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História My Enemy, My Ally - Twenty;


Escrita por: Torix

Notas do Autor


Quem tá vivo sempre aparece \o/
Boa leitura~! (5K de novo, sorry T_T)

Capítulo 20 - Twenty;


Mirae balançou a cabeça, saindo daquele lugar em passos pesados. Não ousou responder nenhum dos convidados que a chamavam. Baekhyun imediatamente a seguiu até ver que ela realmente planejava deixar a propriedade.

– Me desculpa… – Ele disse repentinamente, fazendo-a congelar. – Eu… Eu tive medo. – Exalou. Mirae não ousou o encarar, sentia seu sangue ferver. Ela fora estúpida e confiou em Baekhyun novamente. Parece que não sabia aprender com seu passado e estava destinada à repetir constantemente seus erros. – Quando eu te encontrei… Eu me senti especial… O jeito como você me olhava era capaz de fazer um dia horrível se tornar… bom. Eu sabia como o script ia. Todas as garotas que me aproximavam eram apenas para chegar próximo de Chanyeol, mas lá estava você, bochechas coradas, um sorriso lindo… Eu queria ser egoísta só uma vez… – Engasgou com as palavras. – Eu… – Engoliu seco, sorrindo para ela, mesmo que não pudesse vê-lo. – Queria ter você só pra mim.. Eu achava que enquanto você não o conhecesse, não perceberia o perdedor que eu era… – Ela suspirou. Enquanto ele reunia os restos de coragem que lhe sobrava. – Eu nunca pensei em como isso poderia te afetar… Porque eu tava profundamente, perdidamente apaixonado por você… E… Eu ainda estou...

Ela finalmente se virou para encará-lo e ele sentiu o ar sendo sugado de seus pulmões. Como ela era linda. A Lua brilhava sobre eles, iluminando a pele branca e realçando sua beleza natural, o jeito como os fios do cabelo caramelo caíam sobre seus ombros, o batom vermelho que agora também estava nos lábios do moreno, seus olhos cor de avelã que estavam fixados nos seus.

Absorveu aquela cena para si.

Porque talvez fosse a última vez que a veria.

Com sorte, Baekhyun receberia seu convite de casamento. O lindo nome que ele tanto amava estaria estampado no papel em letras douradas ao lado de alguém realmente a merecia. O mancharia de lágrimas, uma guerra interna entre seu coração e sua cabeça divididos entre ir ou não ir.

– Eu parei de ser ‘eu’ no segundo ano… – Piscou, tentando dissipar as lágrimas. – Eu achei que agindo mais como Chanyeol, eu finalmente conseguiria sua atenção toda só pra mim. – Disse. Agora que as palavras saíam de sua boca, percebera o quão longe chegava sua estupidez. – Mas… Enquanto eu conseguia a atenção das garotas populares… Você só ficava mais distante de mim. E no final… Você foi embora… – Engoliu seco, olhando para cima, tentando impedir as lágrimas de cair.

– Você é um idiota. – Ela finalmente disse algo.  Ele riu soprado, aceitando seu destino. Havia agido como um completo idiota e sabia disso. Mas não seria um peso morto no agora passado dela, não mais. – Eu realmente gostava de você. – Ele engoliu seco. Gostava. Correu seus dedos longos e cobertos de band-aids pelos fios do seu cabelo, o encarando com olhos marejados. Se aproximou dele. Ele foi intoxicado pelo seu perfume. Nada excessivo. Era o cheiro doce de strawberry milk. – De você. Não de Chanyeol. – Mirae suspirou, dando um tapa no peito coberto pelo sobretudo. – Eu gostava de você. Do seu jeito tímido, do seu all-star vermelho, do seu óculos desajeitado, dos seus olhos cor de chocolate, da sua voz doce, do seu jeito gentil, Eu gostava de você, Byun Baekhyun.  

Baekhyun fechou os olhos, deixando as lágrimas caírem. Se ele não tivesse sido tão estúpido, eles poderiam ter tido um futuro. O passado das suas palavras doíam mais do que ele estava disposto a admitir.

– Eu sinto muito… – Sua voz falhou.

– Cala a boca.

