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História My Fair Lady - Madrugada


Escrita por: UchihaSpears

Capítulo 11 - Madrugada


Por Sakura;

 

Eram férias e eu estava em Malta curtindo os últimos dias do verão. Eu tinha acabado de me graduar em enfermagem e estava cheia de planos. Estava no Britannia, navio que pertence à família real. O calor do mediterrâneo e suas águas refrescantes, eu ainda não era Rainha.

— Andei pensando — estava admirando o mar da proa do navio. — Como me formei, eu pensei que agora eu posso ficar na enfermagem da Marinha Real de vez. — falei para Kakashi que estava ao meu lado. — Eles vão em missão para as Filipinas mês que vem e eu irei.

— Não será apressado?

— Não, está tudo pensado Kakashi. Informarei ao meu pai que irei em missão e que... — olhei para o mar, aquela água verde cintilante. — E que recusarei o noivado com o Sabaku, eu não quero me casar com ele e creio que ele muito menos. Eu não estou na idade média ou vitoriana, eu me casarei com eu que bem pretender.

— Acha que é o melhor?

 —Sim, eu não vou assumir esse fardo da monarquia agora, eu tenho um bom tempo pela frente. Eu vou seguir com a minha vida. — Retirei minha canga e desci as escadas da lancha que estava ancorada na costa, seria um ótimo mergulho.

Tudo estava perfeito, meus planos estavam bem encaminhados e não teria falhas. Passei alguns minutos na água e percebi que tinha alguns paparazzi tirando fotos ao longe, esses não descansam.

Um mergulho... Eu fui como Princesa.

— Vossa Alteza. — Shizune acena para mim. — Suba logo por favor, tenho notícias de Londres.

Meus momentos de felicidade nunca duram muito tempo, sempre fizeram questão de serem passageiros.

— O que houve? — Subi e Anko me deu uma toalha. Percebi que tinha algo acontecendo, notei pelas faces dos presentes.

— O rei, seu pai acabou de falecer, teve um ataque cardíaco mais cedo, porém não conseguiram.

Eu senti meu mundo cair...

— O rei está morto. — Anko disse chorando. Meu mundo girava como uma dança de ballet, uma triste música.

Vi Anko se ajoelhando, Shizune e por fim o Kakashi. — Você é a nova Rainha do Reino Unido, Princesa Sakura.

E emergi como Rainha daquele mergulho.

 

 

[...]

 

Por que ele teve que ir? — me encosto-me à porta do meu quarto. — Por quê? —resmungo para mim mesma.

Se ele soubesse o tanto que eu desejei vê-lo. Talvez o nosso nível de amizade esteja em outro nível.

Amanheci com uma crise de gastrite, infelizmente sofro desse mal. O que cultivei plantei, essa é a verdade.

Passei a manhã toda com uma queimação na garganta irritante e sem falar do enjôo desproporcional. Distúrbios estomacais são os piores possíveis e eles conseguem me derrubar como uma pessoa qualquer. Para essa doença não importa se você é a Rainha ou a moça que vende pães em uma padaria. Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria me cuidado e não estaria nessa péssima situação.

Entro no meu quarto e Gaara está dormindo virado para o outro lado. Esse não é o casamento que quis e muito menos desejei. Isso é uma prisão. Hoje já fui humilhada por ele.

“Outro problema Sakura? Um dia bem e outros três doente.”

Ódio. Minha vontade é simplesmente sufocá-lo com esse travesseiro. Precisaria.

Eu tentei, eu tentei gostar dele, eu tentei sentir afeição, mas quanto mais me aproximava mais ele me tratava de modo arisco e mais me causava revolta.

Meu dia começou já daqueles. Shizune fez questão de cancelar todos os compromissos e ficou ao meu lado, Guren também estava, mas ela passou mal, um súbito enjôo, que me deixou um pouco preocupada.

Liberei Shizune e terminei de ler o meu livro do Tolstoy. Quando o livro conseguiu tocar exatamente com seus sentimentos e retratando cada passo de sua vida. Encantei-me por esse romance russo, menos o final tão triste.

Me sinto como ela, meus sentimentos são compartilhados.

Depois de ler, eu li alguns documentos oficiais e tive raiva por ler relatos do parlamento. Ontem eu consegui uma aliada de peso, Senju Tsunade e a convenci a entrar na disputa para Primeira-Ministra, seu perfil cai muito bem. Antes ela ao palermo inepto do meu cunhado.

