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História My Happy Ending! - Capítulo 64: Verdades


Escrita por: StaHeartphilia

Notas do Autor


Ela apareceu genteeee! o/
Ainda bem que vocês já se acostumaram com os meus desaparecimentos haha...
Primeiramente, quero agradecer aos favoritos e aos comentários que vocês tem me deixado <3 fiquei muito feliz que alguns fantasminhas "apareceram" haha... vou terminar de responder os comentários daqui a pouco.
O meu atraso foi devido a um turbilhão de estresse que me pegou nas duas ultimas semanas, por conta do meu trabalho e porque meus pais sofreram um acidente de carro (Graças a Deus não aconteceu nada e está tudo bem). Eu até tinha começado o capítulo, mas, confesso que para ser criativa e pensar em certos detalhes preciso estar concentrada e de preferencia em silencio, o que não aconteceu. Espero que entendam...
Eu sei que os atrasos são ruins, mas, não se preocupem, eu jamais vou desistir da história, tenho ela em si há muito tempo em mente e por mais que eu tenha mudado muito pelo caminho (e aumentado-a pra cacete) ainda não cheguei no que eu queria mostrar desde o inicio, tanto o segredo, quanto algumas lições que virão por ai. Sobre o capítulo, bem, eu mudei ele três vezes antes de postar, acho que ficou bem próximo do que eu esperava, espero que gostem.
Bem, acho que era isso que eu tinha a dizer... boa leitura e me perdoem pelos erros!

Capítulo 64 - Capítulo 64: Verdades


Fanfic / Fanfiction My Happy Ending! - Capítulo 64: Verdades

Grandeeney chega da quitanda carregando várias sacolas em seus braços, esforçando-se para não derrubá-las ao encostar a porta com a perna esquerda. Ao depositá-las sobre a mesa depara-se com Natsu sentado no degrau da porta da cozinha, com o olhar distante e um rosto deprimido. As chaves ao lado do capacete sobre o aparador da sala já avisavam que ele tinha chego antes dela em casa. Ela suspira já imaginando qual o motivo de sua tristeza e se senta ao lado dele. Natsu por sua vez, apenas a olha de canto e continua em silencio.

 

- Chegou cedo, confesso que estranhei... – Sorriu compassível - O que foi? – Pergunta colocando de lado as franjas do cabelo dele que tapava parte do seu rosto – Por que está tão para baixo querido? Você estava tão feliz por ter encontrado a Lucy e... – Interrompeu-se ao vê-lo apoiar a cabeça em seu ombro – Oh Natsu, você me deixa angustiada quando aparece assim em casa.

- Acho que Lucy está gravida. – Sussurra com a voz tremula.

- Ah Meu Deus! – O envolve em seus braços – Eu sei que não é a melhor hora para dizer isso e você já é bem grandinho pra levar sermões, mas, vocês foram muito descuidados.

- Eu sei... – Sua voz saia baixa, quase inaudível – Também sei que a irresponsabilidade foi minha.

- Foi dos dois. – Colocou as mãos em seu rosto – Ninguém faz um filho sozinho. – Deslizou as mãos sobre a camiseta amassada que ele usava - Calma, nós vamos pensar em alguma coisa. – Disse massageando os ombros dele que estavam tensos ao expor a situação – O seu pai vai ter um troço quando souber. Quem está sabendo disso? – Perguntou hesitante.

- Ninguém, ela está conseguindo esconder por enquanto, escondeu até de mim durante a semana toda. – Respirou fundo e tremulo – Jude vai jantar hoje na casa de Aquarius, tia da Lucy, e,...

- E...? – O viu molhar os lábios – Natsu?

- E vai apresentar o Rogue verdadeiro a ela. – Respirou fundo.

- Aiii não... – Não conteve seu tom desanimado – Será que isso nunca vai acabar? – Fez-lhe um cafuné como consolo ao puxá-lo para seus braços novamente.

- Me pergunto isso todos os dias... – Deixou que uma lágrima escorresse e caísse sobre o ombro dela – Será que ela vai ficar bem?

- “Espero que sim...” – Beijou-lhe o topo da cabeça.

 

Ela apenas o acolheu sem ter uma resposta para lhe dar. Nada do que dissesse poderia melhorar o que ele estava sentindo. O silencio tomou conta da conversa e Grandeeney continuou a abraçá-lo por um longo período, teve até a impressão de vê-lo cochilar em seus braços. O único som que se podia ouvir era o da geladeira e o silencio continuou até que a voz de Igneel os interromperam.