Baekhyun engoliu seco. – Eu… Eu vou sumir da sua vida… Baekbom me ofereceu um cargo no Japão, eu não tinha pensado em aceitar, mas acho que vai ser o melhor para–

Antes que ele pudesse terminar sua despedida, foi interrompido pelos lábios da garota à sua frente. Suas mãos delicadas e gélidas estavam em suas bochechas. Congelou por um segundo antes de derreter sob o beijo. Fechou os olhos, a puxando para si e desfrutando do gosto da bala de menta que ela havia usado para mascarar o gosto de bebida.

Aquele beijo transmitia os sentimentos que não podiam ser colocados em meras palavras.

E nada esteve tão claro.
 

 ✖ ✖ ✖

 

Enquanto o mais novo casal acertava as contas no jardim, Chanyeol e Haera analisavam a situação da festa. Ele conseguiu roubar uma das garrafas do quarto de Baekhyun e os dois usaram a janela do sótão para escalar até o telhado. Com certeza não era ideia mais segura, mas ficariam escondidos de todos ali.

Se inclinou na ponta da calha e ajudou-a subir. Sentaram-se na parte mais alta, perto da chaminé, revezando os goles da bebida destilada com sabor de frutas vermelhas.

– Você acha que eles se acertaram? –  Ela perguntou, o devolvendo a garrafa. Chanyeol deu de ombros, tomando um longo gole.

– Depois de dez ano amando ela, desistir assim é meio idiota… –  Riram. Haera se espreguiçou, esticando os braços e fazendo um barulho fino, o que fez Chanyeol rir.

– É… Eu acho que sim. – Ela sorriu, acenando com a cabeça. Ele a encarou por alguns segundos antes de entregá-la a garrafa novamente. Tirou seu sobretudo e jogou por cima dos ombros pequenos da jovem com indiferença. Não disse uma palavra e pegou de volta a bebida. Tirou um cigarro do bolso e o colocou na boca para não ter que falar.

Haera riu soprado, segurando o tecido. Rolou os olhos com a atitude de ‘Cara frio’ e o puxou, colocando o braço do rapaz atrás de seu pescoço e aconchegando contra o seu corpo. Ele riu, a puxando para mais perto.

– Você devia ter colocado uma calça. – Ele comentou, a frase ficara mais difícil de entender com o cigarro entre seus lábios. Depois de acendê-lo devolveu o isqueiro para o bolso da calça. – Vai ficar gripada, de novo. – Disse, soprando a fumaça no ar frio da noite de outono. A Lua estava especialmente bonita e ele se perguntava se sempre fora assim ou ele estava bêbado. Talvez ambos.

Definitivamente ambos.

– Mas eu não exibiria minhas belíssimas pernas. – Haera disse, esticando a perna esquerda e a jogando por cima do rapaz. Ele deu um tapa em sua coxa, devolvendo o cigarro a sua boca.

– Vai valer a pena quando você tiver que voltar ao hospital? – Ela deu de ombros. – Quão longe você acha que o Baek foi com a Mirae? – Perguntou, genuinamente curioso.

– Se ele chegaram a consumar a coisa, ele provavelmente gozou em tipo três segundos… Há quanto tempo ele não tá esperando isso? Além do que, a Mirae é gostosa pra caralho. – Chanyeol riu alto, o cigarro quase escorregando de sua boca.

– Eu não posso discordar. – Haera se juntou à ele, rindo quase tão alto quanto. As gargalhadas se misturando.

– Nem dá pra acreditar… – Ela disse assim que os risos se acalmaram. Chanyeol arqueou a sobrancelha como para perguntar ‘o quê’. – Que esses dois acharam ‘amor verdadeiro’... Ah, estou com inveja. – Murmurou, rindo fraco. Havia um tom de verdade em sua brincadeira. Ao pensar que Mirae e Baekhyun tinham a mesma idade que ela e Chanyeol respectivamente a deixava um pouco depressiva. Mas ignorou o sentimento, deveria ficar feliz pela amiga.

O rapaz abaixou o olhar, a fumaça escapando por entre seus lábios e desaparecendo antes que ele pudesse prestar atenção. Não pôde deixar de notar o ar triste que a cercava, a coisa toda com Kai e a ‘amante’ havia acontecido há algumas semanas e agora Baekhyun e Mirae estariam felizes e apaixonados. Talvez ele deveria levá-la à praia ou algum lugar longe por um tempo.

