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História My Happy Ending! - Capítulo 65: Revelações


Escrita por: StaHeartphilia

Notas do Autor


Boa noite povoooo!
Olha quem resolveu brotar! O.O

Antes de mais nada, são quase 450 favoritos! O.o Socorro
Só tenho a agradecer a todos vocês... Que diria que meus dramas chegariam tão longe...

Sei que estou mega atrasada (e como!), porém, tive alguns probleminhas. Além de um bloqueio criativo, pois nada do que eu escrevia eu gostava, minha casa está em reforma, ou seja, um dia sem internet, o outro porque a luz tinha que ficar apagada, o outro porque a família toda ia dormir no mesmo lugar (e ainda está dormindo), enfim...
Dai, domingo eu resolvi escrever... e foi demais. deu quase dois capítulos, e adivinhem que parte eu cortei pra colocar apenas no Capítulo 66?! Siiiim, o hentai kkkk... /má

O capítulo focou muito nos diálogos e vocês irão perceber o porquê de eu tê-los colocado por completo. Uma boa leitura a todos e me perdoem pelos erros.

Capítulo 65 - Capítulo 65: Revelações


Fanfic / Fanfiction My Happy Ending! - Capítulo 65: Revelações

Há sete anos...

Jude estava sentado ao lado da lareira com os olhos vidrados nas chamas. A sala toda escura, silenciosamente triste o acompanhava em sua solidão amarga. O arrependimento que lhe assombrava, trazia-lhe um remorso cuja dor era irremediável. Seus erros tornavam-se agora um peso do qual ele carregaria para sempre. Neste caso “Para sempre”, seria realmente muito tempo.

Não houveram ultimas palavras ou despedidas, seu ódio havia a levado embora mesmo que indiretamente. A culpa era sua. Tudo o que Jude se lembrava era dos gritos agudos dirigidos a ele.

Toda a sua vida parecia-lhe agora um caderno com todas as folhas rabiscadas, inútil para ser usado e sem nenhum conteúdo belo para demonstrar. Uma perda dolorosa e um crime arrastaram-no para um buraco negro. Até o fim de seus dias essas duas cicatrizes o seguiriam...

O choro de Lucy podia ser escutado de onde ele estava. Faziam três dias que aquelas paredes ganharam um tom de tristeza. O amor de mãe não estava mais ali para carregá-la no colo. Jude sabia a falta que Layla faria. A pequena Lucy não sorriria tão cedo, talvez, não sorriria mais.

 

- Senhor?! – Capricorn chama-lhe a atenção – A moça que lhe falei acabou de chegar.

- Mande-a entrar. – Respondeu afogado em seus pensamentos, sem fazer algum movimento com os olhos.

- Não vai chamar a menina para apresentá-la?! – Indagou receoso com certa curiosidade.

- Não. – Respirou fundo – Elas terão tempo de sobra para se conhecerem depois.

- Me desculpe pelo que vou dizer Senhor, sei que Lucy o faz lembrar-se de Dona Layla, mas, ela é sua filha. – Comentou tomando a direção da saída – Não pode deixa-la presa naquele quarto, ela é apenas uma criança!

 

- “Ele é apenas uma criança!” – Lembrou-se de Layla ao falar de Natsu.

 

- Eu sei! – Olhou-o por cima dos ombros dizendo com irritação na voz – Me sinto mal, me sinto o pior dos homens, porque talvez eu seja este homem. – Bufou - Ela tem os mesmos olhos, o mesmo sorriso, o mesmo dourado dos cabelos, a mesma generosidade... – Sorriu se humor.

- Eu não quero me intrometer Senhor, mas... – Pensou em não dizer – Ela não tem culpa pelo o que houve.

