História My friend II - Capitulo 30

Pov. Karim Benzema:

Desembarcamos no Brasil a duas semanas e hoje, já cem porcento, nós iremos voltar para Madrid. Joana tinha razão quando insistiu para eu procurar outro profissional, o fisioterapeuta Alex Evangelista me deu uma nova esperança para o fim das sequencias de lesões.

Fiz tratamento intensivo durante esses dias aqui e Joana me acompanhou em todos os períodos. Íamos para o CT do Vasco pela manhã e só saiamos de lá no meio da tarde. Não aproveitamos dia nenhum, apesar de termos ficado num hotel de frente para o mar.

- Você vai para onde? – Joana pergunta assim que me vê.

- Nós vamos dar um mergulho na praia. – digo.

- Oi? Você está doido? As imprensas espanholas e francesas estão tendo uma sincope com o seu tratamento aqui e você vai dar um mergulho? – ela pergunta.

Eu que estava fazendo o tratamento, mais ela em dia nenhum aproveitou qualquer coisa da cidade maravilhosa, acho justo sairmos hoje.

- Relaxa, ok? Essa não é a primeira vez nem será a ultima que eu viro alvo de criticas... esse é o nosso ultimo dia aqui e eu acho justo nós sairmos um pouco desse hotel. – digo.

Ela fica me olhando.

- Vai logo se trocar, porque a noite nós vamos partir de volta para casa. – digo.

Ela revira os olhos.

- É sério Benz, isso vai dar muito problema... – ela argumenta.

- Cala a boquinha e vai se trocar... faz pelo menos isso, já que você me deixou esse tempo todo a ver navios. – digo.

Ela solta uma gargalhada.

- Você precisava de repouso para se recuperar. – ela diz rindo.

- Era só a gente fazer deitado. – digo gesticulando.

Ela ri mais ainda.

- Eu vou me trocar. – ela diz.

- Ótimo.

Ela pega a mala e começa a mexer.

- Biquíni ou maiô? – ela pergunta.

- Maiô. Nunca vi você vestida em um. – digo.

Ela faz uma careta.

- Visto sempre. – ela diz.

- Mais eu nunca vi pessoalmente. – rebato.

- Ok, você vai ver hoje. – ela diz tirando um maiô vermelho da mala.

Ela se levanta e vai para o banheiro.

Enquanto ela se troca eu vou até a varanda do nosso quarto e vejo como está a movimentação na praia. Como um funcionário havia me falado, estava bem calma. O sol estava meio fraco hoje, diferente dos dias anteriores, chegou até a chover pela manhã.

- Vamos baby. – Joana fala.

Olho para ela e ela já estava vestida no maiô e com uma sai jeans curta.

- Não vai passar protetor? – pergunto.

- Já passei. – ela diz e pisca para mim.

- Você está me deixando num castigo... – digo.

Ela ri.

- Prometo te compensar muito bem depois, agora vamos. – ela diz.

Saímos do quarto e fomos falar com o gerente do hotel. Queríamos sair discretamente do hotel, já que tinha alguns fotógrafos e alguns fãs de plantão na porta do hotel. Ele nos levou para uma saída lateral e nós fomos para uma parte da praia mais distante do hotel com a ajuda de um segurança.

- Olá. – dissemos quando vimos a dona do quiosque.

Ela dá risada com o nosso sotaque.

- Podemos deixar nossas coisas aqui? – pergunto apontando para os nossos objetos.

A mulher parece tentar processar tudo.

- Ah, deixar as coisas guardadas? Pode sim. – ela diz fazendo sinal positivo com as mãos.

- Obrigado. – agradecemos.

Tiro minha camisa e deixo minha carteira e o meu celular junto com ela. Joana tira a saia e deixa os óculos também. A moça guarda tudo em baixo do balcão, junto com outras coisas que pareciam ser dela. Deixamos nossas sandálias para trás.

- Essa areia está fervendo. – Joana reclama recolhendo o pé.

- Vamos ter que correr. -digo.

- Não vai forçar... – a interrompo.

- Eu estou cem porcento. – digo.

- Ok, mais me dá um desconto, vai?

- Não prometo nada... – digo rindo.

O quiosque era relativamente longe da água, então teríamos um longo percurso.

- Karim... – Joana fala rindo.

- Vamos logo.

- Tá. – ela diz e sai correndo.

- Ei, me espera! – grito e corro atrás dela.

A alcanço com facilidade e logo estamos correndo lado a lado.

- Puta que pariu, a areia quente e a água gelada! – ela reclama assim que coloca o pé na água.

- Entra de uma vez que o frio passa. – digo e mergulho.

Quando submergi não vi ela. Segundos depois ela apareceu do meu lado.

- O frio só aumenta! – ela exclama tremendo um pouco.

- Mantem o corpo debaixo d’agua, daqui a pouco ele acostuma. – digo empurrando ela um pouquinho para debaixo d’agua.

Ela treme durante algum tempo, mais depois seu corpo se acostuma.

- Melhorou? – pergunto.

- Agora sim. – ela diz passando as mãos no cabelo e tirando o excesso de água.

Fico admirando ela.

Eu acho que pela primeira vez alguém fez algo desse tipo por mim, quer dizer, alguém fora da minha família.

Ela vem para perto de mim e me abraça.

Como minhas mãos estavam na frente do meu corpo, foi inevitável deixar de tocar no meu paraíso particular. Na realidade eu fiz questão de tocar lá.

- Karim! – ela grita se afastando.

Dou risada e a puxo de volta para mim, mais ela reluta um pouco.

- Vou me comportar, prometo. – digo.

Ela acredita e se aproxima.

- Acho que eu já sei para onde quero vir nas férias... – digo.

- Sério? Eu também adorei aqui... com toda certeza vou indicar as minhas irmãs. – ela diz.

- O que acha de virmos para cá nas minhas férias? Podemos ir também para o Caribe, você me falou muito bem de lá. – sugiro.

- Vou adorar. – ela diz e sorri para mim.

Ela me abraça e passa as pernas pela minha cintura.

- Depois você quer que eu me comporte. – digo dando um tapa na bunda dela.

Ela ri e beija meu pescoço.

- Se você continuar...

- Vou ficar quietinha. – ela diz e ri.

Aliso sua coxa e ando um pouco mais para o fundo da água.

- Obrigado. – digo.

- Pelo que? – ela pergunta e me olha.

- Você sabe... por ter me convencido a vir, por ter falado e garantido a Florentino que daria certo, por ter deixado tudo e vindo comigo, por ter ficado trancada num hotel mesmo podendo sair... sério, obrigado mesmo. – digo.

Ela sorri tímida.

- Não foi sacrifício nenhum... – ela diz e me beija.

Antes quando eu beijava ela era com um puta tesão, mais hoje foi diferente, obvio que o tesão estava presente, só que agora eu beijava com carinho também.