História My Dear Brother ( Drarry) - Brigas e intrigas

Antes

- Se afaste.... - tentei afastar o maior.

- Por que o medo? - ele me prensou na mesa da cantina. - não mordo sabia?

- Olha, só se afasta okay?

- Por que? - replicou.

- POR QUE ELE MANDOU. - Harry apareceu do nada e puxou o garoto pelo braço, afastando ele de perto de mim.

Isso vai dá merda.

depois

- O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO? - Cedrico se exaltou quando o Harry o puxou. 

Olhei para cena quase sem saber o que fazer. 

- Afastando um idiota do meu... - hesitou -  Irmão. - falou por fim.

- Acho que ele é bem grandinho pra saber o que quer. - retrucou cruzando os braços.

Se pondo na minha frente o moreno andou até ficar frente a frente com o castanho. 

- Acho que você não escutou quando ele disse para você se afastar. - rosnou Harry para o outro. 

Cedrico se aproximou também, eles iam brigar, com certeza iam, por isso fui rápido em me colocar entre os dois corpos. 

- Já chega! - disse firme - Vai embora Cedrico e você vem comigo. 

Sai puxando o moreno entre as mesas do refeitório. Pouco antes de sairmos de lá, ouvi o castanho gritar:

- Depois continuamos a nossa conversa. - olhei para trás e vi o sorriso satisfeito que ele sustentava.

Abusado. Sínico. Idiota.

No entanto, eu não fui o único a perceber esse sorriso e essas maravilhosas ''qualidades'' no Cedrico Griggory. Irritado, Harry se desvencilhou de mim e saiu rumo aos corredores. O segui no silencio, já que os corredores estavam vazios, até que ele me puxou para o armário do zelador.

Ele me olhou dos pés a cabeça de braços cruzados, sua face estava tão impassível que tive medo de falar as  minhas próximas palavras. 

- O que foi? - perguntei de forma petulante mesmo estando com receio sobre as escolhas da minhas palavras. 

Seu olhar que já era bastante irredutível, me atravessou com força, como se me repreendesse de certo modo. Tremi ao vê-lo fazendo isso, mas não desmanchei a pose que adquirir. 

- '' O que foi? '' - falou de forma desdenhosa, até que explodiu  - O que pensa que estava fazendo com aquele... Aquele... - a frase travou em sua garganta. 

- Hum... Ele... éee eu... eu... - de alguma forma eu me sentia culpado pelo que tinha acontecido, até por que quando o conheci achei bonito e até atraente. Portanto, em algum canto obscuro da minha cabeça linda  e loira isso soava como um pecado, e por isso eu merecia o que o meu namorado estava fazendo  ou iria fazer.

- Você.... - seus braços estavam cruzados em seu peito e ele me olhava severo pelos seus óculos, como se soubesse  da minha '' culpa ''. 

Ponderando as minhas palavras, eu tentei me explicar de uma forma que não aparentasse ser a minha culpa, e na verdade, realmente não era. 

- E-eu estava servindo de g-guia para e-ele. - falei de cabeça baixa. 

O que está acontecendo comigo? Eu abaixando a cabeça... Então, logo a ergui e deixei a gagueira para lá, afinal, sou melhor que isso. 

- GUIA? GUIA PARA O SEU CORPO, SÓ SE FOR. - Harry explodiu de uma forma totalmente inesperada, eu nunca tinha visto ele assim. Tenho certeza que mesmo com os corredores lotados qualquer um escutaria, agora que este estava vazio a nossa '' briga '' se absteve somente naquele minusculo armário cheio de vassouras e esfregões e produtos de limpeza.  

- Olha aqui, eu não tive culpa, tá!

- Como assim não? Não foi você que estava  lá todo feliz conversando e mostrando a escola pra aquele idiota? - retrucou de forma acusadora. 

- Você não me escutou direito, estava fazendo um favor ao diretor e não porque queria. 

