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História My Dammit Boss - Panic Station


Escrita por: gabyssrose

Notas do Autor


ALLLL RIGHT! AUSHUASHAUSHAUH <3
Meninas do céu! Eu escrevi esse capítulo correndo (passei o dia todo nele) então talvez não esteja tão bom hehehe mas é que eu precisava ser rápida e compartilhar uma coisa com vocês: EU FUI VER O GUNS ONTEM EM CURITIBA!

>>>>>>>>> meninas, sério! O melhor show da minha vida! Eu vi eles em 2014, mas desta vez foi ainda melhor. Vocês não tem noção! Estava tudo perfeito! O palco, a iluminação, as músicas, o pessoal da banda, a equipe, os fãs, o evento. GERAL! TUDOOOO PERFEITO! Fortus é gostoso pra caralho, Slash tá gordinho (te amo, amor!), Duff é tesudo, Axl continua com o mesmo sorriso e com uma voz MA-RA-VI-LHO-SA, Mel é uma fofa, Frank é demais e Dizzy é meu preferido mais fofo <3 Enfim, foi a melhor noite de todas ><

Bom, perdão, mas eu precisava extravasar!
Aproveitem o cap e perdoem os erros, mas é que eu ainda estou em choque de tanta felicidade <3

sobre o titulo: minha musica preferida do Muse <3

Capítulo 86 - Panic Station


Fanfic / Fanfiction My Dammit Boss - Panic Station

 

POV-Stee

Já era um pouco tarde da noite e não havia ninguém na Hell House, exceto por Axl e eu. Eu estava tranquilo na água quente da piscina, relaxando. Já fazia muito tempo que eu não sabia o que era tranquilidade, creio que desde que Seymour entrou em nossas vidas.

Aquela mulher atormentava-me desde o primeiro dia em que pisou na Hell House. Ela nunca gostou de mim, nunca foi simpática comigo e muito menos boazinha. Sempre tentava achar um motivo ou situação para me deixar mal, e isso chegou ao extremo no dia em que ela quase deixou que eu morresse afogado e quando começou a usar seguranças para me agredir constantemente.

Eu poderia muito bem me defender, mas ela sempre ameaçava machucar os meninos e isso seria o fim para mim. O Guns era a única família que eu tinha e eu não me perdoaria se algo ocorresse com um deles.

Entretanto, agora tudo tinha acabado. Axl finalmente tinha acordado e chutado Seymour, além disso, o ruivo estava caidinho pela loira e isso me deixava completamente aliviado.

Soltei um suspiro e relaxei o corpo, mas logo minha paz foi atormentada pela campainha. Tentei ignorar, mas a pessoas era insistente. Esperei mais um tempo e saí da piscina para atender, porém, de repente o barulho parou.

Eu apenas dei de ombros e voltei para a água quente.

Permaneci tranquilo, relaxando, até que uma cena fez com que eu ficasse um pouco curioso. Do lugar onde eu estava na piscina era possível ver o quarto de Axl. O ruivo estava bem próximo à janela e parecia conversar sozinho, o que me deixou meio curioso.

Com quem diabos ele estava conversando?

Ele parecia bem entretido na conversa, tanto que até abriu um vinho.

Observei a cena por mais alguns segundos até que, de repente, tudo começou a ficar mais estranho. O ruivo derrubou sua taça e cambaleou para frente – desaparecendo por um momento -, em seguida ele voltou a ficar na frente da janela, mas logo caiu no chão.

Certo... tinha algo errado...

Continuei a observar a cena, esperando que Axl se levantasse, porém, fui surpreendido pela presença de outra pessoa: Seymour.

Meus olhos se arregalaram imediatamente.

O que diabos ela estava fazendo lá?

Saí rapidamente da piscina, enrolei uma toalha na cintura e adentrei a Hell House. Nem precisei subir as escadas, pois encontrei Seymour já na sala com uma bolsa em mãos.

— Seymour! — falei alto, fazendo com que ela se virasse rapidamente.

Ela sorriu ao ver que era eu.

— Adler... — disse ela. — Não sabia que o cachorro de estimação estava em casa.

