História My Dear Brother ( Drarry) - Garotos Também Choram

p.o.v Draco

Eu não podia acreditar que iria fazer par no trabalho de francês  com o novo brinquedo dos meus pais, não bastava ter que aturar ele em casa e  agora teria que atura-lo nesse trabalho escolar também - tem coisa pior?

Depois da noticia que eu ficaria no mesmo trabalho que o outro, eu passei a deixar bem evidente o meu descontentamento. Tomei isso como missão, passando a encarar o moreno, que mesmo de costa, podia sentir todo meu desafeto quanto aquela " novidade" com uma nitidez estranbolica. E assim se passou a aula de francês e as outras, que se foram como em um piscar de olhos, sendo assim, já era hora de ir para casa.

Peguei as minhas coisas e coloquei tudo na bolsa e caminhei até a porta para sair -não aguentava mais estar naquele ambiente -, mas antes de sair ouço alguém me chamar.

- Draco... - olho para trás a procura da voz - Me espera... -era o Theodore.

Theodore é o meu melhor amigo mais antigo, eu o conheço desde quando eu tinha apenas seis anos. Eu e ele temos a mesma idade. O meu amigo de infância é o mais proximo de um irmão que tive, por isso sei que com ele posso contar sempre, mesmo que eu saiba muito bem me cuidar sozinho.

Apesar do Theodore ser uma pessoa incrivel que eu admiro muito, eu me pergunto como ele conseguio se manter sã depois de tudo que passou ainda pequeno. Ele era pequeno, por volta dos seus quatro anos, quando ficou em coma por quase um ano por causa de uma ascidente de carro que ele sofreu enquanto percorria o trajeto da sua escola. Pelo o que eu soube, era um dia chuvoso que estava coberto por uma neblina densa, contudo, ele ainda tinha que ir a escola. Após se arrumar para sua escolinha, ele pegou o carro - que era dirigido por um motorista particular da família - e foi para a mesma. No meio do trajeto, o carro precisava passar por uma ponte aqual fazia a travessia de um lago, mas por conta do dia nada favoravel, o carro derrapou na pista molhada e afundou no lago. Por pouco o moreno não morreu, mas ficou com algumas sequelas graves. Depois de quase um ano de coma, ele se tornou alguém apatico, anti-social e por isso ele sofreu com alguns problemas em conseguir amigos. Aos seus seis anos de idade, seus pais se mudaram para wiltshire para tentar ajudar seu filho a esquecer o ocorrido. Como nossos pais fazem parte da alta sociedade, foi assim que nos conhecemos e ficamos rápidamente amigos. E eu fui por muito tempo seu único amigo - mesmo que eu tivesse milhares e ele não.

Com o tempo juntos, percebemos fatos que tinhamos em comum, como: a família do Theo ser muito rica, e ele assim como eu, sempre ter tido tudo aquilo que queria e na hora que queria - por isso eu nunca precisei dividir as minhas coisas com ele. Mas porque dividiria? Ele é tão rico quanto eu. Não faria sentido.

- Okay. - disse e sorrir para o meu melhor amigo de infância.

- Você não vai me esperar? - Theodore falou desconfiado.

- Vou sim, desculpa Theo - falei sincero -, eu tinha esquecido... - sorrir sem jeito por ter esquecido de esperar o meu amigo.

- Espera um pouco... - Ele disse levantando a sombrancelha - Do que foi mesmo que você me chamou? - falou me olhando nos olhos.

" Que medo.. "

- Desculpa... Eu esqueci! - digo com cautela.

- MAS QUE PORRA DRACO!! , ele começou a gritar - JÁ TE FALEI QUE ODEIO ESSE APELIDO SUA PUTA!! - ele estava mesmo furioso.

- M-mas eu esqueci Theo... THEODORE! - quase chamei ele de novo de Theo.