 

- Eu trouxe o jan... tar. – Os viu encolhidos sentados no chão – Perdi alguma coisa? – Natsu se afastou de Grandeeney e negou com a cabeça baixa.

- Vá tomar um banho e depois desça pra comer conosco querido. – Beijou-lhe a testa – Você vai ver que amanhã ficará tudo bem. – Sorriu gentilmente – Nada melhor que um dia após o outro. – Ele assentiu.

 

Natsu se levantou com certa dificuldade e manteve-se cabisbaixo ao caminhar até as escadas. Igneel encarou serio a irmã que continuava sentada no mesmo lugar com um olhar vago. Aquelas expressões só diziam uma coisa: “problemas”.

 

- Vai me contar o que aconteceu?- Chamou a atenção dela que ainda olhava para a direção que o rosado havia ido.

- Não é uma coisa que eu possa lhe dizer. – Respirou fundo – Era para ser uma noticia maravilhosa, mas, eu não sei o que dizer numa hora dessas.

- Eu sou o pai dele, acho que eu deveria saber, talvez se eu puder ajudar... – Disse cruzando os braços - Tem a ver com ela, não é? – Puxou uma cadeira e sentou-se nela – Não sei definir o que é pior, deixa-los separados como estavam, ou uni-los outra vez...

- Não confunda as coisas meu irmão. – Levantou-se e caminhou até ele – Antes ele estava deprimido, agora ele está preocupado.

- Preocupado com o que afinal? – Encarou-a enervado – Me diga!

- Acho melhor ele mesmo lhe contar. – Disse recolhendo as sacolas trazidas por Igneel, vendo-o lhe dar um olhar contrariado – Só não fique bravo com ele, ok?! – Ele a encarou confuso, pressentindo que assunto seria algo delicado.

 

Lucy On

Os olhos daquele homem me davam calafrios. Por mais que um dia eu tenha o amado, hoje não o reconheço mais. Papai nunca foi um homem amoroso ou que tinha facilidade em expor seus sentimentos, mas, depois que mamãe nos deixou, sinto que ele se distanciou ainda mais de mim, se tornou intocável. Sua frieza me machucava.

Eu nunca havia me importado com a história de ter um casamento de fachada, eu sempre queria agradá-lo de alguma maneira, eu queria me aproximar dele, então ignorava essa sua atitude de querer mandar no meu futuro. Talvez por nunca ter me apaixonado antes ou por nunca ter de fato sido apresentada a um “noivo”. Por mais que eu conhecesse seus desejos, nunca antes eu tinha tido medo deles. Para falar a verdade, sinto que a mais errada nesta história sou eu, por tê-lo deixado lidar com a minha vida da maneira que queria. Frear essa situação tem sido cada vez mais complicado, eu me sinto tão impotente ao desafiá-lo.

Confesso que desde criança sentia uma certa inveja dos meus amigos. Raramente mamãe podia estar presente nas reuniões escolares por causa de seu trabalho, já papai nunca se esforçara para ir. O resultado é que, na maioria das vezes, o pai de um amigo assinava meu boletim como meu responsável. Foi nesta época em que comecei a aprender como era se sentir “sozinha”. A vida de princesa não passava de um rotulo frágil e mentiroso.

O tempo passou e em nada as coisas mudaram. Vendo minha situação neste momento, sinto que sou a mesma garotinha de sempre, com medo e encurralada contra a parede, esperando apenas pelo seu próximo castigo. Mamãe já não pode mais me defender.

Eu havia me esquecido como era confiar nas pessoas, mas, uma nova oportunidade foi me dada, uma oportunidade em que me agarrei com todas as forças, mas, que pouco a pouco está sendo arrancada de mim. Sinto-me segura em seus braços, suas palavras acalmam meu coração, mas, temo por não ouvi-las para sempre, pois um dia, ele vai se cansar da garotinha medrosa e problemática e a deixará só outra vez. Quanta tristeza este pensamento me traz, eu não havia lhe dito, mas, isso me assombrava a algum tempo, desde que Sorano tinha voltado a sua vida. Ela é uma moça linda, alegre e principalmente livre, muito diferente do problema que eu represento. Quando paro para pensar recordo-me de todas as atrocidades que o fiz sofrer. Por que ele ainda não desistiu?