— O que você fez? — perguntei sério. — O que você fez com Axl?

Ela encarou as escadas e depois riu.

— Bem... por que não sobe e descobre, querido? — provocou.

Eu tinha duas opções: ou eu subia e ajudava Axl enquanto Seymour fugia ou eu ficava e a confrontava.

Eu queria muito, mas muito acabar com a vadia, porém, a vida de Axl era mais importante. Assim que cheguei ao quarto de Axl, encontrei-o no chão.

— AXL! — chamei-o.

Foi então que, de repente, eu percebi o real estado do ruivo e arregalei meus olhos, sentindo meu coração acelerar ao máximo. Ele estava completamente ensanguentado e tendo dificuldade para respirar, parecia até mesmo agonizar.

— Axl?! O que houve?! — perguntei enquanto me ajoelhava ao seu lado.

Porém, antes de responder, ele acabou desmaiando.

Santo Page... o que eu faço?

Havia muito sangue saindo do nariz e da boca do ruivo, além disso, ele parecia nem respirar direito e estava mais branco do que o normal. Seus lábios estavam roxos e suas veias pareciam... inchar...

Então, quando pensei em tomar uma atitude, ouvi barulhos no andar de baixo e, segundos mais tarde, outras pessoas adentraram o quarto.

 

POV-Scarlett

Nunca dirigi tão rápido em minha vida. Meu pé afundava no acelerador enquanto eu desviava de carros e atravessava sinais vermelhos. Meu coração estava acelerado e minhas mãos apertavam o volante com uma força extrema.

Eu precisava chegar á Hell House e precisava levar Axl ao médico o amis rápido possível. Eu não me perdoaria se algo ocorresse á ele e não perdoaria Seymour. Eu pensei que diria isso, mas eu seria capaz de matá-la.

Meu coração acelerou ainda mais quando eu cheguei nos portões da Hell House e, o melhor de tudo, o carro de Slash chegou junto comigo.  Estacionamos lado á lado na frente da entrada e eu desci do carro, sendo que Michelle, Cloe com London e Slash desceram também.

— Scar? O que houve? — o moreno perguntou. — Você estava dirigindo como uma louca!

— Eu preciso achar o Axl. — respondi.

Mal esperei resposta e adentrei a Hell House, indo para o quarto do ruivo. Slash veio comigo, provavelmente preocupado com meu desespero. Assim que cheguei ao quarto de Axl, encontrei — creio eu — que uma das piores cenas da minha vida.

Foi tudo muito rápido e doloroso.

Meu coração pareceu parar por um breve momento, minhas mãos ficaram frias e meus olhos se arregalaram. Havia muito sangue pelo chão e por todo o corpo do ruivo, que se encontrava inconsciente no chão. Um forte pavor percorreu minha espinha.

Pavor misturado com choque, dor e medo.  

— Holy shit! — ouvi Slash dizer, o que fez com que eu saísse dos meus devaneios.

Não esperei mais nenhum segundo e me ajoelhei ao lado de Axl no chão.

— Temos que levá-lo para o hospital agora! — falei, tentando conter meu desespero.

Os dois, que também estavam em choque, apenas concordaram com a cabeça e me ajudaram a carregar Axl.

Por favor, Deus... que ele não morra...

Meus pés já estavam latejando de dor enquanto eu caminhava de um lado para o outro na sala de espera do hospital. Slash, Steven e Cloe estavam comigo, enquanto Michelle tinha ficado na Hell House com London, já que ele ainda era novinho demais para o hospital. Já estávamos ali há pouco mais de uma hora e eu já estava perdendo as esperanças...

— Scar, querida, fique calma... — pediu Cloe, mas era evidente que nem ela sabia o que era isso.

— Eu preciso de notícias. — comentei sem parar de andar.

— Todos precisam, Scar. — disse Slash enquanto passava as mãos pelo cabelo.

Eu estava em um estado de nervos agonizante. Não tínhamos nenhuma espécie de informação sobre o estado de Axl. Os paramédicos tinham o levado para a emergência e não haviam retornado.

