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História My First and Last Breath - Um velho amigo, um tapa e um soco


Escrita por: Xiuchxn

Notas do Autor


Oiiiiiiiii Chenies❤❤❤❤❤
Olha quem ra adiantada de novo? Exatamente, a Xiu.
Amanhã eu vou viajar, então não posso postar. Vou voltar só no domingo e acho muito chato fazer vocês esperarem, por isso resolvi vir um pouquinho antes.
Tenho certeza que esse capítulo era bem esperado depois do último, por isso não quero dizer muito aqui.
Como devem ter percebido, não tem o nome de quem narra, e isso acontecesse porque são 4 pessoas que narrarão ele. O cap pode parecer grande e longo, mas na verdade é bem corrido e não tem muita coisa acontecendo.
Já falei de mais, vejo vocês lá em baixo ❤

Capítulo 13 - Um velho amigo, um tapa e um soco


Fanfic / Fanfiction My First and Last Breath - Um velho amigo, um tapa e um soco

POV WONWOO:

  Acordei de manhã com o som do despertador que nem sabia que tinha aqui. Estava com uma dor de cabeça horrível, culpa de ter dormindo chorando.

  Me levantei fui tomar um banho quentinho. Estava muito frio, eu que não ia tomar banho gelado mais é nunca! Depois do banho fui ao closet para escolher uma roupa. Peguei uma calça preta, blusa da mesma cor, meu sobretudo marrom e meus coturnos. Vesti tudo e arrumei minha mochila, peguei alguns livros que tinha que devolver na biblioteca e fui em direção a cozinha.

 Quando cheguei lá, Yuta e Mina estava terminando de arrumar a mesa.

— Bom dia Wonwoo. – Cumprimentaram os dois.

— Bom dia nonna, bom dia hyung. – Digo me sentando.

  Ambos se entreolham antes de Yuta perguntar:

— Aconteceu alguma coisa Wonwoo? Você parece abatido e Mingyu ainda não desceu.

  Mingyu.

— Ele foi embora ontem de noite. – Murmurei.

  Sem a minha permissão os dois sentaram ao meu lado.

— O que aconteceu? – Perguntou Yuta.

— Sabe somos empregados, mas também somos seus amigos e ótimos ouvintes. – Informou Mina, com um lindo sorriso.

— Nós brigamos ontem. – Comecei – Ele me disse uma coisa ridícula e eu o mandei embora.

— O que ele disse? – Questionou a nonna.

— Ele disse que eu só era mais próximo do Jun porque nós transamos. – As palavras saíram amargas.

  Os dois ficaram em silêncio antes de Yuta soltar:

— Ah, mas se aquele moleque ainda estivesse aqui eu dava um soco no meio daquela carinha bonita dele.

  Acabei rindo.

— Não se preocupe, quando Jun saber disso ele vai fazer exatamente isso.

— Já gostei desse Jun. – admitiu Mina.

— Certo, agora coma o café que preparamos para você. Depois eu e Mina vamos te mostrar uma coisa.

     Concordei e comecei a comer.

                               👑

— Onde estamos indo? – Perguntei.

— Você já vai ver. – Informa Mina.

  Depois de comer os dois me arrastaram para uma salinha que ficava no final do corredor. Lá dentro havia uma escada que descia para algum lugar. Eles me obrigaram a descer.

— Chegamos. – Exclamou Yuta.

  Quando desci o último degrau fiquei boquiaberto. Ali era uma garagem secreta onde se encontrava mais de 20 carros de diferentes modelos e cores.

— Essa é a garagem secreta do seu irmão. Ele não gosta que ninguém dirija os carros dele por isso esconde a garagem. Os carros do Jimin, Jungkook e Jasmine estão na garagem aqui ao lado. – Explicou Mina.

— Por que me trouxeram aqui?

— Porque seu irmão tem um presente pra você. – Sorriu Yuta.

  Ele pegou uma das chaves na parede e caminhou até um Jeep Grand Cherokee preto.

— Seu irmão comprou esse carro para você. Ele foi perfeitamente aperfeiçoado para você e existe apenas um no mundo com tudo o que ele pode te oferecer. – Explica Yuta.

