História My Guardian Angel - Ours.

Ela é preciosa de verdade, não precisa fazer nada além de me dar todo o seu amor carinho. Vou te levar numa viagem ao meu lado, para um lugar especial aonde seja nosso lugar. Tantas coisas se passam na minha cabeça, mal posso esperar para ficarmos a sós -Hey Girl-

Jenny Baker P.O.V

- Amor, você já terminou a escola? -Justin me perguntou enquanto massageava meus pés e assistimos TV-

- Terminei.

- Você pensa em fazer faculdade? -Analisei seu olhar curioso e balancei a cabeça, em dúvida-

- Talvez.

- Se você fizesse, seria de que? -Aquela pergunta me pegou de surpresa, e por um instante eu prendi a respiração, tentando encontrar alguma resposta para sua pergunta-

- Acho que turismo. -A dúvida era visível em meu tom de voz-

- Por que?

- Não sei, mas desde pequena sempre quis me aventurar pelo mundo, e conhecer os maiores pontos turísticos.

- Tipo?

- Egito, Japão, Bahamas, Canadá... -Mordi o lábio, sem consegui pensar em mais lugares-

- Para onde você já foi? -Seus dedos apertaram um ponto de tensão em meu pé, e eu gemi- Desculpa.

- Não, está bom. -Ele apertou novamente, e a dor se espalhou- Ai mesmo. -Fechei os olhos, deixando que a dor fosse aos poucos amenizados- Eu já fui a Inglaterra, França, Grécia, Itália, Brasil, Alemanha e México.

- E você gostaria de conhecer o Caribe? -Questionou, mas aquilo mais parecia uma sugestão-

- Caribe ou qualquer outra Ilha que tenha as águas cristalinas e a areia branquinha.

- Havaí? -Ele arqueou a sobrancelha-

- Também. -Assenti, tentando entender o rumo daquela conversa-

- Então, o que você acha de irmos para o Canadá no Natal, e depois podemos passar o Ano novo no Havaí, no Caribe, aonde você quiser? -Seu convite era bem atrativo, e meus olhos brilharam ao seu pedido, me deixando imóvel e incapaz de processar qualquer resposta- O que? Você tem planos para o Natal?

- Não. -Balancei a cabeça, e ri- Na verdade, costumava passar em Londres, com meus avós e parentes, mas não sei se estou no clima. -Então por um instante me lembrei do último Natal que passei com minha família, e ao me recordar da felicidade da minha mãe ao me avisar que papai estava me ligando, fez meu coração apertar e meus olhos inundarem-

- Ei, Jen, o que foi? -Justin perguntou preocupado-

- Nada. -Tentei afastar aqueles pensamentos e dei um sorriso forçado-

- Um sorriso forçado não disfarça suas lágrimas. -Comentou, e eu estremeci-

- Só estava lembrando do último Natal que passei com meus pais. -Forcei minha voz a sair e olhei para Justin, que me observava atentamente, pronto para me ouvir desabafar, caso eu quisesse- Minha mãe veio toda contente me falar que meu pai estava ao telefone ligando, e ai eu atendi e ele disse que sentia muito por não estar conosco, mas que ele nos amava e que em breve nossa família seria como antes. -Sequei as lágrimas e ajeitei minha postura, para não desabar- Mas agora eles não estão aqui, e aquele não era meu pai, e nós nunca mais teremos um Natal juntos.

- Jenny. -O tom de culpa era notória em sua voz, e seus olhos me encaravam preocupados e tristes-

- Não Justin, está tudo bem. -Garanti, lhe dando um sorriso fraco, porém sincero- Acho que existem muitas coisas ainda que precisarei de pronunciar em voz alta para ver se a ficha cai.

Justin não disse nada, apenas assentiu, e eu notei que ele ainda se sentia mal por ter me feito tocar naquele assunto.

- Você não tem culpa disso Justin, de verdade. E eu estou bem, e para provar, eu aceito passar o Natal e o Ano Novo com você. -Seus olhos se acenderam quando eu falei e um sorriso bobo escapou de seus lábios- Assim é bem melhor.

- Assim como? -Perguntou confuso, mas com o semblante da mesma maneira de segundos atrás-

- Com os olhos ardentes e o sorriso resplandecedor.

Justin largou meus pés, e me puxou para seu colo, envolvendo minha cintura com as mãos e eu beijei seu nariz.

- Você é a autora disso.