Mais uma vez sinto-me em uma montanha russa de sentimentos, o meu dia mudou drasticamente de um segundo para o outro. Minhas mãos estão tremendo de forma descontrolada e meus olhos não conseguem se manter atentos aos demais naquela sala. Eu não queria chorar e nem demonstrar o desespero que estava sentindo. Eu podia escutar meu coração bater acelerado e ao longe a voz de meu pai. Uma voz que me aprisionava em um mundo onde eu não gostava de estar. Levei minha mão à cabeça sentindo uma leve tontura, resultado da pressão que estava sentindo ali. Sinceramente, eu não queria escutar mais nada, eu só queria desaparecer dali, criar um buraco bem fundo onde eu pudesse me esconder.

 

- Problema? – Eu estava absorta em meus pensamentos que ignorava a conversa entre eles – O que aconteceu agora? – Perguntou indiferente.

- Bom... – Eu estava pronta para ser “executada em praça publica”, minha máscara estava prestes a cair e eu não tinha nenhum argumento para servir de defesa – O problema é que vocês chegaram antes da comida. – Sorriu sem graça – Eu sei que os planos não eram estes, mas me atrasei ao terminar um projeto do colégio e não tive tempo para fazer algo para o jantar. - Fingiu lamentar - "Agora estou entendendo tudo, como pude ser tão lerda?!"

- “O quê?” – Definitivamente, eu não sabia o que pensar. Ela não parecia ter duvidas do que estava vendo, era como se soubesse desde o começo que Natsu e Rogue não eram a mesma pessoa. Não sei dizer se me sinto aliviada ou não em saber disso. A minha surpresa estampou-se nos meus olhos arregalados.

- Sintam-se a vontade, eu vou arrumar as coisas na cozinha. – Sorriu gentil e olhou para mim de lado – Sei que quer ficar com o seu noivo, mas, não quer me ajudar a arrumar a mesa?

- C-Claro. – Respondi cabisbaixa – “Eu sabia!”.

 

Eu, definitivamente, não estava entendendo nada. A cada passo que eu caminhava, mais nervosa eu ficava. Aquarius estava me tratando normalmente, como se a situação a pouco tivesse tido sentido e não fizesse diferença alguma. A cada passo que eu dava seguindo-a, sentia que estava indo para uma forca. Por que ela não havia contado a verdade para o meu pai? De que lado ela está? Por que estava se fazendo de desentendida?

Parada a porta da sala de jantar sinto minhas pernas não mais me obedecerem, na verdade, elas queriam correr para longe e o mais rápido que conseguissem. Quando olho em sua direção, vejo-a agachada, estendendo o braço para mim com uma toalha de mesa na mão. Nenhuma palavra, nenhuma ameaça, nenhuma chantagem, nada. Ela conta os pratos e os retira do armário como se eu nem estivesse ali com uma face aterrorizada.

 

- Por que não...? – Ela me olhou serena e respondeu a minha pergunta sem que eu a terminasse.

- Lucy... – Começou a colocar os pratos a mesa, um ao lado do outro – Não se preocupe, falaremos disso depois que Jude for embora.

- Então... – Novamente ela me interrompeu, agora usando um sorriso gentil nos lábios que fez meu peito relaxar.

- Não vou contar nada a ele, fique tranquila. – Pegou-me pela mão e guiou-me para a sala de estar outra vez.

/Lucy Off

 

Grandeeney já havia tirado tudo o que seu irmão lhe trouxera do forno e colocado sobre a mesa. Wendy e Zeref já estavam sentados e Igneel contava-lhes sobre uma nova proposta de trabalho que lhe foi dada, dizia-lhes que muito em breve se mudariam para a capital outra vez.

Vendo que Natsu não descera, seu pai se levanta para chamá-lo. Grandeeney tenta impedi-lo dizendo que subiria para avisá-lo, mas, ele nega e a deixa falando sozinha.

Parado de frente para a porta do quarto do rosado, ele pensou em voltar atrás, mas, decidiu por fim bater. Não escutando nenhuma resposta, abriu-a, deparando-se com o garoto dormindo, com a cabeça afundada no travesseiro.

 

- Não tomou nem um banho... – Sussurrou para si mesmo ao vê-lo com a mesma roupa de antes e com o tênis ainda calçados – Natsu! – Apoiou um dos joelhos sobre o colchão e chacoalhou os ombros dele – Acorda.