— E-esse c-carro é é m-meu? – Perguntei ainda em choque.

— É sim. – Riu Mina.

  Corri até o carro e olhei dentro, tudo era de couro marrom e o volante era vermelho.

— Nossa, é muito lindo.

— É sim. E além de ser lindo o carro é muito seguro, totalmente aprova de balas e com sistema inteligente ligado por voz. – Comentou Mina.

-— Agora para de babar no carro e vai logo pra faculdade. Ele já está abastecido e acho bom ele voltar limpinho pra casa. – Advertiu Yuta.

— O carro não é meu? – Perguntei de brincadeira.

— É, mas se vier com um arranhãozinho quem vai ter que enfrentar a fera do seu irmão somos nós. – Diz Mina.

— O carro pode ser seu, mas o seu irmão odeia ver qualquer mancha ou arranhão em qualquer carro.

— Credo, o Jae ficou mais sistemático.

— Sim. – Responderam juntos.

— Bom, eu já vou. Obrigado por terem me dado o carro. – Agradeci.

— De nada Won, agora vai estudar.

  Sorri e entrei no carro. Coloquei minha mochila e os livros no banco do passageiro, liguei o Jeep e sai de casa. Dirigir era gratificante, eu simplesmente adorava. Nunca tive um carro, mas sempre quis um e Jae hyung realizou meu sonho.

   

                           👑

Dirigir me fez esquecer momentaneamente toda a turbulência que me rondava. Eu ainda não conseguia acreditar no que Mingyu havia falado para mim, aquele não era o Mingyu que eu conhecia.

  Cheguei na faculdade e estacionei o carro bem perto da entrada e logo vi Jun, MingHao, Baekhyun e Ten conversando ali perto. Desci do carro e já fui chamando atenção de algumas pessoas, peguei minha mochila e meus livros e tranquei o veiculo.

  Todo mundo na faculdade achava que eu era pobre. Eu nunca fiz questão de mostrar era sim rico, mas acho que chegar com um carro deixou as pessoas desconfiadas.

— Parece que não foi só o Minseok que resolveu chegar em bom estilo. – Comentou Jun, assim que me aproximei.

— Como assim?

- O Minseok hyung chego em uma lamborghini. – Explicou Baek.

— Mas não foi qualquer lamborghini. Foi a lamborghini do Koo Junhoe, um dos caras mais ricos de toda a Coréia. – Completou MingHao.

— Eu não sabia que ele conhecia o Koo Junhoe.

— Acho que ninguém sabia. – Ponderou Ten.

— Esse carro é seu? – Perguntou Jun.

— Sim, ganhei hoje de manhã. Parece que meu irmão comprou especialmente pra mim.

— Jae é um irmão incrível. – Admirou Hao.

— É, ele é um irmão incrível. – Sorri feliz.

— Gente, por que nós não saímos amanhã? Vamos ao shopping! Faz anos que não saímos juntos. – Dramatizou Jun.

— Eu acho uma boa ideia e eu posso levar vocês. – Me ofereci.

— Eu não posso ir. Parece que amanhã vai ter um evento no orfanato, a reitora não deixou que ninguém saísse. – Lamentou Ten.

— Tudo bem meu anjo, nós marcamos outro dia para ir com você. – Sorri gentil.

— Eu também não posso. – Murmurou Baek.

  Ele estava todo encolhido dentro das suas roupas fofinhas. Baekhyun usava uma blusa branca com estrelas pretas, sobretudo rosa bebê assim como a toca que estava em sua cabeça, calça preta e tênis brancos. Baek estava muito fofo.

— Por que não pode hyung? – Questionou Hao.

— Eu vou sair com o Sehun. – Confessa baixinho.

  Jun revirou os olhos.

— Vai continuar iludindo o menino, Baek hyung?

— Eu não estou iludindo ele! – Se defendeu.

— Baek, você sabe que o Sehun é apaixonado por você dês do colegial. E não é nem um pouco legal você ficar saindo com ele dando esperanças sendo que se o Chanyeol aparecesse aqui do nada você voltaria correndo pra ele. – Despejou Junhui.