- Eu sei que ela não tem culpa de nada, como também, decidi que ela nunca saberá a verdade, nunca! – Voltou a encarar as chamas, cuja lenha já estava sendo toda consumida – Eu farei com que ela nunca saiba do que fiz, para o bem dela. – Fechou as mãos em punhos - Um dia ela herdará a minha fortuna, se casará com um homem bom, digno e de posses e será a jovem mais bela e poderosa de toda a Fiore, você vai ver! – Sorriu vislumbrando algo em seu pensamento – E só pra constar, você já está se intrometendo! - Disse-lhe ríspido.

- Com certeza Senhor e me desculpe pelo atrevimento. – Sorriu gentil vendo-o negar como se não tivesse se importado – Vou chamar a nova funcionária para que o Senhor a conheça.

- Espere! – O fez parar bruscamente - Como disse que ela se chama mesmo? – Levantou-se arrumando o paletó um pouco amarrotado.

- Virgo! – Fez uma reverencia – Ela se chama Virgo. – Sorriu tomando novamente a direção da saída – Ela é muito responsável, vai gostar dela.

 

---------- [#] ----------

 

Havia um silencio torturador durante o café da manhã. As paredes de um tom amarronzado não amenizavam o astral do lugar. Gray que não se sentava à mesa com seu pai há alguns meses, decidiu ceder ao desejo dele de conversar. A cada dia que se passava a relação que tinham entre pai e filho ficava mais distante.

Para deixa-los mais à vontade, Maya havia saído muito cedo para ir ao hospital. Naquele dia, seu plantão era no Hospital de Crocus, onde ela daria uma palestra mais à tarde.

Ambos esperavam por uma iniciativa um do outro. Gray não havia comido nada, tinha tomado apenas uma xícara de café sem açúcar. O seu dia não ficaria mais amargo que aquele café, pelo menos era o que imaginara. Silver decide então, começar a conversa que o filho tanto havia adiado.

 

- Preciso que me perdoe meu filho. – O viu ignorá-lo com ar de desdenho – Não podemos ficar assim, eu não quero ficar assim.

- Eu já te disse! – Encarou-o sério – Não é a mim a quem você deve desculpas.

- Eu sei. – Desviou o olhar para a janela – Só queria ter você de volta, como era ante... – Foi interrompido por ele.

- Antes?! – Sorriu ironicamente – Antes eu o via como um herói, hoje...

- Gray... – Aquele olhar deprimido parecia querer gritar.

- O problema está em você pai! - Disse cerrando as mãos em punhos - Não vai conseguir se continuar agindo como se o mundo lhe devesse algo. – Levantou apoiando-se sobre as mãos espalmadas sobre a mesa – Quem deve é você! – Apontou para o mesmo - Todo o respeito que eu tinha por você morreu no dia em que eu descobri do que você era capaz. – Seus olhos se encheram de lágrimas – Porra pai, você era a pessoa em quem eu mais me espelhava!

- Esse sempre foi o maior motivo de orgulho que tive na minha vida. – Baixou o cenho sentindo um nó na garganta - O que tenho que fazer para reconquistar sua admiração?! – Perguntou vendo-o secar as lágrimas com os punhos.

- Seja homem o suficiente de pedir perdão para a pessoa que mais se feriu nisso tudo. – Fugou, reprimindo a vontade de derramar novas lágrimas – Eu tive pai, mãe, amigos... Cresci como qualquer outro garoto. Minha vida foi maravilhosa.

- G-ray... – Nunca vira seu filho tão maduro como naquele momento, ele estava decidido, tinha se tornado um grande homem.

- Peça perdão pra mulher que não pode ver o filho dela virar um homem. – Esmurrou a mesa – Quem sabe assim, pelo menos eu consiga olhar pra você como um pai outra vez. – Deu-lhe as costas sem deixá-lo dizer o que estava disposto a fazer. Estava claro que aquela era sua única opção imposta.

 

[...]

 

Parecia uma multidão descendo as escadas, mas era apenas uma pessoa. Natsu se despede de Grandeeney deixando-a curiosa sobre o porquê de sua alegria tão repentina. Seu rosto estava iluminado naquela manhã como há muito tempo não o vira.