Eu sentia meu coração acelerado e minhas mãos suavam frio. Ele não podia morrer. Não. Nunca. Jamais. Eu não suportaria viver sem ele. Não mais. O meu ódio e desprezo haviam se tornado o sentimento mais puro que eu senti por alguém.

— Por favor... que ele não morra... — sussurrei apenas para mim enquanto segurava o pingente em forma de cruz dado por Axl.

Fechei os olhos com força e beijei o colar.

— Scarlett! Filha!

Abri os olhos e deparei-me com minha mãe, tio Allan, Izzy e Duff adentrando a sala de espera. Todos pareciam bem preocupados.

— O que houve? — mamãe perguntou enquanto se aproximava de mim. — Chegamos em casa e Michelle avisou que vocês estavam aqui.

Eu a encarei rapidamente e de repente... todo o meu mundo desabou.

— Mamãe! — falei enquanto me jogava nos braços dela e caia em lágrimas. — Ele não pode morrer, mãe. Por favor! Ele tem que ficar bem! Ficar ao meu lado!

Eu fui ao chão junto com minha mãe. Eu me agarrava ao ombro dela enquanto ela me abraçava forte. Eu precisava de um abraço daqueles. Eu precisava de alguém para me segurar em um dos piores momentos da minha vida.

— Calma, meu amor. Calma... — disse enquanto beijava minha cabeça. — Vai ficar tudo bem...

— É culpa minha, mamãe. É tudo culpa minha... — falei enquanto as lágrimas queimavam meu rosto. — Eu tinha que ter desconfiado. Eu tinha que ter cuidado dele assim como ele cuidou de mim...

— Meu amor, eu tenho certeza de que a culpa não foi sua... — disse ela e passou as mãos pelos meus cabelos.

 

POV-Stee

Scarzinha estava chorando desesperada e nós não sabíamos o que dizer e muito menos o que fazer. Todos estávamos confusos e preocupados. Não tínhamos noticias do Axl e nem sabíamos o que tinha ocorrido para que ele ficasse naquele estado. Claro que, no meu caso, eu tinha certeza que era culpa da Seymour.

— Stee, o que houve? — Izzy perguntou sério.

O albino tinha um autocontrole perfeito, mas era evidente que ele estava preocupado.

— Axl... está mal. — respondi rapidamente.

— Isso eu sei. — disse o albino e revirou os olhos. — Mas eu quero saber o que ele tem.

— Não sabemos. — respondi. — Quando chegamos ele estava caído no chão todo ensanguentado.

— Ensanguentado? Como assim? — Duff perguntou enquanto arregalava os olhos. — Alguém o machucou?

— Não... — respondi. — Ele simplesmente estava perdendo muito sangue.

Os dois ficaram muito pálidos. Era uma situação muito estranha. Eu não sei o que Seymour havia feito, mas parecia ter sido uma coisa muito, mas muito ruim.

Izzy abriu a boca, mas parou assim que um médico adentrou a sala. Ele tinha um pouco mais de quarenta anos, vestia um jaleco branco e segurava uma prancheta. Sua expressão não era das melhores.

— Os responsáveis pelo senhor Bailey!  — disse ele.

— Somos nós. — disse o albino. — E não é Bailey, é Rose.

— Perdão, é o que estava na ficha e... — disse o médico enquanto olhava o papel.

— Não importa. — disse Scar enquanto se levantava do chão e limpava as lágrimas. — Como ele está?!!

— Bem, a situação do senhor Rose é delicada. — disse ele. — Nós conseguimos parar a hemorragia geral, mas ele perdeu muito sangue e está fraco demais. Fizemos os exames necessários, mas ainda não sabemos se algum órgão foi comprometido gravemente.

Todos nos entreolhamos. Nunca tínhamos passado por uma situação tão delicada. Claro que, com tantos anos da banda, tivemos algumas situações extremas como overdoses e brigas, mas não tão extrema àquele ponto.

— E... — Slash começou. — Quais são as chances dele sobreviver?

O médico torceu o nariz e, de certo modo, fez uma expressão de pena.

— Sinceramente? Creio que 20 por cento. — respondeu.

E aquele foi o fim...