   Baekhyun ficou indignado.

— Isso não é verdade!

— Eu sinto muito hyung, mas todos nós sabemos que você ama o meu irmão. Mesmo que o Chan tenha sido um grande imbecil você ainda o ama, e se ele resolvesse voltar e pedir para reatar com você, todos sabemos que sua resposta seria um “sim”. – Indaguei.

Baek suspirou frustrado.

— Posso convidar ele para ir com a gente? – Murmurou a pergunta.

— Claro que pode seu bobo. – Sorriu Hao. – E chama o Kyungsoo também, o Jongin vai adorar se ele for.

— Vou chamar sim.

  Eu aí dizer que devíamos chamar a Nayeon também, mas na hora em que eu ia abrir a boca, vi Mingyu e a namorada – que agora estava ruiva- se aproximando e me apresei em sair dali.

— Gente eu vou levar esses livros para a biblioteca, vejo vocês no almoço. – E sai quase correndo.

   Eu realmente não queria encarar Mingyu, de jeito nenhum. Sai andando em direção a biblioteca, preso em meus próprios pensamentos, nem prestando atenção por onde estava andando. Lógico que não prestar atenção no caminho fez com que eu acabasse batendo em alguém e caísse no chão.

— Meu Deus! Me desculpa! Eu estava tão apressado que nem te vi. – Eu conhecia aquela voz...

— Tudo bem, eu também não vi para onde estava andando.

  A pessoa ainda desconhecida me ajudou a recolher os livros que se espalharam no chão, e quando nos levantamos e eu pude olhar em seu rosto levei um belo susto.

— Wonwoo!?

— Rowoon!?

  Nós dois sorrimos, não era preciso confirmar, era ele mesmo.

— Nossa, quanto tempo! – Sorriu ele.

— Muito. – Concordei.

   Rowoon era filho do atual conselheiro real. Depois que meu pai Yoongi abandonou o cargo e casou com meu pai Hoseok, o pai de Rowo assumiu seu lugar. Ele também cresceu fora do castelo e nós éramos muito amigos. Vivemos juntos até quando tínhamos 16 anos, foi nessa idade que Rowoon recebeu uma proposta para fazer um filme no Japão e ele se mudou para o país.

— Você não mudou nadinha Won. – Comentou.

— Você mudou bastante. – Digo rindo. – Ficou mais alto e mais bonito.

  E era verdade. Woon tinha os cabelos pretos como os meus, olhos escuros, boca carnuda e vermelhinha, sem falar que ele tinha um corpo lindo e era muito alto.

— Obrigado. – Sorriu tímido.

— Quando você voltou? – Questionei curioso.

— Faz alguns dias, dei uma pausa na carreira e resolvi vir terminar de estudar cinema aqui em Seul. Daehyun hyung e Youngjae hyung deram a maior força.

— Você falava com os meus tios!?

— Sim, eu morava com eles lá no Japão. Você não sabia?

  Neguei com a cabeça, o fazendo rir.

— Ficou sabendo agora. Você precisa de ajuda com os livros? Eu posso ajudar se quiser. – Se ofereceu.

— Se você não estiver atrasado eu adoraria a ajuda. – Sorri.

 Woon pegou meus livros e seguimos os dois para a biblioteca. Fomos o caminho inteiro conversando, colocando as novidades em dia. Contei tudo o que aconteceu por aqui enquanto ele esteve fora, e ele me contou sobre a vida no Japão.

— Prontinho, todos os livros devolvidos em segurança. – Indaga sorrindo.

  Já havíamos deixado os livros na biblioteca e estávamos caminhando para minha sala.

— Obrigado por me ajudar Rowoon.

— Não foi nada Wonnie. – Ele não parava de sorrir.

— Foi legal encontrar você de novo Woon. – Admiti.

— Digo o mesmo. Por que não saímos um dia desses? Sabe, tomar um café ou ir ao shopping?

— Eu ia adorar Rowo. Podemos marcar sim, me passa o seu número.

