História My ghost. - FIM.

EU O AMO e sim, vou começar a porra do meu dia deixando esse fato claro. Eu poderia gritar pro mundo inteiro ouvir que Derek Hale me levou ao inferno e me trouxe pro maldito paraíso. E não importa se estou sendo meloso o suficiente na nossa relação. Mas a partir do momento que você tem alguém completamente surreal ao seu lado, alguém que sente... Alguém tão real como Derek, não tem como não se apaixonar.

Eu tenho que deixar claro que mesmo nossa relação tendo um maldito segredo, eu fiz uma escolha e a minha escolha foi ama-lo e eu tive que largar meu melhor amigo pra isso.  E você faria isso? Bom... Você ter virado um “fantasma” não é normal, imagina eu ter que contar a verdadeira historia por trás do nosso encontro... Cara, ele provavelmente me acharia um louco, mas foda-se.

– Derek seu porra... Sai do banheiro logo.  – Gritei, não ligando por estar sendo grosso, até porque depois daquele dia que saímos e nos resolvemos muita coisa mudou... Se passaram alguns meses e nosso relacionamento se fortaleceu. – Abre isso...

– Calma, seu idiota... Grita mais alto, o vizinho ainda não ouviu. – Gritou do outro lado da parta, fazendo-me rir alto.

– Não sei porque tranca a porta... Eu vi tudo já.  – Disse o obvio e joguei-me contra o chão, sentando e esperando-o sair.

– Blá, blá, blá... – Murmurou ele.

Acabei rindo mais alto e aposto que ele estava se irritando com minha ousadia, mas vai entende-lo, ele reclamou durante nossa relação que estava muito fechado e agora estou sendo intrometido. Sério?

Eu solto um suspiro sentindo-me um pouco cansado da bebida do dia anterior.

Ouço a porta abrir e olho para Derek que usava apenas uma toalha em torno da cintura. – Me mata mesmo. – Murmurei deitando no chão gelado e olhando-o maliciosamente. – Opa, tá solteiro gato?

Ele revirou os olhos e chutou meu pé. – Levanta dai... Tá parecendo um Gasparzinho, você tá pálido. – O tom preocupado dele me fez revirar os olhos.

– Isso é culpa sua... Por que quis comemorar seu aniversário em um maldito bar? Não poderia ser uma lanchonete? Pelo menos eu comeria e comeria, não beberia... – Estendi minha mão em sua direção e ele me ajudou a levantar, colocando a mão na minha cintura e olhando-me atentamente.

– Mas foi legal. – Ele sorriu.

– Foi. – Aproximei para roubar um selinho e desviei, me enfiando no banheiro. –  Agora vai se arrumar que vamos comemorar seu aniversario do meu jeito.

– Mas meu aniversario foi ontem.

Dei de ombros e fechei a porta, logo, comecei a fazer minha higiene matinal e cantarolei uma musica qualquer no processo. Estava sim enjoado por conta da bebida, mas não deixaria isso atrapalhar o meu dia.

Quando terminei o meu banho, sai do banheiro e fui me arrumar, o Derek estava na sala assistindo qualquer coisa na tv e eu tinha voltado pro apartamento dele e agora estamos morando juntos, depois de muita luta da parte dele ou será da minha?

– Derek... – Gritei indo até um quarto que nós não usávamos e tirei a caixa que estava lá dentro, um tanto exagerada,  que mal passava pela porta.

– O que é? – Gritou da sala.

– Vem cá, baby... – Gritei de volta, tentando não me estressar com a preguiça dele.

– Vem você.

– Eu tô mandando, vem logo. – Me estressei, ainda segurando a caixa pesada.

– Affs, que estressado você. – Resmungava ele e quando vi ele passar pelo corredor, seus olhos me analisavam e uma risada escapou dos seus lábios. – Mas que p... Como isso entrou aqui? – Indagou chocado e empurrando a caixa pra entrar no quarto novamente.

– Magica, magica... – Sussurrei soltando a caixa no chão e olhando pra ele de lado. – Anda, Senhor Hale... Abra.

– Você não vai me pedir em casamento né? – Indagou confuso. – É porque, uau, claro que eu diria sim... Mas... Uau. – Sua face ficou vermelha. – Vai?

Acabei soltando uma gargalhada. – Você aceitaria? – Aproveitei, já que não sabia que estávamos nessa fase já.

– Claro.