Slash abaixou a cabeça — provavelmente chorando —, Izzy quase caiu, mas Duff o segurou e ambos foram para o chão. Cloe, chorando, abraçou Allan com força, Scar chorou ainda mais enquanto abraçava a mãe e eu... apenas não acreditei.

De todos nós, Axl era o mais filha da puta e o mais forte. Sim, o mais forte. Ele era estressado, narcisista e tinha um ego gigante, porém, o caráter, a força, a fé e a coragem eram bem maiores e mais fortes do que todos os defeitos dele. Ele tinha seus ataques de estrelismo, mas era um puta vocalista e sabia fazer muito bem o seu trabalho.

Ele não podia morrer. Não, não de verdade.

— Doutor... — Allan começou. — E vocês sabem a causa do problema?

O doutor pareceu apreensivo. Ele tentou responder, mas Scarlett o impediu.

— Foi aquela vadia. — disse ela enquanto soltava a mãe e passava as mãos pelo rosto. Todos a encararam. — Foi a cadela da Seymour.

— Filha, do que está falando? — Mary perguntou.

— Seymour estava envenenando Axl com um veneno muito raro que ela conseguiu em uma das suas viagens. — respondeu a loira. — Ela deu chocolate envenenado para Axl durante meses.

— Scar, isso parece um pouco difícil de acreditar. — disse Allan com receio. — Por que diz isso?

— Por que é a verdade. — disse Scar com firmeza. — Mr. Gold comeu um dos chocolates e por isso ficou daquele jeito. Eu conversei com o veterinário e ele explicou que o veneno pode causar muita dor de cabeça, desmaios e tosse com sangue em seres humanos.

— Isso é verdade. — disse o médico, chamando nossa atenção e com uma expressão assustada. — É um veneno usado principalmente na Índia. É uma substância passada de geração em geração e usada muitas vezes por mulheres contra seus maridos, pois é difícil provar a causa da morte.

— Meu Deus! — disse Cloe. — Eu sabia que essa mulher era cruel, mas não tanto.

Aquilo me deixou com raiva. Muita raiva. Seymour sempre ameaçou fazer algo contra os meninos caso eu não a obedecesse, mas, na verdade, ela já estava fazendo em segredo.

— E isso não é tudo. — disse Izzy, chamando nossa atenção. — Ela também usava o Steven para fazer as maldades dela.

— O que? — perguntou Slash enquanto levantava a cabeça rapidamente. — Como assim?

— Vamos, Stee. Fale. — disse Izzy para mim enquanto se levantava com Duff.  

Eu apenas encarei os outros e suspirei.

— É verdade. Era ela que me obrigada a ficar entupindo vocês de drogas e bebidas. — respondi. — Ela queria que algo acontecesse a vocês. E também queria informações sobre a vida de cada um para que ela usasse algo contra vocês.

— E você? Por que nunca nos disse isso? — foi a vez de Duff perguntou.

—Ela me ameaçava. — respondi sério. — E... e também fazia outras coisas.

— Que coisas, Stee? — Scar perguntou.

Eu desviei o olhar.

— Eu nunca fui espancado por um segurança. — respondi. — Seymour mandava os homens dela me baterem caso eu não obedecesse.

— Meu Deus! — disse Cloe boquiaberta.

— Se eu pegar aquela vadia, eu juro que... argh... — disse Duff com raiva enquanto socava a parede.

— Esqueçam ela por enquanto. — disse Scarlett. — Precisamos ajudar o Axl.

— Ela está certa. — disse Allan e respirou fundo. — Doutor, tem algo que possamos fazer?

— Como eu disse, o estado é delicado. — respondeu ele. — Precisamos saber se algum órgão foi afetado. Caso nenhum tenha sofrido danos por conta da perda de sangue, só iremos precisar de uma vacina contra o veneno e de transfusões de sangue.

— Certo. — disse Allan.

— E como ele está agora? — Scar perguntou.

— Ele está em um coma temporário. — o médico respondeu. — Nós mesmos o induzimos a isso, pois assim o corpo pode descansar e usar menos recursos.

— Obrigado. — disse Allan. — Nós podemos vê-lo?