 Ele me deu seu celular e eu gravei meu número nele.

— Me manda uma mensagem e a gente combina. Agora você precisa ir logo pera o seu prédio antes que a aula comece.

— A gente se vê depois Wonwoo. – Ele beijou minha bochecha antes de sair correndo em direção ao seu prédio.

   Fiquei parado sorrindo que nem bobo. A última pessoa que eu esperava encontrar era o Rowoon, mas foi muito legal encontra-lo de novo.

  Estava quase chegando na minha sala quando sinto alguém pegar meu braço e me arrastar para o banheiro masculino. Quando entramos ele me empurra e ouço o som a porta sendo trancando.

— Quem é aquele cara!?

Mingyu

— O que te faz pensar que você tem o direito de fazer isso comigo!? – Pergunto irritado. – Você me machucou!

— Me responde caralho! – Gritou.

Me encolhi. O que tá acontecendo com o Mingyu?

— Rowoon. – Respondi.

  Ele ficou quieto.

— O imbecil do Rowoon?

— Você não tem o direito de chamar ele assim! Ele é um cara muito legal, ao contrário de você.

— Já tava marcando pra dar pra ele!? Só assim pra vocês ficarem de beijinho no corredor. Bela puta que você é Wonwoo, ganha quanto por hora?

  Não me arrependi quando dei outro tapa no rosto de Mingyu.

— Cala essa merda que você chama de boca! Você não tem direito nenhum de falar comigo assim! Meu Deus! Eu tenho nojo dessa pessoa que você tá se tornando. Você não é o Mingyu que eu conheço, não é o Mingyu pelo qual eu… - me cortei.

— Pelo qual você o que?

— Você está ficando venenoso como a sua namorada. – Desviei do assunto. – E fique sabendo Mingyu - desdenhei seu nome – Que o Rowoon é um grande amigo e ele só estava me chamando para sair. Ele estava sendo um homem, ao contrário de você. – Me virei e sai a passos firmes do banheiro.

   Assim que pisei fora do lugar, as lágrimas foram inevitáveis. Não podia ir para a aula assim, por isso corri até o prédio abandonado. Eu queria tanto entender o que estava acontecendo com Mingyu. Ele nunca foi assim, nunca me maltratou e agora ele me feria cada vez mais.

         👑~~~~~~~~~~~~~~ 👑

POV MINSEOK:

  Assim que cheguei na faculdade fui atrás do Jongin. Precisava agradecer por ele ter ligado para Taozi e não para o Kris.

  Achei meu irmão no jardim encostado em uma árvore.

— Jongin. – Chamei.

   Ele me olhou e sorriu.

— Oi hyung, o que foi?

— Obrigado por ligar para o Tao ontem. Se você tivesse ligado para o Appa Kris eu tava castrado agora. – Comentei risonho.

  Kai riu também.

— Eu sei como o tio Kris é, nunca que eu ia ligar pra ele para falar que você deu um chá de sumiço e nem mando notícias. Por falar nisso onde você estava?

— Aconteceram umas cosias bem bizarras. Depois eu explico.

— Ok. Mas dentre essas bizarrices, você provavelmente conheceu Koo Junhoe. – Sorriu malicioso.

— Pode tirar esse seu sorriso ridículo da cara Jongin. June é muito bem comprometido com Jinhwan e eles são muito felizes. Acabamos nos tornando amigo e foi só isso.

— Confio em você, relaxa. Mas diz aí, tio Taozi meteu o maior sermão em tu né?

  Bati em seu braço, fazendo ele rir.

— Ele me chamou de Wu Zhang Jung Yoo Minseok.

  Kai ficou assustado.

— Então foi feio.

— Ele só estava assustado por eu não ter dado noticias, ficou tudo bem. E como foi ontem?

— Bem turbulento. O Wonwoo chegou muito abalado pelo que me contaram. Ele chorou e depois foi embora, nem ficou na aula. O Mingyu e o Jun faltavam morrer de preocupação, mas aí o Jun recebeu uma mensagem do Won explicando que ele tinha ido pra casa.