Sem que notassem, horas já haviam se passado e com elas, a liberdade de poder ir embora. Nem precisaram se despedir de muitos dos convidados, umas vez que não se lembrariam de metade dos acontecimentos no dia seguinte. Os paparazzi, já cansados de tirar fotos vergonhosas das mesmas pessoas, foram embora algumas horas antes.

Baekhyun e Mirae não estavam em lugar nenhum, mas o rapaz havia assegurado que sua amiga estava sã e salva com várias fotos dela sentada na bancada da cozinha, provando o que ele estava cozinhando. E para registro, ela usava apenas um das camisetas do Girls Generation que Baekhyun tanto amava.

As ruas estavam extremamente calmas para a sorte dos dois. Um quarteirão antes da casa, Haera já havia removido seus sapatos e metade da maquiagem. Ao chegarem na garagem, ambos suspiraram aliviados.

– Eu não tô afim de cozinhar. Delivery? – Haera perguntou, tirando a jaqueta e a jogando em cima do sofá, Chanyeol estava logo atrás. Ele tirou os sapatos e jogou as chaves na mesa de centro.

– Mhm. Parece bom. Thai? – Ele perguntou de volta, pendurando ambos os casacos.

– Eu tava pensando em Japonesa. – Haera respondeu, fazendo bico.

– Uhh, que tal a gente pedir Dosiraks? – Sugeriu. Ela pensou por um segundo, concordando e murmurando um ‘boa’ antes de pegar o celular.

– Você pede? Eu vou me trocar. – Acenou com a cabeça, balançando as mãos e o dispensando. Depois de ligar para o restaurante, ela se desfez do resto da maquiagem e a segunda camada de roupa, ficando apenas com a camiseta, os shorts e a meia-calça.

Por volta de 30 minutos depois, a campainha tocou e ela sorriu, sentindo seu estômago antecipar a comida. Depois de pagar o entregador, levou as sacolas até a cozinha.

– Chanyeol! A comida chegou. – Gritou, retirando as caixas e as colocando sobre a bancada, tudo parecia impecável. – Chanyeol! – Chamou novamente e não conseguiu uma resposta. Suspirou e caminhou até a base da escada. – Chanyeol! Eu tô com fome! – Exclamou.

– Calma! – Ele gritou de volta, ela rolou os olhos. – Eu meio que fiz algo...

– Onde você tá?

– Banheiro. – Ele gritou de volta. Haera suspirou, subindo as escadas.

– Se isso for você me mostrando o tamanho do seu cocô de novo eu juro que vou te matar. – Resmungou nervosa. Chanyeol suspirou.

Ao entrar no quarto foi surpreendida por uma trilha de pétalas vermelhas espalhadas pelo carpete. Sorriu, as seguindo até o banheiro. As luzes estavam todas apagadas, as velas aromatizadas davam conta de iluminar apenas o suficiente para que pudesse identificar  Chanyeol de pé ao lado da banheira com um sorriso travesso em seus lábios. O cheiro de lavanda era evidente, era quase relaxante.

– O que é isso? – Ela perguntou, levemente com medo do que estava por vir. O rapaz rolou os olhos, estava mais do que óbvio o que ele havia feito.

– Eu te preparei um banho… Você parecia tensa. – Respondeu, caminhando até ela. – Eu usei um daqueles Bath Bombs que a minha mãe comprou. Haera estava genuinamente surpresa com o tanto de esforço que Chanyeol havia colocado em preparar a banheira, esperava que ele apenas tivesse ligado a torneira e torcido para que lembrasse de quando desligá-la.

– Okay… Eu vou ignorar o fato de você ter estragado minhas rosas, porque a intenção foi boa e eu preciso mesmo… – Chanyeol riu sem jeito ao lembrar-se do amontoado de restos de rosas no lixo. A ajudou a remover o resto das roupas, as colocando no cesto. Haera deixou que ele procedesse com seu ato, queria parar de pensar sobre o futuro por um momento.

Ele sorriu, pegando um elástico preto da bancada. Se concentrou, tentando lembrar o artigo da WikiHow que leu há dois minutos. Puxou os fios do cabelo solto com uma mão. Com dificuldade reuniu todos, ou quase todos. Haera riu baixinho. Amarrou o elástico ao redor da sua mão duas vezes e soltou, sorrindo orgulhoso com o rabo de cavalo que havia feito.

