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História My Favorite Woman - Você é linda.


Escrita por: DeborahFernanda

Notas do Autor


Hey, como estão?

Capítulo 36 - Você é linda.


POV LAUREN

Um mês havia se passado desde a história que meu papa havia contado. O que se passou? Muita coisa, claro. Mas vamos para as mais importantes. Vero quebrou um dedo, pois é, uma brincadeirinha dela com a Lucy. O melhor foi ela tentando explicar para o médico o que estavam fazendo. Eu não me aguentei, saí da sala e comecei a rir escandalosamente, até uma enfermeira me encarar feio e colocar o dedo sobre os lábios pedindo silêncio, mas só piorou, por que me lembrei do dedo torto da Vero. Ally começou a namorar oficialmente o Troy, Dinah ficou arrasada, acabamos ficando dois finais de semana sem nos vermos. Ally com o namorado e Dinah em qualquer outro lugar, o casal apaixonado e eu. Então cada uma ficou em sua casa. Estava no meio do trabalho em uma terça-feira a noite quando meu celular tocou e eu vi o nome da Vero na tela.

-Da pra você vir pra casa? – ela perguntou assim que atendi o celular. – Mama, não para de chorar, perguntei se ta tudo bem com a pestinha, ela disse que está, mas não para de chorar. Eu acho que minha mãe está doida. – Vero cochichou a última parte.

-Chego em alguns minutos. – desliguei a chamada e fui atrás do meu pai. – Papa, preciso ir até a casa da Camila.

-Minha neta ta bem?

-Sim, acho que é só Camila que está pirando. – falei e o velho homem pareceu pensar, pediu que eu esperasse e foi até a cozinha. Trouxe consigo um grande pedaço do tiramisú e me entregou. – Pra que isso? – perguntei confusa.

-Acredite, você vai precisar. – o homem acenou antes de tomar meu lugar no restaurante. Dei de ombros e segui até meu carro. O caminho curto foi feito rápido, assim que estacionei Vero já abriu a porta.

-Ela tá lá em cima. – entrei e segui até seu quarto.

-Camila? – chamei e não obtive primeira resposta. – Abre a porta, por favor.

-Não, Lauren. Eu to feia. – ela disse e notei a voz embargada. Feia? De onde ela tirou isso? Segurei a maçaneta e torci pra que estivesse destrancada. A porta abriu e eu suspirei, entrei devagar, Camila está deitada e coberta. Me aproximei e deixei o embrulho no criado mudo.

-Camz, olha pra mim. – pedi e ela se encolheu. Dei a volta na cama e me ajoelhei de frente pra ela, os olhos molhados, o nariz vermelho. Parecia tão frágil agora. Camila está de cinco meses e meio, e pelo que já li de possibilidades do que podia acontecer, a gravidez dela está sendo muito tranquila. Acariciei seu rosto e as lágrimas ainda insistiam em cair. – Me diz o que aconteceu. – pedi baixinho, torcendo pra que ela houvesse escutado.

-Eu to virando uma bola, e tem algumas estrias na minha barriga. O creme não tá adiantando de nada, e eu não quero ficar feia. – aquilo realmente parecia fazer sentido pra ela. Claro que ela iria parecer uma bola e ganhar algumas estrias, ela tem uma criança na barriga, mas isso não faz dela menos bonita. Pra ser sincera, nunca vi Camila tão linda como vem estado desde que carrega nossa filha em seu ventre.

-Camz, abre os olhos. – pedi e ela finalmente abriu me encarando. Os olhos escuros, carregados de lágrimas. - Você é linda, de onde tirou isso de feia? - perguntei tentando entender.

-Eu vi no espelho. - aquela voz manhosa, o rostinho choroso, aquilo estava fazendo meu coração ficar apertado. Me aproximei dela e beijei seu rosto molhado, limpei onde as lágrimas haviam passado, Camila me observava atentamente. Pousou sua mão sobre a minha que estava em seu rosto e beijou a palma.

-Você é linda, a mulher mais linda que já conheci. - falei e lhe sorri, o mais doce que eu poderia.

-Mais do que a Demi? - ela perguntou, Camila me viu uma vez com Demi, em um dia que fomos fazer uma consulta do bebê, Demi tinha esquecido um casaco no meu carro e como era perto eu passei lá pra deixar. Camila a viu pelo carro, que eu me lembre foi só essa vez.

-Mais do que a Demi. - falei e ela fungou e virou para o outro lado.

-Você está mentindo, só está falando isso pra me agradar. - ela disse olhando para o outro lado. Tirei meus sapatos e me embrenhei na cama logo atrás dela, me cobri também, mesmo não estando frio o suficiente.

-Quando eu menti pra você antes? - perguntei e deixei minha mão sobre sua cintura, fiz um carinho ali e passei para sua barriga arredondada.

-Sempre se tem uma primeira vez. - Como meu rosto estava suspenso por meu braço direito eu consegui vê-la limpando algumas lágrimas, ainda estava acariciando a sua barriga com carinho.

-Não estou mentindo pra você, é a mulher mais linda que já vi. E com essa barriga ficou mais linda ainda, se era realmente possível. - quando terminei de falar ela se virou pra mim, o nariz vermelho, os olhos no mesmo tom.

-Você está mesmo falando sério, não é? - ela perguntou e eu assenti. - Mesmo com estrias? - aquilo tinha soado ainda mais manhoso.

-Mesmo com elas, isso só te faz mais real, mais uma coisa que te faz Camila. - eu não estava dizendo aquilo apenas pra agradá-la, eu realmente estava falando sério, sendo extremamente sincera. Camila encarava meus olhos com um brilho diferente, ela se aproximou e colou nossos lábios, como eu sentia falta disso. Os lábios quentes cobrindo os meus, a mão pequena acariciando meu ombro, segurei seu rosto com minha mão esquerda e grudei ainda mais nossos lábios. As línguas se encontraram em um carinho mútuo e absoluto, parecia que eu não fazia isso a anos. Meu corpo reagiu nos primeiros minutos, o que acontece comigo quando se trata dela? Por que meu coração se aperta todas as vezes que vou embora e a deixo pra trás? Talvez seja por isso que eu evito me despedir, só digo um “Já vou” ou um “Até amanhã” é a forma que eu tenho de saber que vou voltar.

-Lo. – ela disse quando o ar faltou e nos separamos, ela não esperou mais nada pra segurar meu rosto e grudar nossos lábios de novo. O beijo agora desesperado, minhas mãos dançando pelo seu corpo a procura de mais contado. Eu não podia ficar sobre ela por conta da barriga já avantajada. Então puxei teu corpo de encontro ao meu a abraçando como eu podia, nós sabíamos onde aquilo ia nos levar. E queríamos aquilo, queríamos e teríamos. Nossos corpos unidos, mais uma vez.


Notas Finais




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