- ESQUECEU O CARALHO!! - eu odeio palavrões, são raras as vezes que eu os falo, mas o Theodore quando fica com raiva solta um atrás do outro, coisa que sempre me faz revirar os olhos em puro desagrado - PARRA UM ADOLESCENTE VOCÊ ESTÁ TENDO  MUITOS SURTOS DE AMNESIA!! - ele não parava de gritar.

- Tá, tá, agora para de gritar e xingar que está me deixando com dor de cabeça - esbravejei irritado com o modo que o outro falava -, e não vou mas te chamar assim, prometo! Satisfeito agora? - dei um sorriso falso tentando sessar os ataques do garoto - Agora vamos embora, por favor. - digo indo em seguida até a porta e saindo pela mesma, sendo seguido por um Theodore ainda furioso e agora com uma cara de raiva muito fofa.

Quando eu era pequeno, eu adorava dar apelidos para as pessoas (E até hoje gosto), e como eu era muito amigo do Nott, ele foi a primeira pessoas que eu dei um apelido. Como ele era muito fofo, eu não pude evitar de da-lo um apelido igualmente fofo. Eu o chamei de Theo - que nem é grande coisa -, e ele, é claro, adorou e por muito tempo eu chamei ele dessa forma... Mas quando fomos crescemos, esse apelido se tornou um problema, o pai do Theo, o senhor Nott, não viu com bons olhos o apelido carinhoso que eu dei para o moreno. Eu me lembro que o pai dele resolveu ter uma conversa com ele sobre esse assunto e depois disso o meu moreno irritadinho nunca mais gostou de ser chamado dessa forma. Eu adoro esse apelido, e por isso as vezes me esqueço que não devo chama-lo dessa forma e o chamo e ele surta. Mas não tenho culpa disso, pois sempre o chamei de tal maneira, e agora ter que parar não é muito fácil.

Deixei o Nott em casa e fui para minha. Quando cheguei,fui direto para a cozinha para comer, encontrando lá Maria, à governanta. Maria era uma mulher de cabelos quase todos grisalhos, de pele clara e olhos azuis como o mar. Sua aparencia enganava, pois aparentava ter quarenta anos, quando na verdade tinha uns cinquenta. Ela era uma daquelas pessoas de idade que você olhava e pensava que possivelmente na sua juventude era muito bela, de deixar qualquer um aos seus pés.

- Oi Maria. - eu disse sorrindo doce para a mulher em minha frente por quem eu tinha um grande carinho.

- Oi menino Draco. - ela sorriu abertamente quando me viu.

- Maria prepara para mim algo para eu comer? - pedi educado.

- Mas é claro querido. - ela sorriu gentilmente - Querido,devo prepara para o seu irmão também? - ela falou e eu me zanguei com a forma que ela se referiu ao outro.

- ELE NÃO É MEU IRMÃO! - fui grosso. Em resposta a minha atitude, a mulher apenas abaixou a cabeça e calou-se evidentimente intristecida, fazendo-me me arrepender do meu ato que não foi pensado - Des-desculpa Maria. - disse envergonhado pela minha atitude.

- Tude bem menino Draco. - ela sorriu pequeno para mim, tentando me convercer do que tinha dito, mas eu sabia que não estava nada bem - Já vou preparar a sua comida. - ela estava triste.

Me levantei e fui em direção a mulher que estava agora de costa cortando algumas coisas para o jantar.

- Me desculpa. - falei baixo e manhoso em seu ouvido,abraçando ela por trás e em seguida lhe dando um beijo na  nuca, fazendo-a sorrir com as cócegas sentidas na região onde deixei o beijinho.

- Tem como ficar com raiva de uma criatura adorável como você? - ela disse e eu sorri sapeca.

- Nop! Vou para o meu quarto, manda levar para o meu quarto quando você terminar a comida. - falei.

- Claro. - ela falou simples, já ostentando um sorriso mais alegre nos lábios que eram rosados.

