ISABELLA
- Descobriu algo? – Ana Júlia perguntou.
- Não. Ele está fugindo de mim, ele não quer me contar.
- A mulher morreu então ele não fugiu de você, apenas fez a obrigação da profissão.
- Eu sei. Mas as outras vezes ele fugiu!
Isabella estava na lanchonete do hospital junto com Ana Jú. Elas haviam passado a noite em claro em busca de respostas. Começaram a vasculhar na memória, indícios que podiam justificar a guerra entre Rafael e Eriberto, mas não encontraram nada.
- Eu posso sentar com vocês? Não há mesa sobrando.
Ana Júlia sorriu ao ouvir o pedido de Amélia, essa era a chance que elas tanto queriam.
- É claro. – Amélia se sentou ao lado de Ana Jú.
- Obrigada! – Ela agradeceu.
- Diz aí Amélia, quanto tempo você trabalha com Rafa? – Ana Júlia foi direta ao ponto.
- A dois anos, deste a especialização.
- Em NY? – Isabella perguntou.
- Sim, um ano lá e outro cá. Não parece, mas hoje completa um ano da vinda do doutor pra cá.
- Vocês namoram? – Ana Júlia a questionou, fazendo Amélia ficar pálida.
- Não! – ela disse rapidamente – O doutor nunca namorou sério com ninguém que eu saiba – ela olhou pra Isabellaa – Deste a senhorita!
- Você sabe sobre nós dois? – ela perguntou incrédula.
- Sua mãe soltou algo na consulta. E eu perguntei ao Doutor, e ele me disse que foi no Ensino Médio, e isso é muito mais que eu devia saber, mas as outras enfermeiras dizem que viram à senhorita beijar ele outro dia aqui mesmo no hospital...
- Você fez isso?! – Ana Júlia disse a interrompendo.
- A deixa terminar! – Isabella disse.
- Bom. – Amélia continuou – Aí elas perceberam ontem quando sua mãe se internou, que a senhorita é casada, e não é com o Doutor, então tivemos a prova que o Doutor é mais safado do que imaginamos. – Ana Júlia riu.
- Imaginamos?! – Isabellaa disse segurando a risada.
- É. Ele é o mais novo de todos os médicos daqui. É bonito, charmoso, tem uns olhos maravilhosos, e tem bunda arrebitada. Todas as enfermeiras o xavecam, mas nenhuma conseguiu sequer um beijo dele. Ele é duro na queda! – Amélia encarou as duas – Não sei se devia ter contado isso a vocês?!
- Relaxa – Ana Júlia disse a olhando – Somos as melhores amigas dele, e aquela tem relações amorosas com ele alguns dias da semana! Se é que me entende! – Ana Júlia levantou a sobrancelha, e a Amélia encarou Isabella que sorriu sem graça.
- Você é sortuda! – Amélia disse.
- Eu preciso falar com... O que você faz aqui? – Rafael disse primeiramente para Amélia, e somente depois reparou que Isabella a e Ana Júlia estavam juntas.
- Hora do lanche! – Amélia disse.
- Eu preciso do relatório do quarto 304, 306,307 e a documentação de liberação do 203.
- Sim senhor! – ela disse o encarando.
- Agora Amélia! – Ela se levantou rapidamente e começou a correr para longe.
- Parabéns! – Ana Júlia disse alto.
- Não é meu aniversário! – Rafael disse.
- Eu sei que não é, mas é seu aniversário de um ano de volta a Los Angeles. Iupi!
- Ela bebeu alguma coisa? – Rafael perguntou a Isabella.
- Acho que isso é falta do Gui! Quantas horas você não o vê?
- Hum, que horas são?
- Sete da manhã! – Rafael respondeu.
- Sete horas que eu não o vejo! – Ana Júlia sorriu – Vou deixar vocês a sós!
Ana Júlia saiu deixando Rafael e Isabella a sós, na lanchonete lotada sem mesa sobrando.
- O que foi? – ela perguntou assim que ele se sentou a sua frente.
- Eu preciso que você tome conta da sua mãe. Eu darei alta pra ela, mas ela terá que fazer repouso por uma semana, e sei como ela é teimosa, e tenho medo que ela não siga as recomendações.
- Okay, eu vou cuidar dela.
- Ótimo. – ele sorriu – Como está?
- Como?
- Seu braço! Está melhor?
- Está sim! Obrigado pelo comprimidos, me ajudou muito.
- Você tem que fazer alguma coisa, ele não pode descontar a raiva em você.
- Não vamos falar sobre isso aqui tudo bem?
- O que você vai fazer hoje?
- Nada!
- Eu saio às três! – ele disse – Mas é claro que vou dormir até as sete da noite, e depois terei que ir a um bar pra uma comemoração que eu não queria.
- Está me convidando pra ir?
- Sim. – ele sorriu – Junto com Ana Júlia e Guilherme.
- Pra não desconfiarem?
- Acho que já desconfiam, a fofoca corre muito rápido aqui no hospital – ele riu.
- Uma semana? – Ana disse – Eu não posso ficar uma semana parada!
- Pode e vai! – Eriberto disse autoritário a esposa – Obrigado novamente Rafael!
- Não fiz nada mais do que meu dever!
- Parabéns! – Nina disse – Fiquei sabendo que terá festa em comemoração a seu 1° ano aqui no hospital. – ela disse sorrindo.
- Obrigado! – Rafael disse educado.
- Posso ir à festa? – Nina disse.
- Menina atrevida! – Eriberto disse e todos riram.
- Acho que não seria muito adequado. Será apenas médicos e enfermeiros tomando umas, e comentando sobre os pacientes. Posso te garantir que não será nada legal!
- Sendo assim, eu me desconvido! – Nina disse.
- Amélia, ajude a Dona Ana a se arrumar, e acompanhe-os até o carro.
- Sim senhor!
- Obrigado Rafa! – Ana disse – Eu não confiaria em nenhum outro pra fazer essa cirurgia. Você sempre foi minha única opção. E sempre será!
Isabella sorriu ao ouvir as palavras da mãe para Rafael, mas ambos sabia que havia um duplo sentido a essas palavras. Ela estava agradecida pela cirurgia, mas afirmara na frente da família inteira em mensagem subliminar que Rafael era seu genro preferido, sempre foi e sempre será. Mas apenas três pessoas, havia sacado a mensagem.
- Eu te amo Rafael Vitti! – ela disse completando, fazendo Amélia e Rafa rir, assim como Bella e Nina.
- Eu também a amo Dona Ana Santoni – ela encarou Eriberto – Com todo o respeito!
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