História My friend II - Capitulo 9

O almoço foi interessante, pelo menos para mim e para Karim, já que por vezes deixávamos minha irmã voando quando dialogávamos em francês. Voltamos para casa juntos e foi divertido. Deixei ele em seu hotel e depois parti para casa.

Minha irmã encheu meu saco para eu chamar ele para sair e eu cedi a vontade dela. Ok que eu também queria, mais só dei o meu braço a torcer depois de ouvir Nina falar do quão perfeito está o casamento dela.

Vesti um vestido preto, todo colado ao meu corpo, coloquei um tênis e fiz uma maquiagem leve. Como já tinha me livrado da minha peruca, apenas deixei meus fios com ar desarrumado e solto.

- Vou dormi fora! – minha irmã diz se olhando no espelho junto a mim.

- Isso está ficando sério... – digo.

Ela ri.

- Segundo encontro... ou terceiro, mais não temos nada sério! – ela diz dando de ombros.

- Alguma possibilidade de voltar hoje? – pergunto.

- Nenhuma. Pode trazer o francês! – ela diz.

Dou risada.

Fico feliz com a minha imagem e eu e Kendall saímos juntas. A deixo em uma casa num condomínio próximo ao meu e sigo para o hotel onde Karim está hospedado.

- Boa noite! – digo para chamar a atenção da recepcionista.

- Boa noite! – ela diz e sorri para mim.

- Eu gostaria de falar com Karim Benzema! – digo.

As sobrancelhas dela se mexem e eu sinto vontade de ri.

- Só um minuto Senhorita Jenner! – ela diz.

Ela digita algo no computador e depois usa o telefone.

- A senhorita Jenner deseja falar com o Senhor Benzema! – ela fala.

Ela fica calada por um tempo e depois desliga o telefone.

- Ele disse para a senhorita ir até lá... o quarto é o 1119! – ela diz.

- Obrigada! – digo e sigo para o elevador.

Sei muito bem qual é a intenção dele, mais nada vai acontecer, pelo menos não agora.

Bato na porta e logo sou atendida por um cara que eu não fazia a mínima ideia.

- Por Alá... é ela mesmo! – homem diz me olhando de cima a baixo.

Dou risada.

Depois nós mulheres que somos fofoqueiras.

Um rapaz parecido com Karim aparece e esse eu tenho certeza que é irmão de Karim.

- Oi Grego! – digo sorridente.

Ele olha para o desconhecido.

- Ela sabe o meu nome! – ele diz.

- Seu nome é Gressy, mais seu irmão disse que todos te chamam de Grego! – digo.

Ele só falta enfartar na minha frente.

- Vou entrar, ok? – pergunto.

Eles apenas balançam a cabeça positivamente.

- Karim! – chamo ao entrar na suíte.

Ele aparece vestindo a camisa.

- Vim te raptar! – digo.

Ele ri e arqueia a sobrancelha.

- Se os rapazes não se importarem... – digo e dou uma olhada para trás.

- Claro que não... pode levar! – Grego diz.

- Você só esqueceu de perguntar se eu quero ir! – ele diz.

Dou risada.

- Grego e... como é o seu nome? – pergunto encarando os dois rapazes.

- Zibu! – o moreno responde.

- Então vamos sair, já que a princesa recusou meu convite! – digo.

- Eu não recusei, só constatei um fato! – Karim se intromete.

Grego e Zibu reviram os olhos.

- Vai fazer doce ou vai comigo? – pergunto.

- Eu vou... mais só porque estou muito interessado! – ele diz.

Solto uma gargalhada.

Quando eu queria e quando não tinha sentimentos envolvidos, eu conseguia o que queria dos homens.

- Então vamos, porque eu não tenho a noite inteira! – apresso ele.

- Mandona... – escuto Zibu comentar baixo.

Dou risada.

- Alguém tem que dar um Norte na situação! – digo.

Karim pega um boné e pega a carteira.

- Vamos lá patricinha! – ele diz.

Arqueio minha sobrancelha.

- Tchau garotos  foi um prazer conhecer vocês! – digo acenando.

- Tchau! – eles dizem em coro.

Eu e Karim saímos e ao passarmos pelo saguão do hotel recebemos olhares curiosos.

- Você sabe que tem um monte de fotos nossas circulando por ai, não é? – Karim me questiona assim que entramos no meu carro.

- Não, mais imagino! – digo tranquila.

Dou a partida para o restaurante.

- E você não liga? – ele pergunta.

- Eu não... já me acostumei com tudo isso. – digo dando de ombros.

Ele ri.

- Cresceu com isso, não é? Além do mais, eles não estão falando nenhuma mentira... – Karim diz.

- Se eu vou levar a fama, eu deito na cama! – digo e ele solta uma gargalhada.

- Não deitamos na cama... foi no banheiro! – ele diz.

- Vamos resolver isso... tenha calma jogador! – digo.

Sinto a mão dele acariciar minha coxa.

Chegamos ao restaurante e depois de deixar minha chave com o manobrista, nós entramos. O restaurante era simples e tinha comida de verdade e era exatamente por isso que eu sempre vinha nele.

- Nunca imaginei que vinha nesses lugares! – Karim diz e se senta mais próximo de mim.

- Eu gosto daqui... é diferente do que sempre me foi oferecido. Obvio que eu gosto do luxo, do dinheiro, mais tem horas que um prato cheio de comida vale mais que uma ervilha com um grão de arroz! – digo e dou risada.

- Tinha esquecido que você cresceu em meio ao luxo... estou acostumado com gente que vem do nada e ganha tudo! – ele diz.

- Sei o que é isso, também tenho amigos que vieram do nada... e talvez por isso a minha consciência tenha pesado!

- Sua consciência pesou? – ele pergunta sem entender.

- Sim. Eu sempre achava que os meus problemas eram os maiores do mundo e que morreria por causa deles, mais ai meu campo de visão foi aberto e eu vi que precisava mudar um pouco...

Ele parecia interessado em me ouvir.

- Vamos pedir, porque eu estou morrendo de fome! – digo.

Olhamos o cardápio e pedimos costelas de porco com molho barbecue e acompanhado de batatas fritas.

- Acho que vou ter que dar uma passada na academia... – digo.

- Nem vai... – ele diz sorrindo malicioso.

Reviro os olhos e dou risada.

- Gostei de conhecer você... realmente! – ele diz.

- Você também não é um poço de chatice! – digo rindo.

Ele ri.

- Mais isso não significa nada... – ele fala.

- Relaxa que eu não quero me amarrar a ninguém... esse lance de namoro não é para mim! – digo e sorrio triste.

- Sexo é bom para esquecer a dor do fora! – ele diz e pisca para mim.

- Eu sei disso... ou você acha que eu te chamei para jantar porque te achei legal...?

Ele ri alto.

- O mundo precisa de mais mulheres assim... diretas! – ele diz.

- Você é um privilegiado...

- Talvez nós dois sejamos! – ele rebate.

- É... você está certo! – digo.

Karim, Karim... a nossa noite será longa.