— Bem, eu adoraria dizer que sim, mas o estado dele é delicado demais. — respondeu o médico com cautela. — Recomendamos que alguém passe a noite com ele e amanhã as visitas serão autorizadas.

— Eu fico! — disse Scarlett imediatamente.

— Não! — disse a mãe dela.

— Mãe, eu...

— Você não está em condições, Scarlett. — disse Mary com um tom autoritário. — Eu sei o quanto se importa com o Axl e quanto quer ficar ao lado dele, mas você está exausta e desnorteada com a situação.

Scarlett a encarou surpresa, mas nada disse.

— Scar, escute sua mãe. — disse Cloe e passou as mãos pelas lágrimas. — Você está fora de si e preocupada.

Scarlett refletiu alguns segundos.

— Certo. — disse, dando-se por vencida. — Mas então quem vai ficar com ele?

— Eu fico.

Todos ficaram completamente em choque.

— Ah... você? — Slash perguntou surpreso.

— Sim. — ela respondeu e suspirou. — Vocês são muito próximos do Axl e estão balançados com a situação.

— Mãe... — Scar começou. — Você não precisava fazer isso.

— Sim, eu preciso. — disse Mary. — Eu sou advogada do senhor Rose e, neste momento, sou a pessoa mais recomendada emocionalmente para ficar ao lado dele.

Nós ficamos em silêncio até que Allan o quebrou.

— Ela está certa. — disse ele.

— Bem, eu não vejo problema. — disse Cloe e suspirou, então se aproximou da Mary e pegou sua mão. — Obrigada, querida. De verdade...

Mary apenas sorriu.

— Eu ficarei com você por um tempo e depois irei para a casa. — disse Allan. — Pode ser, doutor?

— Claro. — disse ele. — Eu só preciso fazer a ficha da acompanhante.

— Tudo bem. — disse Mary e abraçou a filha. — Nãos e preocupe, filha. Vai ficar tudo bem, ok?

Scar apenas concordou com a cabeça e Mary se retirou junto com Allan e o médico.

— Eu acho melhor irmos para a casa logo. — disse Duff. — Alguém já deve ter espalhado que estamos aqui e logo o lugar estará lotado de jornalistas, principalmente tão perto do lançamento.

— Duff está certo. — disse Izzy e suspirou pesado. — Eu não estou com cabeça para responder perguntas.

— Ninguém está. — disse Slash e suspirou enquanto levantava. — Vamos embora.

Nós apenas concordamos e decidimos voltar para a Hell House antes que a bomba estourasse.

“Axl Rose á beira da morte”.

Eu já estava até vendo... seria um inferno...

 

*****

Os ponteiros do relógio vagavam lentamente. O quarto estava um pouco escuro e frio por conta da madrugada. A mulher se encontrava pairava ao lado da janela, observando o horizonte, enquanto o homem observava a figura parada na cama.

— Eu não entendo. — disse ele e suspirou. — Seymour nunca me pareceu tão cruel assim.

A mulher virou e o encarou.

— É, mas as aparências enganam. — disse ela e deu de ombros, indo para perto do parceiro. — Isso é tão... estranho.

— Por que estranho? — ele perguntou sem entender.

Ela suspirou e agarrou o braço dele.

— Eu nunca pensei que estaria nessa situação, entende? Digo, que estaria em um hospital ao lado de um rockstar famoso enquanto ele luta pela vida. — ela explicou e suspirou.

— Bem, confesso que eu também nunca imaginei que estaria tendo um “caso” com minha melhor amiga da adolescência. — disse ele.

A mulher riu levemente e deu um tapa leve contra o braço dele.

— É, eu também nunca imaginei que seria feliz depois da morte de James. — disse ela e sorriu de canto. — Mas fico feliz que isso tenha acontecido, Allan.

— Ah, Mary... — disse Allan e a beijou suavemente. — Você e Scarlett são as pessoas mais importantes da minha vida.

— Obrigada. — disse ela. — Obrigada por tudo.

— Eu que agradeço. — ele responde e beijou a cabeça dela.

Os dois se abraçaram e depois encararam a figura ruiva.

— Acha que ele vai ficar bem? — Mary perguntou.

