História My Dear Brother ( Drarry) - Segredos de Familias

Eu não podia acreditar no que os meus olhos estavam vendo, aquilo não poderia ser real...  Draco sempre foi o meu melhor amigo, ele ficou ao meu lado quando ninguém mas queria, afinal, minha infância não foi uma das melhores, pois eu sempre fui doente, até já fiquei em coma,  mas Draco se tornou o meu melhor amigo nos momentos mas sombrios. 

Como poderia ser real... Era a maior loucura. Se alguém me contasse, eu juro, juro que jamais acreditaria. Por isso, cogitei por um breve momento que meus olhos estavam errados; Mas não! Eu não estava errado, meus olhos não estavam me falhando ou enganando... Tudo o que eu via era tão real  quanto eu.

Draco estava dormindo  abraçado com o seu irmão adotivo Harry. 

De começo eu passei por três fases: 

1 - Eu queria gritar e alamar todos naquela casa, mostrar aquela cena para quem quisesse ver. 

2 - Queria gritar com Draco e bate-lo. Bate-lo por ele ser tão um burro e idiota. como pode ter escolhido o próprio irmão adotivo... por que não ter escolhido outro? Há tantos outros. Tinha que ser justamente o irmão? 

3 - Eu queria fazer as duas coisas ai em cima. 

Mil coisas se passavam na minha cabeça,  mil possibilidades sobre o que fazer, mas eu continuava parado, estático na sua porta diante aquela cena chocante para mim. Meus músculos não reagiam aos meus comandos, pois dentre todas as coisas que eu pensava em fazer nenhuma para mim parecia acessível. 

Repliquei sobre o que fazer vários minutos até perceber mais três coisas:

1 - Eu precisava pensar antes de fazer qualquer merda.

2 -  Draco era mesmo um idiota!

3 - Precisava ir em bora, porque eu não conseguiria fazer nada de imediato. 

Dei meia volta, corri para as escadas o mais rápido que eu pude.  Só queria ir em bora o mais rápido possível. Talvez eu esteja fazendo caso,  mas tente olhar pelo meu ponto de vista, afinal, Draco sempre foi hétero para mim,  nós sempre fomos hétero. Ai aparece garotos em nossas vidas e nos fazem sentir coisas, nós não somos gays, então por que nós sentimos assim?? 
"Confusão", essa sim era a melhor palavra que descrevia os meus sentimentos. 

Achei que ia encontra conforto e clareza ao falar com o meu amigo, mas vejo que ele tá tão perdido quanto eu. 

Sem ao menos perceber, nem reparei que Maria vinha subindo as escalas com uma bandeja cheia de comida, sucos e sem querer esbarrei nela. Foi um verdadeiro festival de sujeira; foi suco e pão, geleia e mais um monte de comida espalhada pela escada - que desperdício. 

- Me desculpa Maria - disse me abaixando e tentando limpar a bagunça por mim feita.

- Tudo bem querido. - Maria disse de forma doce. 

Maria era uma mulher incrível, eu e o Draco realmente gostávamos dela.

Então, me dei conta que ela poderia esta levando essa bandeja para Draco e me alarmei. Ela  poderia pega-los no flagra. Eu tinha que fazer algo contra isso!

- Maria? Para onde você estava levando essa comida toda?- perguntei de modo furtivo, sem dar a entender que estava apreensivo. 

- Para você e o Draco - deu uma risadinha e completou - Bom, agora que está tudo no chão vou ter que pegar outra.  Não vou me demorar, porque sei que ainda é tão cedo, imagino que você esteja com fome, afinal, você sempre comeu tão bem. Deve tá faminto.  

Maria se abaixou ficando ao meu lado e começou a recolher alguns cacos de vidro de copos e de pratos que havia se quebrado por conta da queda. Entrei em desespero com a possibilidade dela encontra a mesma cena antes vista por mim e sair contando para todos e inclusive a tia Cissa -Sei que disse que não iria entrar em pânico, mas tá difícil. 

Pensei rápido e disse:

- Se eu fosse você Maria, nem me daria ao trabalho, porque eu já tô indo pra casa e Draco não vai acordar, quero dizer, ele só vai acordar amanhã - ri, eu estava tentando desvia-lá da sua rota primária, apesar de tudo, eu quero ele bem.