— Nossa… o Wonwoo nem ficou pra aula. Ele nunca faltou. – Murmurei.

— Pois é, pra você ver que essa sua criancice afeta as pessoas, hyung.

— Olha como você fala comigo Kai.

— Eu tô mentindo? Escuta hyung, você não tinha o direito de brigar com o Won por causa de uma coisa que nem sequer o envolve. Tudo bem que ele sabe, mas ele também não tem culpa de saber. Se os nossos pais pediram para guardar segredo então obviamente ele ia fazer isso.

  Que ódio! O chato do meu irmão tem razão.

— Você viu o Wonwoo?

  Ele sorriu, não precisei dizer que ele estava certo. Apenas perguntar aquilo já deixava bem explícito isso.

— Não, vai ver ele tá com o Jun e os outros.

— Valeu, eu vou procurar ele.

— Nos vemos depois, hyung.

  Sorri antes de sair andando. Procurei pelos meninos e os achei perto do bloco de designer, onde ficava a turma de moda.

— Oi gente. – Cheguei falando.

— Minseok! – Todos me abraçaram, depois Jun me bateu.

– Aí!

— Isso foi pelo Wonwoo. – Informou.

— Vocês viram ele? Quero me desculpar.

— Ele foi agora a pouco para a biblioteca. Mas acho que não dá tempo de você ir lá, já está quase na hora da aula. Com certeza ele já deve estar na sala. – Comentou Hao.

— Vou ter que esperar o almoço pra falar com ele. – Digo frustrado.

— Não vai demorar tanto, relaxa. Agora precisamos ir, nos vemos depois hyung. – E saíram correndo em direção aos seus blocos.

  Fui andando até a minha sala e encontrei Wonwoo sentado na última cadeira da fila. Achei isso muito estranho, ele nunca senta no fundo, tem alguma coisa muito errada. Porém, eu não consegui chegar a perguntar o que estava acontecendo porque foi só eu entrar que o professor entrou junto. Só me resta esperar. 


                           👑 🎤

   Finalmente o sinal para o almoço tocou. Eu não estava mais aguentando essa aflição toda. Assim que ele tocou eu corri até meu primo.

— Wonwoo, nós precisamos conversar. – Joguei.

  Won me olhou e concordou. Percebi que ele parecia abatido e seus olhos estavam inchados. O que aconteceu? Esperei todo mundo sair para me sentar ao seu lado.

— O que foi hyung? – Perguntou baixinho.

  Eu estava realmente preocupado com Wonwoo, mas antes de perguntar qualquer coisa eu precisava me desculpar.

— Queria me desculpar por ontem. Eu fui imaturo e não entendi o seu lado, me perdoa Wonnie. Percebi que você não tem nada com isso e não é sua culpa saber, e eu entendo que você esteja guardando segredo. Me perdoa, por favor. – Supliquei.

  Wonwoo me olhou fundo nos olhos antes de sorrir pequeno e concordar com a cabeça.

— Eu te perdoo. Que bom que entendeu que eu não tive culpa.

  Sorri.

— Agora me conta, por que está com esses olhinhos tristes?

  Won olhou para a mesa e percebi que ele lutava contra as lágrimas.

— Mingyu. – Foi tudo o que disse.

- O que ele fez? – Perguntei me aproximando e fazendo carinho em seu cabelo.

  E ele me contou tudo. E a cada palavra a minha vontade de dar um soco na cara do Mingyu aumentava. Como ele pode falar tudo isso? Quando ele terminou eu já estava puto da vida e fiquei ainda mais quando percebi que ele chorava.

— Eu não acredito que aquele babaca disse isso!

— Ele disse hyung.

  Eu ia xingar o Mingyu de todos os palavrões possíveis, mas a porta foi aberta em um banque e dela entrou um Junhui furioso.

— Diz que não é verdade! Fala que ele não disse tudo isso mesmo! – Pediu, entredentes.

  Olhei para meu primo e ele limpava as lágrimas.

— Eu queria dizer que é mentira Jun, mas não é.

  Bastou isso para que Jun saísse furioso da sala e nos dois sabíamos o que ele ia fazer.