Meu dia foi cansativo, mesmo sem eu fazer nada e talvez tenha sido isso: não fiz nada.

 

Fiquei escondida entre a brecha da cortina olhando o movimento exterior e céus, como eu queria poder sair daqui e quem sabe andar pela cidade novamente na garupa dele, dele.

Só de pensar nele esbocei um sorriso bobo e me fez esquecer um pouco de minhas raivas. Eu pensei nele.

Tão perto, mas tão longe.

Eu queria vê-lo, eu queria conversar e tudo mais. Ele não me trata como uma Rainha me paparicando, não, ele é real comigo. Sem falar que é maravilhoso.

Se ele soubesse que planejei toda minha uma tarde um meio de encontrá-lo.

Esperei Gaara ir dormir e resolvi sair do quarto. É angustiante você não ter liberdade em sua própria casa. Gaara se revira e eu o empurro, sei que ele não irá acordar.

Eu decidi ir procurá-lo.

Eu não sei o que sinto, mas penso que compartilho aqueles sentimentos malucos de garotas do colegial quando gostam de alguém, eu gosto dele como um amigo e a sua companhia me faz tão bem.

Eu não poderia ir simplesmente ao quarto dele.

Desci como um fugitiva condenada fugindo de sua prisão, primeiramente fui à cozinha e fiquei um tempo por lá. Ele tinha comentando que às vezes vem fazer um lanche da madrugada. Não veio.

Voltei ao corredor do meu quarto caso alguém viesse.

Eu precisava falar com ele mesmo que fosse só um “boa noite”. Medidas drásticas. Caminhei até o seu quarto. Pelo caminho fui inventando mil desculpas mirabolantes em minha cabeça se fosse pega. A porta do seu quarto estava aberta e ele não estava. Cozinha!

 

Cada passo que dava em direção à cozinha parecia uma longa caminhada, sentia minha barriga em efervescência, minhas pernas tremeram um pouco, tudo pela expectativa de vê-lo.

Posso compreender perfeitamente como a Anna Karenina se sentia ao encontrar o seu amante Vronsky, interpreto bem seu estado de euforia e libertação ao vê-lo, é maior do que qualquer coisa.

Estou em um estado de gozo por enfim encontrá-lo. Lá estava ele olhando algo na geladeira.

Estouraria uma champagne francesa do século passado só por essa se sensação.

Curta sensação.

Desligo o abajur e puxo minhas cobertas.

Talvez meu estado de espírito e o meu condicional psicológico abalado, eu tenha criado uma necessidade fruto de minha carência e depositei sobre ele.

Sasuke.

 

                                                          [...]

 

Ainda não levantei da cama. Gaara está ao meu lado e pega seu tablet para ler alguma notícia.

— Bom dia. — ele diz e quase não me olha, nem me preocupo em respondê-lo. — Alguma atividade hoje?

— Sim. — sonhei com ele, não foi nada demais.

— Merda!  — Gaara atira seu aparelho na cama com força, eu o olho assustada e ele pula da cama e vai ao banheiro. Alguns minutos depois ele vai até o closet e escolhe uma pareia de roupa.

— O que houve? — pergunto.

— Senju Tsunade acabou de se candidatar ao cargo de Premier. — diz ele com cara de poucos amigos e eu finjo surpresa.

Estou abrindo uma champanhe em meu interior. — Ouch.

 

                                              [...]

 

— O tempo está frio. — Shizune me mostra dois sobretudos. — Verde oliva ou esse gelo?

— O verde. — estou empolgada lendo a notícia da manhã. — Guren, gostaria de botas hoje. — ela assentiu. — Algum acontecimento ou fofoca pelo palácio esses dias? — gosto de me manter informada sobre o que acontece por aqui, no entanto tenho a convicção que muitos fatos não são revelados.

— Nenhum. — diz Shizune, ela me engana. Essa ama me manter em um aquário. Olho Guren e percebi que ela e Shizune trocaram olhares.

— Algo? — persuado as duas.

— Na verdade tem. — fala Guren e tem toda minha atenção.

— Pelos céus Guren. — Shizune definitivamente me escondendo algo e a reprovo com um olhar.

— Sua tia Mei, ela está pensando que é a senhoria desse palácio e vem causando certo desconforto entre os funcionários. Vive dizendo que essa é a casa dela.

— De fato ela nasceu aqui e passou boa parte de sua juventude, mas o cenário mudou, a Rainha abdicou para o meu pai e já sabem o ocorrido. Quantos dias ela já está aqui, Shizune?

