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História My Enemy, My Ally - Four;


Escrita por: Torix

Notas do Autor


As vezes até eu me surpreendo com a minha habilidade de desaparecer >u<
enfim, aproveite~!

Capítulo 4 - Four;


— O quê?! - A frase de surpresa fora uníssona, fazendo Young Mi e Sunhee suspirarem. Os mais novos se entreolharam assustados, com certeza, outro carro rosa seria mil vezes melhor do que isso.

— Chanyeol-ah... Haera-yah... - Sunhee disse, olhando para sua filha e seu genro, uma expressão pidona estampava o rosto enrugado. — Faz dois anos desde o casamento... Está mais do que na hora de ter alguns pequeninos correndo pela casa. — A jovem rolou os olhos, soltando o ar aos poucos para se acalmar.

— Mãe, você tá louca?! — Haera exclamou. — Vá pedir netos a Minseok ou Jongdae, não à sua filha que só tem vinte e três anos. — Bagunçou os cabelo nervosa enquanto, Chanyeol não fazia nada além de concordar com a jovem e encarar sua mãe.

— Não fale assim com sua mãe, Haera! — Bangjoon disse nervoso enquanto Sunhee apenas suspirou e se sentou, correndo os dedos enrugados pelos cachos recém-pintados. Haera rolou os olhos internamente, conhecia sua mãe o suficiente para saber o que vinha pela frente: uma bela chantagem emocional.

— Tudo bem, Joon… Haera ainda é jovem… Não entende o que é não ter certeza se você vai viver o suficiente para conhecer seus netos… — Respondeu ao marido com uma voz trêmula que trouxe uma expressão triste ao rosto de todos na mesa, incluindo Chanyeol que entrou em pânico e correu para o lado da senhora.

— Mãe, a senhora quer um neto? — Ele perguntou e viu os olhos da sogra e de sua própria mãe acenderem com esperança, enquanto sua esposa suspirava.

— Chanyeollie… Não precisa se forçar… Essa velha aqui já viveu o que tinha pra viver. — Todos na mesa estavam completamente emocionados

— Chanyeol… Não. — Haera tentou impedí-lo, mas era tarde demais. Ele já havia sido capturado pelas habilidades de Sunhee.

— Você terá um neto. — Sunhee abraçou o genro com todas suas forças. Fora do campo de visão do rapaz, um sorriso travesso estampava os lábios rosados. — Eu prometo. — Chanyeol a tranquilizou. Young Mi correu para abraçar seu filho que estava comovido demais com o pensamento da morte da sogra para processar o que havia acabado de dizer. Uma atmosfera comemorativa caiu sob a sala de jantar da casa, até os pequenos que não entendiam muito bem o que estava acontecendo sorriram entre si. Enquanto Haera, que era a única pessoa sã naquele ambiente — de acordo com ela mesma, claro. — suspirava pesadamente, tentando se acalmar e não estrangular Chanyeol na frente das crianças e expô-las tão cedo ao ambiente violento que as reuniões familiares criavam.

— Você gravou isso, Kyungminnie? - Young Mi questionou o menino que muito ocupado mastigando para falar, apenas levantou o polegar em sinal de positivo. Chanyeol franziu as sobrancelhas e levantou a cabeça, olhando o sobrinho que sorria com uma broa entre os dentes. — Que bom que você prometeu, filho. Agora temos algo para cobrar caso você não cumpra sua promessa. - O sorriso do jovem caiu no mesmo momento. – Se Haera não estiver grávida quando voltarem de Adelaide, seus bens estarão congelados até que me entregue um teste positivo. Ouviu bem?

— O quê…?! — Chanyeol se levantou, estava completamente surpreso. Não esperava que tudo fosse apenas um ato para que ele acabasse fazendo o que queriam. Olhou para Haera na esperança de que ela pudesse salvá-lo, a jovem apenas negou com a cabeça, levantando suas mãos e dando de ombros.

— Não olhe pra mim. Eu tentei te impedir.

— Como eu ia saber?! — Contra argumentou. Todos ao redor encararam Haera para saber sua resposta.

— Minha mãe é uma chantagista! Onde você acha que eu aprendi a ser assim? — Rebateu, cruzando os braços sobre o peito, encarando Chanyeol com uma expressão que lia ‘Eu te avisei’. A família agora virou sua atenção a Chanyeol para acompanhar a discussão.

— Não é minha culpa se não sou insensível que nem você! — Ele gritou nervoso. Young Mi arregalou os olhos, cobrindo a boca com sua mão, nunca havia presenciado uma briga entre o casal. Na verdade, nenhum membro de ambas famílias sabiam sobre as frequentes brigas, achavam que Chanyeol e Haera cultivavam um certo amor um pelo outro. Cheolmin resolveu apartar a briga, mesmo que provavelmente acabaria sendo acertado por algo no final.