— Ele vai bater no Mingyu! Nós temos que impedi-lo! – Indaga Wonwoo.

 Won não estava pensando no Mingyu, e sim no Jun, que podia ser suspenso. Saímos correndo atrás do Junhui.

   Minha santa Taeyeon, faça que nós consigamos chegar a tempo.

            👑~~~~~~~~~~~~~~ 👑

POV JUNHUI:

Minutos antes:

— Vocês não acham que o Wonwoo está estranho? – Questionou Hao.

— Você também achou? Nossa, pensei que fosse só eu. – Comentei.

— Acho que até o Ten percebeu. – Murmurou MingHao.

  Ten estava andando na nossa frente, conversando com um amigo que se não me engano chama Johnny.

— Será que tem a ver com Mingyu? Ele também tá estranho, será que eles brigaram? – Questionou HaoHao.

— Pode ser. Vamos perguntar para ele mais tarde.

— Por que não agora?

— Não temos aula com ele agora.

— Verdade.

   Olhamos para frente e vimos nosso filho rindo e brincando o tal amigo. Ten parecia tão feliz junto com aquele garoto que acabei sorrindo.

— O nosso filho parece muito feliz, não é? – Comentei rindo.

  MingHao olhou para Ten e sorriu.

— Sim. Eu só quero ver quando ele souber que vai ser adotado.

— Eu também, mas eu não estava falando sobre a felicidade dele em relação a nós.

— Não? – Questionou confuso.

— Não. – Respondi sorrindo. – Eu quis dizer: olha como o Ten parece feliz com aquele garoto.

  Hao olhou novamente para frente e depois para mim.

— Aquele é o Johnny. Ele tem dezenove anos, nasceu nos Estados Unidos e se mudou a três anos, parece que ele não tem ficha na polícia e nunca fez nada de errado.

  Encarei MingHao assustado.

— Eu não pedi a ficha do garoto, Hao! E como você sabe tudo isso?

  Ele me olhou debochado antes de responder.

— Você acha que foi o único que reparou nessa proximidade dos dois Junnie? Eu posso ser lerdinho ás vezes, mas quando se trata do nosso filho eu sou mais rápido do que o Flash.

  Acabei rindo.

— Bom, depois desse seu relato sobre a vida do menino, acho que ele é uma boa pessoa.

— Não vou considerar o Johnny uma boa pessoa até que o nosso Tennie nos apresente ele.

  Ri novamente. MingHao era um ótimo pai, ele cuidava e protegia nosso filho com muito carinho, mais um motivo para eu amá-lo tanto.

                                                                 👣

    Ten não havia apresentando o novo amigo para nós dois, o que resultou em um MingHao reclamão.

— Por que ele não veio nos apresentar o Johnny? Será que ele tem vergonha da gente!?

— Para de sustar Hao. Tecnicamente ele não é obrigado a apresentar todos os amigos deles pra gente.

— Tem sim! Nós somos os pais dele, os pais precisam conhecer os amigos dos filhos. Principalmente se ele for um possível pretendente.

— Não somos legalmente país dele, vai ver ele não acha necessário. E você nem sabe se o nosso bebê gosta desse garoto.

  MingHao ficou parado olhando para a parede.

— Será?

— Será o que?

— Será que o Ten não nos considera país deles ainda? Por isso não apresentou o Johnny?

  Me assustei.

— Vira essa boca pra lá HaoHao! Mas é claro que o Tennie nos considera pais dele, ele até nos chama de pai e papai.

— Mas ele…

— Appa, pai. – Era o Ten.

  Nos viramos em sua direção, ao lado do nosso filho estava o tal menino.

— Oi meu anjo. – Digo.

— Eu queria apresentar pra vocês o meu amigo Johnny. Nós somos amigos a algum tempo e eu achei que vocês poderiam querer conhecê-lo. – Sorriu fofo.

— Olá Jun hyung, MingHao hyung. É um prazer conhecer vocês dois, o Tennie fala muito sobre os pais.

  Encarei Hao com deboche, e ele me socou.

— Por que bateu nele, pai?