Respondeu sem pensar e isso me fez rir, pois eu não iria pedir ele em casamento, mas a alegria invadiu meu coração. – Obrigado, amor... Mas não vou pedi-lo em casamento. – Dei um tapinha no seu ombro. – Não agora.

Um sorriso apareceu nos lábios de Derek, que soltou uma gargalhada. – Um leve mico que passei agora... Deixa eu ver o presente. – Ele agachou-se diante da caixa e olhou confusa pra ela. – Não é aquela pegadinha de várias caixas, né?

– Para de fazer pergunta e abre logo. – Suspirei.

Aquele maldito sorriso não saia do rosto dele e acabei analisando a reação dele enquanto abria a caixa com cuidado. Derek me olhava de maneira calma e tão apaixonante, que as vezes ele parava de abrir a caixa só pra me fitar. Quando a embalagem foi rasgada e a caixa estava totalmente exposta, ele abriu-a e um sorriso foi esbouçado em seus lábios ao ver um “Globo Terrestre”. – Uau... Obrigado. – Ele sorriu e me abraçou forte.

Eu revirei meus olhos novamente e bufei. – O presente não é só esse... Tira o negocio ai de dentro. – O empurrei com o dedo.

Tirando-o, ele viu um envelope e pegou. – O que é?

– Abre. – Mordi meu lábio inferior, contendo minha animação.

Quando ele abriu, seus olhos brilharam de animação e jurava que ele iria chorar a qualquer momento. – É o que estou pensando?

– Sim, você não queria um trailer de  casa por dentro para viajar por ai.... – Eu não tive tempo de terminar, pois ele me deu um selinho forte e senti seus braços me rodearam.

– Obrigado, obrigado. – Ele sussurrava com cada beijo dado. – Cara... Meu...

Me afastei e vi a coisa mais linda da minha vida, o cara com o sorriso mais apaixonante de todos e meu. – Obrigado você por ter me salvado. – Eu disse, até porque não tínhamos muito momento fofos e aquele era o momento certo para eu agradece-lo por tudo. – Você... Derek... Eu não sei o que seria de mim sem você, hoje, você se tornou tudo. – Um sorriso brincou em meus lábios.  – Esse presente não é nada... Até porque o melhor presente que eu poderia dar sou eu. – Pisquei em sua direção e sorri de forma amigável.  

A risada alta de Derek me fez rir junto e sua face se encontrava vermelha. – Com certeza seria você. – Ele descansou seu queixo em minha cabeça e abraçou-me forte. Ficamos assim por um longo tempo e aproveitei para inalar o seu perfume.  – Iludido. – O mesmo depositou um beijo em meus cabelos.

– Iludido nada. – Apartei-o e me afastei. – Ok, estamos aqueles casal grude...

– Tipo Lydia e Aiden. – Derek comentou enojado, fazendo-me rir da sua cara.

– Ei.. São um dos seus melhores amigos. – Comentei ao socar seu ombro e puxa-lo pra mais perto. – Quem vai levar pra sua viagem?

– Eu... e eu. – Disse dando de ombros. 

– E? – Revirei meus olhos.

– Você, claro... – Seu tom soou maldoso. – Mas só se me fazer massagem no caminho, porque provavelmente vai ser cansativo.

Descordei. – Eu aceito a massagem, escravo. – Pisquei em sua direção e olhei-o totalmente arrumando. – Agora vamos comer algo na lanchonete aqui perto e fazer essas coisas que casais fazem. – Acabei soando sarcástico, pois eu e o meu namorado tínhamos manias de ficar em casa.

– Todo casal assisti seriado, come e dorme. – Tentou se explicar, me fazendo rir.

– Ok... Derek. Bora – Bati em seu ombro e puxei-o.

– Pera, quando eu vou pegar meu trailer? – Indagou.

– Vai chegar na próxima sexta, foi encomendado e toda essa merda. – Expliquei saindo do apartamento e pegando minha carteira no caminho.

Derek fez o mesmo e pegou sua jaqueta, sim, aquela que ele não largava e era a mesma que eu tinha perdido na balada quando sai com o Scott vulgo meu melhor amigo eterno. Eu tinha perdido e depois de um tempo vi que Derek tinha achado e nunca devolveu.

Eu nunca tinha contado isso para ele, era mais um segredinho... É bom saber que ele anda com algo meu, algo importante.

– O que ta pensando?

Virei para olha-lo e chamei o elevador. – Em quantos lanches vou comer.

Derek aproximou-se.  –Cara, você vai engordar... Da ultima vez comeu três, como cabe tudo isso ai dentro? – Apontou.

