História My dear sister - Capítulo dezenove.

-Ra-Rafa. - Falo me levantando da espreguiçadeira. Ele está com uma toalha branca em sua mão.

- Que história é essa de bebê? - Ele pergunta.

- Acho melhor me retirar. - Tracy fala. Ela coloca a mão em meu ombro direito. - Conversem direito. - Ela vai em direção a porta da cozinha.

- Você ainda não me respondeu. - Ele fala sério.

- É que... - Respiro fundo. - Estou gravida. - Falo em quase um sussurro.

- O quê?! - Ele sussura em um quase grito. - Quando você iria me contar isso?!

- Eu descobri ontem. - Eu falo.

- Ai meu deus. - Ele fala e coloca a mão na cabeça. - Maldita hora pra esquecer a porra da camisinha.

- Olha eu ainda estou aqui. - Falo. - Você acha que eu queria estar gravida agora?

- Isso não pode estar acontecendo. - Ele fala andando de um lado para o outro.

- Mas está! - Sussuro quase gritando. - Não está fácil pra mim também!

- Essa coisa pode acabar com a nossa vida. - Ele fala. 

- E-Essa coisa? - Gaguejei. - Você está dizendo que seu filho é uma "Coisa"?

- Porra Ali não...

- Olha seu idiota. Você acha que eu não fiquei surpresa em descubrir que eu estou gravida? O mundo não gira ao seu redor pra você pensar que só você está abalado com tudo isso! - Quase grito. - Quer saber. Vai se foder e me deixa em paz. - Falo e vou em direção a porta. 

Ele nem tentou me impedir, dizer que vai dicar comigo, pra lutarmos juntos. Desgraçado.

 Subo as escadas correndo e limpando algumas lagrimas que insistiam em cair. Sem preceber acabo pisando em falso em um degrau. Caio embolando das escadas, pôs estava no topo da mesma. Grito de dor. Escuto passos correndo se aproximando a sala.

- ALI! - Ele grita ao me ver caida no chão desnorteada. - Você está bem? - Ele pergunta ao correr em minha direção.

- Só caí de uns 20 degraus, tô ótima. - Falo irônica e logo faço uma careta de dor. Ele me olha com uma cara de taxo. Gemi de dor ao tentar me levantar. - A minha barriga. - Falo. Gemi mais ainda quando senti a dor aumentar.

- Vem, vou te levar para o hospital. - Ele fala. 

- Não escosta em mim. - Falo entre os dentes. A dor está muito forte.

- Porra Ali! Eu estou tentando te ajudar. - Ele fala.

- Foda-se. - Falo. Ele respira fundo e me pega nos braços. - Me larga seu idiota! - Gritei batendo em seu ombro. Olho para o lado e mordo meu lábio inferior.

Ele me coloca dentro do carro ao lado do passageiro. Ele vai colocar o sinto de seguranças mas eu o impedi.

- Eu sei colocar. - Falo pegando o sinto. Coloco o mesmo.  Ele sai correndo para o lado do motorista. Ele adentra o carro ligando o mesmo.

Minha barriga latejava de dor. Depois de um tempo dirigindo em um silencio, ele ousa falar algo.

- Olha Ali, eu sei que você está puta com o que eu disse. - Ele fala. 

Mexi meu pé direito e uma dor só almentou. Minha barriga junto com a dor do meu tornozelo me faziam ficar enjooada.

- Acho que eu vou vomitar. - Falo encostando a minha cabeça no banco do carro e apertando meus olhos.

- A merda. - Ele fala. - Já estamos chegando...

- Estou muito enjooada. - Falo respirando fundo.

- Chegamos. - Ele fala desligando o carro. 

Ele sai do mesmo em disparada. Ele abre a porta ao meu lado e tira meu sinto de segurança. Ele me paga em seus braços e me leva para dentro do hospital.

- EI ALGUÉM AJUDA! - Rafael grita. - ELA ESTÁ GRAVIDA! 

Logo alguns enfermeiros vinheram com uma maca. Me colocaram sobre a mesma. Estavam me levando com a maca por um corredor branco. Minha vista começou a ficar embaçada.

- Senhor, não pode passar por aqui... - Escutei uma voz bem abafada.

- Mas...

- Va na recepção e escreva as informações dela...

- Tudo bem...

Minha visão ficou escura e já não ouvi mais nada.