História My controversial World - Estamos próximos

  Eu e Felipe estávamos sentados nas escadas da escola, sua cabeça estava em meu colo e seu corpo jogado, ele ficava mexendo nos meus botões da blusa de frio e logo o observei.

-Você não tem mais o que fazer não? - O encarei tirando o livro que eu lia de seu rosto.

-Estou intediado sim, mais também não quero sair de perto de você. - Ele me olhou atentamente e logo puxou meu rosto para si me dando um selinho. - Depois das provas teremos dois dias de folga podíamos sair pra algum lugar.

-Tipo?

-Clube? Cinema ? Festa?

-Festa ? - Arregalei os olhos.

-E por que não? Podemos ir em uma no dia do seu aniversário. Está próximo não está? Ou já passou?

-Meu aniversário é sexta agora, eu vou fazer 16 anos Felipe não 18.  - Me levantei e comecei a seguir para a saída é Felipe logo atrás.

-E daí? Tem jovens de 14 anos que vai pra esse tipo de lugar, é só não deixar que peguem você. - Ele riu

-Nossa muito responsável você.

-Responsável eu ? Da onde ? Só quero me divertir com você, da a louca na festa com você, ficarmos bêbados e da uns pegas em você. - ele abraçou meu pescoço

        Quando estávamos saindo da escola nos deparamos com Larissa e Lucas brigando entre si mas logo que nos viram deram um grande sorriso.

-O que vocês estão fazendo? - os encarei

-Do que você está falando? - Ela sorriu

-Não me diga que vocês dois estavam brigando pelo saco de doritos que está na sua mão Larissa. - ela olhou pro saco de doritos e logo olhou para Lucas.

-Ah que saber foi isso sim, esse infeliz acha que tem intimidade o suficente pra achar que eu vou dividir o doritos com ele, já não basta que o doritos só vem o vento e migalha. - ela bufou.

-Sinceramente... - bati minha mão na minha testa enquanto Felipe ria sem parar.

-Gorda é uma coisa viu... - Lucas bufou

-Oxi tá falando do que aí? Se acha que eu não sei que tu encolhe esse teu bucho de  lombriga não? - Eu não me segurei e comece a ri eu nuca ri tanto em toda minha vida.

-Esta bem, vamos, nos temos que estudar para as provas. - Felipe falou e logo vimos o carro da minha mãe parar perto da gente.

-Querem uma carona? - Ela sorriu olhando para mim, acabei ficando sem graça.

-Claro sogrinha! - Felipe deu um sorriso largo e entrou no carro junto com Lucas e Larissa.

-Tudo um bando de folgado. - falei entrando no carro também.

-Por isso que são seus amigos não é mesmo? - Minha mãe me encarou.

- Até você mãe?! 

         ~ 

     Nós resolvemos estudar o dia inteiro na minha casa pois amanhã mesmo já começava as provas do segundo semestre, o Felipe ficou irritado de eu entender toda sua matéria de prova e ele não conseguia entender nem uma vírgula, Larissa e Lucas comiam mais do que estudavam, fiquei puto de raiva pois eu estava ali só para ajudá-los sem minha vontade, mas depois que comecei a xinga-los eles resolveram fazer o cérebro funcionar, em volta das 20h estávamos andando pela rua para levar Larissa até o metro para ir para casa, Lucas e Felipe iriam dormir na minha casa e com certeza de lá não sairia coisa boa, Larissa entrou no vagão dando um tchau e voltamos pra casa congelando de frio que fazia.

-Já éramos pra tá no verão. - comentou Lucas

-Eu gosto do frio. - falei me aconchegando no meu casaco.

-Eu sei disso, é igual a sua alma e seu coração que é duro feito pedra de gelo. - Olhei Lucas de canto que logo ele engoliu em seco.

-Pra mim tanto faz. - Felipe olhava para o céu azul escuro. - Eu estou morto de sono, só quero dormi.

-Milagre. - eu e Lucas falamos ao mesmo tempo.

      Fomos para casa mortos de sono, meus pais tinham ido para cama e por alguns minutos Lucas ficou enchendo nosso saco para que dormisse no mesmo quarto que a gente até Felipe ficar puto e olhar para Lucas como um psicopata e eu de saco cheio da briga dos dois mandei eles dormirem na sala trancando a porta do meu quarto.

-Eu falei que ele tem coração de pedra de gelo. - podia ouvir Lucas reclamar lá de baixo.

-Poxa ele nem teve pena do próprio namorado! - Felipe bufou.

-Quem tem pena e galinha, vão dormir caramba!- eu me afoguei no meu travesseiro e rezava para conseguir dormir com aqueles dois reclamões