Ele a guiou até a banheira, até a levantou para que não precisasse de esforços. Haera sentiu a água quente relaxar seus músculos tensos, as pequenas bolhas faziam cócegas em sua pele. Fechou os olhos, suspirando.

– Mhm… está bom. – Murmurou. – Obrigada.

Chanyeol sorriu. A assistiu suspirar por um minuto antes de se virar, encostando a porta do banheiro. Desceu até a cozinha e olhou os recipientes em cima da bancada, o cheiro de comida fez seu estômago resmungar com antecipação. Pegou ambas caixas e voltou ao andar de cima. Haera ainda estava no banho, murmurava alguma canção enquanto brincava com a espuma.

Colocou a comida na pequena elevação de mármore escuro que cercava a banheira, teve que se livrar de algumas velas para fazer espaço.

– Eu ia literalmente te pedir pra me trazer a comida. – Ela comentou com um sorriso infantil, esticando os braços para pegar um par de hashis do rapaz para roubar um pedaço de frango. Gemeu em satisfação ao sentir o sabor familiar invadir seu paladar. – Como eu senti falta disso. – Comentou. Chanyeol franziu o cenho, se livrando de seu colete.

– Por quê? Não é como se você não pudesse comer… – Ele disse casualmente. Haera o encarou e ele arregalou os olhos. – Você não pode?!

– Eu tenho que ser super saudável pelo meu ‘filho’. – Fez aspas com os dedos. – Não aguento mais essas receitas da sua mãe… – Suspirou, enchendo a boca novamente. Chanyeol riu. Se lembrava de quando jogava futebol no ensino médio e sua mãe o encheu de vitaminas caseiras com vegetais demais para seu gosto. – E o pior é de tudo é que são refeições gigantes e super calóricas mesmo não tendo gosto de nada… – Choramingou.

Depois de se despir por completo, Chanyeol se juntou a Haera, tomando seu lugar atrás dela. Ao sentir seu corpo relaxar sob a água, sentiu-se ainda mais orgulhoso de sua proeza. Ela descansou contra seu peito, comida ainda em mãos.

– O que há com você hoje? Está tão dócil… – Comentou, rindo. Chanyeol arregalou os olhos ofendido.

– Eu sempre sou dócil. – Haera riu alto, pendendo a cabeça para trás e cobrindo a boca com o dorso da mão. – Não ri! – Exclamou, fazendo bico, o que a fez rir ainda mais. – Vou te dar motivo pra rir. Segurou sua cintura, correndo seus dedos pela pele sem dó. Haera pulou ao sentir cócegas.

– Eu vou derrubar comida! – Ela gritou, se contorcendo sob a maldade do mais velho. Chanyeol tirou a caixa de suas mãos, a colocando ao lado, junto a outra.

– Pronto, agora não vai derrubar mais. – Disse, pouco antes de atacá-la novamente. Haera tentou fugir, se jogando ao outro lado da banheira, mas foi em vão, os braços do rapaz eram compridos o suficiente para puxá-la de volta. Ela gritou entre risos nervosos. – Diz que eu sou gentil e doce! – Ele exclamou. Ela balançou a cabeça. – Diz.

– Não! – Exclamou. Chanyeol riu e correu seus dedos pelo pescoço desprotegido o que fez Haera gritar ainda mais alto e praticamente voar. Sabia muito bem que era seu ponto mais sensível. Ela se cobriu com suas mãos, o encarando com medo.

– Okay! Tudo bem, você venceu… Você é… – Suspirou. – Gentil e doce. – O rapaz abriu um grande sorriso assim que as palavras saíram de sua boca. Ela rolou os olhos, se sentindo derrotada. Ele esticou os braços para tocá-la, o que a fez se afastar mais ainda.

Chanyeol riu.

– Tem espuma no seu cabelo… – Comentou, se inclinando para remover a pequena bola branca com uma textura semelhante a como você imaginaria a consistência de uma nuvem. Haera torceu o nariz, cruzando os braços. – O que foi? – Ele perguntou, recuperando o pedaço de espuma com sucesso e o soprando.

– Eu não tava planejando lavar meu cabelo hoje, mas agora ele tá molhado. – Choramingou.

– É só secar. – Ele deu ombros. Haera fez bico. Ela se assemelhava muito à uma criança, uma criança prestes a chorar. Suspirou. – O que foi?