 

- Avisa o velho que vou pegar emprestado! – Girou o chaveiro nos dedos.

- Não vai me contar o que aconteceu para estar assim? – Deixou sua curiosidade falar mais alto.

- Espera eu voltar. – Sorriu espontâneo – Primeiro eu preciso saber o que está acontecendo. – Viu-a ficar confusa – Me deseje sorte! – Ela lhe sorriu gentilmente.

 

Com as chaves do automóvel de seu pai nas mãos, ele cantarolava uma canção qualquer, sem perceber que de longe alguém o observava. Olhos atentos que a distancia contavam seus passos.

Antes que pudesse dar a partida Gray lhe mandou uma mensagem, convidando-o para ir a um barzinho à noite com ele afogar as magoas. Suspirou já imaginando que o moreno estava na pior e que de dois motivos, seria um: Juvia ou seu Pai!

Respondeu ao amigo que iria para Crocus ver Lucy e na volta passaria da casa dele. Retornou o celular no bolso e saiu da garagem entusiasmado, ele não via a hora de chegar ao seu destino.

No caminho para Crocus teve a impressão de estar sendo seguido, mas, ignorou o fato, já que ninguém o poderia ter como alvo. Alvo? Em partes, ninguém desconhecido sabia o que ele estava fazendo, muito menos que ele e Lucy já tinham se encontrado, sendo assim, não teria motivos para Jude, o mais interessado em saber disso, sondá-lo. Tudo até o momento tinha sido perfeito... Porém, uma coisa ainda lhe parecia estranha, o silencio do pai de Lucy também o preocupava. Teria Aquarius feito algo? - Negou com a cabeça, olhando pelo retrovisor.

Nenhuma outra pessoa teria interesse em sua vida. Natsu era um jovem normal demais para atrair a atenção de mercenários, por isso, descartou essa outra possibilidade.

Decidiu acelerar e aumentou o volume da musica que tocava no rádio, fosse ele o alvo ou não, queria tomar a maior distancia que conseguisse do carro suspeito que vinha logo atrás. Ao adentrar a cidade sentiu seu celular vibrar no bolso. Apoiou o mesmo no ombro e continuou o trajeto.

 

- Pode falar! – Disse dando maior atenção à avenida movimentada pela qual passava.

- Natsu o que deu em você? – Uma voz masculina pergunta irritada – Eu disse pra você que daria um jeito!

- Ah... – Sorriu sarcástico – É você Jellal. – Demonstrou surpresa – A proposito, eu estou muito bem, obrigado.

- Que dinheiro é aquele Natsu? – Fingiu não escutar as ironias do amigo – Onde você arrumou aquela grana? – Dizia de maneira perplexa - E não adianta você tentar me enganar, eu já verifiquei tudo e sei que veio de uma conta em seu nome!

- Ok! – Parou em um sinal fechado – Eu vi o pai do Sting na sua casa ontem. – Olhou para o lado se deparando com o carro que o seguira desde que saíra de Prizeo – Ele estava lá para cobrar o seu pai, não estava?

- Estava, mas... – Tentou argumentar, sendo interrompido pelo rosado.

- Mas o quê? – Indagou aumentando o tom de voz – O prazo termina na semana que vem.

- Eu não quero que me dê esse dinheiro. – Desabafou com a voz aborrecida – Eu nem sei como o conseguiu.

- Primeiro, o dinheiro é meu, minha mãe o deixou pra mim antes de desparecer, posso usá-lo como eu bem entender e ajudar um amigo é uma boa maneira de fazer isso. – Enrugou a testa ao notar que o motorista do veiculo ao lado tentava escutar a conversa – Segundo, eu não estou te dando, leve isso como um empréstimo. – Olhou para o lado vendo o vidro do carro que o seguira ser fechado – Jellal eu estou em Crocus, vim ver a Lucy... Pode ficar mais um pouco na linha? – Viu o carro ao lado acelerar e tomar uma direção diferente da sua.