— Vinte e um dias completados hoje, miLady.

— Irei falar com ela e desde já desculpas pelo infortúnio, sabem que não compactuo com essas atitudes.

— Grata MiLady. — Elas dizem em uníssono.

— Essa blusa poderia ter um pouco de decote. — visto minha blusa azul marinho e coloco o sobretudo, porém o deixo aberto.

— Você é uma Rainha e não uma cantora pop vulgar.

— Ora, quanto preconceito Shizune e não sei se você viu os retratos das antigas monarcas e elas exibiam seus vastos colos.

— Outros tempos.

 

[...]

 

 No fim das contas, mesmo sem eu querer, Shizune me deu uma aula sobre moda e dos séculos passados e sem falar no argumento de sempre: Suas roupas são seletivamente escolhidas por uma equipe, você sabe o quão trabalhoso isso é?

Tem uma equipe de doze pessoas que escolhem meu modelito do dia. Sim, eles até estudam o tempo para decidir que tipo de roupa usarei.

Desnecessário, sim.

 Caminhamos juntas para a saída do palácio. — Shizune? — tenho algo para perguntar e talvez não sei se ela é a pessoa mais indicada, contudo não custa tentar. — Já amou alguém?

Parece que a pego de surpresa. — Amei alguém, tem um tempo. Por quê?

— Queria saber o que se sente quando tal sentimento aparece. Verdadeiros e não aqueles de filmes ou livros. Quer dissertar?

— Hm, tem diferenças entre gostar, apaixonar e amar. — a olho curiosa. — Gostar de alguém significa que você quer ficar com aquela pessoa, mas ao mesmo tempo, você está disposta para um leque de possibilidades, é um leque de possibilidades.

—Apaixonar?

—Essa fase é incontrolável, você descobre que há um algo naquela pessoa. — ela sorri. — É irracional e bom, é sentir ao toque daquela pessoa e mergulhar em intensidades, é entregar-se sem ter medo do que vem. É o famoso agir por impulso. — ela parece lembrar-se de algo pessoal. — E por fim o amor, amar alguém é quando tem a certeza que aquela é a pessoa, tem aquela frase famosa: Amar alguém é viver o presente, absorver o melhor do passado e planejar o futuro. Quando se ama alguém, você pode ter várias escolhas, mas sabe que não irá escolher nenhuma delas, pois já tem a sua ao seu lado.

Pondero sobre cada palavra dita por ela enquanto desço as escadas e lá está ele.

Lembro da cena do filme Titanic, onde o Jack está esperando pela Rose e eis que ela surge fabulosa na escada e ele a olha e seus olhos brilham, sinto o mesmo. Ele me olha quase do mesmo modo, ou é produto de minha cabeça?

— MiLady. — ele me cumprimenta e em seguida a Shizune.

O que eu sinto sobre ele?

Gosto?

— O evento hoje é numa ala infantil, lembra-se do evento que foi há uns dois meses, a festa do chá de Madame Lockser. — anuo. — Com o dinheiro arrecadado eles construíram uma ala para filantropia.

— Certo.

                                              [...]

 

Não me agrada esses eventos que tenho que lidar com crianças e mais recém-nascidas. Não, eu não odeio crianças, pelo contrário, eu amo crianças. Entretanto, esse tipo de evento é um prato cheio para minha paciência ir embora graças aos adultos. Não podem me ver ao lado de uma criança e eles me perguntam ou mandam indiretas sobre minha futura maternidade. Eu quero ser mãe futuramente, porém não vejo o Gaara como pai de meus filhos.

Seguro uma recém-nascida em meus braços, ela é tão linda que tenho vontade de morder suas bochechas e levá-la para mim. Percebo que meu segurança está me olhando e eu sorrio discretamente.

Sasuke é um homem indiscutivelmente lindo, sua prole será abastada de beleza.

 Depois do meu discurso totalmente decorado, por sinal. O coquetel foi servido aos presentes no local, peguei um de frutas cítricas e sem álcool. Tem coquetéis aqui com pouco teor de álcool, mas fui vetada.

Deve ter uns cinco anos que eu enchi a cara e estava na faculdade. Hm, teve um porre de vinho em um noivado. Ressaca horrível.

O furor que causo nas pessoas passou, os presentes já se acostumaram com a minha presença no recinto. Me afasto e resolvo explorar um pouco do local e minha sombra de um e noventa aparece. — Seu coquetel tem álcool?  — vejo seu copo pela metade.

