Lembro-me da primeira vez que o vi. Era pequeno, quase invisível, mas estava lá. Sei que lágrimas tomaram conta dos meus olhos e eu não consegui ter as devidas reações motoras por um grande espaço de tempo. Quis que você viesse naquele momento, desejei abraçá-lo e dizê-lo o quanto eu te amava.
Contar a todos sobre você foi complicado, mas mesmo diante disso, nunca desisti, eu não conseguiria fazê-lo afinal. Porque eu percebi que naquele dia, a sua vida tornou-se a minha.
Durante os meses que se passaram, descobri que outro alguém te amava tanto quanto eu, outra pessoa que o queria junto de si e sempre dirigia-lhe palavras de conforto e sorrisos. Você pode confiar nele, ele sempre o protegerá, meu querido.
Estava planejado que sua chegada seria em março, um belo mês, o meu mês. Mas assim como ele, você era teimoso e veio semanas antes.
Doeu tanto, doeu por horas, mas você chegou. E eu, inevitavelmente, sorri. E chorei. Você era uma parte de mim. Sempre fora. E agora estava ali, eu podia tocá-lo, dizer-lhe palavras de conforto... E amá-lo ainda mais do que antes.
Seria possível amar alguém tanto assim? Eu o amava mais do que a mim mesma.
Eu daria a minha vida por você.
Seus olhos, castanhos, da cor dos meus, me encaravam com curiosidade. E mesmo o seu choro me era uma das mais belas melodias.
Você estava vivo. Seu coração batia, baixinho, contra o meu ouvido.
Quando te segurei em meus braços e beijei sua testa, ternamente, soube que nada me tiraria você. Absolutamente nada.
Pois, naquele dia, descobri o motivo pelo qual eu vivi até ali.
Para ser sua mãe.
Você foi minha cura, Aaron, e hoje, anseio ser a sua.
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