— Eu não sei. — Allan respondeu e suspirou. — Axl é forte, mas a situação é difícil.

— Sim. — disse Mary e beijou o rosto dele. — Mas fique tranquilo. Tudo pode acontecer.

— Exato. — disse Allan e, logo depois, sorriu levemente. — Agora, diga-me, por que decidiu fazer isso? Você nunca gostou muito do Rose.

Mary suspirou e sorriu levemente.

— É, na verdade eu ainda não gosto. — disse ela. — Mas Scar sim. E, bem... ela é minha filha.

— Não entendi. — disse Allan com uma expressão curiosa.

— Ah... você sabe que eu não aceito o ruivo e muito menos o estilo de vida dele. — disse Mary. — Porém, Scarlett gosta dele e se importa com ele. E eu sei que, caso uma tragédia ocorra, ela irá sentir uma dor enorme.

A mulher encarou o ruivo. Ela tinha um conceito realmente critico sobre Axl, porém, tinha consciência que a filha gostava de verdade do ruivo e odiaria ver Scarlett mal caso acontecesse algo com ele.

— Axl não é a melhor pessoa do mundo, mas também não é a pior. — disse Allan. — Sei o que você pensa sobre ele e sei que ele tem um padrão de vida completamente diferente. Mas, ele também tem um bom coração e eu acredito com toda certeza que ele jamais faria algo para magoar a Scar.

Mary suspirou pesado.

— Bem, é o que veremos, querido... — disse ela. — Tudo que precisamos agora é paciência.

Allan apenas concordou e beijou a cabeça da mulher.

*****

POV-Scarlett

Eu estava sentada na varanda do quarto de Axl. Sempre me questionei o porquê do ruivo ter o quarto mais afastado da mansão. Digo, um quarto lateral e não central, onde ele poderia ter uma vista perfeita da entrada na mansão.

Descobri isso no momento em que abri as portas da varanda pela primeira vez.

Naquele lugar, Axl tinha uma visão perfeita de várias roseiras que ficavam atrás da mansão, várias mesmo. Além disso, ele tinha uma visão privilegiada das luzes de Los Angeles. A mansão ficava em uma colina um tanto alto, ou seja, toda a cidade era vista do lugar.

Era uma paisagem muito bonita, entretanto, eu não consegui ficar bem em vê-la. Algumas lágrimas queimavam meu rosto enquanto eu segurava o crucifixo de Axl e pedia aos céus que ele ficasse bem.

Eu não me perdoaria se algo ocorresse com o ruivo, assim como eu não sei se conseguiria seguir em frente sem ele. Axl havia ocupado um imenso espaço em minha vida. Um espaço que, creio eu, ninguém jamais iria preencher por completo.

— Scar?!

Fui tirada dos meus devaneios por uma voz no quarto. Passei as mãos rapidamente pelo rosto, levantei e voltei para dentro, onde encontrei Steven com uma bandeja.

— Oi.— falei e sorri fraco.

— Cloe pediu que eu trouxesse isso para você. — ele disse enquanto se sentava na cama.

— Obrigada, Stee. — falei enquanto me sentava ao lado dele.

Peguei uma maça e comecei a comer. Eu não estava com fome, mas sabia que Stee iria me obrigar a comer, além disso, eu precisava manter as forças para visitar o ruivo.

— Como se sente? — perguntou Stee.

— Mal. — respondi rapidamente. — Sinto que tudo isso é culpa minha, sabe? Se eu não tivesse acabado com o relacionamento dele, Seymour não teria terminado o serviço.

— Seymour é cruel e ambiciosa. — disse Stee. — Ela teria feito isso de qualquer modo.

— Eu sei, mas... ainda é difícil. — falei, sentindo as lágrimas caírem novamente. — Eu não posso perdê-lo, Stee. Não de verdade e para sempre.

— Eu sei disso, loira. — ele disse enquanto me abraçava de lado. — Nenhum de nós quer perder o ruivão.

Eu deitei em seu peito e fechei os olhos.

Stee tinha um abraço tão confortante.... 

