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História My Favorite Woman - Você pode ter razão.


Escrita por: DeborahFernanda

Notas do Autor


Hey, como estão?

Capítulo 38 - Você pode ter razão.


POV CAMILA

Quando dormi aquela noite, Lauren estava comigo. Quando acordei estava sozinha. Tinha a penas um bilhete dizendo que ela precisou sair mais cedo, por que ainda tinha que passar em casa antes de ir para o colégio. Estiquei meus músculos antes de levantar da minha cama e ir tomar um longo banho, eu podia ouvir os pássaros cantando lá fora. Depois de me arrumar eu fui até a cozinha e encontrei Vero tomando seu café-da-manhã.

-Você foi comprar pão fresco? - perguntei surpresa. Vero mal arruma seu prato sozinha.

-Não foi a senhora? - perguntou com uma careta. Neguei com a cabeça e ela pareceu pensar por breves segundos. - Lauren dormiu aqui? - assenti. - Ta explicado. Pelo menos tem uma vantagem.

-Leve meus agradecimentos a ela. - falei me sentando de frente pra ela.

-Pelo pão ou... - ela deixou a frase no ar. Encarei Vero com uma sobrancelha arqueada.

-Vero, Vero. Eu vou te deixar de castigo pra aprender me respeitar. Sem Lucy e sem finais de semanas com as amigas. - falei e ela arregalou os olhos.

-Eu vou agradecer pelo pão fresco. - disse engolindo um pedaço que estava em sua boca.

-Ótima ideia. E alias, quando você e Lucy vão assumir esse namoro? - perguntei e ela me encarou.

-Não estamos namorando. - ela disse bebendo alguns goles de seu suco. - Eu vou conhecer os pais dela, acho que isso é importante, não é? - perguntou realmente confusa.

-Bem importante, mais do que você imagina. Vai ter que levar algo. - falei e ela pegou uma maça na geladeira.

-Vou levar minha fome. - ela disse saindo da cozinha.

-Vero. - a repreendi.

-Brincadeira, mama. Eu te amo. - ela saiu de casa gritando, minha filha. Não é muito normal. Terminei meu dejejum sem pressa, antes de sair pra trabalhar.

(...)

-Bom dia, Mani. - cumprimentei minha amiga quando cheguei no meu andar. A mulher negra me encarava com o semblante desconfiado. Ela veio logo atrás de mim e entrou junto em minha sala.

-O que você aprontou? – perguntou ainda com o mesmo semblante desconfiado.

-Eu não aprontei nada, de onde tirou isso? – perguntei tentando fugir de seu possível e provável interrogatório.

-Ah, você aprontou. E esse sorriso ai? Ontem você tava toda acabada, triste, irritada. Me indica esse psicólogo que eu quero. – falou e se sentou a mesa a minha frente.

-Não foi psicólogo algum. – falei ligando meu computador e olhando na agenda o que tinha que ser feito hoje. – Você não tem trabalho pra fazer? – perguntei sem encara-la.

-Até tenho, mas... – ela deixou a frase no ar.

-Você não vai sair daqui se eu não te contar, não é mesmo? – perguntei e ela assentiu. – Okay. – me sentei, eu contaria pra ela de qualquer forma, só estava me fazendo de difícil. – Lauren e eu, nós fizemos, sexo noite passada. – falei e mordi o lábio.

-Mas você não disse que não fariam mais? Que a garota se apaixonou e tal. – assenti. – Quer me explicar essa história direito, por favor, eu não quero roer as unhas. – ela mostrou suas unhas grandes e bem feitas.

-Ontem eu estava me sentindo horrível, eu to com estrias na barriga e isso estava me consumindo, eu nem sei por que, já fiquei grávida antes e sei que realmente acontece. Mas eu estava péssima ontem, quando cheguei em casa estava nervosa, e Vero viu o jeito que eu estava. Fui para o quarto e vinte minutos depois Lauren estava em casa tentando conversar comigo. Nos beijamos e acabou que fizemos amor. – expliquei.

-Amor? – Normani perguntou.

-Oi? – eu realmente estava confusa com sua pergunta.

-Você disse, que fizeram amor. – ela disse e eu neguei com a cabeça.

-Não, eu disse que transamos. – falei e ela negou com a cabeça. – Você não tinha uma reunião, Mani? – perguntei tentando me livrar dela. Eu realmente disse que fizemos amor?

-Até tenho, em vinte minutos. Dá tempo de você me explicar toda essa história direito. – ela insistiu de novo, Normani sempre insisti, não sei por que estou surpresa.

-Foi isso, eu estava chateada, ela foi em casa e transamos. Não tem mais o que explicar. – falei já um pouco nervosa, me servi com a água de uma jarra que já estava disposta em minha sala.

-Camila, Camila. Você está apaixonada por essa garota? – ela perguntou e eu arregalei os olhos, apaixonada por Lauren? Não, claro que não. Eu não posso me apaixonar por ela.

-Mani, eu tenho trabalho pra fazer. – falei já cansada daquela conversa.

-Tudo bem, eu vou. Mas pense sobre isso, minha amiga. Não quero que fique confusa, só não quero que fique guardando isso pra você. Sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa. – ela disse e eu apenas concordei com a cabeça, Normani saiu da minha sala me deixando sozinha com meus pensamentos. Que pareciam gritar a cada segundo, não me deixando realmente sozinha. Apaixonada por Lauren? Naquele dia eu não sai pra almoçar com Normani, pedi um lanche e comi ali mesmo em minha sala, tentei trabalhar a todo custo, mas meus pensamentos se desviavam a cada minuto voltando as palavras da minha amiga e voltando para coisas que vive com Lauren, tudo que ela vem feito por mim, nossa filha, como temos cumplicidade, e é tão fácil aprender sobre ela, como nós duas compartilhamos segredos. Tudo parecia tão normal e conveniente. Como nossa filha reagia todas as vezes que sua mão era pousada em meu ventre, como eu fico quando ela o faz. O final do expediente chegou rápido, ainda mais pra mim que não tinha focado no trabalho por meia hora inteira. Desliguei meu computador sabendo que tinha deixado muitas coisas para serem feitas. Saí da sala e vi Normani saindo de sua sala, minha amiga me sorriu e eu lhe devolvi o sorriso, esperei ela chegar ao meu lado e seguimos para o elevador sem dizer uma palavra, ela sabia que eu falaria quando me sentisse confortável pra isso. Eu chamei o elevador e em alguns segundos as portas metálicas se abriram, nós entramos e ficamos paradas, lado a lado. Respirei fundo.

-Você pode ter razão, talvez eu esteja me apaixonando por aquela garota. – falei e as portas do elevador se fecharam.


Notas Finais


Eu posso ouvir um amém coletivo, igreja?


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