- É? -Mordi o lábio-

- É, e se você morder o lábio novamente, será autora de mais algumas coisas que irão acontecer comigo, e eu juro que não messarei minhas atitudes.

Então apertei a parte interna da bochecha, e fiz bico. Justin riu da minha cara e me deu um selinho molhado.

- Pensei que você morderia o lábio de novo.

- Não estou com pique para suas atitudes de viciado em sexo. -Respondi e ele me olhou incrédulo-

- Eu sou viciado em sexo? -Apontou o dedo indicador para o próprio peito, se fingindo de vítima-

- É, com certeza. -Afirmei- Justin, se eu deixar por você, passamos o dia naquela cama.

- A culpa é sua por ser tão viciante e irresistível. -Ele beijou meu pescoço, chupando o mesmo. Juro que se não estivesse lhe dando uma lição de moral sobre sexo a toda hora, eu com certeza me entregaria a ele ali-

- Não podemos passar o resto da vida vivendo só de sexo.

- Você tem razão. -Notei o tom sincero em sua voz em concordar comigo, mas logo um sorriso travesso apareceu em seus lábios rosados e perfeitos- Vivemos de amor também, e se tem uma coisa melhor do que sexo com você, é, com certeza, fazer amor com você. -Seus lábios roçaram os meus, de leve, e ele levou sua boca até meu lóbulo, onde ele mordeu o mesmo, e em seguida, sussurrou- Ah, doce Jen, nada se compara a forma como nos amamos na nossa chama.

Apesar de estar a quase um mês liberta de Willian e presa a Justin, ouvi-lo dizer que aquela era nossa cama, fazia meu corpo reagir de uma forma indiferente.

- O que foi?

- É estranho ainda ouvi-lo pronunciar algumas palavras.

- Tipo? -Seus dedos entrelaçaram aos meus-

- Nossa casa, nossa cama.

- Mas é nosso. -Ele levou minha mão próximo a sua boca, e mordiscou os nós da mesma-

- Eu sei, mas quando você as diz, elas se interiorizam em mim de uma forma verdadeira e real. -Falei, analisando seu rosto, que estava concentrado em brincar com meus dedos-

- Então que tal essa? Eu amo você, e amo saber que você está na nossa casa e pode dormir na nossa cama, e pode ser o meu amor, minha princesa, futura mãe dos nossos filhos, mulher da minha vida, a protagonista do meu Para Sempre. -Fiquei imóvel a sua frente, seu saber ao certo o que falar ou como reagir- Espero que esse silêncio seja para você interiorizar ao máximo cada palavra que eu disse, e por favor, depois que isso tiver acontecido, me beije, porque não aguento ficar muito tempo com esses lábios tão próximos de mim.

Eu não precisava de tempo para interiorizar as palavras de Justin, pois eu simplesmente acreditava nelas logo de primeira. O que eu precisava era dele cumprindo tudo o que ele vem me prometido desde que nos conhecemos. E dentre essas promessas, ele incluiu amor e carinho eterno, acompanhado de desejo e calor de todas as maneiras possíveis, sem limites, e era isso que eu queria agora. Dei uma risada alta, e sem pensar duas vezes, o beijei com fervor. Agarrei sua nuca e arranhei a mesma, enquanto suas mãos entravam por debaixo da minha camiseta, me fazendo arrepiar.

- Amor, a gente não pode fazer isso agora. -Disse tentando me afastar de seus lábios-

- Só dez minutos. -Seus lábios desceram até o colo do meu peito, depositando beijos e mordidas no mesmo-

-Justin... -Murmurei-

- Isso Jen, gemi para mim. -Não pude conter o riso escapando de meus lábios, e ele me olhou confuso-

- Não estava gemendo, idiota. -Bati em seu ombro- Eu estava reclamando que a gente realmente tem que ir, já são quase sete da noite, sua mãe deve estar nos esperando.

Gargalhei de suas cara de deprimido e sai de seu colo, mas antes, ele agarrou minha cintura, me fazendo sentar de novo.

- Você está nervosa? -Ele analisou meu rosto, e tentei não denunciar minha expressão-

- Não, eu estou bem. -Fiquei orgulhosa por não deixar minha voz falhar-

- Nenhum pouco? -Perguntou novamente, como garantia, me deixando intimidada e minhas bochechas coraram-

- Eu vou ficar bem. -Então ele gargalhou-

- Amor, você não tem que ficar nervosa. Minha mãe te adora.

