História My Dream - Capítulo 11

ISABELLA

            - Dormiu bem?

            - Sim, e você?

            - Preferia estar levando uma bandeja de café do que receber! – Ana brincou.

            - Coma tudo!

             Isabella disse ao se sentar ao lado da mãe na cama, onde depositou uma bela bandeja de café da manhã. Ana a encarou quando bebia o suco de laranja.

            - O que está passando nesta cabecinha, hein Bella?

            - Todos do hospital sabe sobre eu e Rafa!

            - Isso é um problema!

            - Eu sei, por esse motivo decidi me afastar dele pra evitar que Heitor descubra.

            - É uma boa ideia!

            - Eu estou intrigada com mais uma coisa!

            - O que foi minha pequena? – Ana se preocupou.

            - Porque papai odeia tanto o Rafa? – Isabella encarou a mãe.

            - É uma longa história.

            - Tenho tempo! – Ana riu com a persistência da primogênita.

            - Começou quando Rafael veio pedir sua mão em namoro para seu pai.

            - Ele fez isso? – Isabella estava surpresa.

            - Fez. Seu pai estragou tudo dizendo não pro garoto, disse barbaridades.

            - Exemplos. – Isabella pediu – O que ele disse ao Rafael?

            - Não quero lhe magoar!

            - Continua mãe!

            - Se você insiste, seu pai olhou pro Rafael com ar de superior, afirmou que Rafa jamais seria homem pra você, que não tinha futuro, e muito menos presente. Que ele seria sempre uma mercadoria que só iria merecer pena. Ele esculachou o Rafa, como se fosse o próprio Lúcifer!

            - Por quê? Ele nem conhecia o Rafael!

            - Ele conhecia. O pai do Rafael foi funcionário do seu pai há alguns anos atrás, logo no começo da Petrolina, eram amigos. – Ana suspirou.

            - Você o conhecia também?

            - João era um bom homem, criou os filhos como príncipes, ele fez o máximo que pode. Foi uma grande perda, quando ele se foi.

            - Rafael sabe que nossos pais eram amigos? – ela perguntou a si mesma.

            - Não. Isso foi há muito tempo, éramos adolescentes.

            - Como? Você disse que papai conhecia o Rafa!

            -Ele é igual ao pai. – Ela sorriu – Ele tem as características físicas de João, um pouco só da Valéria ,mas a personalidade dele é do pai, totalmente do pai.

            Isabella ficou pensativa. Porque ninguém havia lhe contado isso, porque Rafael nunca havia lhe dito que havia conversado com seu pai, porque? Eram tantas perguntas em sua mente.

            - Preciso de ajuda! Preciso descobrir de qual agência é aquela conta. – Isabella disse.

            - America Blass! – Ana Júlia disse. – As agências têm o código primeiro, e o mesmo que o meu. 20. É uma conta no America Blass, eu tenho certeza!

            - Te encontro lá daqui vinte minutos!

            - Já estou indo!

            Isabella desligou seu Iphone e desceu as escadas o mais rápido possível. Entrou em seu carro e acelerou a caminho da agência bancária. Quando chegou, Ana Jú já estava à sua espera.

            - Já liguei e marquei com o gerente, ele nos atenderá!

            - Obrigada!

            Entraram na agência e foram até a mesa do gerente que as cumprimentou.

            - Eu precisaria saber de quem é essa conta. – Isabella disse mostrando o papel.

            - Não podemos liberar informações de terceiros. – o gerente informou.

            - Qual é Carlos! – Ana Júlia disse e ele a encarou.

            - Tudo bem!

            Isabella e Ana Jú se sentaram a frente de Carlos, o gerente. Ele digitava os números do papel no computador, segundos depois ele sorriu a elas.

            - A conta está no nome de Rafael Alencar Vitti. – ele as encarou.

            - Só isso? – Ana Júlia perguntou.

            - Tem os dados dele também.

            - Qual é a quantia? – Ana Júlia questionou.

            - É alta, muito alta.

            - Quanto? – Isabella disse.

            - 1 milhão de dólares.

            - Como Rafael conseguiu um milhão de dólares? – Ana Júlia a encarou.

            - Estranho. – Carlos disse.

            - O que?

            - A conta foi aberta há dez anos, e nunca deve movimento.

            - Como assim? – Isabella disse.

            - Ele abriu a conta, depositou o dinheiro e nunca mais voltou a mexer nela. 

            - Estávamos no fim do ensino médio há dez anos, ele não tinha dinheiro. - Ana Júlia dizia enquanto iam até os carros. Isabella estava tentando assimilar todas as informações, era tantas em pouco tempo. - O que está pensando?

            - Você conheceu o pai do Rafael?

            - Sim. Por quê?

            - Meu pai era amigo dele.

            - Não entendi? – Ana Júlia disse – Seu João era humilde, e vivia em cidade pequena, e seu pai é totalmente ao contrário. Sem ofensas.

            - Não estou ofendida. – Isabella ficou pensativa – Tenho que encontrar o Rafa.

            - Agora? – Ana Jú olhou no relógio – São dez da manhã, ele deve estar no hospital.

            - Não está. Hoje é dia de folga, ele deve estar dormindo. Eu vou até lá!

            - Oi!

            - Oi! – Isabella sorriu ao vê-lo.

            - Quer entrar? – Rafael perguntou lhe dando passagem.

            - Quero sim!

            Isabella passou por Rafael que fechou a porta em seguida.

            - Você está estranha! – ele disse ao vê-la se sentar no sofá.

            - Não estou não. – ela sorriu – Só estou preocupada.

            - Com o que? – ele se sentou ao lado.

            - Você não vai me dizer a verdade sobre a rivalidade com meu pai, não é?

            - Eu já te contei a verdade!

            - Ele não gosta de você, porque foi meu namorado?! – Isabella o encarou. – Essa não é a verdade.

            - O que você está dizendo?

            - Eu vou descobrir o que vocês escondem!

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