- O que foi Natsu? – Estranhou o pedido do amigo.

– Não... – Distraiu-se ao vê-lo sumir em alta velocidade - Nada, achei que tinha alguém me seguindo, coisa da minha cabeça. – Estacionou em frente à casa de Aquarius – Depois nos falamos, tenho que desligar.

- Tem certeza? – Não escutou uma resposta, apenas um resmungo do outro lado da linha confirmando a situação - Certo. – Disse preocupado – Até mais.

 

Lucy On:

Eu estava ansiosa para vê-lo. Não me restavam unhas inteiras nos dedos das mãos, já havia roído todas elas. O melhor passatempo que encontrei para sossegar, fora rasgar algumas revistas velhas. Sim, rasgar qualquer tipo de papel servia de terapia para mim.

Minha impaciência deixara até Aquarius impaciente também. Eu estava deixando-a tonta de tanto andar de um lado para o outro, posso jurar que se o chão não fosse de pedra, eu teria feito um buraco nele.

Eu queria poder agir normalmente, estava exausta de encenar aquela personagem na frente de outras pessoas. Eu não era aquela pessoa que vivia em mundo perfeito e tinha encontrado o seu príncipe encantado. Não que eu não tenha o encontrado, mas, a realidade era muito melhor e mais prazerosa do que este mundo de conto de fadas e a situação mais complicada, claro. Eu não precisava sorrir contra a minha vontade ao lado de Natsu. Viver em um mundo onde ele exista, me faz querer acordar todos os dias. Porem, manter o sorriso no rosto quando estou ao lado de Rogue, tornava-se cada vez mais uma tarefa impossível de ser executada.

Meu coração dispara quando ouço o barulho de um carro estacionar em frente à casa de minha tia. Corro para a janela e confirmo o que imaginei. Era o carro de Igneel.

Natsu desse do mesmo falando ao celular, ele parecia preocupado, porém, estava sorrindo. Se o conheço bem, devia estar falando com alguém de sua família. Logo o som da campainha faz meu peito vibrar, olho pra trás e vejo aquele olhar de Aquarius me dizendo “Vá em frente!”.

Paro diante da porta que nos separava, ajeito meu cabelo e respiro fundo, como se fosse uma primeira vez, um primeiro encontro. Por um lado, aquela seria sim a primeira vez, a primeira vez de que me lembrava, em que poderíamos sermos nós mesmos sem temermos por isso, a primeira vez em que eu poderia apresenta-lo a alguém, e, acreditem, eu estava ansiosa para isso. Eu estava me sentindo transparente, aquela alegria não era de “Faz de conta”, era tão real que me causava um frio na barriga.

Seu olhar encontra o meu e um sorriso nasce em meus lábios. Que saudade de ver aquelas curvinhas tão espontâneas em seu rosto. Olho para trás um pouco envergonhada e volto a encará-lo. O desejo de beijá-lo falou mais alto. Quando dei por mim, já havia me atirado em sua direção e abraçado o seu pescoço. Nossas bocas se uniram no mesmo “piscar de olhos”, tudo ficou em silencio para que pudéssemos seguir com a nossa musica, com a nossa dança, com aquela troca de desejo e de carinho. Sua mão deslizou pela minha bochecha e por um instante veio-me uma vontade louca de chorar. Eu não queria que sua boca deixa-se a minha e ficaríamos ali unidos para sempre se Aquarius não tivesse tossido para nos interromper. Aquilo soou como um lembrete de: “Eu ainda estou aqui!”.

 

- Alguém pode chegar e ver vocês se continuarem na porta. – Comentou sorrindo, provavelmente achando graça das nossas caras que estavam coradas.

- Claro. – Peguei Natsu pela mão, o fiz entrar e encostei a porta.

- Agora você pode se apresentar da maneira correta jovem. – Aquarius disse encarando-o e intimidando-o propositalmente. Natsu me olhou um pouco hesitante antes de responder a pergunta lhe feita.