— Hao estava tento uma crise só porque você não tinha apresentando o seu amigo ainda pra gente. Você acredita que ele chegou a cogitar a ideia de que você não pensava em nós como pais!? – Sussurrei só para ele ouvir.

 Ten ficou assustado.

— Sério!?

 Concordei. Meu filho se afastou minimamente de mim e encarou MingHao, abrindo um sorriso lindo logo em seguida.

— Pai. – Chamou.

  Hao olhou em sua direção. Assim que recebeu a atenção que queria, Ten abraçou seu outro pai com toda a força que conseguiu. Eu vi ele sussurrar alguma coisa para o Ming, porém não consegui ouvir. Depois que eles se afastaram, nós quatro começamos a conversar e eu tive certeza: Johnny é um ótimo garoto.

           

                              👣

— Precisamos conversar Mingyu. – Decretei, assim que o sinal para o almoço tocou.

— Sobre o que exatamente? – Perguntou ácido.

  Tá, isso não é normal. Mingyu nunca é assim, ele é literalmente uma flor.

— Você está estranho e o Wonwoo também. Você foi pra casa dele ontem, e hoje vocês estão agindo muito suspeito. O que tá acontecendo?

 Ele me encarou de cima a baixo.

— Por que eu ia te contar?

— Deve ser por que eu sou seu amigo? Ou por que você me prometeu que não ia fazer mal ao Wonwoo? – Perguntei entredentes.

 Gyu riu debochando.

— Por que se importa tanto com aquele frouxo? Ele merece sofrer um pouquinho não acha?

— É O QUÊ!? VOCÊ PERCEBEU A MERDA QUE VOCÊ ACABOU DE FALAR!? – Brandei, enraivecido.

  Ele apenas riu.

— Defendendo o seu brinquedinho, não é? Fiquei sabendo que pra ter a confiança do Wonwoo precisa dormir com ele, você dormiu muitas vezes com ele né? Deve ser por isso que o defende tanto.

— MAS SEU… - eu ia socar a cara dele, mas o Jongin me segurou.

— Calma cara. – Falou.

  Mingyu apenas riu.

— Vem Mingyu, vamos almoçar. – Chamou a namorada.

— Segura esse seu amigo Kai. – Debochou antes de sair.

— CARALHO! AQUELE FILHO DA PUTA ME PAGA! – Gritei.

  Me soltei do Kai e sai a passos firmes em direção a sala do Wonwoo.

                                                                

                                 👣

AGORA:

  Mas aquele filho da puta vai ver só.

  Quando cheguei na sala do Won eu ouvi toda a conversa entre ele e o Minseok. Não podia acreditar que aquele imbecil tinha feito aquilo, mas ele ia se ver comigo, nem que eu fosse expulso, mas eu ia fazer ele pagar.

— Jun! Para! – Ouvi Wonwoo gritar.

  Não dei ouvidos. Estava consumido pela raiva, eu precisava meter a minha mão naquele rostinho perfeito dele.

  Entrei bufando no refeitório, o que chamou a atenção de todos, ainda mais quando Minseok gritou:

— SEGUREM ELE CARALHO!

  Antes que qualquer um pudesse pensar em acatar a ordem do Seok, eu já havia chegado na mesa daquele canalha e o puxado para cima com uma força que eu não sabia que possuía.

— VOCÊ É O MAIOR BABACA QUE EU JÁ CONHECI! VOCÊ ME PROMETEU QUE IA PROTEGER ELE! VOCÊ PROMETEU QUE NUNCA, NUNCA, IA FAZER ELE CHORAR. – Puxei ele mais para perto - MAS VOCÊ NÃO FEZ ISSO.

— PUTA MERDA! ALGUÉM SEGURA O JUN! – Ouvi Minseok gritar novamente.

  Não adiantou em nada. Tudo foi rápido demais. Em questão de segundos tudo ficou mudo, o mundo ficou de vagar, e a minha mão já tinha atingido o rosto de Mingyu.

           👑~~~~~~~~~~~~~~ 👑


NARRADORA:

  O refeitório inteiro prendeu a respiração. Jun nunca havia agredido ninguém, todos ficaram assustados.