— Olha, crianças, o importante é que vocês prometeram… Haera, pensa na sua mãe. — Tentou convencer a jovem que rolou os olhos e suspirou. Havia crescido naquele ambiente de constantes chantagens emocionais, era imune à isso.

— Haera-yah… — Sunhee começou, mas sua filha não teve paciência de deixá-la terminar. Pegou seu celular, sua bolsa e se dirigiu a porta em passos pesados.

— Vocês que arrumem uma garota aleatória pra parir o filho dele, porque eu não prometi nada. — Anunciou, os olhos escuros caíram sobre Chanyeol e o rapaz engoliu em seco. – E eu não sou insensível. Eu penso com o meu cérebro e não com o meu coração. Tenta fazer isso um dia desses. – Sugeriu ao rapaz e todos assistiram atônitos a jovem batendo a porta de frente com força. Ninguém teve coragem de falar nada até que ouviram o barulho de seu carro vindo da garagem. Minseok foi o único que se levantou. Mais uma vez, todos assistiram enquanto ele correu para alcançar a irmã mais nova.

Antes que ela pudesse protestar ou até mesmo atropelá-lo, Minseok entrou no carro, sentando-se no banco do carona e apertando o cinto o máximo que podia. — Sabia muito bem o tipo de motorista irresponsável que a irmã era. Haera o encarou, gesticulando para que saísse do carro.

— Não vou sair. — O rapaz não moveu um milímetro e cruzou os braços, tentando não olhar nos olhos da jovem que poderia matar qualquer um apenas com a fúria que rodeava as íris negras.

Com um suspiro que anunciava sua derrota, Haera deu a partida no carro e acelerou o máximo que conseguia sem ser multada. Minseok arregalou os olhos, segurando a pequena alça que se encontrava acima de sua janela com todas suas forças. Logo, já estavam bem longe do bairro residencial e calmo onde Haera morava. Mesmo que não fosse minimamente seguro dirigir em uma velocidade tão alta no meio da metrópole, Haera precisava daquele momento de pura adrenalina para esquecer o que havia acabado de acontecer. Não queria lembrar da expressão de Chanyeol ou do sorriso vitorioso da namorada de Kai quando deixou sua casa naquela manhã.

— Haera-yah… — Minseok começou. A jovem balançou a cabeça segurando firmemente no volante enquanto acelerava ainda mais.

— Agora não, Min… — Não queria ouvir um sermão de seu irmão agora. Haera nunca fora tão lerda como Chanyeol, sabia da importância de um herdeiro para as empresas Kim&Park e como o anúncio de uma possível gravidez iria trazer toda a atenção para as famílias e consequentemente, inúmeras ofertas. Mas não queria dar adeus à sua juventude, especialmente não agora.

Kai havia despertado nela o desejo de construir uma família e se estabelecer em uma casa pequena, beira mar onde todos os dias acordariam ao som das ondas quebrando contra as rochas. Onde suas crianças iriam pegar conchinhas, fazer pequenos colares desajeitados e correr até a cozinha para os exibir orgulhosamente aos pais. Kai era especial. Trazia à tona o que havia de bom nela, trazia de volta a jovem Haera que sonhava em casar com sua alma gêmea e não a Haera que havia aceitado seu destino como herdeira de uma multinacional e moeda de troca de seus pais. E tudo havia vindo à ruínas em um piscar de olhos. Não amava Chanyeol. Não queria deixar de lado toda sua juventude cheia de festas noturnas e bebidas para ter uma família com ele. Não queria contar aos seus filhos que Papai não iria vir para casa porque estava com outra. Não queria que seus filhos crescessem em um lar sem amor.

— Eu sei… Eu sei o porquê a mãe falou aquilo, sei muito bem. Mas, Min, só tenho vinte e três anos… — Começou, virando o volante para estacionar o carro e umedecendo os lábios que haviam perdido a cor avermelhada de seu batom algumas mordidas atrás.. — Eu preciso de um tempo sozinha, ok? Não sei se vou voltar essa noite… Mas meu celular vai ficar ligado. – Minseok suspirou, encarando a jovem que destrancou as portas. — Eu já te chamei um táxi. Volta lá, dê as notícias à mãe e leva as crianças pra tomar sorvete, Minji tirou dez em Literatura essa semana, ela merece.