Fui em direção a saída da cozinha e sair pela mesma.Passei pela sala e rumei as escadas para finalmente ir para o meu quarto.

Antes de chegar ao meu quarto, ouço a porta de entrada da casa ser aberta e vejo o Harry entrar pela mesma com a sua mochila nas costas.

- O que foi que aconteceu para você chegar a essa hora? - fui sarcástico, eu queria provoca-lo - Se perdeu no caminho? - zombei.

- Hahaha, muito engraçado você, já da para trabalhar em um circo. - ele zombou de volta.

- Não importa. - digo mudando de assunto - Sobre o trabalho de francês, vá para o meu quarto para a gente começar. - falei frio.

- Mais já? - ele me pareceu surpreso.

- É claro! - falei rápido - Vá antes que eu desista e faça sozinho e diga para o professor que você não fez nada. - me virei caminhando até o meu quarto sem me importar com os protesto do menino de olhos verdes.

Fui para o meu quarto e tomei o meu banho, e sai do banheiro me deitando na cama pra relaxar, mas fui interrompido por uma batida na porta.

- Entra! - gritei, e um menino com uma mochila e um notebook entrou no meu quarto todo acanhado.

Apesar dele ser mais alto, forte que eu, ele consegui ser incrivelmente nerd. Tem tudo pra ser um atleta, mas se veste, agi e parece com um nerd cdf.

- Oi... - ele fala receoso.

Me sentei na cama e chamei o garoto para sentar ao meu lado para que fizesimos logo o trabalho para acabarmos logo com isso. Ele sentou ao meu lado e abriu o notebook e começou a pesquisar cosias relacionado ao trabalho.

- Não vai querer a minha ajuda? - questonei confuso por que o garoto não me pediu ajuda no trabalho ou fazer nada.

- O que? - ele me olhou incrédulo.

- O que foi? - encaro o garoto - Achou mesmo que eu iria deixar você fazer o trabalho todo sozinho? - repliquei com uma sombracelha arqueada e braços cruzados olhando totalmente utrajado pelas suposições precipitadas do garoto de olhos verdes.

- Achei... - ele falou baixo, parecendo não acreditar na minha reaçã e ação.

- Pois achou errado! - minha voz saiu entre dentes.

Pensei que assim o intimidaria, mas ao contrario do que esperava, ele soltou uma risadinha baixa, parecia ter deixado ela escapar enquanto lutava para trancar a boca e não deixar outras  escapar.

- Tudo bem, vamos começar? -falou ainda com receio.

- Vamos. - falei - Aproposito ... - chamei a sua atenção - Eu sou fluente em francês. - falei e o moreno ficou de boca aberta. Sorri de canto para a reação dele.

Começamos a fazer o trabalho, dessa vez juntos, ele pesquisava algumas coisas e eu outras, dei ideias pois falo francês e ele as aceitou muito bem. Eu jurava que iriamos nos matar, mas até que trabalhamos bem juntos.

Olhei o relógio e o mesmo já marcava umas seis e cinco, então mandei ele parar por que eu sairia com a Astoria, e ele assentiu e começou a organizar as suas coisas que estavam espalhadas na minha cama.

Abrir o meu Closet, que era enorme e tinha quase um tamanho de um quarto, e vi Harry abrir  boca com tamanho do mesmo, sorrir de lado e me virei pra ele.

- O que foi? - questionei olhando para ele.

- Não é nada... é só que... pra que tanta roupa? - indagoue eu me indignei.

- Como assim ''pra quer tanta roupa''? - fiz aspas com os dedos.

- É só que você não vai usar todas essas roupas. - ele falou convicto da sua resposta e eu ri.

" Ele não tem noção do que sai da boca dele. "

- Vem cá. - chamei ele.

