- Ma-Mãe.
- Por que tanta surpresa em me ver? Eu em. - Ela fala e entra. - Pelo visto não bagunçaram nada. - Ela começa a inspecionar cada canto da casa. Ainda estou parada perto da porta observando tudo. Meu coração está acelerado. - Estou morrendo de fome. - Ela entra na cozinha.
Escuto passos vindo da escada e vejo o Rafa descendo só de calça moletom.
- Quem foi? - Ele pergunta. - Que cara é essa? Parece que viu gente morta. - Ele fala franzindo os senhos. Abro minha boca pra falar, mas antes de alguma coisa sair pela minha boca minha mãe aparece na sala com um prato de lasanha.
- Filho! - Minha mãe fala e abraça o Rafael toda sorridente. Rafael fica sem reação.
- Ma-Mãe. - Ele fala e a abraça de volta. Ela começa a fungar o pescoço do Rafa e depois o abraço é desfeito, ela franze os senhos novamente olhando em minha direção, mas logo seu sorriso volta ao normal.
- Então, quem fez essa lasanha? - Ela pergunta entrando na cozinha novamente.
- Por que. ela. voltou. tão. cedo? - Rafael pergunta sussurando mas eu pude entender.
- Eu. Não. Sei. - Respondo do mesmo jeito. Ele balança a cabeça apontando para a cozinha. Andamos até a cozinha. Nossa mãe esta sentada a mesa comendo a lasanha.
- Por que voltou tão cedo? - Rafa pergunta sentando a cadeira.
- Por que dessa pergunta? Até parece que não queria que eu voltasse. - Ela fala fazendo bico.
- Não. É que você ia passar um mês com o papai. - Rafa fala.
- Há é isso. Seu pai teve uma emergência e voltou pra casa. - Ela fala fazendo bico. - Ele ficou lá o hospital e eu voltei pra ver meus filhos lindos. É sério, quem fez essa lasanha?
- F-Foi o Rafa. - Falo. Droga gaguegei.
- Não sabia que você cozinhava. - Ela fala e sorri.
- Mãe... - Falo fingindo estar bocejando. - Eu vou subir estou morrendo de sono.
- É bom mesmo. Suas aulas começam amanhã. - Ela fala.
Saio da cozinha. Se eu ficasse mais um segundo lá eu iria ter um ataque cardíaco. Subi as escadas rapidamente e ouvi passos atrás de mim. Logo sinto uma mão agarrar meu braço e me puxar até meu quarto.
- Por que ela tinha que voltar logo agora? - Pergunto em um sussuro.
- Sei lá. - Ele fala. - Mas isso pode ser intereçante. - Ele fala e me prença contra a parede.
- Nem vem Rafael. - Falo tentando o empurrar.
- E por que não? - Ele pergunta fazendo bico.
- A mamãe esta aqui. - Eu falo.
- E dai. - Ele fala e da um empulso para que eu suba em sua cintura.
- Você não tem jeito. - Falo sorrindo e dou um tapa em seu ombro.
(...)
Estavamos deitados de conchinha em minha cama. Ele estava me fazendo cafuné me deixando cada vez com mais sono. Acabei me entregando a ele.
(...)
06:25 am.
Acordo o barulho infernal de alguém batendo na porta.
- Alice acorda! - É a minha mãe.
- O que foi?! - Pergunto emburrada.
- Acorda pra ir pra escola preguiçosa. - Ela fala.
- Aff! - Coloco o travesseiro em meu rosto. - Não quero ir hoje.
- Levanta dessa cama ou eu arrombo essa porta, troço! - Ela fala batendo na porta.
- Ta bom. Aff que saco. - Me sento na cama.
- Boa menina. Seu irmão vai te levar pra escola então se arruma logo. - Escuto seus paços se afastando.
Respiro fundo e levanto da cama, uma corrente de ar fria passa pela janela que esqueci aberta. Fecho a mesma e percebo que estou de cospley de eva, só que sem a folha. Entro no banheiro e tomo um banho de uns 10 minutos. Saio do banheiro e vou até meu closet. Visto uma calça jeans azul claro rasgada , meu amado cuturno, uma regata branca e uma casaco xadez amarrado em minha cintura. Arrumo meus cabelos e pego minha mochila. Saio do meu quarto e vou até o andar de baixo. Entro na cozinha e vejo meu pai, minha mãe e o Rafa sentados a mesa.
- Oi filha disposta pra vida. - Minha mãe fala.
- Hahaha. - Falo séria e sento na cadeira. - Sério que eu tenho que ir hoje? - Pergunto fazendo bico.
- Sim. - Ela fala imitando meu bico. - Vai fazer amigos. - Ela fala.
- E quem disse que eu quero fazer amigos? - Pergunto mordendo a maça que eu peguei da fruteira.
O celular do meu pai começou a tocar e ele o atende.
- Tenho que ir agora. - Meu pai levanta da mesa e sai.
Parando pra pensar... a única vez que o meu pai falou comigo foi quando voltei pra cada.
Rafa levanta da mesa e sai da cozinha.
- Come rápido que eu tenho que ir buscar o Ryan. - Rafa fala subindo as escadas.
- Ryan é um ótimo partido, sabia? - Minha mãe fala.
- Nem vem mãe. - Falo e mordo minha maça.