Ela se aproximou dele, desenhando pequenos círculos em seu peitoral desnudo com a ponta da unha pintada de vermelho. Tentou seu melhor para fazer uma ‘carinha de filhote abandonado’.

– Lava pra mim? – Chanyeol riu de escárnio, dispensando por completo a ideia. Haera choramingou. – Por favor? – Ele virou o rosto, tentando sobreviver ao raro aegyo de Kim Haera. Ela envolveu seus braços ao redor dele, pousando pequenos beijos sobre sua mandíbula. Ele fechou os olhos. – Oppa, por favor… – Fez bico, o encarando.

– Merda… Por você é tão fofa quando quer? – Ele xingou, finalmente a encarando. – Okay, eu lavo seu cabelo. – Suspirou. Haera riu animada, o beijando rapidamente e desfazendo o rabo de cavalo desajeitado.

Chanyeol se inclinou até alcançar o pequeno suporte com um total de dois shampoos e condicionadores, dois sabonetes e um pote meio-cheio de shower gel sabor cereja. Pegou o shampoo rosa pastel com flores delicadas que contrastava até demais com o de cor preta com palavras chamativas lendo ‘for men’. Despejou um pouco do líquido pegajoso rosado nas mãos e se virou para Haera.

Ela ficou de costas para ele, reclinando mais uma vez contra seu peito, um sorriso satisfeito brincava em seus lábios.

– Fecha os olhos. – Ele disse, aplicando o produto sobre as mechas. Notou como seu cabelo havia crescido desde a última vez que o lavou, há mais de um ano, quando havia apenas começado com suas novelas e queria uma cena picante mais ‘hidratada’ por assim dizer. Haera não concordou de primeira, ele teve que prometer a massagear, secar seu cabelo e ainda pintar suas unhas dos pés.

Enquanto ele massageava seu couro cabeludo com cuidado, ela cantarolava alguma canção nova de um boygroup aleatório que tinha debutado na semana. Seu tamborilar contra a beirada da banheira o fez rir soprado.

– Que música é essa? – Perguntou.

– Não lembro o nome… Acho que é de um grupo chamado EXO. – Ela murmurou ainda de olhos fechados. – Eles são bons para rookies.

– EXO? Que nome estranho.

– Por quê? Vem de EXOPlanet, de onde eles vieram. – Riu. – Eles têm esse conceito de aliens com super poderes, é muito engraçado… – Chanyeol rolou os olhos. – Além do que, eles são super bonitinhos. – Mimicou o jeito que ela falava, exagerando as expressões faciais por completo. – Para de debochar. – Ela disse e ele arregalou os olhos, checando se ela ainda estava de olhos fechados e para sua confusão, ela estava. – Sim, eu consigo sentir. Eu tenho um sexto sentido pras merdas que você faz. – Riu.

– Okay… Isso é meio que muito estranho… Você tomou os remédios que a minha mãe te deu? Quer que eu peça pra ela marcar um psiquiatra? – Ela deu um tapa em seu joelho debaixo d’água. Chanyeol rolou os olhos novamente.

Se esticou e pegou a mangueira, a ligando e testando a temperatura da água. Começou a se livrar da espuma, Haera ajudou, correndo os dedos pelos fios e os desembaraçando. Assim que boa parte do produto já havia saído, ela abriu os olhos.

O condicionador seguiu. Com as instruções dela, massageou com cuidado cada mecha por no mínimo 30 segundos antes de enxaguar.

– Sabe, você deveria pintar o cabelo.  – Ela parou seus movimentos por completo, se virando lentamente para encará-lo.

– Quê.

– Eu poderia arrumar outra marca de tinta… Sabe, pra mudar um pouco as coisas. Seu cabelo sempre foi castanho… E nossos pais iriam morrer do coração. – Haera fechou os olhos, suspirando.

– Primeiramente, não. – Levantou o dedo. – Segundamente, não. – O dedo do meio se juntou ao indicador. – E terceiramente, – Abaixou a mão, apenas para dar um leve tapa na cabeça do rapaz. – Não se pode pintar o cabelo quando grávida, idiota.

– Não é como se precisássemos avisar a todos… – Ele murmurou. Haera fechou os olhos, massageando a têmpora com um suspiro pesado, parecia realmente frustrada.