– Affs... Fica quietinho. – Belisquei ele em forma de repreensão.  – É você quem paga?

– Os três hambúrgueres fui eu...

– É... – Olhei-o de canto de olho. – Ok, ok... – Levanto a mão pra cima. – Se quiser eu pago então.

O elevador abriu e eu entrei. – Não estou falando isso, pô...

– Eu pago Derek. – Falei alto e apartei o botão do térreo.

– Eu não falei isso, Stiles... Não distorça minhas palavras. – Percebi que ele estava ficando bravo, mas não me importei, apenas revirei meus olhos e ri de forma sarcástica. –  Não faz essa cara, ok? Você é cheio dessas...

– Sou cheio do que? – Apertei o botão do elevador e travei-o.

– Drama... Você é um dramático. – Gritou. – Por que tá parando essa merda? – Perguntou incomodado.

– Vamos conversar.

– No elevador? – Murmurou.

– Eu...

– O que? – Indagou. –  Estamos na boa e você se estressa com nada?  O que tá acontecendo? O que tô deixando passar? – Indagou confuso. – Não sei mais o que fazer, na real...

– Nada. – Dei de ombros e passei a mão por meu cabelo baixo e suspirei. – Eu só... – Senti meu corpo esquentar e sabia que estava corando. – Me desculpa, ok? Só ando com algumas coisas na cabeça.

– Que coisas? – Perguntou se encostando no vidro. – Somos um casal, certo? Temos que falar sobre isso.

– Sim, somos um casal. – Concordei.

– Então por que não me conta seus problemas?

Sua pergunta me fez suspirar. – Eu ando confuso com tudo que aconteceu entre nós e tenho medo de estar te pressionando. – Fui sincero.

– Me pressionando como?

– Eu fiquei no seu pé até você querer namorar comigo e você só perguntou se eu queria morar com você depois de dias eu dormindo na sua casa. – Mordi meu lábio, olhando pras minhas mãos. – Eu te pressionei a isso? A ter nossa relação?

Derek se desencostou do elevador e soltou uma risada alta e isso me fez olha-lo confuso, pois a sua risada era verdadeira e ele só soltava ela quando assistíamos crianças passando mico. – Você não me pressionou nada... Eu sei que te amo desde o momento que você sumiu da minha casa, eu fiz a porra de uma tatuagem na perna só porque você tinha desenhados flocos de neves em mim. – Acabei pro sorrir, pois era apaixonado pelas tatuagens.  –Eu não tenho duvida entre nós dois, somos um casal  e vamos brigar... Não quero algo perfeito, porque não somos. – Ele colocou sua mão em minha nuca e acariciou-a. – Mas procuro algo eterno, Stiles... Então eu te perguntou: Você quer ser eterno comigo?

Meus olhos foram até os lábios dele e voltei a fita-lo e suspirei de forma derretida e abracei-o forte. – Eu quero ser eterno com você. – Isso não era um pedido de casamento, mas para mim era um pedido pra eternidade e isso não tem preço, vamos ter nossa família e vamos ficar para sempre juntos. – Obrigado por me amar.

– Obrigado nada... Vamos logo comer. – Ele apertou o botão para o elevador começar a descer e seus olhos procuraram os meus ao me beijar de forma apaixonada.

Naquele momento eu sabia que Derek era o meu melhor lado e que não importa o que acontecesse estaríamos preparados para eternidade. Talvez aqueles que nos acompanharam de longe, nossos amigos e até mesmo os desconhecidos se perguntam o que nos movia nessa historia confusa. Bom, minha resposta seria paixão, eu amo-o e ele me ama. Nosso amor é confusão e é fogo, ao longo do tempo vamos nos queimar e isso não me assusta. Me assusta viver sem ele e saber que a culpa de tudo poderia ser minha.

Minha dica pra um bom relacionamento é saber que se os dois não querem a mesma coisa, não tem o que fazer... Relacionamento é ser livre ao mesmo tempo junto. Viu? É uma grande confusão e saber amar alguém pra eternidade é complicado, é duvidoso e doloroso.  Mas eu sei que vou ama-lo e se um dia eu errar, quero errar apenas ao lado dele.

E agora me tornei um idiota meloso.

– Derek Hale... – Murmurei ao vê-lo sair correndo do elevador e sorri ao xinga-lo de idiota e correr atrás dele, pronto pra me aventurar pelo mundo ao lado do meu amor.

*Fim*