- Hum... – Virou o rosto para o lado vendo seu pai se sentar ao seu lado – Não tenho fome pai.

- Sabe que isso soa muito estranho, não sabe? – Sorriu incomodado – Você é a pessoa mais comilona que conheço. – Viu-o rir também.

- Não quero mesmo pai, obrigado. – Sentou-se assim como ele – Não estou me sentindo muito bem, só quero ficar um pouco em silencio.

- Saco vazio não para de pé! – Respirou fundo vendo-o resistir – Você não comeu nada durante a tarde toda, faça um esforço meu filho.

- Pai eu... – Parou de falar ao ver o olhar apreensivo de seu pai.

- Não tem nada de “Pai eu”, você vai comer um pouco! – Esbravejou – Eu não quero que os resultados dos seus exames deste mês, sejam os mesmos do mês passado.

- Então você viu? – Desviou o olhar.

- Oh sim, que bom que perguntou. – Respondeu em tom irônico - Tive que ir ao hospital pra ver, porque, alguém escondeu o envelope de mim. – Bufou – Quer saber? Eu decidi contar tudo sobre a Lucy, quando percebi que você estava deixando de viver outra vez.

- Me desculpa. – Fungou secando os olhos.

- Eu me preocupo com você Natsu, fico noites sem dormir pensando em você e nos seus irmãos. - Dizia como desabafo - Não vou deixar de cuidar de você só porque você chegará a maioridade em algumas semanas. - O viu assentir calado - Eu comprei o seu prato preferido e sua tia preparou com muito carinho. – Levantou o rosto dele com os dedos – Só um pouquinho. é macarrão ao molho rose.

- O cheiro está ótimo. – Desviou o olhar para o relógio na cabeceira da cama, nitidamente preocupado.

- Prometo que não farei nenhuma pergunta. – Apertou-lhe o ombro – Vamos?

- Tudo bem, já vou descer. – O viu sorrir vitorioso ao sair pela porta.

 

[...]

 

O silencio tomava conta da mesa de jantar. Loke não tirava os olhos de Rogue, que pareceu se incomodar com isso. As lembranças daquele dia estavam vivas na mente do ruivo, ele nunca se esquecera da garota que havia “salvo” das garras de um assediador.

Lucy tinha colocado apenas duas garfadas de comida na boca, recusava-se a comer, sentia que seu nervosismo a faria devolver tudo o que viesse a engolir. Michelli encontrava-se perdida diante daquela cena, há muito tempo não via seu tio, mas, ali sentado a aquela mesa, já não podia reconhecê-lo. Lhe doía ver a impotência de Lucy e a tristeza em seu olhar, nunca tinha sequer imaginado o que se passava com sua prima. Agora, conhecendo o noivo verdadeiro, pode compreender a descrição que Lucy sempre lhe contava. Rogue era exatamente como ela lhe descrevia: arrogante, sem empatia alguma e nada sociável, era nítido seu desinteresse em conhecer a família de Lucy. Começava a imaginar tudo o que ela já havia sofrido para chegar ao ponto de mentir como havia feito.

O que Aquarius conseguia enxergar naquele rapaz era sua expressão de superioridade, massacrando o orgulho de sua sobrinha, uma expressão machista e dominadora, como se ele lhe dissesse “Você será minha propriedade e ponto, não tem direito de escolha!”.

 

- Não querem conversar a sós? – Jude perguntou ao limpar a boca no guardanapo, dirigindo-se a Rogue que sorriu ao ouvi-lo.

- Não, obrigada. – Lucy respondeu-lhe sem erguer a cabeça.

- Não perguntei para você minha filha. – Ela o encarou com os olhos meio arregalados – Não seja grossa com seu futuro marido.

- Seria um imenso prazer. – O moreno olhou-a como se lhe desse uma ordem.

- Vamos terminar de comer não é? – Disfarçou seu incomodo, mas, deixou o garfo escapar por entre seus dedos.

- Eu já terminei amor, só estou esperando por você. – Loke não conseguiu controlar seu punho que bateu sobre a mesa de repente, atraindo a atenção de todos.

- Me desculpem, lembrei-me de algo que eu havia me esquecido de fazer. – Jude o encarou por cima dos olhos e voltou-se para Aquarius.