- Eu sei, mas dessa vez eu vou estar indo lá como sua namorada, e eu não sei se me sinto confortável com isso. -Disse um pouco transtornada-

- Em ser minha namorada? -Seu rosto logo ficou tenso e eu balancei a cabeça-

- Não seu idiota. -Toquei seu braço, fazendo desenhos aleatórios enquanto me perdia em meus pensamentos- E se ela não me aceitar como sua namorada?

- Ela já aceitou, amor. 

- Você tem certeza? -Franzi o cenho, com duvida-

- Claro, princesa. Quem não iria querer ter uma nora tão doce, adorável, encantadora, gentil e linda como você?

- Você usou três adjetivos praticamente iguais.  -Fiz bico- Justin, ela não vai gostar de mim. -Choraminguei e escondi meu rosto na curvatura de seu pescoço-

- Não leve minhas palavras em consideração, sou péssimo em vocabulário e em distinguir alguns adjetivos. -Seus braços envolveram minha cintura mais forte- O que eu quis dizer é que você é perfeita amor, é gentil, amável, educada, inteligente, engraçada, responsável, madura, essas coisas. -Seus lábios encostaram em meu ombro, depositando um beijo demorado em uma forma de conforto. Levantei meu rosto para olhar para ele, e sorri-

- Eu vou me vestir. -Depositei um selinho em seus lábios-

- Fique mais linda do que você já é. -Disse apertando minha bunda quando saí de seu colo-

Caminhei até o banheiro , fechando a porta atrás de mim e me encostando na mesma, respirando fundo e juntando algum resto de coragem que ainda restava em mim. Hoje iria conhecer Pattie oficialmente e eu precisava passar uma boa impressão, e sabia que o melhor jeito era ser eu mesma, mas estava tão nervosa que tinha medo de ficar toda atrapalhada e acabar fazendo o Justin passar vergonha. O que eu iria fazer? O que falar quando chegar? Devo ser formal? Meu Deus, eu não sabia o que falaria, como me comportaria, o que vestiria, eu estava perdida. Justin foi meu primeiro namorado, então é óbvio que eu nunca tive que passar pelo momento em que conheceria a sogra, e agora, eu me sentia em uma rua sem saída.

Tomei um banho frio tentando aliviar toda minha tensão, mas não pude demorar muito porque estávamos atrasados. Lavei meus cabelos com um shampoo de morango e um condicionador do mesmo, sequei-os com secador rapidamente e enrolei as pontas com babyliss. 

- Puta merda! -Congelei em frente ao espelho ao lembrar que não havia trago minhas malas e que, consequentemente, estava sem roupa aqui. Corri até o quarto e encontrei Justin deitado e já pronto, olhando para o teto. Quando ele notou minha presença, ele se levantou e mordeu os lábios ao me ver só de toalha.

- Se nós não estivéssemos tão atrasados, eu te jogava nessa cama agora. 

- Justin, eu não tenho roupa aqui. -Ignorei suas palavras pois o desespero me dominava-

- Estão no guarda-roupa do quarto de visitas. - Ele parecia calmo de mais para uma situação tão tensa como essa- Pedi para que trouxessem para cá quando estávamos no hospital. -Soltei o ar que estava preso dentro de mim, e fechei os olhos, aliviada- Se você continuar parada ai, eu não respondo por mim. -Ameaçou enquanto se aproximava, e eu abri os olhos, saindo correndo em direção ao outro quarto, soltando uma gargalhada alta- 

Abri o armário e sorri ao ver todas as roupas perfeitamente arrumadas. Justin fez questão de acomodar tudo meu naquele quarto, deixando bem claro que era ali que eu iria morar. Então olhei ao redor e notei a decoração perfeita, as paredes eram cor de creme, e apenas uma era pintada de roxo, os móveis todos de cor marrom claro e os lençóis da cama totalmente brancos, enfeitado com almofadas pretas, e eu pude notar que em uma delas havia escrito "Purpose". A janela dava para a mesma paisagem do quarto do Justin, e sorri ao sentir o vento bater em meu rosto. Então quando me virei para voltar a me concentrar no que eu iria vestir, reparei que em cima do criado, tinha um retrato com uma foto minha dormindo, e pude notar a tatuagem de cruz posicionado atrás de mim e uma parte de seu braço me envolvendo, então deduzi que ele havia tirado enquanto eu dormia em seu colo. Peguei-a em minhas mãos e notei os detalhes da moldura escrito "You seems like an angel" (Você parece um anjo) e não pude controlar o sorriso.