– Eu vou aparecer nas fotos com um cabelo de uma cor completamente diferente e eles não vão notar… Okay. – Ele sorriu desconcertado e ela suspirou novamente. – O que eu fiz pra merecer isso… – Chanyeol choramingou, a puxando para si.

– Você ficou tão sexy de Harley Quinn… Que é um desperdício acontecer só uma vez. – Ele puxou o cabelo molhado para o lado, plantando um beijo no vão de seu pescoço.

– Ah, é? – Perguntou. – O quanto você gostou?

– Quando você colocou aquela fantasia, eu usei todas as minhas forças pra não te jogar na cama… – Sussurrou, sua voz a fez sentir arrepios correndo da sua espinha até seu pescoço. – Te amarrar na cabeceira, te despir por completo e te deixar só de meia-calça e saltos, porque você fica tão sexy... – Haera mordeu o lábio inferior. Chanyeol tocou seus lábios. – Ver sua linda boca pintada de vermelho ao redor de mim. – Percorreu com a ponta de seus dedos de seus lábios até seus ombros. – E te fazer esquecer todas as palavras e só gritar meu nome a noite toda…

– Parece que você realmente queria isso… – Ela umedeceu os lábios, ele murmurou em concordância. Deixou uma trilha de beijos percorrendo desde aquele ponto sensível em seu pescoço até seu ombro. – Talvez… – Ela suspirou assim que suas mãos tocaram sua cintura, se virou. – Talvez devêssemos tornar sua fantasia realidade? – O encarou, mordendo o lábio inferior. Chanyeol parou por um momento.

Houve um minuto de total silêncio antes dele a atacar com seus lábios. Suas mãos não perderam tempo, a levantou, colocando-a em seu colo. Logo, já estavam contornando as curvas conhecidas até chegar nos glúteos. Deu um tapa, avermelhando a pele branca. Haera sorriu contra o beijo.

Desceu o beijo até chegar ao busto, mordendo o mamilo rígido – o que fez Haera puxá-lo para mais perto de si, o enterrando entre seus seios. Sua mão esquerda tratou de seu seio direito, pressionando o bico entre o polegar e o indicador enquanto sua língua circulava o mamilo esquerdo. Cada toque deixava para trás uma marca na jovem. Mas não é como se ela não gostasse.

Chanyeol correu o dedo por seu abdômen, podia sentir a pele saltar sob seu toque. Parou sobre sua intimidade, desenhando padrões aleatórios apenas para prolongar sua antecipação.

– Você tá tão sensível hoje… – Ele sussurrou contra a pele sensível. Haera mordeu seu lábio inferior pela vigésima vez na última hora e se removeu do colo do rapaz. Chanyeol franziu o cenho confuso. Mas entendeu uma vez que suas mãos se direcionaram a sua genitália. Sorriu, segurando seus braços para impedi-la. – Eu tava pensando em algo diferente hoje… – A beijou rapidamente. – Vem cá. – A puxou.

Logo, ela estava apoiada sobre a beirada da cerâmica, antecipando cada toque que estava por vir. Esperava que ele a penetrasse – não admitiria, mas a ideia daquela posição a excitava mais que o normal– o que explicava porque ficou surpresa quando ele não o fez. Invés disso, se inclinou. Não resistiu e a deu outra palmada, admirava o jeito que sua mão deixava uma marca vermelha na pele branca.

Mordeu o lábio inferior, traçando com a língua um caminho subindo de sua coxa até sua intimidade. Haera engoliu seco, fechando os olhos. Ele riu soprado com sua reação, sua respiração fazendo cócegas na área sensível.

Conforme ele subia, sua respiração ficava mais pesada, antecipando o que estava por vir. Marcou toda a extensão de suas coxas com chupões, deixando ali sua marca. Cansado de provocá-la, correu sua língua através dos nervos e a sentiu estremecer sob seu toque. Deslizou sua mão direita sobre a pele quente até chegar ao seu abdômen, descendo lenta e dolorosamente, um dígito pressionando seu clitóris quase repentinamente. Sorriu instantaneamente ao ouvir suas reações acanhadas.