- Natsu, Natsu Dragneel. – Esticou a mão para cumprimentá-la – Me desculpe por ter mentido naqueles dias.

- Eu estava brincando garoto, não precisa ser tão formal assim. – Ela acenou para que ele se sentasse no sofá ao lado – Eu sou do povo! – Não pude deixar de notar que ela o estava observando de uma outra maneira – Como disse que se chama?

- Natsu. – Respondeu confuso e um tanto receoso.

- Não, o seu sobrenome, como é? – Ela parecia pensar em algo e isso me deixou com um mau pressentimento.

- Dragneel. – Disse pausadamente.

- Não pode ser... – Deixou escapar e logo disfarçou com um sorriso – Bem, agora quero a explicação de vocês pra tudo o que aconteceu. – Cruzou os braços encostando-se melhor no sofá – Afinal, quero saber no que estou me metendo. – Ela estava nos deixando à vontade, mostrando para mim um lado que eu tive medo de conhecer.

- Tudo começou... – Dissemos juntos e rimos com a coincidência.

- Bem,... – Eu sabia que podia confiar nela, tudo o que eu diria a partir de agora seria decisivo – Desde que mamãe morreu, eu quase não saia de casa, minhas amigas da escola passaram a me visitar sempre, já que eu não havia mais voltado para ela.  – Ela me ouvia com atenção e Natsu se mantinha em silencio também – Um dia, eu criei coragem para sair escondida de casa junto com as minhas amigas, que tinham menos juízo do que eu. Era uma daquelas aventuras que você faz e depois conta para seus filhos e netos. - Eu estava disposta a não esconder nada – Nesse passeio, levei uma bolada do irmão do Natsu e então, nos conhecemos quando ele veio me pedir desculpas.

- Pra falar a verdade... – Ele começou sem que eu terminasse – Fiquei encantado por ela naquele dia, mas, eu não tinha nada além do nome “Lucy”. Interroguei um amigo para saber quem era ela e na semana seguinte ouvi uma amiga em comum convidando-a para ir ao shopping.

- Você sabia que eu ia estar lá com a Erza? – Indaguei-o, pois nem mesmo eu sabia sobre aquilo.

- Sabia... – Sorriu envergonhado e continuou – Naquele dia eu pedi para levá-la até a casa da irmã de sua empregada e no caminho, paramos em um parque. – Ele me olhou deixando-me vermelha – Ela é a primeira pessoa de quem me lembro que nunca havia ido a um parque! – Tinha uma certa emoção em suas palavras que me deixava ainda mais apaixonada por ele - Foi quando ficamos pela primeira vez. – Um filme passou pela minha cabeça, era uma lembrança muito especial pra mim.

- Depois daquele dia, passamos a nos encontrar as escondidas com mais frequência. – Percebi que ela apenas ouvia e que estava aguardando o seu momento de falar – Fizemos algumas loucuras, Natsu foi a minha casa mais de uma vez. – Só a vi arquear as sobrancelhas – Mas...

- Mas?! – Esperava que eu continuasse.

- Jude não gosta de mim. – Não vi surpresa nos olhos dela e isso me causou estranheza – Não sei o que tem de tão errado em mim, mas, ele me disse com todas as letras que jamais me aprovaria. – Eu sabia que ele se magoava a cada vez que falava sobre este assunto, eu estava vendo em seus olhos naquele momento – Ele tentou nos separar de diversas maneiras. – Ele estava se segurando, mas, eu podia sentir sua voz balançar – Me jogou contra a parede, fez meu pai perder o emprego, me mandou para o hospital e eu estou aqui agora sabendo que posso estar arriscando o que tenho de mais valioso, minha família.

- Não queremos desistir do que sentimos um pelo outro... – Quando percebi, já haviam lágrimas em meus olhos - Então, é isso. – Conclui – Essa é a nossa história confusa, complicada e apaixonante.

