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História My Favorite Woman - Vero, me perdoa.


Escrita por: DeborahFernanda

Notas do Autor


Hey, como estão?

Capítulo 66 - Vero, me perdoa.


POV CAMILA

Meu pai me olhava parecendo querer saber o que eu pensava, desviei os olhos dele só por precaução, não quero que ele descubra o que estou a pensar.

-Ela é linda. – ele disse olhando Valen, que continuava a sua busca pelo botão da minha camisa. – Se parece com você quando era bebê. Só que você era mais gordinha. – olhei minha filha, eu era um bebê obeso então. Valen ta enorme. – Ela tem os mesmos olhos que você. – Lauren sempre diz isso. E por que ela está demorando tanto pra ligar a cafeteira? Ela conseguiu errar o processo de novo? – Posso pegá-la? – ele pediu e eu assenti. Valen foi para seus braços rapidamente, algo sobre minha filha. Ela é amigável demais com todos. – Oi, pequena. Eu sou seu vovô. – ele disse olhando pra ela que o encarava curiosa. Você já conhece o vovô Jauregui e agora tem o vovô Cabello. – ele disse e uma mágoa me atravessou.

-Por quanto tempo? – perguntei e o homem me encarou com calma. Cruzei meus braços procurando alguma segurança em mim mesma.

-Por todo o tempo que Deus me permitir. – ele disse e sorriu em minha direção, desviei os olhos dele. Quando eu era pequena sempre estava com meu pai. Ele quem me pegou no colo quando caí de uma árvore e perdi meu primeiro dente, que afinal, não estava mole nem nada, mas eu fiquei feliz que ia ganhar moedas da fada do dente. Ele que me pegou no colo quando eu chorei em meu primeiro dia de aula. E disse que agora eu era uma princesa que precisava sair de seu reino, conquistar amigos novos. Ele pôs uma pequena coroa em meus cabelos e assim eu tive coragem pra entrar. – Kaki? – ele chamou e eu fechei os olhos com força, uma lágrima escapou e eu não o encarei. – Eu sei que é muito cedo pra eu lhe pedir que me perdoe, mas mesmo assim estou aqui te pedindo perdão. Não sei se o que eu fiz tem perdão, não sei o que você passou todo esse tempo sozinha, como foi difícil criar uma filha sozinha. Eu não sei o quanto você teve que lutar pra manter vocês duas vivas...

-É, você não sabe. – Vero disse descendo as escadas.

-Filha. – eu a chamei.

-Não, mama. Tá mais do que na hora dele ouvir o que eu tenho pra dizer. – Vero disse e eu podia ouvir seu tom raivoso.Lauren apareceu e ficou ao meu lado, seguida por minha mãe que pegou Valen do colo do meu pai, que parecia atento em Vero. Minha namorada passou o braço por minha cintura e me apertou contra ela, dizendo que Vero precisava dizer isso. Como se ela tivesse ensaiado isso a vida toda. – Primeiro que não se abandona um filho da forma que você o fez. Mama estava grávida e essa é a pior parte. Sabe a quantidade de coisas que podiam ter acontecido a ela? E eu nem to falando por mim, por que ela fez de tudo pra salvar minha vida, batalhou a vida toda. Eu a via acordando cedo pra arrumar a casa da melhor forma possível, me levava até a escola e a noite depois do jantar eu a via chorando. Eu só tinha seis anos, porra. Vocês conseguem imaginar como minha cabeça ficava? – minha filha chorava e não parecia disposta a parar de falar. Sinu entregou Valen pra nós que não tirava os olhos da irmã. – Mama nunca teve uma vida fácil, conseguimos melhorar as coisas a alguns anos com o esforço e trabalho duro dela. Eu nunca vi minha mãe sendo feliz com alguém de verdade, ela sempre me colocava na frente da própria felicidade. Ainda bem que ela conheceu a idiota da minha melhor amiga. – olhei pra Lauren que revirou os olhos, mas tinha os olhos repletos de lágrimas. – E de quebra ainda ganhei uma irmãzinha. – ela olhou pra nós e sorriu pra Valen que ficou toda feliz com o ato sem entender nada.- Se um dia vocês quiserem ser pais de verdade, comecem observando a filha que vocês abandonaram. – ela disse e deixou os ombros caírem. Meu pai se pôs a aproximar dela e Lauren em alerta já se pôs em minha frente.

-Vero, me perdoa. – o homem de cabelos grisalhos começou a chorar copiosamente, como uma criança que caíra e machucou seu joelho. Vero deu dois passos pra trás. – Eu entendo que errei e sei que nada vai concertar isso. Mas eu estou aqui pra tentar viver com vocês daqui pra frente. – o velho senhor Cabello realmente parecia triste e envergonhado.

-Ainda não é o suficiente. – minha filha disse, ainda magoada. Eu entendo, ainda me sinto muito mal com isso e até meio desconfortável.

-Eu entendo, de verdade. Mas estou tentando. – ele disse e Vero veio ficando ao meu lado, Valen começou a fazer gracinhas chamando sua atenção.

-Acho que já é hora de irem, foi um grande dia. – Lauren disse e meus pais assentiram. – Eu os levo até a porta. – ela os acompanhou e demoraram alguns minutos lá fora. Vero saiu das minhas vistas, indo até a cozinha. – E então, eu faço o jantar? – perguntou Lauren com a mão no queixo e uma carinha que eu tinha vontade de morder.

-A não, de novo não. – Vero entrou na sala comendo uma maçã. – Ela não sabe cozinhar, mama. – a garota disse apontando pra Lauren.

-Garota, eu tenho sangue italiano, claro que sei cozinhar. Você não comeu o risoto que fiz semana passada? – Lauren perguntou fazendo uma pose.

-Você só pode estar de brincadeira, você nem queria fazer risoto, queria fazer arroz normal, só que colocou vinte litros de água na panela. – Vero disse pegando o controle da TV.

-Eu não fiz isso. – Lauren fez uma careta ofendida.

-Amor, você fez sim. – eu disse e fui até ela. Segurei seu rosto e lhe dei um beijinho.

-Mas foi um bom risoto. – ela disse, com um pequeno bico que eu não resisti e voltei a beijá-la e finalizar com uma mordida.

-Ficou sim, meu amor. – falei e ela abriu um pequeno sorriso.

-Eu odeio risoto. – Vero disse estragando nosso clima.

-Eu vou fazer risoto. – Lauren disse pegando Valen no colo e beijando sua barriguinha.

-NÃO. – Vero disse gritando e saltando o sofá, antes de pular nas costas da Lauren. – Mama, pega a Valen, fujam. Se salvem. Eu me sacrifico por vocês.  – Vero dizia grudada em Lauren e com as pernas ao redor de sua cintura.

-Ótimo, três crianças em casa. – falei revirando os olhos, mas segurando a risada. – Vamos filhinha, deixe essas bagunceiras aí. – peguei Valen e vi as duas brincando de lutinha, quantos anos elas tem mesmo? Cinco? – Vocês duas, parem de brigar e venham lavar a louça. – gritei da cozinha e logo as duas apareceram, lado a lado indo até a pia. Não resisti e dei um tapa no bumbum da Lo. Lauren deu uma pequena risadinha.

-Apanhando da mama. – Vero disse baixinho e eu bati em seu bumbum também. – Ei. – ela olhou pra mim com a cara feia, como se eu tivesse medo dela. Eu amo esses momentos que estou junto da minha família.


Notas Finais


Valeu por me lembrar de posta, Mih <3


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