— Estou no meu horário de trabalho. — demonstro uma tristeza. Esse homem tem que ser tão correto?

Caminhamos pelos corredores e encontramos o berçário, dou o último gole no meu gostoso, porém nada alcoólico coquetel. Paro para observar aquelas lindas criaturas. — Tem filhos? — é ótimo falar com alguém diretamente e sem usar toda educação.

— Não. — ele está observando os bebês pelo vidro.

— Pare de ser monossilábico, Sasuke. — bato com o meu cotovelo nele. — Responda como um humano e não um robô.

— Hm, eu não tenho filhos, que eu saiba. — franzo meu cenho.

— Se passando por bom moço, mas no fundo é um conquistador, mulherengo.

— Não. — pigarreio. — Eu não sou um conquistador e muito menos mulherengo, Sakura. — sinto uma pontada em meu coração. — E pretendo sim ter filhos futuramente. — um fotógrafo estava tirando fotos de nós.

— Acho que será um bom pai. — falo e fixo meu olhar em uma menininha chamada Anne Sakura. Sorrio ao ver seus pequenos fios rosados.

Volto para o local onde o evento está ocorrendo. Algumas ladies começam a conversar sobre futilidades e eu fico ali, finjo estar tão interessada. Tenho um pouco de inveja do gordinho que já bebeu seu quarto coquetel e está feliz... alterado.

— Guren! — Shizune exclama ao ver sua companheira de trabalho desmaiar. Um médico presente socorre-a imediatamente. Guren é levada e eu tento acompanhá-la, mas Shizune me puxa. — Senhor Uchiha, agora é o responsável por Vossa Majestade, leve-a para o palácio.

— Quero saber da Guren.

— Eu ficarei aqui para cuidar dela, não se preocupe. Senhor Uchiha.

— Vamos MiLady. — outros seguranças se aproximam de mim e sou retirada do local imediatamente.

— Exagero.

Entro no Rolls-Royce e ao invés da Shizune ao meu lado tenho o Major. Estou preocupada com o repentino desmaio de Guren. Percebo que o motorista Danzo nos observa pelo retrovisor, eu o intercepto e ele desvia o seu olhar.

Seu cabelo está solto e seu olhar prestativo no caminho, ele move sua perna esquerda como um tique nervoso. Puxo uma mecha de meu cabelo e começo a mexer. O olho e ele está com o seu olhar de lado e logo cede. Não pisco meus olhos, estou o encarando e ele o mesmo.

É um joguinho.

Estou imersa em seus olhos pretos, enfeitiçada.

Não consigo parar com isso, porém tenho que parar, meus olhos estão ardendo, jogo a toalha.

Sorrimos como dois bobos ao final, no entanto discretos.

 

                                      [...]

 

— Grávida?— estou atônita pela notícia. — Não sabia que ela tinha alguém.

— Não, não. Ela está com dois meses e pelo que me disse foi da última viagem, Madrid.

— Guren e sexo casual, nunca pensei. — uso o démaquillant para retirar minha maquiagem. — E por que ela não nos disse?

— Eu não tenho ideia.

— O que ela fará?

— Ela me disse que voltará para Liverpool. — olho o seu reflexo no espelho. — Ela está abalada, irá falar com a senhora e pedir demissão apropriadamente. Eu não sei o ela está pensando.

— Parece que está fugindo, enfim. — amarro meu cabelo. — Eu darei todo o apoio que ela precisar. Temos que encontrar uma nova acompanhante.

— Sim, outra seleção.

— Não quero ladies acima de quarenta. Quero alguém vivida e alegre, como era a Guren. Se conseguir da minha idade, agradeço.

— Hm, vejamos não sei se será tão prudente uma de sua idade. MiLady, o que me perguntou mais cedo sobre amar alguém, está florescendo seus sentimentos em relação ao Príncipe Gaara? — não nego que fui pega de surpresa pela pergunta dela. Florescer sentimentos pelo Gaara, eu tentei, no entanto nós dois sabíamos que estávamos nos enganando.

— Talvez.

— Casamentos arranjados são complicados inicialmente, mas com o tempo procuramos encontrar o melhor de cada um, creio que o Príncipe está tentando, faça sua parte.

— Acha que não tentei? Tem horas que cansa, simplesmente temos que entregar. Tenha uma boa noite, Shizune.