Deu uma longa lambida para prolongar seu sofrimento antes de penetrá-la com a língua. Deixou que se recuperasse da brusquidão antes de começar a mover-se. Massageava seu clitóris ao mesmo ritmo de sua boca. Haera mordeu o lábio inferior, se apoiando sobre a beirada do mármore.

Ele fechou os olhos e aumentou seu ritmo, podia senti-la se estremecendo sob seu toque. Sabia que ela estava próxima de seu alívio, imediatamente se levantou, sem remover sua mão, apenas desacelerou. Com a outra mão, segurou sua cintura, a trazendo para si. Haera se apoiou contra o torso do rapaz, talvez, se não o fizesse, cairia.

Chanyeol sorriu com satisfação ao sentir as mãos dela cegamente percorrendo seu corpo, parou ao alcançar sua cabeça, entrelaçando seus dedos com os fios castanhos. Ele desceu seu dedo apenas para subi-lo novamente, voltando a massagear seu ponto mais sensível. Haera engoliu seco, um gemido escapando.

Seus gemidos serviam de incentivo. Ele acelerou seus movimentos a gradativamente, suas reações ficaram mais altas. Não pôde deixar de sorrir orgulhoso ao ver que conseguia deixá-la de tal maneira com apenas seus dedos. Logo, suas mãos soltaram seu cabelo, caindo lentamente para parar em seus lados, ela jogou a cabeça para trás, encostando no vão de seu pescoço. Sentiu seu estômago dar um nó e depois desatar-se, um arrepio subindo de suas costas até sua nuca.

Ele a segurou, sabendo como ficava depois um orgasmo. Desceu seus dedos, coletando sua umidade e a trazendo a seus próprios lábios. Teve uma prova concreta de que ela estava consumindo as dietas saudaveis de sua mãe em seu gosto, estava ainda mais doce que o usual. Talvez devesse fazê-la comer frutas com mais frequência.

Estava tão ocupado com seus pensamentos que não notou o sorriso maquiavélico nos lábios da garota. Ela moveu seu quadril só o suficiente para alinhar seu membro já rígido com seu intimidade. Chanyeol engoliu seco, colocando ambas as mãos em sua cintura, segurando firme para impedi-la de se mover ainda mais.

– Vamos apressar com isso… Eu não preciso de preliminares. – Ele sussurrou, a guiando de volta à beira da banheira. Haera se inclinou, antecipando aquilo mais do que nunca. O álcool fazia sua libido ir às nuvens.

Chanyeol acariciou seu membro algumas vezes. Para provocá-la, circulou sua entrada, o que arrancou de Haera um gemido de desaprovação.

– Vai logo. – Apressou, estalando a língua. Ele riu soprado, puxando-a pelos quadris para encaixar-se dentro dela. Haera cravou as unhas na pobre toalha jogada, arqueando as costas e murmurando profanidades desconexas, sentiu-se sendo preenchida.

Contornou com as mãos, suas curvas. Começou a se mover, fechando os olhos, se concentrando apenas na sensação de tê-la ao seu redor, pulsando contra seu membro. O barulho de peles se chocando e a movimentação da água preencheram o cômodo, ecoando contra os azulejos de cerâmica. Mais uma vez, lhe deu uma palmada, dessa vez, ganhando um gemido quebrado.

Não achava que podia ficar mais excitado.

Estava errado.

Quando Haera encostou sua cabeça contra a elevação de mármore, o encarando, sentiu algo se remexer em seus estômago. Seus olhos transmitiam a luxúria que tomava conta de seu corpo, sua boca entreaberta deixava escapar os gemidos, o cabelo que já havia começado a secar caía sobre seu rosto, dando-lhe uma aparência totalmente sexy.

E para pensar que era ele que estava causando aquilo. Gostava de enaltecer seu ego, pensando que seus ex-namorados nunca teriam o privilégio de admirar as expressões que ele podia.

Aumentou sua velocidade, se inclinando e plantando beijos em seu pescoço. A esse ponto, Haera era uma bagunça de palavras sem sentido e gemidos abafados. Com um sorriso travesso, parou por completo, podendo assistir a expressão de ‘abstinência’ estampada em seu rosto.

– Chanyeol… – Ela resmungou. Admitia que amava vê-la tão submissa, ainda mais sendo uma ocasião tão rara.  

– Mhm? O que você quer? – Traçou mais uma vez seus dedos sobre sua pele, desenhando padrões aleatórios e fazendo-a arrepiar-se.