- Quem é o rapaz? – Indagou-a.

- Meu namorado. – Michelli respondeu antes de sua mãe.

- Hum... – Olhou-o atentamente – Sei... – Observou o prato de Lucy quase intocado – Termine de comer depois, vá falar com seu noivo, tenho um compromisso amanhã de manhã e não posso demorar.

 

Antes que Aquarius pudesse pensar em algo, Lucy já estava de pé e caminhava vagarosamente em direção ao moreno.

Ele a puxou pela cintura e beijou-a, forçando-a a mover os lábios, não sendo correspondido por ela. Ela fechou os olhos ao senti-lo pressionar os dedos, como se suas unhas fossem garras tirando-lhe um pedaço. Ao saírem pelo corredor, a pose de garoto apaixonado desapareceu. Como uma máscara que fora lhe tirada do rosto, Rogue a pegou pelo braço com brutalidade e a levou para o banheiro, já que era a primeira porta que encontrara. Ele trancou-a e empurrou Lucy contra a parede sem soltar-lhe o pulso.

 

- Espero que esteja gostando do teatro, não sabe como foi difícil aguentar o seu pai falar de você o caminho todo, como se a filha dele fosse um tesouro. – Cuspia as palavras rudemente – Se bem que você vale muito mesmo, caso contrário, eu não estaria mais nessa luta.

- O que quer? – Perguntou com voz baixa.

- Você está engordando querida, não gosto disso. – Disse-lhe a poucos centímetros de seu rosto, após observá-la dos pés a cabeça – Vou dizer a sua tia que te deixe passar fome por alguns dias.

- Rogue... – Grunhiu ao sentir seu pulso latejar com o aperto que ele lhe fazia – Está doendo, por fav...

- Isso... – Induziu-a a encará-lo, levantando seu queixo – Quero que implore, que implore muito para que eu pare. – Virou-a de costas para ele, encostando seu rosto na parede – Quero que grite meu nome para que nunca venha a esquecê-lo, vadia! – Viu-a engolir seco, segurando as lágrimas que já se formavam em seus olhos.

- Por favor, não faç... – Segurou um grito, fechando os olhos com força.

- O que foi? – Perguntou apalpando um de seus seios – Estão sensíveis é? – Ela continuava de olhos fechados, suportando a dor que sentia – Eles são lindos, me deixam ainda mais tarado por você.

- Pare... – Murmurou com a voz embargada.

- Sente? – Pressionou-a contra a parede – Não imagina o quanto quero foder você. – Sorriu malicioso – Vai ser sem preliminares, quero ver a dor em seus olhos.

- Não... – Lucy negou com a cabeça, derramando suas primeiras lágrimas – Por que faz isso comigo? Por quê? – Disse chorosa – Você é doente... Ahhh!

- Fala isso de novo e você só vai acordar amanhã. – Puxou-lhe os cabelos com força – Um dia vou te castigar por usar a boca pra falar merda.

- Vocês vão demorar? – Uma voz feminina pergunta do lado de fora – É o único banheiro da casa, sabe...? – Rogue soca a parede, soltando enfim o pulso de Lucy.

- O que essa vaca quer? – Perguntou irritado vendo-a massagear o pulso avermelhado – E vê se esconde isso! – Ela assentiu nervosa e secou os olhos, enquanto ele abriu a porta e saiu deixando-a sozinha.

- Lucy?! – Abraçou-a sem lhe fazer perguntas – Eu tive que esperar um pouco para atrapalhá-los ou seu pai desconfiaria. – Beijou-lhe o topo da cabeça – Espero que eu tenha chegado a tempo.

- Hum... – Assentiu encolhida em seus braços.

 

[...]

 

Zeref encarava Natsu que enrolava o garfo no espaguete sem levá-lo a boca. Estava distante e um pouco pálido. A conversa já havia passado por diversos assuntos, mas, em nenhum momento a voz do rosado fora escutada, ele mal prestava atenção no que os outros estavam dizendo.

 

- Maninho você está bem? – Ele apenas assentiu e Wendy olhou para Igneel confusa - O que aconteceu? – A menina pergunta inocentemente.

- Nada maninha, não se preocupe, viu?! – Disse esforçando-se para lhe dar um sorriso.

- Eu vi você hoje no campo. – Zeref comentou sem encará-lo – Os garotos sentem a sua falta.