- Não quero saber, eu só quero nunca mais vê você perto daquele... aghr - Harry virou-se com brutalidade e bateu na porta. 

- Qual é o seu problema? - indaguei - Sério... Não confia em mim?

Sabe aquela culpa que andava fazendo pouco de mim a poucos minutos atrás? Bom ela foi para o beleléu. Evaporou-se. Sumiu. E no lugar dela minha velha arrogância marcou presença. Se pararmos  para pensar bem, essa culpa nem tem fundamento. Eu só achei ele bonito e isso não queria dizer que eu trairia meu namorado e muito menos com esse tal de Cedrico. 

Percebendo a merda que fez, Harry se voltou para mim com o ar mais leve, arrependido das acusações que me jogara na cara, e eu o olhei severo, imitando a cara que ele fez para mim - ele merecia saber o que senti quando falou tudo aquilo. 

- Amor... - inicio com aquela voz habitual que usava para se referir a mim. Era calma e feita para me persuadir a lhe perdoar  - Desculpa...

Me calei cruzando os braços. 

- Amor... eu sinto muito mesmo. É que...  quando vi ele te tocando não consegui me controlar... - suspirou.

-  O que você achou que ia acontecer? Sério? - confrontei-o -  Que só porque não transei com você, você acha que eu vou sair dando para qualquer um? - disse raivoso.

- Não amor... - ele se aproximou tentando me abraçar, mas eu o afastei - E não me orgulho disso...

- E não devia mesmo! 

Estava ficando  difícil manter distancia dele por duas razões : o armário era pequeno e por causa disso eu  sentia todo seu cheiro e a vontade de perdoa-lo só para beija-lo e abraça-lo era grande, mas eu tinha que resistir, afinal, eu tinha meu orgulho - com essa declaração eu quero dizer que estou  muito apaixonado  por esse cara, ou seja, eu estou ferrado. 

Só mais uma coisa, '' ferrado ''  é palavrão? 

- Você deveria confiar em mim. - voltei a replicar nesse assunto, pois aprendi que confiança é a base de tudo, principalmente de um relacionamento. 

- Eu confio, só não confio nos outros... 

- Mas como você é muito  ciumento, além disso possessivo.- olhei para o lado, não queria encara-lo ao dizer as minhas sucessivas palavras - E eu não quero namorar alguém assim...

Minha frase o atingiu como um baque, pois só por curiosidade ergui a face para olha-lo e vi uma cara devastada, apavorada e desacreditada. Achei que o choque tinha sido grande demais, mas me surpreendi ao ser puxado pela cintura com rapidez, mas não de uma forma bruta, mas sim com determinação. Ele usou da força, mas não me machucou, apenas me prendeu para que eu não fugisse de seus braços que me envolvia como um laço quente - e nem vou comentar sobre o perfume dele. 

Ele enterrou sua face no vão do meu pescoço e beijou o local com tanto carinho que tremi um pouco ao senti-lo  fazer isso, logo depois me arrepiando com a sua respiração que batia contra a minha pele.

- M-me larga... - ordenei, mas não soou como uma ordem, mais como um pedido manhoso.

- Desculpa... É que... - beijou-me molhado - Não sou ciumento, só não gosto que toquem no que é MEU. - frisou a palavras '' meu ''. 

- Seu? - resolvi brincar e acabar com aquilo logo, venhamos e convenhamos, quem resiste?  

- MEU... - levantou a face para me olhar nos olhos. 

Ri com a possessividade da parte do meu namorado.

- Então seu... - rimos e ele me beijou em seguida naquele armário do zelador. 

(...)

Fomos para casa ao final das aulas, eu novamente no meu carro e  Harry no seu. Quando chegamos em casa, fomos para a cozinha por estavam os dois famintos.

- Oi Maria. - disse sorridente para a mesma.

- Oi meu anjo. - respondeu de forma calma e doce.

