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História My Dear Angel - Ajuda


Escrita por: cutiepie123

Notas do Autor


Gente, a história gira em torno do romance dela com o Spencer. A questão é como isso vai acontecer auihaeiurah' Espero que vocês gostem e lembrem disso no futuro porque se não vocês vão me matar <3

Capítulo 9 - Ajuda


Angel's P.O.V - 1 mês depois

-Brendon, isso não é engraçado! Me dá meu celular! -Peço estendendo a mão e ele nega com a cabeça, arqueando a sobrancelha. 

-Quais são as palavras mágicas? -Pergunta e eu cruzo os braços. 

-Vai se foder. Que tal essas? -Respondo cínica e ele abre um sorriso largo. 

-Vou se você vier junto. Que tal no almoço? 

-Me dá meu celular. -Reviro os olhos, dando um tapa no seu ombro com um sorriso divertido nos lábios. Babaca. 

Ele então me devolve o aparelho e eu pego uma xícara de café, tomando um gole e checando meus emails. Grande parte deles eram trabalhos dos alunos e avisos da diretoria da faculdade. A UAC ainda não tinha entrado em contato comigo e nem mencionado o ocorrido. Suspiro. No momento que eu estava prestes a bloquear o celular, um email novo surge de um endereço desconhecido. Reviro os olhos pensando na possibilidade de ser um trabalho atrasado de um aluno -pra variar. Abro já pronta pra dar um sermão via internet e mandar o aluno criar responsabilidade, mas quando leio, noto que não é de um dos meus alunos. 

"Você fica linda dormindo"

Abro os anexos, notando uma foto minha enquanto eu dormia. Vejo ser o mesmo pijama que eu usei essa noite, e ao meu lado era possível ver a silhueta masculina de Brendon. Olho pra cima e vejo ele submerso em suas mensagens de texto. Volto a olhar pro celular e apago o email, bebendo mais um gole do meu café. O meu celular vibra, mostrando uma nova mensagem.

"Por que apagou meu email? Isso me deixa muito chateado, Angelina."

Sinto uma sensação ruim no estômago e olho em volta. Eu estava sendo observada. O celular do homem à minha frente começa a tocar e eu presto atenção no que ele vai dizer, verificando se não era referente ao assunto. 

-Não me interessa. Eu quero o histórico bancário daquela companhia. Se eles desviaram dinheiro, vão ter anomalias. Faça essa merda e mostre porque eu estou te pagando. Quero o relatório na minha mesa quando eu chegar ou você está demitido. Entendeu? -Diz em um tom calmo e controlado. Brendon nunca se exaltava. E isso o tornava ainda mais perigoso. Quando ele desliga o celular, olho pra ele e forço um sorriso, levantando e quase caindo. -Você está bem? -Vem me segurar, protetor. 

-Estou sim. -Pisco os olhos algumas vezes, cambaleando. 

-Você e sua mania de fingir que está sempre bem. Vou ligar pra faculdade e você vai ficar em casa hoje, certo? -Me olha nos olhos e eu abro a boca pra protestar. -Nem pense em dizer que não. 

Bufo e assinto com a cabeça. Ele sorri e beija minha testa, me ajudando a andar até o sofá, aonde eu me aninho. Um cobertor é colocado em cima de mim e ele se ajoelha na minha frente. Toco seu rosto e ele fecha os olhos, sorrindo com o contato. Quando ele abre aquelas lindas orbes escuras, se aproxima levemente, ainda hesitante. 

-Brendon... -Murmuro e ele para. O mesmo força um sorriso e suspira.

-Eu chego por volta das 19h. Tenho que demitir algumas pessoas. -Pisca e eu faço um gesto em desaprovação com a cabeça, contrastando com o sorriso no meu rosto. -Quer comer o que? 

Penso um pouco, mordendo o lábio. 

-Comida chinesa. Não! Bolo de morango! -Digo animada e ele revira os olhos, rindo. 

-Você não pode jantar bolo de morango. 

-Não duvide de mim. 

-Vou trazer os dois. -Se dá por vencido e eu sorrio vitoriosa. -Tenho que ir. Se cuide, certo? -Coloca a mão na minha testa, verificando minha temperatura. Assinto com a cabeça e ele me dá mais um selinho rápido, saindo pra trabalhar. 

Assim que ouço o barulho da moto dele saindo, espero cinco minutos, me levantando do sofá e me ajeitando. O Brendon me conhece bem demais, então torna ainda mais fácil enganar ele. Subo as escadas correndo e me troco (*1), pegando meu celular em cima da mesa e saindo de casa. Pego o meu carro e vou dirigindo em direção à UAC, aonde eu entro e subo direto pro sétimo andar, de encontro com Hotch. Não tinha certeza se eles iam estar lá, mas graças a Deus estavam. Cada agente estava sentado em sua mesa fazendo um relatório, e entre eles, estava o Dr. Reid, que como sempre, estava submerso demais em sua leitura pra notar qualquer coisa. 