- Eu também... – Suspirou cansado – Talvez eu vá vê-los na semana que vem.

- Que bom! – Alegrou-se instantaneamente – Vou contar para eles.

 

[...]

 

Jude e Rogue foram embora às 23 horas, haviam sido quatro longas e dolorosas horas. Aquarius decidiu não deixar a conversa com Lucy pendente. Não poderia entendê-la ou ajudá-la se não soubesse de nada, era como jogar as escuras, sem conhecer as cartas ao seu favor.

Lucy saiu do banho enrolada na toalha e parou a porta quando viu sua tia sentada na beirada do colchão, segurando um telefone nas mãos. Aproximou-se receosa e um pouco envergonhada pelas mentiras que tinha criado. Ao sentar ao lado de Aquarius, sentiu algo ser colocado sobre o seu colo.

 

- O-O quê?! – Olhou-a confusa.

- Ligue pra ele. – Viu lágrimas se formarem nos olhos dela – Ele deve estar preocupado com você.

- Por que...? – Murmurou.

- Primeiro ligue. – Apontou para aparelho no colo de Lucy – Depois você terá muito tempo para me explicar essa história!

 

Lucy não conseguia controlar sua felicidade, era a primeira vez depois de muitos meses que estava tendo um pouco de liberdade, sem ter medo de ser repreendida por isso. Seu coração dispara quando ela escuta o primeiro toque. Aquarius mantinha um sorriso nos lábios que a fez sorrir também. Todo este tempo fugindo e se escondendo, sendo que desde o inicio, ela poderia ter confiado. A falta de confiança havia lhe deixado cega por algum tempo. O segundo toque soa e uma voz a faz perder o ar por alguns segundos.

 

- Alô. – Apenas uma respiração leve podia ser escutada – Alô?

- Nat... – Sussurrou com certa emoção.

- Lucy!? – Reconheceu-a – É você?

- Siim... – Suspirou alegre – Está tudo bem.

- Como assim? – Aquarius fez um sinal a Lucy para que dissesse a ele que viesse na manhã seguinte – Lucy?

- Olha, está tudo bem comigo. – Sorriu encarando a azulada ao seu lado – Quero que venha me ver amanhã, temos muita coisa pra conversar.

- C-Claro! – Sentiu-se aliviado, como se um peso enorme tivesse sido lhe tirado das costas – Eu estarei ai!

- Tá... Eu te amo. – Murmurou - Beijo!

- Outro pra você... – Sorriu sendo observado por Grandeeney e Igneel – Também te amo.


Notas Finais


Só tenho uma coisa para dizer sobre o capítulo da semana passada do mangá: "LUCY PROPRIETÁRIA DA FAIRY TAIL"! <3
Lucy é a minha personagem preferida, não sei se já tinha comentado com vocês isso, mas, eu costumo gostar das inúteis que se superam a cada capítulo haha... Mas, falando sério agora, não há personagem em Fairy Tail que tenha crescido tanto quanto ela cresceu. Ela soube conquistar o seu lugar, a sua marca e a sua força, e, agora vai defender o mozão <3 haha... Ou não, levando em consideração o capítulo desta semana.
O discurso de proteção sempre usado pelo Natsu veio dela, mais um motivo para o Hiro fazer uma luta magnifica da Lucy, mas acho que não vai rolar desta vez. Portanto, eu não queria que o Natsu acordasse fodão no próximo capítulo, mas, é o que tudo indica, então descartem a luta foda da Lucy, pois está cada vez mais claro que o Natsu vai acabar com a guerra sozinho kkkkk... EU NUNCA TINHA DESCONFIADO ou pensado na possibilidade das dores no peito (vulgo tumor) eram o inicio do despertar de END. Por que não uma cena (como eu já disse) ala Naruto e Hinata VS Pain?! Séééério, eu ia amar feat surtar! <3 Já pensou o Natsu abrir os olhos e se deparar com Dimaria torturando a Lucy e ficar louco por não conseguir salvá-la por estar preso? Gente, minha mente vai muito longe...
O reencontro de GaLe faltou um pouquinho mais de emoção, mas, foi fofinho :)
Mavs trollando Eileen foi tipo, MARAVILHOSO DE SE VER! Como eu não havia pensado nisso antes. Mest que sempre faz uma cagada, finalmente, veio fazer a coisa certa.

Espero vocês nos comentários seus lindos <3 Inté!


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