- Eu amo essa foto. -Escutei a voz rouca e familiar invadindo o quarto, e eu olhei para a porta, encontrando Justin encostado no batente com os braços cruzados e um sorriso bobo nos lábios. Só agora pude notar o quão sexy ele estava com seu cabelo raspado, deixando seu rosto mais visível e apaixonante. Ele também vestia uma calça preta, uma blusa branca coberta por um casaco azul e um cordão de ouro- Tirei no dia em que ficamos na casa de Lola. 

Me aproximei dele, e envolvi sua cintura, dando um beijo leve em seus lábios. 

- Não me provoque, Jen. -Senti a dificuldade que ele teve em não tirar minha toalha- 

- Não estou provocando, só estou agradecendo por me deixar ficar aqui. 

- Você está achando que vai dormir aqui? -Ele apontou para o quarto tentando ter certeza do que se passava em meus pensamentos-

- Não teria problema para mim em ficar aqui. -Falei sincera-

- Você só pode estar brincando com o fato de achar que eu aguentaria ficar com você de baixo do mesmo teto que eu, porém em outro quarto. -Justin tirou meus braços dele e se afastou, esperando de mim alguma resposta-

- Eu achei que...

- Você não achou nada. -Notei seu tom ofendido- Eu não acredito que você acha que eu te deixaria dormir em outro quarto. 

- Desculpa, isso tudo só é muita novidade para mim. -Abaixei a cabeça, e ele segurou em meus pulsos, me puxando para si-

- Já estou vendo que terei que trabalhar duro na sua insegurança. -Uma risada escapou de seus lábios- 

- Isso nunca me aconteceu antes. -Expliquei-

- Eu entendo, e poderia achar um crime que ninguém nunca te tratou bem, nunca te valorizou e disse o quão linda você é. Mas ai me lembro que você só tem 18 anos e que mal começou a viver. E fico mais contente ainda em saber que você não foi como a maioria das garotas que se entregou as primeiras palavras bonitas que ouviu de um garoto qualquer quando tinha quinze anos.

- Mas eu me entreguei as suas palavras bonitas. 

- Eu não sou um garoto, querida Jen. -Suas mãos inquietas percorreram minhas costas, e seus lábios se aproximaram dos meus ouvidos- E você sabe disso melhor do que ninguém. 

Deixei que um calafrio percorresse meu corpo, e engoli em seco, esperando mais algum de seus toques que me levavam ao paraíso. 

- É uma pena que não posso tocar mais em você, e acredite que eu estou tentando ser um bom garoto para não fazer isso. Então, primeiramente, esse quarto será apenas o lugar para você guardar suas roupas e se trocar quando estivermos muito atrasados, até porque, não me seguraria se te visse trocando de roupa em meu quarto. E se tem uma coisa que eu quero, é essa bundinha linda todo dia deitada na minha cama e dormindo feito um anjo. -Ele mordeu meu lóbulo, e sua voz rouca me causava espasmos de emoções- E segundo, vá se arrumar logo com o vestido que eu comprei para você que está embrulhado dentro do guarda-roupa.

- Você me comprou um vestido? -Gaguejei, ainda sentindo seu nariz roçando minha pele-

- Eu conheço bem de mulheres e sei o quão loucas elas ficam para escolher um vestido. E venho te observado desde que avisei que jantaríamos com minha mãe, então achei melhor facilitar sua vida com um vestido que eu deduzo apto e perfeito para a ocasião.

Olhei para ele, piscando freneticamente com um sorriso de agradecimento nos lábios. Dei um selinho rápido nele e fui até o guarda-roupa para pegá-lo. Era um vestido azul de alças grossas, bem justo até a cintura e depois caia em um movimento solto e leve até o meio das cochas. Ele era bem bonito e delicado, e em minha mente já analisei todos os acessórios e sapato que usaria com ele.

- Você não faz ideia o que eu já fantasiei com você dentro dele. -Ri e joguei um beijo para ele-

- É lindo amor, agora saía porque estamos atrasados. Tenho muito ainda o que fazer e não temos tempo agora com suas fantasias sexuais.

- Você me aguarde quando voltarmos. -Ele deu um sorriso travesso e fechou a porta-

- Estou contando os segundos. -Gritei e fui capaz de ouvir seu gemido vindo do outro lado da porta-