História My Favorite Woman - Eu vou te beijar.

POV LAUREN

Entrar foi fácil, e eu fiquei admirada com a cara de pau da Dinah. Quando o segurança disse que ela não parecia ter vinte ela se fez de agradecida, disse que o segurança sabia elogiar uma garota, pegou a carteira de identidade da mão dele e entrou, o segurança olhou a minha e balançou a cabeça pra que eu entrasse. Dinah estava morrendo de rir do segurança, eu também estaria se não tivesse morrendo de medo. Por quê? Eu sou muito medrosa com autoridades. Dinah me puxou pela mão e me arrastou pra pista de dança, começou a dançar comigo, era engraçado ver nós duas dançando, mas acabamos pegando o jeito, sinceramente, se eu visse de fora diria que estávamos nos pegando. Era muito corpo colado e muita bunda mexendo juntas. Pra mim, só ficar ali dançando já estava bom, mas claro que Dinah iria beber, e mais uma vez eu fui arrastada, quando chegamos ao bar ela pediu dois Martines, ela virou o dela e ficou dançando parada ali no bar, bebi o meu lentamente.

-Hey, Lauren. – olhei para o meu lado e vi Carly Lovato. – Estava te vendo dançar, espero que tenha uma dança pra mim. – me aproximei e a cumprimentei com um beijo no rosto.

-Claro que tem. Essa é minha amiga, Dinah. DJ, essa é Carly. – as duas se cumprimentaram e logo depois Dinah pegou meu Martine. – E onde está sua irmã? – perguntei pra puxar assunto.

-Demi está na outra ponta do bar, ela e a namorada terminaram. Está um porre hoje. – ela revirou os olhos. – Vamos até lá? – Carly disse e eu assenti, DJ vinha logo ao meu lado.

-Bonita em, de onde conhece? – perguntou apontando pra Carly que estava a nossa frente.

-Ela trabalha em uma loja de bebês perto do restaurante. – DJ assentiu e chegamos até Demi. – Hey. – cumprimentei e lhe dei um breve abraço.

-Oi, Laur. Como você está? – perguntou com um olhar triste.

-Bem. Essa é minha amiga Dinah Jane. – apresentei e Dinah a cumprimentou.

-Eu quero beber mais. – Carly disse se abanando mostrando estar com calor.

-Eu te acompanho. – Dinah a seguiu e as duas logo saíram de nossas vistas, me sentei ao lado da Demi e vi seu copo pela metade.

-Posso? – apontei pra ele e ela assentiu. Levei até meus lábios e o gosto cítrico do drink me agradou. – Muito bom. – Demi sorriu e pediu mais um copo daquele drink para o barman. A bebida logo chegou e ela me ofereceu. – Quer falar sobre? – perguntei sem saber o que dizer.

-Prefiro que você pague a próxima dose. – ela disse com um sorriso amargo. Terminou de beber seu drink e deixou o copo sobre o balcão. – Mas agora quero algo mais forte. – chamei o barman e ele logo veio nos atender.

-Duas doses de vodka, sal e limão, por favor. – pedi e ele assentiu. Ele serviu os dois copos e Demi virou o dela de uma vez, sem nada. Eu ainda sorvi um pouco do sal.

-Como você entrou aqui, não é menor de idade? – Demi perguntou interessada.

-Você vai me entregar? – perguntei e ela negou. Me aproximei pra falar perto de sua orelha. – Uma amiga nossa, encomendou identidades falsas, estamos estreando elas hoje. – falei e Demi riu. Um garoto passou ao nosso lado e quase caiu em cima da gente. – Quer sair daqui? – perguntei e ela assentiu. Paguei as bebidas e estendi minha mão pra ela, a ajudando a levantar. Mandei uma mensagem pra Dinah e ela apenas mandou o emoji com um sorriso de lado, revirei os olhos. Guiei Demi pra fora daquelas pessoas e logo estávamos lá fora, a brisa gostosa em contraste com o calor daquele lugar cercado de pessoas. Seguimos até o carro do meu pai e a meia garrafa de Jack Daniel’s estava no banco de trás, abri e ofereci a ela que bebeu alguns goles, antes de me devolver e eu fazer o mesmo. Demi já estava alta, eu podia notar isso em alguns gestos seus.  A bebida desceu por minha garganta fazendo a queimar. Eu também já não estava sóbria, isso era fato, mas ainda sim, melhor do que ela. Nós terminamos a garrafa de whisky sem muitas palavras a serem trocadas. Estávamos sentadas na calçada, ao lado de onde o carro estava estacionado.

-Ela é uma idiota. – Demi disse e eu concordei. – Estou com ela a quase três anos e ela termina assim? O que ela acha que eu sou?

-Vocês brigaram? – perguntei mexendo na garrafa vazia.

-Ela é louca. A odeio. – Demi disse, eu sabia que não era verdade, mas mesmo assim não ia contestar. Eu não estava longe disse com Camila, e sabia que de fato não era culpa dela, eu que não consegui separar as coisas, que era somente sexo. Inferno. Camila é uma idiota também. – Quer saber, eu devia ir atrás dela e dar uns bons tapas naquela idiota. – Demi se levantou e por instinto eu fiz o mesmo, a mulher tropeçou em seus próprios pés e caiu em cima de mim, que bom que o carro nos ajudou a ficar em pé. A boca quase colada na minha, eu podia senti sua respiração entrelaçada a minha.

-Eu vou te beijar. – anunciei. Não pedi permissão, eu apenas a avisei. Demi olhou em meus olhos e abaixou novamente em direção aos meus lábios. Meu cérebro bêbado gritava pra que eu o fizesse logo, se eu não vou ter a latina eu também não preciso, como disse Dinah, fazer um voto de castidade. Colei meus lábios nos dela e senti o gosto do whisky compartilhado a pouco. A língua quente massageando a minha de maneira brusca, ela parecia desesperada, talvez Demi queira descontar a frustração dela em mim, da mesma maneira que quero descontar a minha frustração nela. Não estamos tão diferentes. O Beijo foi encerrado por falta de ar. – Podemos sair daqui? – perguntei segurando em sua cintura.

-Minha irmã... – ela disse me dando vários selinhos.

-Dinah cuida dela. – falei e grudei nossos lábios novamente, apertei seu corpo contra o meu enquanto a beijava sem pudor. Espero que ninguém esteja assistindo isso.

-Para o meu apartamento. – eu sei que é errado dirigir bêbada, mas se eu deixasse o carro do meu pai ali ele me mataria, isso era fato. E seria o jeito mais rápido de chegar ao apartamento dela, pra que não perdêssemos a coragem que ainda nos assola.