História My controversial World - O som de um piano

  ~Leandro

              Fui extremamente apreçado para a aula, mas comecei a ficar mais lento quando meus olhos seguiram Felipe pela janela, ele estava com Patrícia, parecia que ambos conversavam, não podeia deixar de ter um certo ciúmes, eu odeio aquela garota.

- Você não tá atrasado demais? O que está olhando? - Quando eu olhei pro lado levei um sussto tremendo com Larissa observando o mesmo que eu.

- Você não cansa de ser curiosa não? Que saco Larrissa. - A encarei puto.

- Oh nossa, não precisa ser tão grosso, você parece incomodado com os dois - seus olhos seguiam Felipe e Patrícia. - Os rumores são reais então...

- Por que você não cuida da sua vida? Droga, vamos pra sala... - Eu puxei Larissa comigo para a sala. 

        Do que esses dois estão conversando....

                    ~Felipe

- O que você quer ? Fala de uma vez. - cruzei os braços.

- Não precisa ficar todo estressadinho, olha me desculpe, ambos passamos do limite, não me importo que você fique com aquele garoto, só fique comigo tudo bem? - ela tentou me abraçar mas eu me afastei 

-Acho que você se faz de surda não é mesmo ? Já falei que não quero nada com você.

- Você Acha que só por que você tem esse vídeo de merda vai dar em alguma coisa ? Você tem o vídeo e eu tenho seu pai nas minhas mãos - ela deu um sorriso e logo passou a mão no meu rosto.

- Você só pode tá ficando louca, não se atreva a envolver o meu pai  - Tinha encerrado os punhos.

- Você tem medo do seu papai em Felipe, tem medo que ele possa machucar sua mãe não é? Então por que não faz o que eu digo? - ela sorriu, essa maluca.

-Qual é o seu problema? Por que toda essa obsessão por mim? O que você quer de mim droga? 

- Eu tendo você, não tenho que me preocupar em fazer o que eu quiser, meus pais não vão me encher o saco, você não entende? Você comigo não terá problemas com o seu pai, e não irá atrapalhar os negócios dos nossos pais, é por isso que estamos juntos até hoje seu imbecil, e agora você quer colocar tudo a perder por causa de um pirralho.

- Eu não quero mais, dá pra você entender? Não quero continuar com essa maldita mentira, eu só o quero o Leandro e nada mais, se eu tiver que enfrentar o meu pai... Então eu vou enfrenta-lo, lide com os seus problemas sozinho. - Virei as costas para ir embora.

- Eu tenho pena de você. - Eu parei no mesmo estante. - Você depende tanto emocionalmente de alguém... O que vai ser de você quando aquele idiota abandonar você? - ela sorriu e logo saiu me deixando sozinho com os meus pensamentos.

- Ele não vai me deixar, e eu vou me certificar de que isso não aconteça...

            ~~ 

                      12:15 da tarde 

             O tempo passou em um piscar de olhos, eu estava tão aflito que nem vi o tempo passar, eu estava ansioso e queria ver Leandro, acabei indo até sua sala... 

-Esta procurando o Leandro ? - uma garota veio até mim me encarando com um sorrisinho.

- Você é amiga do Leandro? Você é tão pequena, você toma muito cuidado para que as pessoas não pisem em você? - Eu estava me segurando para não rir.

-.... Ótimo mais um imbecil com quem eu tenho que lidar. - ela revirou os olhos. - Eu não vou te contar, só por causa disso.

- Me desculpe anãnzinha, conta pra mim vai, em? Por favorzinho, juro que te pago um lanche. - Eu sorri tentando convencê-la...

-Jesus... agora não duvido nada que você é o Leandro se merec-.... - Fomos interrompidos com uma melodia de piano... 

Senti meu coração acelerar, foi ai que me lembrei que Leandro só ouvia música clássica, principalmente melodia de piano, eu comecei a correr até a sala de música. Quando entrei, lá estava ele tocando gentilmente o piano de olhos fechados como se tentasse sentir a música, vi ele morder seus lábios por diversão. A melodia era tão vagarosa e delicada, eu não sabia que Leandro sabia tocar, a música do piano foi diminuindo até ele parar completamente de tocar, eu dei um sorriso largo e me sentei ao seu lado.

-Você é realmente incrível tocano. - Leandro ia se levantar mas eu apenas o puxei de volta fazendo ele ficar de costas para mim e apoiei minhas costas na sua.

         -Qual é o problema ? - falei baixo                   

-O que você quer dizer com isso ?

  -Eu não sei tocar um piano, muito menos entendo das partituras ou algo assim... mas vendo e ouvindo você tocar senti que você estava triste, por que ? 

 -E quanto a você ? Você não parece nem um pouco feliz também. - Ah... Ele notou...

 - Pareço? Por quê você acha isso? - encostei minha cabeça na sua.

  -Quando você tá triste você não olha pra mim diretamente, sempre tenta me evitar, eu percebi isso desde o dia que você falou comigo nas escadas da escola, você olhou pra mim mas desviou o olhar quando tentei te olhar e logo saiu, também no dia que você esqueceu a chave você não olhou pra mim, quando te levei pra casa e você ficou na janela fumando e no hospital também.

 -Não achei que você ia perceber isso.               

-É claro que eu percebi seu idiota - ele se virou para mim rapidamente - Não adianta tentar me esconder algo, no final eu acabo descobrindo - Como você pode ser tão perfeito Leandro? Você tem razão eu estou realmente triste... Eu não quero perder você...

     -Você nunca vai me abandonar né ? - puxei seu rosto para perto de mim encostando nossas testas.

   - Para de repetir sempre a mesma coisa, eu já falei que não vou, eu prometi.                             

  - Me desculpe por não te contar sobre mim, eu prometo que vou te contar tudo. - eu sorri para ele e logo me retribuiu com o mesmo me dando um selinho

      -Não precisa mais guardar tudo pra você Felipe, eu estou aqui agora. - E lá estava seus lindos, olhos prateados brilhando como dois cristais, eu não sei por que mas não consegui me segurar e acabei chorando ali mesmo.       

 -Você não é nada másculo sabia ? - Leandro sorriu e logo me abraçou fortemente.               

  -E tudo culpa sua - me agarrei mais a ele         

-Tá bom crianção, pode chorar... 

 Sempre estive sozinho, sempre estive isolado de tudo e de todos, eu não queria aceitar as pessoas, tratavam mal a minha mãe pois sabiam que eu tinha nascido de um estrupo, ela não queira me aborta de forma alguma  e mesmo assim seu marido que agora é meu pai a aceitou mas simplesmente a tratava como lixo, eu não era diferente, tentei mudar o máximo possível mas graças ao meu pai cada dia mais me tornava uma versão asquerosa dele