                                             [...]

 

Fujo do meu quarto assim que Gaara adormece. Visto meu robe e desço as pressas para a cozinha. Ouço vozes aos risos vindas do quarto onde minha tia está hospedada. Falei com ela que sua presença aqui já tinha ultrapassado além do previsto, claro que ela me atirou todas as pedras possíveis, porém não as deixei me abalarem. Ela me pediu mais alguns dias, parece que está brigada com vovó, não a culpo, minha avó tem um gênio fortíssimo.

— Boa noite. — Sasuke está na cozinha, devo acrescentar que estou amando esses nossos encontros secretos, já que não fui correr esses dias.— Para você. — ele aponta uma caixinha vermelha e eu abro.

— Hambúrguer. — hm, me delicio apenas com o cheiro. — McDonald’s. Não sei como lhe agradecer.

— Você já paga o meu salário. — sorri. Quanto tempo quis comer isso, um gosto sem igual. Gordura!

— Delicioso, suculento e único.

— É apenas um hambúrguer. — ele sorri e vai em direção a geladeira e traz duas garrafas. — Smirnoff , sete por cento de álcool, já que estava triste pelo coquetel. — ele abre a minha garrafa.

—Só sete?

— Não quero ser o culpado de embebedar Vossa Majestade e ela acordar de ressaca mais tarde.

— Melhor que nada. — ergo a garrafa. — Esse dia teria que terminar com álcool mesmo. Perdi minha acompanhante.

— Os boatos chegaram por aqui.

— Rápidos.

— Tenten.

— Hm, terei que encontrar outra, sabe o quanto é difícil?

— Não tenho ideia. Se eu puder ajudá-la. — ele bebe diretamente da garrafa e faço o mesmo. Me sinto livre com ele. Não me sinto como Vossa Majestade.

— Hm, se conhecer alguém de minha idade e que esteja interessada, não pode ser chata como a Shizune. — sorri.

— Acho que conheço alguém. — ele pega algumas batatas fritas e eu bato na mão dele.

— Minhas. — porém ele não se afasta e pega uma porção. — Hey, eu vou bater em você.

— Vai em frente, Sakura. — ele diz bem cínico.

— Masoquista?

— Talvez. — me encara. — Andou lendo aquele Cinquenta Tons? — eu dou uma gargalhada e olho para os lados. Devo estar vermelha. — Não acredito.

— Eu só li algumas partes. — eu li o livro quase todo, não irei confessar e ainda mais quando li apenas as cenas de sexo... e não foram boas.

— Não se encaixa nos perfis de mulheres que precisam ler esse tipo de literatura adulta.

— Só porque eu sou uma Rainha?

— Não, eu não acho apenas por ser uma Rainha. Mulheres que lêem esse tipo de livro, são sozinhas ou frustradas em algum relacionamento e claro, pervertidas. — eu tusso. — Me desculpe por ser tão direto.

— Tudo bem. Talvez esqueceu de colocar mulheres curiosas, senhor crítico literário. — ele assenti. Gosto do jeito que ele morde os lábios. É sexy e provocante.

Eu me sinto só e frustrada pelo meu relacionamento. É tão visível?

— Voltando ao assunto da dama de companhia, conheço uma amiga, ela cuidava de uma Lady, no entanto sua senhoria faleceu e ela está desempregada, precisa de dinheiro para comprar o  enxoval do casamento, se quiser posso lhe apresentar e acrescentando, ela tem a sua idade.

— Traga essa pessoa amanhã, eu irei entrevistá-la pessoalmente, se eu me agradar.

— Sim.

Passamos boa parte da madrugada conversando sobre todos os assuntos que surgiam, debatemos até políticas internacionais. Sua companhia é de fato agradável e quando estou na sua presença não percebo as horas correrem. Gosto da companhia dele, gosto de estar ao seu lado.

— Boa noite, Sakura.

— Igualmente Sasuke. — são três da manhã e acordarei cedo, nada bom. — Não se esqueça de falar com sua amiga. Até mais.

Essa noite serviu para uma única conclusão: Eu passei da fase de apenas gostar e estou entrado nas águas escuras e turbulentas da paixão. Eu estou apaixonada por ele.

Como lidar com esse sentimento se sou uma mulher casada e além do mais, a Rainha de uma grande nação?


Notas Finais


Eu prometi beijos, mas não rolou, ainda. No próximo sim!
Irei responder os comentários passados, bjux


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