História My friend II - Capitulo 39

Alguns dias depois:

Pov. Karim Benzema:

Eu tentei trazer Joana comigo a alguns dias atrás, mais ela ainda estava muito assustada e só de pensar em pisar em solo europeu ela teve uma crise de pânico. Foi triste e angustiante ver ela daquele jeito e não poder fazer nada.

Hoje, depois de quase duas semanas, ela aceitou voltar. A mãe dela montou uma equipe de segurança para ela com ex militares e alguns ex agentes do serviço secreto norte americano e eu também passei a contar com alguns seguranças para que ela realmente se sentisse segura aqui em casa.

Eu fui para o aeroporto de Madrid tendo o meu carro acompanhado por quatro seguranças, foi extremamente estranho mais eu sabia que Joana não se sentiria bem sem a presença deles.

Cheguei trinta minutos antes do voo dela pousar e fiquei andando de lá para cá e vendo a movimentação do aeroporto ser modificada. Com toda certeza aquele preparativo todo era para a chegada de Joana.

Quando o voo dela enfim pousou, eu me senti mais aliviado.

Fiquei olhando pela parede de vidro para ver ela descer, mais a primeira pessoa que vejo é um homem gigante vestido de preto e com um ponto eletrônico no ouvido e essa imagem se repetiu tantas vezes que eu perdi as contas. Quando enfim ela saiu do avião, estava toda vestida de preto com um moletom grande e óculos escuros.

Até ela enfim chegar a sala onde eu estava, demorou uns cinco minutos.

- Mon amour... como foi a viagem? – pergunto a ela.

Ela me abraça.

- Cansativa. – ela diz.

Beijo os cabelos dela.

- Então vamos para casa. – digo.

Ela concorda com a cabeça.

Passo o braço por seus ombros e quando tento caminhar, o corpo dela não sai do lugar.

- O que foi? – paro na frente dela e pergunto.

Ela sacode a cabeça negativamente.

- Não quer ir? – pergunto.

Ela não fala nada só sacode a cabeça negativamente.

- Calma... eu estou com você, nós estamos rodeados de seguranças, nada vai acontecer. – digo segurando o rosto dela.

- Já fizemos uma varredura senhorita Jenner, não existe qualquer ameaça aqui. – o chefe da segurança, que já trabalhou para o presidente Barack Obama, se pronuncia.

- Vem, pode confiar em nós. – digo a ela.

Ela segura minha mão e a passos lentos saímos daquela sala. Com toda a movimentação que ocorreu no aeroporto, foi impossível não chamar atenção, então muitos curiosos e alguns repórteres se encontravam ali.

Passamos sem qualquer dificuldade por eles, a policia local ajudou mais o cordão de isolamento foi feito pelos seguranças dela. Joana se manteve de cabeça baixa e segurando firme minha mão, por vezes até apertava mais que o necessário mais eu sabia que passar por ali estava sendo uma enorme provação para ela.

Quando entramos no meu carro, já havia um grupo de seguranças pronto para ir na nossa frente. Partimos mais isso não deixou ela mais aliviada.

- Ei... eles estão aqui... – digo e aperto de leve a coxa dela.

- Eu não deveria ter voltado Benz... eu não estou me sentindo bem... – ela diz esfregando a mão na região do coração.

- Respira fundo... nós já estamos chegando em casa. – digo a ela.

Ela faz o que eu peço e parece resolver por alguns instantes, até um motoqueiro passar e ela se assustar novamente.

O caminho para casa foi assim, eu tentando distrair ela e falhando na missão.

Antes de entramos em casa, os seguranças olharam tudo e constataram que a casa estava vazia e a salva de perigos.

- Rolly. – Joana diz assim que entramos.

O cachorro veio disparado e ficou pulando nas pernas dela. Ela o carregou e graças a Alá ela pareceu mais tranquila.

- Ele está enorme. – Joana comenta.

- Claro, come feito um boy. – digo.

Ela ri.

Pela primeira vez, depois de tudo, eu estou vendo ela ri.

- Por que você deu risada para esse pulguento e para mim nem um misero beijinho? – pergunto para tentar deixar o clima leve.

Ela ri mais uma vez.

- Não fica com ciúmes amor... é que ele é fofinho e você é...

- E eu sou o que? – pergunto cruzando os braços.

Ela olha para os meus braços e morde o lábio inferior.

- Você é gostosão. – ela diz e ri.

Foi impossível me manter sério.

Ela estava voltando, aos poucos mais está voltando.

- Vamos lá para o meu quarto, já está tudo pronto para você... – digo.

- Vamos, eu estou precisando descansar. – ela diz e coloca Rolly no chão.

O pulguento fica espojado no meu sofá enquanto nós vamos para o quarto.

- Vou tomar um banho... – ela diz.

Eu estava louco para sentir ela novamente, já faz muito tempo desde a ultima vez, mas tenho em mente que o momento não era esse.

- Estou aqui te esperando. – digo e me sento na cama.

- Tá bom. – ela diz e segue para o banheiro.

Enquanto ela vai tomar banho, eu fico mexendo no celular. Leio as mensagens do grupo do time e todos eles desejaram melhoras para Joana, nas redes sociais muitos dos fãs dela e até dos meus me pediam para cuidar dela nesse momento difícil.

- Benz? – escuto Joana gritar.

Me assusto e vou lá num pulo.

- O que aconteceu? – já entro no banheiro perguntando.

Ela respira aliviada.

- É que eu ouvi um barulho estranho e... desculpa. – ela pede.

Ela ainda estava parcialmente vestida, mais é aquela coisa...

- Foi o meu celular, eu estava mexendo e acabei abrindo um vídeo... – explico a ela.

Ela balança a cabeça positivamente.

- Me desculpa por isso... eu sei que estou sendo chata... – ela diz e passa a mão no cabelo.

- Está tudo bem, você não está sendo chata, você está passando por um momento difícil e eu estou aqui com você. – digo segurando o rosto dela.

Ela sorri para mim.

- Quando foi que esse Karim fofo nasceu? – ela pergunta e ri.

A puxo para um abraço.

- Não abusa da sorte porque eu estou louquinho para voltar ao normal. – digo e deixo um tapa na bunda dela.

Ela solta uma gargalhada e eu juro por Alá que desde que deixei ela nos EUA, essa é a primeira vez que me sinto mais relaxado.

- Eu adoro você mon amour. – ela diz.

- Adoro? – questiono.

Dissemos eu te amo e agora ela vem com essa de adoro? Não aceito.

- Não vamos gastar toda a nossa cota de romantismo. – ela diz.

Olhando no fundo dos olhos dela, eu começo a enxergar um sinal de que em breve ela irá voltar a ser o que era.