Com um sorriso fraco, Minseok bagunçou os cabelos agora rebeldes da jovem e desfez seu cinto. Amava seus pais e entendia o porquê queriam tanto que Haera e Chanyeol tivessem um filho, mas acima de tudo, compreendia a posição da caçula. Já esteve no mesmo lugar e não conseguia imaginar o quão difícil aquilo era para ela enfrentar tudo sozinha. Na sua época, tinha Jongdae como reforço e os dois ficavam jogando a culpa um no outro até seus pais desistirem, mas a diferença de idade dos três era grande demais para que ela pudesse usufruir de seus irmãos. Haera o assistiu sair do carro e entrar no táxi que ela havia chamado. Esperou o carro desaparecer na esquina para colocar seus óculos escuros e acelerar novamente.

Aos poucos, o cenário urbano ficou para trás, com um toque na tela touch-screen já estava ligando para a pessoa mais próxima de ser sua melhor amiga, pelo menos na Coréia. A voz feminina arrastada a animou da maneira que estava precisando.

— Yah! Você não está em um daqueles jantares chatos, garota? — Haera sorriu. Podia ouvir o barulho abafado da música no fundo junto da vozes animadas e claramente embriagadas.

— Me livrei mais cedo. Prepara um copo pra mim que eu tô chegando! — Desligou e acelerou, deixando o vento bagunçar ainda mais os cabelos no qual havia trabalhado tanto em fazer minimamente apresentáveis para o jantar. Não demorou muito para chegar à boate reclusa naquela velocidade. Estacionou rapidamente e com precisão suficiente para deixar o valet boquiaberto.

Ao entrar, encontrou suas amigas virando uma garrafa. Um sorriso estampou os lábios vermelhos recém-retocados enquanto corria até o grupo. Fora recebida com um grito animado e diversos abraços com cheiro de colônia — não eram as baratas das quais odiava, mas também não eram as absurdamente caras que tinha. Estavam mais ou menos entre os dois e isso era perfeito para manter uma amizade.

Logo, Haera já tinha um copo entre os dedos delicados e álcool percorrendo todo seu sistema. Algum momento entre a terceira e a quarta dose, invadiu a pista de dança. Tentando seu melhor para se mover dentre o ritmo de algumas das músicas do Jay Park. Podia sentir olhos grudados em seu corpo, um sorriso travesso tomou seus lábios enquanto rebolava na pista quase vazia. Percebendo o show, algumas pessoas haviam deixado a pista para dar mais espaço à Haera. Suas amigas se juntaram à ela, claramente tão embriagadas e descuidadas quanto a jovem, entre goles desajeitados e pisões acidentais nos pés, Haera riu sinceramente. Sentiu um peso deixando seus ombros, podia ser ela mesma, poderia se descontrolar e dançar o quanto quisesse que ninguém ligaria. Dariam pequenos risos e apontariam o quanto a juventude dos dias atuais é diferente, mas era essa a palavra-chave: juventude.

Não queria se comportar como seus irmãos, sabia como ser pai tão jovem havia mudado Minseok e não queria o mesmo nem em um milhão de anos. O rapaz havia desistido de seus treinos de futebol para olhar Jungmin — mesmo que seus pais tivessem oferecido uma babá — apenas para que HeeJin ser capaz de estudar e fazer sua tão sonhada faculdade. O casal se manteve firme pois se amavam. Haera sabia que Chanyeol e ela tinham um laço que não era nem um milímetro próximo ao de seu irmão e cunhada. Era muito mais próximo de ódio do que de amor.

– Haera-yah! – Uma das jovens que já estava muito mais embriagada do que havia planejado gritou sobre a música alta. Haera se virou, sugando através do canudo pink seu coquetel favorito. – Tem um cara bem gatinho que tá te olhando daquele jeito desde que você chegou. E ele pediu seu número pro Yeong-min. – Assim que processou a frase, a garota deixou o canudo escorregar lentamente de volta à taça e negou com a cabeça.

– Ah, hoje eu não tô afim, Sora. – Explicou. Sua amiga suspirou, havia acompanhado o casamento de perto e podia ver o número de encontros casuais de Haera lentamente caindo de números. Conseguia entender o porquê. Se fosse casada com Park Chanyeol também não conseguiria aceitar qualquer coisa, mas mesmo assim, ele não a amava e suas noites de sexta continuavam entediantes. Por que não ter um pouco de diversão? Ao receber um olhar de desaprovação de Sora, Haera suspirou e a entregou seu drinque. – Lembra do Kai? – Tomando um gole da bebida suavemente adocicada, acenou que sim com a cabeça. – Terminamos hoje, ele tinha outra.

O líquido saiu como em um jato dos lábios da garota que se encontrava em estado de choque direto para o rosto de sua amiga. Haera deu de ombros, tirando da bolsa um lenço para limpar a bagunça em seu rosto.

