P.O.V George
A noite estava chuvosa, os barulhos dos trovões ecoavam pelo bairro inteiro, A mãe do Gabriel e o irmão dele foram sair, eu emprestara o meu carro para eles, Gabriel vinha da cozinha com duas xícaras de café para nós bebermos, ele me entregou uma e se sentou do meu lado, olhei para sua orelha e vi a marca do seu antigo brinco que ele tirara quando entramos na faculdade, ao olhar para aquela marca, lembrei me do primeiro dia em que vi o Gabriel pela primeira vez, aquela sensaçãode nostalgia tomou conta do meu corpo, me fez abri um grande sorriso no rosto e vagar em um devaneio.
- Por que você está sorrindo desse jeito amor ? - Perguntou Gabriel me fazendo acordar dos meus devaneio.
- É que eu estava lembrando o dia em que eu te conheci amor, lembra ? No primeiro dia eu fiquei te observando.
- É eu me lembro, eu também me lembro que quando eu mandava um sorrir para te, você virava o pescoço - Disse Gabriel dando uma risada, eu comecei a lembrar das vezes em que eu o observava , era engraçado.
- É, quando você chegou na sala, você me chamou muita atenção, ainda mais esses seus olhos castanhos, o que você pensava de mim quando eu te observava Gabriel ?
- Eu achava você meio tímido...e fofo - Falou Gabriel, eu me surpreendi com a opinião dele, eu achava que ele iria dizer que me achava esquisito ou qualquer coisa parecida.
Logo me veio a mente que eu tinha que mencionar no assunto sobre a Alice e a Rose com o Gabriel, eu me esquecera de contar para ele, bom, eu iria aproveitar que eu e Gabriel estávamos sozinhos, e eu iria contar logo tudo para ele.
- Gabriel, eu tenho que te contar uma coisa.
- O quê ? - Perguntou Gabriel levantando arqueando as sobrancelhas.
- A Alice e a sua tia estão tramando para tirar você de mim e você voltar para a Alice.
- O quê !? Como assim, sério isso que você está falando ? - Perguntou Gabriel perplexo.
- Sim amor.
- É como você descobriu isso ?
- Eu ouvi elas falando sobre isso, e quando eu fui bate de frente com a Alice para questionar sobre o assunto, ela admitiu tudo, e disse que se eu contasse algo para você, ela tornaria minha vida um inferno.
- George você não está mentindo para mim só para prejudicar a Alice não né ?
- Claro que não Gabriel, está duvidando da minha palavra ?
- Não meu amor é que eu acho impossível minha tia e a Alice fazerem isso.
- Mas pode acreditar amor.
- Okay, amanhã eu vou falar com ela.
(...)
Cada passo que eu dava no corredor da universidade, mais eu ouvia os gritos do Gabriel vindo da sua sala, quando eu cheguei lá, ele estava gritando com a Alice, e ela apenas o escutava com a cara fechada.
- Fique longe do George e de mim você tá me ouvindo !? Limite-se ao trabalho a nossa relação.
Essa foi a última palavra de Gabriel para Alice e ele se virou para a saída e deu de cara comigo e a Alice também me encarou furiosa, Gabriel continuou parado e Alice saiu da sala, batendo os pés forte no chão de raiva, me aproximei do Gabriel e lhe dei um abraço, forte e caloroso.
- Ela não vai te prejudicar tá bom ? Eu não vou deixar - Sussurrou Gabriel em meu ouvido.
Agora eu estava mais tranquilo, pois a Alice não iria me incomodar e nem incomodar o Gabriel, pelo menos por enquanto.
(...)
Ao abrir a porta de casa, eu encontrei Gabriel sentado no sofá cabisbaixo, eu me sentei ao seu lado e lhe dei um beijo no rosto, mas ele continuou com a mesma expressão, tentei procurar o que eu fizera de errado mas eu não tinha feito nada, deveria ser por causa da briga que ele teve com a Alice.
- Amor, está tudo bem ?
- Tá sim amor - Disse ele ainda cabisbaixo sem me encarar.
- Por que você está assim ?
- Por nada.
- Eu fiz algo de errado não foi ?
- Não amor, não é nada com você, é só que...eu quero ter um filho.
Fiquei surpreso com o que Gabriel dissera para mim, fiquei meio triste pois eu não poderia dar um filho para Gabriel, não poderia realizar o que ele tanto queria naquele momento, me fez sentir um inútil.
- Gabriel, eu não posso te dar um filho.
- Mas nós podemos adotar, a sua irmã é diretora de um orfanato e poderia nos ajudar.
- Sim mas para isso teríamos que ir para Fort Collins.