*****

 

Seymour caminhava de um lado para o outro diante da televisão. Seus pés estavam cansados, mas sua raiva era tanta que mantinha seu corpo inquieto. Ela estava nervosa, estressada e completamente maluca com o desejo de vingança.

Esperava notícias, as quais pareciam ter se perdido no caminho, pois já era de madrugada e nenhum noticiário havia comentado sobre Axl Rose.  

— Você está quase fazendo um buraco no carpete. — disse John enquanto ria.

 — Cale a boca! — ela disse enquanto revirava os olhos. — Eu não posso ter errado. Não... não posso... ele tem que morrer... aquele desgraçado tem que ir para o inferno.

John apenas riu novamente e caminhou até o barzinho na sala, servindo uma dose de whsiky para si mesmo. A modelo continuou impaciente até que pegou o controle e começou a mudar os canais de TV.

Ela já estava quase jogando tudo pelos ares quando finalmente encontrou um plantão de noticias...

— Finalmente! — disse ela com um sorriso.

— As informações ainda estão ausente, mas ao que tudo indica é que Axl Rose, vocalista do Guns N’ Roses, deu entrada no Hospital Santmore nesta tarde... — disse o repórter. — ...fontes indicam que o vocalista está em um estado critico e corre risco de vida. Não se sabe o que ocorreu ou se há uma possível ligação com o uso de drogas e abuso do álcool...

No segundo seguinte foi possível ouvir o estalo de um vaso contra a televisão. Seymoru sentia a raiva corroer cada parte do seu corpo e da sua alma.

—MALDITO SEJA AXL ROSE! — ela gritou enquanto quebrava mais vasos. — Maldito seja ele e sua corja de amigos... maldito seja ele e aquela loira vadia...

John apenas revirou os olhos.

— Okay... ele não morreu. — disse ele. — O que fazemos agora?

— Argh! — Seymour rosnou. — Deixe-me pensar...

Ela voltou a andar enquanto refletia sobre o que fazer. Precisava acabar com Axl, precisava acabar com a banda, precisava acabar com...

... um sorriso se formou em seu rosto.

Ela se virou para Allan e sorriu.

— Nós vamos acabar com Scarlett juntos. — disse ela.

John ergueu as sobrancelhas.

—Como assim? — perguntou.

— Eu sei que prometi que deixaria o serviço todo com você. — disse Seymour. — Eu sei que você queria ficar com ela e mantê-la viva, mas... veja bem, logo eles irão tentar de jogar na cadeia por tudo que você fez, então por que... não termina tudo de uma vez?

John refletiu sobre aquilo.

— A pegamos, você se diverte um pouco, terminamos o serviço e depois dividimos a grana que roubamos. — disse Seymour e sorriu. — Que tal?

— É uma ideia interessante... — disse John. — Mas o que tem em mente?

— Eu ainda não sei. — respondeu Seymour. — Temos que dar um jeito de pegar Scarlett sozinha, assim ninguém irá atrapalhar.

— Certo. — disse John.  — Mas você sabe que agora eles te odeiam e que vão se proteger ainda mais, certo?

— Sim, eu sei. — concordou Seymour. — Mas isso não quer dizer que eu não vá conseguir. Eu irei acabar com Scarlett, nem que essa seja a última coisa que eu faça. 

*****

 

POV-Scarlett

Acordei com o barulho do telefone. Abri os olhos lentamente e deparei-me com o quarto de Axl. Elevei meu corpo até ficar sentada e espreguicei, tentando me situar. Eu havia conversado bastante com Stee, mas acabei sendo vencida pelo cansaço e dormi.

Soltei um suspiro pesado e fechei os olhos, lembrando o que havia ocorrido, em seguida olhei no relógio e percebi que ainda eram nove da manhã. Eu já estava pensando em levantar quando, de repente, a porta do quarto se abriu e Cloe entrou.

— Scar...   disse ela rapidamente. — Seu tio ligou. 


Notas Finais


Eu coloquei as fotos do show em minha conta e vou deixar o link para vocês darem uma olhada <3
Vejo vocês logo logo!

Guns : https://goo.gl/photos/q6rvnzVfWjirABtu8

Enjoy!


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