— Você é nojento! – Gritou o chinês.

  Foi nessa hora que tudo voltou a velocidade normal. Jun ia partir pra cima novamente, porém alguém o segurou. E esse alguém foi Rowoon.

— Jun hyung! Não vale a pena. – Disse, tentando conter o amigo.

  Wonwoo estava em choque, sendo abraçado por um Minseok furioso que queria bater no Kim também.

— Me larga, Rowoon! Esse canalha merece outro soco! – Berrou, Jun.

— Jun! O que você já fazendo!? – Perguntou MingHao.

— VOCÊ É LOUCO? – Berrou Lisa. – Por que você bateu no meu namorado? – Perguntou, enquanto ajudava Gyu a se levantar.

— Eu vou bater de novo nesse imbecil! – Berrou o loiro, ainda tentando se soltar dos braços fortes de Rowoon.

— Não! Você não vai! – Dessa vez quem gritou foi o príncipe chinês. – Eu também quero bater nesse filho da mãe, mas isso só vai piorar tudo Jun. Vamos embora, vamos levar o Wonwoo pra casa, ele não merece ficar no mesmo espaço que esse nojento. – Cuspiu Minseok.

 Junhui se acalmou, porém Rowoon não o soltou.

— Vamos embora, eu não consigo ficar no mesmo lugar que esse imbecil. – Diz Jun, entredentes.

  Minseok se virou com Wonwoo e ambos saíram andando sendo seguidos por um chinês loiro ainda um pouco alterado e um Rowoon preocupado com os amigos.

— Não podemos simplesmente vazar da faculdade, não vão nos deixar sair.– Informou Woon.

— Claro que vão. – Indagou Minseok, com um sorriso brilhante no rosto. – Eu ainda sou um príncipe esqueceram?

  Mesmo em meio a toda aquela turbulência, Jun e Rowo foram capazes de sorrir. Os quatro foram em direção ao carro de Wonwoo, Minseok disse que dirigiria, Rowoon iria no banco do passageiro e os outros dois nos bancos de trás.

  Assim que entraram no carro, Jun puxou o ex-namorado para perto e o envolveu em seus braços.

— Sinto muito por ter batido nele. Sei que ele mereceu, mas também sei que você não aprova violência. – Sussurrou.

 O príncipe coreano se limitou a apenas concordar com o amigo e voltar a esconder seu rosto no peito do chinês. Ninguém disse mais nada.

Na portaria o guarda não queria deixar que Minseok saísse, mas foi só ele agir como um príncipe metidinho que a passagem foi liberada. O caminho até a Mansão dos Im – ou Jung- Foi silencioso e preocupante. Todos que estavam dentro do veículo permaneceram quietos pois estavam presos demais em seus próprios pensamentos, o que permitiu o silêncio. Mas também foi preocupante porque três dos passageiros estavam preocupados com Wonwoo, que não esboçava reação alguma.

  Minseok estacionou em frente à casa. Todos desceram do carro lentamente e foram caminhando na mesma velocidade para dentro da casa. Os amigos acharam melhor que Won comesse alguma coisa antes de se deitar, por isso foram em direção a cozinha. Porém, quando chegaram na sala encontram algumas pessoas que nunca pensariam que estariam ali em um momento como esse, mas eles estavam.

  Os quatro amigos entraram na sala e viram outras quatro pessoas, três homens e uma mulher. Porém, para Wonwoo, só havia uma pessoa naquela sala enorme.


Notas Finais


E foi isso Chenies❤
Comentem o que acharam para a Xiu poder saber 😘
Como eu disse, foi um capítulo bem corrido, mas sinceramente eu gostei. Espero que vocês também. Eu tô com uma peninha gigante foi Wonwoo 😭😭😭
Vamos fazer um motim e bater no Mingyu???? Quem apóia levanta a mão ✋
Não esqueçam de deixar o seu comentário, favoritar a fic e me ajudar a divulgá-la. Vamos fazer MFLB crescer ❤❤❤❤❤❤❤❤
Até semana que vem😘


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