Estávamos na sala com cara de paisagem um olhando pra cara do outro, eu ainda estava de toalha pois não tive tempo de me trocar.
-Ninguém vai dizer nada ? - Lucas fitava a ambos - Você tinha mesmo que tá pegando meu primo Felipe? Seu merda.
Que? Lucas conhece Felipe?
- Como eu ia saber que o Leandro é seu primo? Vocês nem se parecem.
- Somos apenas primos de consideração, e vocês se conhecem? Da onde?
- É claro, não só ficamos na mesma sala desde os dez anos em diante como também somos melhores amigos - Lucas deitou no sofá
- Só pode ser brincadeira - falei soltando um riso
-Estamos mais destinados do que eu pensei - Felipe sorriu para mim.
- Desde quando vocês tão nessa? Do Felipe nada me surpreende, mas você pegando garotos Leandro? realmente você está experimentando tudo que lhe convém - Lucas riu
- Eu não sou gay tá bom? - Leandro falou se levantando
-Han, conta outra.
- Tenho que sair agora - empurrei Felipe para o lado.
- Aonde você vai? - os dois falaram em sequência
-Tenho que visitar alguém. - Falei
-E quem é essa pessoa? - logo em seguida veio Lucas.
-Vão a merda vocês, parecem meus pais - falei subindo as escadas para trocar de roupa.
Quando me troquei peguei minha mochila e desci vendo os dois babacas rindo de alguma conversa.
-Eu estou caindo fora, quando eu voltar eu quero você Felipe, fora da minha casam - Falei chegando na porta não dando tempo de eles responderem.
~~
Eu andei durante 30 minutos, cheguei em uma rua bem simples, casas pequenas mas muito bem feitas, eram largas e bem limpas, cheguei em uma casa de portão branco uma casa com flores espalhada por todo o canto, era um lugar bem agradável.
Toquei a campainha e uma mulher ruiva dos cabelos longos olhos castanhos claros meio esverdeados aparentava ter os 40 e poucos anos seu corpo pálido e magro vestia roupas simples usava óclos redondos e sempre tinha um sorriso no rosto.
- Leandro? O que faz aqui? - A mulher baixinha dos cabelos longos ondulados e ruivos se aproximou surpresa
-Desculpa incomodar Mabel, posso entrar?
- Claro que sim, entre. - A ruiva abriu o portão e nós entramos na casa simples e bem confortável.
-Meu pai e minha mãe foram pro Rio de Janeiro - falei cabisbaixo
- Foram ao Rio? Mas porquê? - Ela falou surpresa pois sabia que meus pais nunca me deixavam em segundo plano.
-Minha mãe está em coma.
-Em coma? Ela tentou se matar novamente ? - A ruiva deixou seu rosto Alegre pra um mais triste e serio
-Sim, incrível como tudo de ruim só acontece quando alguém está comigo.
-Isso não foi culpa sua querido, esim do miserável do seu pai... - ela arregalou os olhos quando percebeu o que falava
-Por que odeia tanto o meu pai? - A olhei curioso
- Isso é algo pessoa Leandro, não posso lhe contar. - ela fechou os punhos
-Mabel... - Eu a olhei.
- Eu preciso ir em um lugar, quer me acompanhar? - Ela tentou mudar de assunto.
- Desculpa mas você está indo ao cemitério não é? Visitar sua filha... - A olhei sem jeito.
-Como ? - A ruiva me olhou surpresa.
- Eu segui você uma vez quando cuidou de mim, eu vi...
-Você é um garoto de ouro Leandro, minha filha ia adorar te conhecer - ela sorriu e acariciou meu rosto, você não se importa de esperar aqui então?
- Não, eu não me importo. - Ela acentiu e fechou a porta.
Conheci Mabel quando tinha 8 anos, minha mãe não podia me deixar sozinho quando ia trabalhar e acabou me deixando com a ruiva, minha mãe parecia conhecê-la muito bem, Mabel diz reconhecer minha mãe como uma filha já que a criou na adolescência, minha mãe perdeu os pais e a Mabel cuidou dela até ela ser de maior...
Meu celular vibrou no meu bolso e logo atendi sabendo que era meu pai, eu estava irritado mais prefiri ouvir primeiro.
-Filho me desculpe, não tive tempo de ligar, estava tão ocupado com a sua mãe que não tive tempo.
-Sei... como ela está? - me encostei na poltrona que havia naquela sala.
-Bom continua a mesma - sua voz era baixa - Aonde você está?
-Na Mabel - falei direto
-Ah.... - ele suspirou fundo parecia desepssionado
-Porque a Mabel te odeia tanto pai ? - esperava por uma resposta que estava demorando até demais
-Você não precisa saber.
- Por que vocês sempre escondem as coisas de mim? O que você tanto escondem? - falei furioso pela sua resposta
-Olha eu... da pra soltar o celular? - ouvi meu pai resmungar no celular e uma voz arisca sair junto.
- Pai ? - falei confuso
Eles estão me escondendo alguma coisa...
O pior de tudo que em qualquer momento que se passava, Felipe não saia da minha cabeça, eu estava começando a ter uma vontade loca de vê-lo... Que loucura..
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