História My friend II - Capitulo 2

Propostas:

Assim que voltamos para Los Angeles, eu recebi uma proposta irrecusável da Adidas. Vamos começar do início. Kanye, meu cunhado, passou a fazer parceria com a marca e lançou a linha dele de sneakr e ele me convidou para ser uma de suas modelos. A minha aparição no desfile de lançamento e a minha utilização dos produtos passaram a me render um “patrocínio virtual”. Eu postava fotos vestindo coisas da marca ou sai nas ruas.

Depois que eu e minha irmã fomos ao Brasil assistir ao mundial, a venda dos produtos que nós estávamos utilizando cresceu mais que o dobro do que estava sendo consumido. A empresa passou a ver que a minha influência no estilo das pessoas era grande, então eles vieram com uma grande proposta. Ser a nova diretora criativa da Adidas.

A proposta era maravilhosa e depois de estudar ela, eu aceitei. Minha família inteira comemorou e obviamente teve festa por isso.

Nesse pouco tempo, eu resolvi a minha situação com Tyga. Eu terminei com ele e em troca vi o meu nome ir para em cada site de fofoca, graças as suas mentiras. Também fiz algo que nunca pensei ter coragem, me mudei. Eu agora sou habitante de Munique. Eu sei que foi uma mudança drástica, mais está sendo bom para mim, me afastei do que me incomodava e estou focada no meu novo trabalho.

- Oi. Pronta para conhecer a fundação? – Manuel diz assim que abro a porta.

Dou risada.

- Sim Manu, eu estou pronta! – digo.

Percebi que ele ficava animado com o assunto fundação.

- Vamos logo, porque a viagem é meio longa! – Manuel diz.

- Espera só um minuto! – digo.

Vou até a sala e pego minhas bolsas.

- Pronto! – digo.

- Nós vamos voltar hoje! – ele diz.

- Eu sei, mais eu tenho algumas coisas que preciso levar! – digo.

- Ok! – ele diz e dá de ombros.

Entramos no seu carro e partimos para a sua cidade natal.

Ainda estava amanhecendo e apesar do frio que fazia, o amanhecer de Munique, no verão, era lindo. Obviamente tirei fotos daquilo.

Manuel e eu nos aproximamos com essa minha mudança, ele foi um dos patrocinados a me receber e nesse coquetel começamos a conversar. Eu e ele estreitamos mais os laços porque ele comentou sobre sua fundação e eu realmente me interessei em conhece-la.

Em pouco mais de cinco horas de viagem conversamos sobre um bilhão de coisas e ele era um cara legal e apesar da cara de menino sério, ele era bem divertido.

Quando em fim chegamos a Gelsenkirchen, fomos direto para a fundação. Fomos recebidos com festa pelas crianças, elas cantaram uma música de boas vindas e nos encheram de abraços. Eu fui apresentada a cada cômodo da fundação e fiquei muito impressionada com a dedicação dele para fazer aquilo dar certo.

Na hora da nossa interação com as crianças eu fiquei um pouco tímida, mais respirei fundo e comecei a falar com eles.

- Oi, meu nome é Joana! – digo.

- Oi! – eles respondem em coro.

- Ei, o seu nome não é Kylie? – uma garotinha pergunta.

Dou risada.

- Não... meu nome seria Kylie, só que meu irmão Rob, se sentia excluído pelo nome dele ser com R e não com K, então meus pais resolveram mudar a letra do meu nome. Eu uso Kylie só em ocasiões especiais, já que meus pais gostam desse nome! – explico e eles entendem.

Vejo Manuel ri.

- Hoje, eu vim com Manu, para pedir algo a vocês! – digo.

Eles me olham curiosos.

- Eu quero que vocês me digam as cores favoritas de vocês! – digo.

Na mesma hora todos começam a dizer cores e vira uma bagunça.

- Você deixou eles animados! – Manuel diz rindo da bagunça que virou.

- EI! – grito.

Eles me olham com atenção.

- Escrevam no papel que o Manu vai dar para vocês! – digo.

Manuel pega um bloco de papel e distribui as folhas para as crianças. Elas se concentram em escrever suas cores preferidas e nós os observamos.

- Para que você quer saber isso? – ele pergunta curioso.

- Em breve você irá saber! – digo.

Ele revira os lindos olhos.

Mexi em uma das minhas bolsas e retirei vários lápis de cores. Só que esses lápis tinham cores que normalmente não vinham no que comprávamos. Coloquei a grande quantidade em cima da mesa e mais uma vez Manuel me encarou curioso.

- O que você vai fazer? – ele pergunta.

- Você é bem curioso! – digo.

Ele ri.

- Agora, façam uma fila e venham escolher os lápis que vocês querem usar! – digo.

As crianças me obedecem e ordeiramente fazem o que eu peço.

- Eu quero... que vocês desenhem qualquer coisa que queiram! – digo.

Manuel me olha com a sobrancelha arqueada.

- Mãos a obra! – digo e dou risada.

As crianças se concentram em fazer aquilo que eu peço e um silencio se instala na sala.

- Eu estou extremamente curioso! – Manu sussurra.

- Calma, eu vou te falar o que é... mais depois! – digo também sussurrando.

Ficamos esperando as crianças terminarem e aos poucos elas me entregavam os seus papeis.

Depois quando todas terminaram, já estava no horário do almoço. Fomos para o refeitório e lá encontramos a mãe de Manuel.

- Mãe, essa é Joana, minha amiga! – Manu fala.

Demos um abraço rápido.

- É um prazer conhece-la! – digo.

- O prazer é todo meu... Manu me falou de você! – ela diz e sorri para mim.

- Vamos almoçar e você me diz qual é a sua intenção ao fazer tudo aquilo! – Manu diz.

Fizemos nossos pratos e depois seguimos para uma mesa.

- Então... – Manu me estimula.

Dou risada.

- Ele é bem curioso! – digo olhando para a mãe dele.

- Desde pequeno... no Natal ficava para morrer porque não podia abrir os presentes logo! – ela fala e ri.

A acompanho no riso.

- Como você sabe, eu serei a diretora criativa da Adidas... – começo.

Recebo olhares atentos deles.

- Então, hoje foi meio que um laboratório, na verdade, foi um dos processos criativos! – digo.

- Como assim? – ele pergunta sem entender.

- Eu adorei o seu projeto e como te falei, também irei ajudar financeiramente aqui... só que eu não quero que isso fiquei em uma ou duas cidades... eu quero que isso chegue a toda Alemanha! – digo.

- E o que aquela brincadeira tem a ver com isso? – ele questiona.

- Tudo. Eu quero, que para a primeira coleção que eu assine, o foco seja as crianças...

- Eu não estou entendendo nada! – ele diz arregalando os olhos.

- Os desenhos e as cores serão utilizadas na confecção da linha... eu quero aproveitar o meu momento, para que todos vejam o quanto esse projeto é bom, o quanto ajuda crianças e quão seria bom se isso estivesse ao alcance de todos! – digo.

Manu e sua mãe parecem estarrecidos.

- Uau! – é o que ele diz.

- Todo esse material não será utilizado de uma só vez... provavelmente iremos dividir em duas partes, mais isso será bom, teremos mais visibilidade! – digo.

- Isso será incrível! – ele diz feliz.

- É será! – digo.

Almoçamos falando mais da minha ideia e de alguns detalhes da minha coleção.