Ele é meu melhor amigo - ainda. 

- Então é melhor limpar isso aqui e esperar que ele acorde e peça alguma coisa. - Maria avaliou as minhas palavras e concordou. Depois ela se levantou e saiu em direção a cozinha.

Assim que vi a mesma se afastar, corri para o meu carro e sai da propriedade dos Malfoy o mais rápido que pude.

(...)

O dia se passou devagar, parecia está me torturando,  pois eu queria que segunda chegasse logo, porque gostaria de ter uma conversa séria com o Harry - eu não deixaria aquela cena passar em branco. Eu farei ele me contar essa história inteira e com detalhes. Vou coloca-lo  na parede! Mas decidir que isso seria só na segunda, pois eu não aguento mas toda essa confusão na minha cabeça. Chega de problemas com amigos - Draco e Rony - na com a minha cabeça, e todo o resto. Por hora apenas quero esquecer tudo isso.

Eu iria sair, iria para um pubs, bar, casa noturna, sei lá, só queria me esquecer de tudo e para isso eu beberia todas, beijaria todas e comeria todas, hoje eu me divertiria sem mais preocupações.

Porém a tarde recebi uma mensagem do Draco perguntando o que eu queria, pois ficou sabendo pela Maria e Mãe que eu estivera na sua casa. Ignorei com sucesso sua mensagem e mandei outra para o Victor Krum.

~ mensagem

Eu : Ei victor

Vamos sair?

Não demorou pra ele me responder. 

Victor : Poxa, eu vou trabalhar hoje.

Eu : Trabalhar? 

A carreira de jogador não tá dando retorno não?

Victor : Ainda tá no inicio ~ emoji revirando os olhos.

Mas  pra você ficar sabendo, eu trabalho em um pub. Se quiser pode vir aqui que eu facilito a sua entrada.

Ele se chama House' kings

Eu : Okay. 

Eu quero.

Vctor :  Aparece aqui lá pelas 10 ou 9 h da noite. Fala com o segurança chamado Mac e me procura no bar.

Eu : Okay... te vejo mais tarde. 

(...)

Assim que deu 9h eu me vesti com uma camisa de manga longa branca com o numero nove escrito na frente, pus uma calça jeans preta e uma um vans preto e branco. Penteei os meus cabelos e peguei minha carteira e minhas chaves do meu carro e sair rumo ao pubs. Assim que cheguei, chamei um segurança chamado Mac que o Krum me indicou e entrei no local sem problemas. 

O pubs estava cheio, tinha gente para todo lado. Tinha mulheres se esfregando com um bando de caras pelos cantos, tinha gente bebendo e gente já bêbada dançando ou conversando. Fui diretamente para o bar, me sentei em um dos banco e chamei o barmen, ele veio com uma gravata borboleta e um colete preto. Ele tinha um sorriso safado e sugestivo nos lábios. Era o Victor Krum.  Ignorei  seu sorriso.

- E ai, quando você sai? - perguntei a ele.

- Olha, vou trabalhar a noite toda - informou-me  o moreno - Mas  hoje  o local tá especialmente mais animado do que costume. Vai por mim, você não vai ter problemas em se distrair.

- Assim espero... - murmurei baixo.

Victor foi atender umas pessoas depois de ter servido uma bebida pra mim e eu virei a cara pra olhar melhor o local e achar alguém que eu iria passar a minha noite. 

Não foi difícil[ encontrar alguém naquele lugar lotado; Logo vi uma ruiva linda com quem passei a conversar. 

- Vai ficar só olhando - disse ela já impaciente.

- Não por muito tempo - respondi me insinuando e ela sorriu safado.

- Quer me pagar uma bebida?

Depois de tanta insinuações e alguns goles de bebida, fomos para um lugar afastado para nos pegar. Eu atacava sua boca enquanto ela atacava os meus cabelos com suas mãos bagunçando-os -  sinceramente isso estava me irritando, odeio quem mexe no meu cabelo, mas eu ignorei e continuei a beija-la com ferocidade e urgência. 

Fui surpreendido por mãos me puxado pelo braço para longe da ruiva que me encarrou surpresa. Quando percebi quem era comecei a gritar.

- Você esta louco? O que pensa que está fazendo?