- Certo... – Respirou fundo – E em que parte dessa história entra Rogue Redfox?

- Em nenhuma. – Natsu respondeu ironicamente.

- Meu pai colocou na cabeça que eu tinha que me casar e que este “homem” deveria ser alguém que estivesse ao nível de nossa família. – Suspirei profundamente – Para ser sincera, ele sempre me dizia que um dia eu me casaria com alguém assim, mas, foi de uns tempos para cá que ele decidiu acelerar isso.

- Eu nuca imaginei que fosse conhecer duas pessoas como vocês. – Ela parecia não encontrar as palavras que desejava – Será que em momento algum Jude não parou pra enxergar isso? – Natsu negou cabisbaixo – Minha irmã ficaria feliz em ver vocês juntos! – Novamente me senti desconfortável – O que pretendem fazer?

- Em alguns dias eu serei maior de idade. – Ele respondeu antes mesmo de eu pensar em algo – Tenho um apartamento em Magnólia e pretendo levar a Lucy pra lá.

- Estão pensando em se casar? – Confesso que levei um susto, pois não esperava que ele dissesse isso pra ela.

- Exatamente! – Seu olhar estava sério, ele não estava brincando – Não seria muito fácil, já que a mãe de Lucy faleceu e o pai dela jamais autorizaria, mas,... – Suspirou pesado – Você é tia dela, pode ser a testemunha que precisamos. – Diminuiu o tom de voz ao imaginar uma reação contrária.

- É isso que você quer Lucy?! – Perguntou-me, encarando-me.

- Sim. – Não precisei pensar sobre o que responder para essa pergunta – Se eu puder ficar com o Natsu sem que ninguém nos prive de sermos felizes juntos, farei qualquer coisa... – Meus olhos ardiam – Aquele garoto, me dá medo, tenho nojo de imaginar ele me tocando e em todas as vezes que ele tentou algo, alguém estava lá pra me ajudar, mas,... – Quando percebi, ela estava com lágrimas nos olhos também – E se não tiver ninguém na próxima vez? Eu fico desesperada só de pensar nisso, dói tanto...

- Eu... – Pegou uma de minhas mãos e uma das mãos de Natsu, unindo-as – Eu vou ajudar vocês. – O meu rosto transbordou em felicidade, meus ouvidos pareciam não acreditar naquilo que escutaram – Vocês não precisavam nem dizer tudo o que me disseram, eu posso ver, qualquer um é capaz de enxergar o que sentem um pelo outro.

- Eu... – Abracei-a forte – Sinto muito por ter mentido.

- Agora eu entendo o que você queria proteger. – Nos afastamos e ela se levantou repentinamente – Bem, vou fazer algo para comermos, vocês podem matar a saudade. – Deu-nos uma piscadela – Lá em cima! – Meu rosto corou, principalmente quando senti o queixo de Natsu no meu ombro.

- Só estou esperando você me convidar! – Ele disse com um sorriso aberto e malicioso.

- Você não presta! - Adorava o seu jeito safado, que somente eu conhecia.

/Lucy Off

 

Aquarius começou a fritar alguns temperos enquanto pensava na conversa que teve com Natsu e Lucy. Nunca havia visto um amor tão bonito, sempre lera sobre a força deste sentimento, mas essa era a primeira vez que o presenciava. Foram palavras sinceras demais para serem ignoradas.

 

“Como disse mesmo que se chama?”

- Será que este menino é... ?! – Negou com a cabeça – Seria esse o motivo de Jude odiá-lo?

“Ele me disse com todas as letras que jamais me aprovaria”

- Jude não vai acabar com a vida de Lucy assim como fez com Layla, não vai! - O cheiro da cebola queimando a fez acordar de seus devaneios - Aiiin droga! - Praguejou baixinho.

 

[...]

 

Com os pés sobre a mesa, olhos perdidos no bege mórbido do teto e uma caneta deslizando em seus dedos, alguém esperava ansioso por uma ligação.