Eu realmente gostava dela, era como uma mãe e agia como uma. Sempre me agradava e me mimava, acho que até mais que meus pais. 

- Oi Maria. - disse meu namorado.

- Oi meu querido. Como foi as aulas meus anjos?

- Foram boas. -respondeu Harry convencido. 

Bom, ele era do tipo certinho e espertinho, como eu o chamo secretamente. Os professores são completamente apaixonados pelo jeito dele educadinho e bom de ser, além disso, pelas boas notas que ele sustenta em todas as matérias, coisa que eu não consigo fazer - sou de humanas, fazer o quê? 

- Boas para você que sempre responde as perguntas dos professores, que é o ''queridinho'' dos professores. - respondi com desdem. 

- Talvez se você se empenhar um pouco mais, você também seria. 

Revirei os olhos, ele e esse discurso chato que se eu me esforçasse mais seria elogiado, exaltado e blá, blá, blá... 

- Não obrigado, eu passo para quem tem mais experiencia, tipo você. - ele sabia que não adiantava discuti que eu não ligaria, por isso apenas deteve em ri e eu fiz o mesmo. 

- A proposito, amanhã será a entrega do trabalho de francês.

- Sim, é mesmo! Que bom que já fizemos. - sorri satisfeito.

Peguei um pedaço de bolo em cima da mesa que Maria provavelmente tinha feito para mim, já que eu amava-a os que ela fazia - ninguém cozinha como essa mulher - e passei a come-lo com gula. Coloquei um pedaço consideravelmente grande na boca, quero dizer, me deixei guiar pelo olho e coloquei um pedaço de bolo maior que a minha boca e para poder caber mais da guloseima, inflei as bochechas e continuei a comer. Fiquei parecendo um porquinho sujo de chocolate e com as bochechas gorduchas por causa do alimento. 

Harry me encarou sorrindo por conta da minha ''bagunça'' e levou as mãos as minhas bochechas as apertando com carinho, e ora ou outra brincando com as mesmas. Olhei para ele apavorado, afinal, o que estava fazendo? Mastiguei  o mais rápido que pude, e na hora de engolir quase engasguei, mas tomei um pouco de água que estava por perto e falei um pouco abruptamente, mas sem chamar muito a atenção. 

- Harry... o que pensa que está fazendo? - disse baixinho.

Ele tirou rapidamente as suas mãos da minha bochecha e sorriu sem graça. Maria nos encarando incrédula, desconfiada com o que acabara de ver. Fingimos que nada havia acontecido e pegamos uns lanches e fomos comer no meu quarto.

(...)

- Amor... - Harry  me chamava atencioso em quanto acariciava os meus cabelos em um cafuné delicioso.

O moreno se encontrava com as pernas abertas, semi-deitado na minha cama comigo entre suas pernas mexendo no celular enquanto falava com o Nott.

Por falar nele, este por mensagem me contava que estava em algum lugar que não me importei em saber com um tal de Viktor Krum, cujo o intitula agora de '' novo '' amigo. Minha opinião sobre isso: Nem ligo. Mas ele sim, tanto é que estava me enchendo do quanto ele era interessante e diferente, já que esse era jogador de futebol semi-profissional de um time ruizinho do interior de Londres. 

- Hun? - respondi o Harry depois de um tempo.

- Amanhã os nossos pais chegam. - disse mexendo na minha franja loira quase branca.

- E daí? - respondi de forma displicente. 

- E dai que não podemos mas deixar transparecer que estamos juntos. - respondeu meio bravo pela minha falta de atenção para um assunto que ele afirmava ser serio - Se descobrirem, eu tenho medo de te perder.  

- Fica calmo, eu não vou a lugar nenhum. - o acalmei.

Me levantei sentando em seu colo e passei os braços por seu pescoço, em resposta ele me olhou meio perdido com a minha ação.

- Lembra? - repliquei. 

Ele me olhava atentamente à espera da minha resposta.

- Eu sou seu...