- Então vamos nesse fim de semana, compramos a passagem amanhã e sábado a noite nós viajamos.
- Está bem.
Gabriel abriu um sorriso em seu rosto e me deu um beijo, quem sabe adotar uma criança não seria tão ruim.
(...)
Pela janela do avião, dava para ser ver as nuvens, e nelas que eu me concentrava para não ficar mais nervoso, ter um filho era uma responsabilidade muito grande, iria tomar muito do nosso tempo, teríamos gastos a mais, mas também, teria um lado positivo como teríamos uma alegria a mais.
- Tá tudo bem meu anjo ? - Perguntou Gabriel.
- Está sim Gabriel.
- Amor você quer ter um filho ?
- Olha, eu não sei mas, você quer muito ter um e se você vai ficar feliz com um filho, tudo bem.
- Amor, o que importa para mim é a sua felicidade, se você não quiser ter esse filho, tudo bem, eu não vou me importa, só você já me faz feliz, eu só quero ter um filho porque eu quero ter a experiência de ser um pai.
- Gabriel, eu quero ter um filho com você, eu só estou com medo de não conseguimos cria-lo.
- Eu e você somos capazes meu amor.
- Atenção passageiros, estamos aterrisando no aeroporto de Fort Collins - Disse um o piloto do avião pelo rádio da cabine.
Ao aterrisarmos, pegamos um táxi e fomos para a antiga casa em que eu morava, que é onde Julia e minha mãe moram, quando chegamos lá, eu parei em frente a casa e me veio na memória, o passado, me veio na memória todas as alegrias, as tristezas e as dificuldades que eu passei.
- Vamos amor
- Falou Gabriel me tirando dos meus devaneios.
- Vamos. Bati na porta e eu escutei um "já estou indo" eu reconhecia aquela voz, era da minha irmã, ao abrir a porta, Julia não segurou o sorriso ao me ver.
- Irmão !
- Falou Julia me dando um abraço apertado.
- Oi Julia !
- Falei e ela quebrou o abraço. Julia mudou muito, ela ganhou mais corpo, o corpo dela estava mais malhado e seu peito está mais robusto, cintura estava mais fina.
- Oi Gabriel.
- Oi Julia.
- Então o que devo a visita de vocês ? Desculpe me, entrem.
Nós entramos e sentamos no sofá, e Julia sentou em uma poltrona que havia ao lado do sofá, a casa não mudara muito, a única coisa que mudou foram os moveis.
- Então, vieram para cá para fazer uma vista ?
- Também mas, o nosso real propósito para vir aqui é que eu e Gabriel queremos adotar uma criança.
- Sério ! Ai que legal eu vou ser titia ! Ótimo, amanhã nós iremos no orfanato e resolveremos tudo é vocês escolheram a criança, vocês querem um recém nascido ?
- Ótimo, eu ia ligar para vocês por que eu queria dar uma notícia.
- O que irmã ?
- Eu... A frase da minha irmã foi interrompida pela minha mãe que chegara, ela abriu um sorriso longo e veio até a mim.
- Filho !!! Gabriel !!!
- Oi mãe.
- Oi Caroline.
- Então, vocês vieram fazer uma visita ?
- Mãe depois eles dois contam para você, pois eu ainda tenho que contar aquele assunto para eles.
- É mesmo aquele assunto, desculpa filha, pode continuar.
- Então, voltando, eu...estou grávida.
- Sério irmã !!
- Sim ! Estou grávida do meu namorado John ,faz um mês.
- Gabriel, vamos ser titios !
- Que legal meu amor, parabéns Julia.
- Obrigado Gabriel.
- Pronto, já que a notícia foi dada, Gabriel e George, vocês poderiam me contar o porquê de vocês virem para cá.
- Bem, a gente veio para cá no intuito de adotar um filho.
- Sério, eu vou ter mais um neto ?!
- Sim.
- Ai que legal, vocês vai ficar aqui quantos dias ?
- Só até conseguimos o bebê.
- Mas vocês ficar aqui né filho ?
- Sim.
- Que bom filho, eu vou preparar o almoço.
Depois do almoço, eu, Gabriel, Julia e minha mãe ficamos na sala conversando, quando foi de noite, fomos para o quarto dormir, nós fomos dormir no meu antigo quarto que não era mais meu, ele se tinha sido transformado em um quarto de hóspedes, a minha cama de solteiro, tinha sido transformada em uma cama de casal, o papel de parede que antes era azul bebê se foi trocada por um verde lima, me deitei naquela cama, junto ao Gabriel, cheguei mais perto dele e deitei em seu peito.
- Amor.
- Oi.
- Eu te amo.
- Eu também te amo Gabriel.
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