- Para de ser chata. Na sua idade toda menina quer um namorado. Eu era louca pra ter um. - Ela fala.
- Mas eu não sou toda menina. - Eu falo me levantando. Pego a minha mochila que está no chão ao lado da cadeira e saio da cozinha. Olho em direção as escadas e o Rafa esta decendo-as.
- Vamos. - Ele fala e saimos da casa.
Entramos no carro do Rafa e saímos da garagem.
- Agora eu posso fazer isso. - Ele fala e me dá um selinho. - Bom dia.
- Bom dia. - Falo com um sorriso bobo.
Rafa sai cantando pnêu em direção a casa do Ryan.
- Não quero ir pra escola. - Falo manhosa encostando minha cabeça na janela do carro.
- Somos dois. - Ele fala e para o carro. Ele buzina e logo o Ryan sai com a Tracy ao seu lado. Eles entram no carro.
- Hello gays. - Tracy fala toda sorridente.
- Oi. - Falo.
(...)
- Nem acredito que voltei a estudar. - Tracy fala toda sorridente enquanto caminhavamos pelo pátio.
- Nem eu. - Falo. - Faria de tudo pra estar em casa dormindo.
- Deixa de ser preguicosa Ali. - Tracy fala e bate em minhas costas.
- Ai filha da... - Antes que eu terminasse de falar o barulho do sinal se fez presente.
- Vamos. - Tracy puxa meu braço e entramos no prédio. - Minha sala é a 7, e a sua? - Ela pergunta olhando em um papel. Olho em meu papel.
- A minha é a 7 também. - Falo, fomos até a sala e tinham varias pessoas conversando.
- Todos sentados agora. - Uma velha de óculos com uma voz irritante apareçe na sala.
Todos nós sentamos as nossas carteiras. Eu sentei em frente a Tracy.
- Bom... eu sou a professora wilson, e quero que todos fiquem em silêncio em minha aula. Um ruído se quer e vai á diretoria. - Ela fala séria.
- Já não gostei dessa professora. - Tracy sussurra em meu ouvido. Balanço a cabeça concordando.
- Ela tem cara de hamster. - Falo e prendo o sorriso. Logo depois Tracy me entrega um papel. Eu o abro e vejo um desenho muito mal feito escrito.
Professora cara de hamster.
Sorri baixinho.
- Senhorita...! - Ela gesticula para que eu fale meu nome.
- Miller. - Falo.
- Senhorita Miller. O que é isso? - Ela pergunta arrancando o papel de minha mão.
- Um desenho uai. - Respondo como se fosse óbivio.
- Eu sei que é um desenho. - Ela fala. - Quem é essa pessoa no desenho? Sou eu? - Ela pergunta arrumando seus óculos.
- Se a carapuça servil. - Falo.
- Pra sala da diretoria, agora! - Ela grita apontando para a porta.
- Ta ok. - Me levanto e pego minha mochila. Saio da sala de aula.
Parabens Ali, expulsa no primeiro dia de aula. - Penso. - Falando nisso... onde é essa porcaria da sala da diretora. - Me pergunto.
- Precisa de ajuda? - Um homem de cabelos loiros e olhos verdes aparece sei lá de onde.
- Sim. - Falo ainda contemplando a beleza deste ser.
- Onde você quer ir? - Ele pergunta.
Pra um motel. - Penso.
- Ha... pra sala da diretoria. - Falo.
- Por aqui. - Ele fala e começa a andar em minha direçao contraria. Eu o sigo. - Expulsa?
- Umhum. - Respondo.
- Por quem? - Ele pergunta.
- Cara de hamster. - Falo e ele me olha e sorri.
- Quem é cara de hamster? - Ele pergunta com seu sorriso perfeito.
- A professora Wilson. - Respondo dando de ombros. Ele solta uma gargalhada.
- Gostei do Apelido. - Ela fala. - É aqui. - Ele fala parando em frente a uma porta de madeira marrom.
- Obrigada. - Falo.
- De nada. É sempre bom ajudar alunas bonitas. - Ele fala e sai andando. Dou de ombros e bato na porta.
(...)
- Não acredito que você já foi expulsa da sala de aula no primeiro dia. - Rafa fala negando com a cabeça e sorrindo em minha frente enquanto eu estava encostada na parede do muro da escola.
- Tudo culpa da cara de Hamster. - Ele me olha com uma cara de enterrogação, mas logo ele começa a sorrir.
- Você está falando da professora Wilson? - Ele pergunta.
- Umhum. Como você sabe?
- Quando estudava com ela há chamavamos de cara de rato mesmo. - Ele fala e eu sorri.
- Você sabe quem é um cara de cabelos loiros e olhos verdes que trabalha aqui? - Pergunto.
- Sim. O professor de biologia Sr.Baker. - Ele fala. - Por quê? Teve uma caidinha por ele? - Ele pergunta com uma sorriso malicioso. Há mais eu vou tirar esse sorrisinho.
- Talvez. - Falo e seu sorriso e desfeito. Sorri. - Estou brincando. Você sabe que é o único pra mim não é? - Falo fazendo voz fofa e apertando suas bochechas.
- Nem vem. - Ele fala tirando minhas mão do seu rosto.
- Vem aqui. - Falo o puxando para um beijo.
- Por essa eu não esperava. - Eu esconheço essa voz. É a Tracy.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.