Quem havia me puxado era o Rony, que me olhava com raiva e irritação.

Quem ele pensava que era? E o mais importante, como ele me encontrou? 

- O que eu estou fazendo? O que você está fazendo se agarrando com essa puta na frente de todo mundo??

A ruiva que antes só observava a confusão enfim se pronunciou furiosa com a ofensa a si feita.

- Puta é a senhora sua mãe! -  a ruiva a qual eu nem lembro o nome, embora a mesma tenha me dito, me puxou pelo meu outro braço para perto de si.

- Agora solta ele que eu quero continuar o que estávamos fazendo...

- Tira. A. Mão. Do. Que. É . Meu.- Rony disse pausadamente me puxando novamente para perto dele.

- Tira você, porque eu não vi seu nome escrito na testa dele.- a ruiva falava debochadamente me puxando mas uma vez para perto dela.

- JÁ TE DISSE PARA TIRAR ESSAS MÃOS IMUNDA DELE!! - o ruivo  berrou e me puxou com brutalidade logo me colocando ao seu lado impedindo que a ruiva me puxasse novamente.

Cansado de me sentir uma peteca me manifestei com certa raiva.

- PAREM DE AGIR COMO SE FOSSEM OS MEUS DONOS!! -  gritei não aguentando mais aquela situação - Primeiro que eu sou solteiro, segundo que vocês não mandam em mim... - falei olhando para Rony que me olhava um pouco surpreso por conta da minha explosão  -  Terceiro que eu saio, bebo, beijo, como  quem eu quiser! Porque essa merda de vida é minha e vocês não mandam nela!!

- Theo,  podemos conversar? -  perguntou Rony. 

Puxei com força meu braço que ele apertava e olhei para ele feio.

- Eu não sei o que você tá pensando, mas eu não tenho nada para falr com você! Nem sei o que você tá fazendo falando comigo e achando que tem algum poder ou dominiu sobre mim...

Dei as costa a ele e fui dançar deixando a ruiva e o ruivo lá parados. Não ia perder a noite por causa de  certas pessoas. Elas que me deixassem em paz.

Começei a dançar no ritmo da musica, que era bem agitada e ritmo eletrônico, eu bebia o que me davam e me esfregava com quem queria, tudo isso para provocar o ruivo e ele saber que não tenho seu nome escrito no meu corpo.

P.o.v Rony

Theodore bebia e se esfregava com um monte de pessoas, por mais que eu estivesse com ciumes, eu sei que beber do copo de estranhos pode ser perigoso.Ele tava absolutamente descontrolado. 

Depois de um tempo, Theo caminhou para o banheiro e eu o segui - alguém tinha que vigia-lo. 

Assim que adentrei no local, vi o castanho caído no chão quase desmaiado, porém ainda acordado. Corri em sua direção e tentei levanta-lo segurando no seu ombro para tira-lo do pubs. Levei ele para fora e peguei meu carro e fui para um apartamento que meus pais me deram para quando eu quisesse fazer festa não tão longe dali. 

No caminho Theodore falava coisas sem sentido e sem nexo nenhum me fazendo ri mesmo que sem querer.

(...)

Assim que chegamos ao meu AP eu o levei para tomar um banho frio. Tirei sua roupa mesmo ouvindo seus protestos baixinhos. Eu o coloquei de baixo do chuveiro não me importando em me molhar também. Após o banho, peguei um cueca box minha que eu não tinha usado ainda e um conjunto de calça e camisa de moletom para que o meu  castanho  dormisse bem e confortável. Deitei ele na única cama do local e caminhei até a porta pronto para sair, mas antes ouvir meu nome ser chamando baixinho.

- Ron... Rony....

- Huh? 

- Para onde você vai?? - ele falava baixo e lerdo em quanto tentava sentar na cama. 

- Vou para sala dormir, coisa que você deveria está fazendo. - disse me aproximando da cama e me sentando na ponta da mesma.

- Por que vai dormi na sala? - replicou. 

Gelei.

- Por que você não vai gostar de acordar amanhã e descobri que estou ao seu lado...- fui sincero mesmo que me doesse. 

- Por que...? - Theo perguntou ainda me fitando.

- Porque você não gosta de mim como eu gosto de você... - suspirei triste.

- Quem disse?