– Como assim?! Me dá o endereço que eu vou arrancar o pinto desse filho da puta. – Proferiu as palavras com punhos cerrados e uma expressão de dar medo em qualquer um. Haera riu fraco, e a deu uma batidinha amigável nos ombros.

– Eu vou dispensá-lo. – Anunciou. Caminhando até o bar onde um rapaz de altura mediana com cabelos loiros platinados estava degustando seu drinque de sakê e licores coloridos. – Oi. – Cumprimentou enquanto se sentava no banco ao lado dele. Ele sorriu sem jeito, coçando a nuca.

– Oi.

– Uma água, por favor. – Disse ao bartender que logo se virou para pegar a garrafa lacrada, – Yeong-min me contou sobre mais cedo… Olha você é um amor, mas eu sou casada. – Levantou a mão no ar, exibindo o anel que brilhava sob as luzes. Era realmente uma peça invejavelmente linda. E que era muito conveniente quando ela queria dispensar caras chatos. O rapaz arregalou os olhos, negando com a cabeça.

– Não é assim! Eu juro! Eu… Eu… – Gaguejou. Suas bochechas haviam assumido um tom avermelhado. Haera riu soprado, abrindo a garrafa de água.

– Relaxa, ele não é bravo. – Assegurou. Não queria assustá-lo daquele jeito. Especialmente quando se tratava de um rapaz tão atraente como este que piscava várias vezes para tentar se acalmar e explicar. Talvez, se Chanyeol acabasse indo para a cadeia ou acabasse saindo do armário para a família toda e pedisse um divórcio, ela cogitaria ficar com o ele.

— Você não tá me entendendo. — Disse com um suspiro. — Eu gosto é de piroca. — Haera engasgou com sua água, deixando-a sair como em um jato na cara do bartender que encarava o pobre garoto com nojo. O rapaz a ajudou de bom grado, dando leves tapas em suas costas até que a jovem se acalmasse. — Essa foi a melhor reação que eu recebi até agora. — Ele riu enquanto pegava um guardanapo para a jovem que sorriu desconcertada. — Posso saber seu nome?

— Haera. — Introduziu, estendendo sua mão para cumprimentá-lo. O rapaz sorriu e plantou um beijo na mão da jovem.

— Luhan. – O nome familiar trouxe um suspiro de surpresa aos lábios da garota que piscava para processar a informação.

– Você… Oh, meu Deus! Eu admiro muito seu trabalho! – Exclamou, pulando como uma tiete enlouquecida. – O que era muito próximo da realidade.

– Fico feliz que você goste. – Sorriu docilmente. Haera franziu suas sobrancelhas, não conseguindo ouvi-lo através da música alta que ecoava sobre o clube.

– Não consigo te ouvir! – Exclamou, alto o suficiente para que ele entendesse e sorrisse, colocando seu copo agora vazio na bancada e inclinando para sussurrar em seu ouvido.

Uma pena para ela que apenas alguns metros de distância, Baekhyun, levemente bêbado, mas ainda parcialmente consciente arregalou os olhos ao ver a cena. Os dedos descoordenados rapidamente tiraram o celular levemente arranhado do bolso da calça jeans e discaram o número do melhor amigo.

O rapaz mesmo que embriagado, sendo o bom amigo que era, acompanhou a dupla que trocava sorrisos enquanto deixava o lugar lotado. Murmurando um “Tô vazando” arrastado, Baekhyun irresponsavelmente pegou as chaves de seu carro e seguiu a quase cunhada.

Luhan fora um verdadeiro cavalheiro, abriu a porta para ela, apertou seu cinto do carro e até ajustou a temperatura do ar condicionado a seu gosto, o pacote completo. Durante o caminho até seu loft na parte suburbana da cidade, Haera não parava de pensar em como havia sido sortuda de encontrá-lo justamente na única reunião que não planejava ir.

Uma vez que haviam adentrado o prédio, o porteiro os cumprimentou com um sorriso cansado e entregou a Luhan um pacote que havia chegado em sua ausência. O jovem sorriu e assinou o papel antes de acompanhar Haera até o elevador.

O que nenhum dos dois esperavam era que além de Baekhyun, uma quarta presença se encontrava a alguns metros de distância. Um paparazzi curioso que estava disposto a arruinar a vida de Haera


Notas Finais


demorei mais do que eu esperava.. e_e
peço perdão pelo vacilo <(_ _*)>
enfim, o que vocês acham que a Haera foi fazer na casa do Luhan? OwO
E quem será esse paparazzi?
Tudo será descoberto logo, mas eu amo suas teorias SUHAUSHASHAU
por favor, deixem um comentário~!
kisses ( ˘ ³˘)♥
xiu soon~


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