-Baixinha! -Morgan grita e eu abro um sorriso. Ele corre até mim e murmura no meu ouvido. -Está melhor?

-Estou sim. -Respondo no mesmo tom e ele sorri, aliviado. 

-O agente Hotchner está ai? -Olho pra sala dele e o moreno à minha frente apenas assente. -Com licença. -Peço e ele concorda. 

Sigo em direção à sala dele e bato três vezes na porta, esperando um momento e escutando um "Entre". Abro o pedaço grosso de madeira e coloco minha cabeça pra dentro, vendo ele ajeitar sua postura, aparentemente confuso. 

-Angel? Entre. -Diz e eu concordo, entrando e fechando a porta atrás de mim. -O que houve? Está melhor? 

-Estou sim, obrigada. -Sorrio colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. -Hotch, eu preciso da ajuda de vocês. -Suspiro.

-Sim, claro. -Ele então se apoia na mesa, interessado.

-Como você sabe, eu fui sequestrada. Passei um ano em cativeiro. Mas comecei a receber mensagens estranhas, e a ligação...Foi por isso que saí correndo. O conteúdo diz respeito a coisas que só alguém que estava lá saberia. Quando eu saí daquele inferno eu disse pra todo mundo que tinha um cúmplice mas não tinham provas concretas, então o caso foi deixado de lado, e... E eu acho que ele quer me matar. -Murmuro e entrego meu celular a ele, mostrando as mensagens, o email (que eu resgatei da lixeira) e a ligação. 

-Vou reunir todo mundo imediatamente. -Anuncia depois de alguns segundos ponderando. -Pode ir pra sala de reuniões. Vamos pegar esse cara antes que qualquer coisa te aconteça. 

Assinto com a cabeça, engolindo em seco. Deixo a sala do agente e vou em direção à sala de reuniões, me escorando na mesa. O meu celular ainda estava com o agente, mas eu não me sentia desconfortável com isso. Olho pra baixo e a porta é aberta, revelando Morgan e Reid preocupados e uma Tara confusa. Rossi ainda não havia chegado, e de repente Penelope entra em seu jeito espalhafatoso, junto com os 3 homens restantes. 

-Creio que todos sabem porque estamos aqui. -Hotch diz já colocando ordem em todos, enquanto eles se sentavam. 

-Na verdade não. -Tara responde me olhando. 

-Então, por favor, Angel. -Assinto, pigarreando e começando a falar.

-Eu fui sequestrada quatro anos atrás. Fiquei um ano em cativeiro. O suspeito foi pego, porém, de uns meses pra cá eu venho recebido mensagens, emails e até uma ligação. -Olho pro Reid que franze o cenho. 

-O conteúdo das mensagens só poderia vir de alguém que esteve no local porque certos detalhes não foram divulgados para a mídia. -Ele então projeta as imagens na tela, mostrando o email de hoje de manhã e as mensagens para todos. -Como vocês podem ver, o unsub claramente estava observando ela. 

-E por que estamos aqui?-Insiste Tara, de forma rude.

-Porque esse é um caso como qualquer outro, agente Lewis. Até mais pessoal, por tratar de alguém que conhecemos. -Hotch corta sua fala cínica e se senta, me olhando. -Precisamos que você responda algumas perguntas para podermos montar o perfil. -Assinto com a cabeça e ele então começa. -O que pode nos dizer do suposto cúmplice?

-Ele tem um sorriso grande e amarelo. -Franzo o cenho, tentando lembrar o máximo de detalhes possíveis. -Branco. Ele era novo. Cerca de uns 20 a 25 anos. Cabelos castanhos escuros, e covinhas. -Balanço a cabeça, tentando me concentrar melhor. -Ele tem olhos azuis, bem azuis. E tinha uma barba. Era bem cuidada. 

-Tudo bem. Já é um começo.-Hotch diz enquanto todos anotavam o que eu ia dizendo.

-Pode nos dizer porque eles te sequestraram?-Morgan pergunta delicado.

-O homem que foi pego, Ezequiel. Ele dizia...Ele me chamava de feiticeira. -Ergo o queixo, controlando o turbilhão de memórias que estavam me invadindo. -Dizia que eu podia falar com os mortos. Mas o outro não. Ele nunca disse nada assim. Ele apenas sorria e concordava. Eu acho que ele sabia a verdade. 

-E por que ele faria isso com você então? -Tara pergunta. 

-Algumas pessoas são simplesmente más. -Mordo o lábio a olhando profundamente. A mulher então se ajeita na cadeira, desconfortável. 

-Então nos fale o que eles fizeram pra você. -Ela prossegue e eu sinto um nó na garganta. 

-Eu... Eles...-Tento dizer, mas as palavras não saem. 