Primeiramente ele estranhou e franziu a testa. Parado no mesmo lugar eu via a duvida do de oculos escapulir por sua face que falava explicitamente: será que vou ou não? Intediado com a incredulidade dele, revirei os olhos e falei com tedio na minha voz -  Harry, venha cá! Saiba que não mordo. - ainda cauteloso, ele pôs suas pernas para funcionar e veio até mim - entra! - falo e ele questiona novamente. 

- Entrar? - ele arqueou uma das  sombrancelhas.

- É, entra! - minha voz saiu impaciente. Quando ele entrou, sua face ficou chocada com o tanto de roupa que tinha nele - Esta vendo esse sapato? - apontei para um sapato - Ele é da coleção sapatos Church's outono-inverno, tá vendo esses outros - apontei para as minha coleção de sapatos - Eles são das coleção das grifes de Hugo Boss, Alexander McQueen, Christian Dior, Prada, Gucci, Cesare Paciotti... - eu sai listando as marcas dos meus sapatos animado, mas fui interrompido por um Harry com a cara confusa.

- É eu sei que os seus sapatos são super chiques e tudo mais, mas você não me respondeu a minha pergunta. - ele falou ainda sem entender.

- Você não intendeu. - eu rir da cara de confusão do Harry - Eu tenho muitas roupas e sapatos por que cada uma tem seu par perfeito, ou seja, cada roupa combina com outra roupa especifica. Não se pode misturar um chinelo com uma calça jeans, não se pode mistura gravata com camisa cavada, imagina como ficaria lindas essas combinações? - falei tentando explicar.

- Como sabe disso? - ele me perguntou duvidoso.

- Como você acha que eu aprendi a falar francês? -arqueie a sobrancelha.

- Eu sei lá. - deu de ombro.

- Estudei um semestre de moda  na frança e aprendi muito lá. - falei lembrando da viagem que eu fiz para fazer o semestre de moda durante as minhas ferias - E eu pretendo estudar moda na melhor faculdade do mundo e um bom caminho de ir pra ela é fazendo um semestre de moda na frança. - sorri ansioso pelo futuro.

- Espero que consiga o que quer. - olhei para o garoto e gargalhei.

- Eu não preciso de sorte, porque eu tenho talento. E Afalando em talento... -observei o garoto - Você bem que esta precisando de umas dicas minhas para se vestir melhor. - gargalhei da cara que o Harry fez.

- Para que? Eu não tenho nem a metade da quantidade das suas roupas. - ele falou apontando para as minhas roupas.

- Compre novas, oras . - disse como se fosse óbvio.

- Com farei isso? - perguntou.

Suspirei e falei.

- Com o cartão de credito que os nossos pais te deram. Você pode usar ele pra essas coisas se desejar, sabia? - falo e dou as costas - Agora vai embora que eu preciso me arrumar.

Ele saiu e eu comecei a me arrumar.

p.o.v Harry

O Draco me chamou pra ir no quarto dele para fazer o trabalho de francês, e para a minha surpresa ele me ajudou muito. Contudo, não terminamos o trabalho, pois o loiro tinha que sair com a morena aguada da Astoria, então ele me mandou sair do seu quarto.

O Malfoy foi legal comigo quando falou sobre moda, ele me pareceu amar muito essas coisas, e essa nem foi a melhor parte, ele disse a frase : " nossos pais ". E isso me deixou muitissimo feliz.

Bom, agora são uma e vinte e dois da manhã e eu não consigo dormir de novo por causa dessa maldita insonia, então decidir fazer o famoso lanchinho da meia noite.

Me levantei e fui até a porta e sair a caminho da escada, sem espera vejo o Draco correndo escadas a cima com as mãos no rosto, me assustando em ver ele  dessa forma, vou até o mesmo tirando as suas mão de seu rosto. Quando o mesmo deixou que eu tirasse a suas mãos do rosto, me assustei em ver que seu rosto estava molhado de lagrimas grossas que estavam escorrendo por suas bochechas rubras, seus olhos vermelhos e o mesmo segurando o soluço. O que tinha acontecido com ele?