Eu sinto muito, mas apesar disso tudo, eu estou vivendo, eu estou livre agora, nada disso me desmotiva.

    Beto me olhou triste e a porta do meu quarto foi aberta aparecendo um Felipe extremamente preocupado.

- Me disseram que eu podia entrar... - ele olhou para Beto sem jeito.

- Então você fez um amigo Leandro. - Beto sorriu - Eu já terminei aqui, pode ficar avontade. 

O médico tinha se retirado.

- Você tá bem? O que foi aquilo? O que aconteceu com você naquela hora? Me conta por favor....

-Minha mãe ela... ela  estava aqui no hospotal, ela tentou se matar com um bisturi, ela enfiou o bisturi no estômago e ela estava em cirurgia, minha mãe é depressiva... Basicamente uma suicída. - A cada palavra que eu falava era uma dor imensa no peito, eu nunca pensei em falar da minha vida assim pra alguém, não sei porquê, mas achei que precisava contar a Felipe.

 Felipe não disse nada, apenas me puxou para perto dele e me deu um abraço apertado esperando que eu chorasse ou algo do tipo mas não o fiz, já presenciei diversas vezes minha mãe tentando se matar, mas meu pai sempre esteve ali a protegendo de si mesma mas hoje ele não estava aqui e eu não estive aqui para protege-la, a culpa é toda minha.

 Me desculpe por não cuidar das suas feridas mãe enquanto você dedicou sua vida inteira as minhas