– Chan… Por favor… – Sussurrou. Ele murmurou em aprovação, repetindo a questão em seguida. – ...Me fode… – Ele sorriu.

– Hae… – Beijou seu pescoço. – Geme pra mim… – Sussurrou contra sua pele, a penetrando novamente. Dessa vez, era mais acelerado e necessitado, suas estocadas eram desleixadas e rápidas. Haera contraia contra seu membro, sabia que ela estava perto e ele também estava.

O minuto seguinte foi preenchido com nomes exasperados e o barulho da água se movendo. Haera gritou seu nome pela última vez antes de sentir suas pernas tremerem, uma onda de prazer tomando conta de seu corpo. Foi seguida por Chanyeol, que se desfez dentro dela com um gemido baixo.

Ficaram ali por alguns segundos, se recuperando de seus altos antes de voltar à posição anterior. Por algum motivo, agora a temperatura parecia quente demais. Roubavam mordidas do dosirak abandonado e curtiam as bolhas que aos poucos desapareciam.

O ringtone de um telefone os fez suspirar. Haera encarou Chanyeol que por sua vez, a encarou de volta.

– Não é o meu. – Ele disse, levantando as mãos. Ela resmungou baixo, se levantando para deixar a banheira. Um palavrão baixo saiu de seus lábios ao ser atingida pela brisa noturna, o que Chanyeol rir.

– É o meu. – Suspirou, correndo os dedos pelos fios molhados. Secou as mãos em um toalha e o tirou da bancada, puxando o botão verde.

Haera-ssi? É Go Jang Mi da W Korea. Nos encontramos mês passado. – Haera limpou a garganta antes de responder.

– Ah, sim! Jang Mi-ssi, há quanto tempo. – Sorriu. Chanyeol se virou curioso.

Sim, estava com medo que não me reconhecesse. – Desabafou. – Queria te oferecer algo… O que você acha de ser Editora Chefe da W Korea? – Haera sentiu seu coração parar por um segundo. Arregalou os olhos, completamente atônita.

Lembrava de quando estava no primeiro ano do ensino médio e fez Minseok assinar todas suas revistas favoritas para que pudesse mandá-las para ela todo mês sem falta. Sonhava em algum dia trabalhar na produção de uma delas, e não ser apenas um rosto. Queria ter seu nome ao lado das outras pessoas que faziam aquilo acontecer.

– É claro que o pagamento não será dentro dos seus padrões, mas… Seria uma honra para nós tê-la na W Korea… Você trabalharia na seção de moda… Posso te passar os detalhes mais tarde se preferir.

Ela engoliu seco, escorando na bancada atrás de suporte. Chanyeol se levantou, a encarando.

– Hae, tudo bem? – Sussurrou.

Haera-ssi? Está aí? – Jang mi perguntou novamente, a acordando de seus devaneios.

– Sim! Sim, é.... Quando posso te encontrar? – Mascarou a animação em sua voz.

Amanhã, no mesmo café da última vez. Está bom para você?

– Claro. Te encontro amanhã. Tchau-tchau. – Se despediu, desligando a chamada. Ficou imóvel por um minuto inteiro, o que só trouxe mais preocupações para o rapaz.

– Haera? – Ela se virou para ele.

– Eu vou ser editora chefe na W Korea… – Disse fraco, o encarando. – Vou ser editora chefe na W Korea! – Repetiu, dessa vez bem mais alto antes de pular para um abraço. Chanyeol arregalou os olhos, sorrindo. A levantou do chão, beijando-a.

– Parabéns, editora-chefe. – Sussurrou. Haera ainda estava eufórica demais.

– Eu vou encontrar Go Jang Mi amanhã e ela vai me passar os detalhes. Estou tão feliz! – Sorriu largo, o encarando. Ele podia ver o brilho em seus olhos e o tom rosado em suas bochechas.

Chanyeol não pôde deixar de partilhar da felicidade da jovem à sua frente.


Notas Finais


Peço perdão pelos erros, eu tô exausta e nem consegui editar muita coisa... Deixando isso de lado,
MUITO OBRIGADA PELOS 170 FAVORITOS!!!
mal dá pra acreditar que tem tanta gente interessada nisso ><
Obrigada por ler <3 vocês são o mvp <3
Beijinhos >3<


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