Há coisas na vida que não podem ser mais solucionadas pela medicina, como uma doença terminal, por exemplo. Essas coisas, por algum evento sobrenatural, podem ser mudadas. São os chamados:
Milagres.
A jovem mãe estava completamente desesperada ao saber que o câncer cerebral de sua pequena criança, de somente cinco anos, estava em estágio terminal. Os sintomas não foram percebidos logo. Começou quando o garotinho começou a vomitar tudo que comia, sua mãe achava que ele estava com uma simples virose, e não o levou no hospital. O quadro se agravou quando a criança começou a ter dores fortes na cabeça e começou a ter problemas na coordenação motora.
Ao levar o menino para o hospital, descobriu que este possuía um tumor maligno em seu cérebro e que já estava em um estágio muito agravado. O médico que acompanhava o caso disse que uma cirurgia poderia ser feita para a retirada do tumor, mas como ele era maligno, ele voltaria com muito mais força. A pobre mãe estava desesperada, não sabia o que fazer, sabia que a vida de seu único filho estava com os dias contados.
A dor de cabeça que o menino sentia era algo tão insuportável que ele foi submetido a ficar em coma induzido.
- Desculpe o incômodo, Sra. Park, mas preciso colocar mais sedativo no soro do Chanyeol agora. - Uma enfermeira diz ao entrar no quarto hospitalar onde a mãe e o garoto estavam.
- Tudo bem, pode fazer o procedimento. - A jovem diz e suspira pesadamente enquanto se mantém sentada em uma poltrona perto da cama hospitalar onde a criança estava.
- Já está tarde, Senhora. Vá para casa, descanse um pouco, amanhã a Senhora volta para vê-lo. - A enfermeira diz pesarosa.
- Não, não irei deixá-lo. Ele não gosta de ficar sozinho. - A mãe responde e uma lágrima sai de seu olho.
- Eu sei que é difícil, mas se a Senhora acredita em Deus peça para ele lhe ajudar, peça que ele cure seu filho. - A enfermeira diz e caminha para a porta do quarto. - Preciso ir agora, uma boa noite.
- Eu faria qualquer coisa para que ele melhore...
A enfermeira sai do quarto os deixando-os sozinhos. Ela se levanta e se senta na cama ao lado de seu filho que dormia calmamente com o efeito dos sedativos. Alisa sua cabeça que já não possui um mínimo fio de cabelo, fruto das fortes seções de quimioterapia.
- Ah, meu amor, eu deveria ter te levado a um hospital antes! - Diz enquanto se desatina em lágrimas. - Eu juro, eu juro que faria de tudo para você melhorar!
- De tudo mesmo? - Uma voz masculina diz assustando a jovem.
Ao se virar na direção da voz ela se depara com um homem sentado de pernas cruzadas na poltrona em que ela estava há alguns minutos atrás. O homem vestia roupas pretas e o que chamava mais atenção eram seus olhos que eram de um azul tão forte e marcante que pareciam que emitiam luz própria.
- Q-Quem é você? Como entrou aqui? - Ela pergunta assustada.
- Ai ai... Vamos para as respostas dessas perguntinhas clichês. Sou Byun BaekHyun, ao seu dispor, e eu já estava aqui há um tempo, venho observando você e seu filho. Pobre garoto. - Se levanta e caminha na direção da cama ficando parado na frente da mãe. - Ele está com os dias contados.
- Não! Eu tenho fé que ele ficará bom! - Ela diz e enxuga as lágrimas que ainda insistiam em cair. - E se você não sair daqui agora eu chamo os enfermeiros!
- Pois bem, faça isso! Irão dizer que você está ficando louca, já que é a única que pode me ver. - Diz e ri em escárnio.
- M-M-Mas então... V-Você é um anjo? - Ela pergunta assustada.
- Ah, por favor! Não me insulte. - Ele responde com cara de tédio. - Sou um demônio, Park Hyorin, um demônio, ouviu bem?
- Ai meu Deus! - Ela exclama assustada. - Como sabe meu nome?
- Outra coisa, não mencione esse nome enquanto eu estiver aqui. E eu sei de muitas coisas. - Diz e coloca a mão no ombro da mulher que estremece com o toque. - Eu vim lhe ajudar, Hyorin, vim salvar seu filho.
- Mas como? Demônios não são seres bons! - Diz atordoada.
- Existem vários tipos de demônios, os bons e os ruins. Acho que eu estou em meio termo, eu concedo um pedido de uma pessoa, mas ela têm que me dar algo em troca. E então, o que você me daria se eu salvasse seu filho? - Pergunta e passa o indicador nos lábios da mulher.
- E o que você queria? - Ela o responde com outra pergunta.
- Bem... Eu quero ser o protetor do seu filho. - Ele responde.
- Como um anjo de guarda? - Ela pergunta.
- Ah, merda! Já disse, não me ofenda! - Ele diz irritado.
- Desculpe...
- Então, aceita? - Ele diz e olha para o garoto desacordado.
- Se você quer proteger meu filho, então você é um demônio bom. - Ela diz e sorri fraco.
- Eu estou no meio termo, como disse antes. - Ele diz e volta a olhar nos olhos da mulher. - O lado talvez "ruim" disso é que para salvá-lo você terá que me dar uma alma, e eu quero a sua. Você por ele, acho uma troca justa.
- Mas se eu morrer, quem vai cuidar do Chany? Sou mãe solteira. - Ela diz um pouco desesperada.
- Não se preocupe, eu lhe dou dez anos de vida e quando você morrer eu cuido dele. - O demônio responde simplista. - Aceita ou não?
- Sim, aceito. Faço tudo pelo meu filho! - Ela responde.
- Vamos selar nosso contrato então. - Ele diz e morde fortemente seu pulso o que faz com que se corte e sangue comece a sair do machucado. - Beba.
- O quê?
- Beba um pouco do meu sangue e o contrato será finalizado.
Com bastante medo e um pouco de nojo Hyorin se aproxima do pulso cortado do demônio e deposita sua boca nele e bebe um pouco do sangue que por ele escorria.
Ao se afastar com a boca completamente suja percebe que os olhos do demônio se mantêm em uma cor negra, assustadora para ela.
- Foi muito bom fazer negócio com você, Park Hyorin. - O demônio diz e some como uma fumaça negra.
Estava feito e não tinha como voltar atrás, sua alma era de um demônio, mas seu filho estava a salvo.
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