Tudo volta à minha mente, e de repente eu sinto nojo de mim mesma. Nojo pelo que eles fizeram comigo. Balanço a cabeça, olhando pra baixo e mordo o lábio, respirando fundo. Tento pronunciar as palavras, mas cada vez que eu tento dizer alguma coisa, elas parecem vidro, cortando tanto a minha garganta quanto o meu coração.

-Você o que, Angelina? -Pressiona.

-Angel, leve o tempo que precisar. -Reid manda um olhar duro pra mulher que revira os olhos. 

-Isso, leve o tempo que precisar, desperdice ainda mais o nosso tempo. -Responde afiada.

-Você quer que eu diga o que? -Pronuncio olhando pra baixo. Aos poucos ergo meu olhar, que agora destilava ódio. -Quer que eu conte das vezes que eles me estupraram com um cabo de vassoura? Ou prefere as vezes que eles me açoitaram com um cabo de energia? Não, eu acho que você vai preferir o fato de, semanalmente, eles me prenderem em uma cadeira e jogarem insetos no meu corpo por meia hora. Quando eu saía ainda sentia a sensação deles andando sobre as minhas feridas. Você já sentiu isso, agente? Os insetos? Todo dia eu acordava querendo morrer a passar mais um dia lá. Sabe a barata que você mata na sua casa? Eles me faziam comê-las. Vivas. Não sei se você sabe, mas elas sobrevivem 9 dias mesmo depois de perder a cabeça. Sabe qual a sensação de comer elas? Não é boa? Era isso que você queria saber? Como eles arrancaram a minha humanidade e dignidade de mim de todas as formas possíveis? 

A essa altura meu tom já estava alto e eu sentia as lágrimas querendo sair. 

-E sabe qual a pior parte? Eu lembrar perfeitamente de cada sensação e dor que eu senti. -Murmuro. -Com sua licença. -Peço ao Hotch e saio da sala, correndo até o banheiro, aonde eu finalmente deixo as lágrimas rolarem livres.

Eu soluçava em prantos, sentada no chão. Um turbilhão de memórias passava pela minha cabeça e eu batia levemente com os dedos nas minhas têmporas, assim como ele costumava fazer. Incrivelmente, isso me acalmava. As lágrimas grossas e doloridas, entretanto, não paravam de sair, por isso demorei a escutar as batidas na porta. 

-Lena? É o Spencer. -A voz saiu abafada por causa da grossa porta que estava entre nós. Levanto e enxugo as lágrimas, abrindo a porta junto com um sorriso. 

-Spencer? Eu já estava voltando. -Minto e ele nega com a cabeça, entrando no banheiro e trancando a porta atrás de si. 

-Não minta pra mim. Vem aqui. -Ele então me abraça e eu me sinto verdadeiramente protegida. De uma forma que eu nunca tinha me sentido antes. -Vamos pegar ele. Você vai ficar aqui enquanto isso. Pra que nada aconteça com você. 

Assinto com a cabeça e ergo o olhar até ele. Seus dedos vão então até os meus olhos, aonde ele enxuga minhas lágrimas com um sorriso doce. Mordo o lábio segurando as lágrimas e ele volta a me abraçar, fazendo elas rolarem instantaneamente. Eu mal o conhecia, mas era incrível a segurança que ele me passava. Fico ali durante cerca de cinco minutos, até que finalmente acabo de chorar, respirando fundo pra me recompor. Seus dedos voltam aos meus olhos e afastam as lágrimas, numa habilidade incrível. Nossos olhos então se encontram e sua mão desliza até a minha nuca. Fecho os olhos sentindo o toque da sua mão gelada no meu corpo quente, até que sinto sua respiração bem próxima. Mordo o lábio e sua outra mão vai até a minha cintura, me puxando pra mais perto dele. Era como se ele tivesse testando os limites. Vendo até que ponto eu deixaria ele se aproximar. 

Nossos lábios então se selam num beijo calmo. Minhas mãos param nos seus braços e deslizam até a sua nuca, num anseio por mais contato. Sua língua pede passagem e eu permito. O beijo era mais do que uma simples troca de saliva. Era como se fosse o fim de todo o nosso suplício. E quando eu digo "nosso", quero dizer tanto meu quanto dele. Ele então me pressiona na parede, me fazendo arfar e aperta levemente a minha cintura.

-Angel? Reid? Está tudo bem? -A voz de Hotch pode ser ouvida, fazendo nós nos separarmos. 

-Está sim. Estamos saindo. -Reid responde e me olha, desviando o olhar, timidamente. 

-Desculpa, eu não...

-Não precisa se desculpar. -Sorrio, ainda confusa pelo que aconteceu. 

-Eu vou... -Aponta para a porta e eu assinto. 

-Claro. Eu já vou. -Ele então assente e se vira, abrindo a porta e saindo. Me olho no espelho e bufo, vendo meu rosto inchado por causa do choro. Jogo uma água no rosto, tentando também me recompor. O que diabos havia acontecido?


Notas Finais




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