O horário combinado já havia sido ultrapassado. Um papel sobre a mesa, todo rabiscado, deixava claro seu nervosismo. O telefone toca e rapidamente ele o atende.

 

- Pode falar! – Ajeitou-se na cadeira – O que tem pra mim?

- Ele esteve em Crocus hoje. – Pode escutar o barulho do outro esmurrando a mesa – Ele percebeu que eu estava o seguindo, não pude ver para onde ele foi, mas...

- Mas nada, eu te pedi para segui-lo! – Disse ríspido – Se bem que eu já imagino o que ele tenha ido fazer lá.

- O que quer que eu faça?

- Queria mesmo que você o tirasse do meu caminho, mas, não teria graça se fosse assim tão fácil. Quero ter o prazer de vê-lo sofrer... – Sorriu vitorioso – Eu já sei o que vou fazer. – Desligou sem mais delongas – “Malditos! Vocês estão enganados se estão pensando que vou deixá-los serem felizes pelas minhas costas!” – Rasgou o papel a sua frente, deixando-o em dezenas de pedaços.


Notas Finais


Aquarius sabe algo sobre Natsu?
Que é a pessoa que mandou alguém seguir o nosso rosado?
O que Jude fez para sentir tanto remorso?
Essas e outras perguntas sexta, no Globo Repórter... não pera!

Gostaria de agradecer aos lindos e lindas que favoritaram e conferiram minha nova fic "Wish You Were Here", a história será muito bacana, vocês não vão se arrependerem!

Sobre o mangá:
Laxus muito maduro nesse capítulo ao mostrar que ainda não é hora para chorar pelos que se foram, mesmo este sendo seu avô. Afinal, a guerra não acabou e os inimigos se fortaleceram com essa perda. Mavis e suas lembranças, prevejo lágrimas e mais lágrimas quando isso for animado e tiver aquela OST divina de fundo.
Eu já disse (eu acho) o que penso sobre a rixa entre Natsu e Gray. Bem, eu acredito que em um mangá onde a amizade é o maior foco, uma traição seria um ponto crítico. Já pararam pra pensar que Gray pode estar se sentido traído? Ele não sabe que Natsu também não sabia quem ele era, ou seja, ele pode estar achando que Natsu sempre soube disso e usou a amizade com as pessoas da FT para aproximar Zeref deles, ou algo parecido.
A batalha entre eles ficou muito bem desenhada, Hiro está se superando, com estes ataques novos, Gray usando a cabeça e Natsu mostrando que nada pode pará-lo. Para mim está claro que se Natsu estivesse completamente transformado o Gray teria virado poeira.
Não vi problema algum com a Erza aparecer e separar os dois. Com o alcance dos ataques, a briga entre eles poderia ser vista de longe, ela poderia estar procurando por mais aliados para ajudarem na luta e os encontrou ao reconhecer a magia deles. A luta deles pode ter ido além daquelas páginas, dando o tempo necessário para que ela chegasse até eles.
Quanto ao fato dela segurar os socos de ambos, acredito que os dois cessaram assim que sentiram a presença dela, Natsu se moveu no tempo de Dimaria, ele pode muito bem ter aliviado sua força (desde os spoilers, percebi que suas garras estavam abertas, aparentemente, eles estava se defendendo, ou não, sei lá). Mesmo sendo tomado pelo poder de END ficou claro que ele ainda está consciente, assim como o tapado do Gelinho.
Próximo capítulo: Erza vai fazer um discurso (por isso o capítulo se chama "Voz" kkkkk), irá abrir os olhos deles e provavelmente, resolverão suas diferenças depois. Ela deve contar o que houve e Lucy DONA DO MANGÁ TODO deve aparecer.
Enfim, gostei do capítulo, muitos disseram que era demais para a Erza, mas, é a pastora da FT, claro que uma das maiores perdas da vida dela a faria ficar muito puta! Não sei, mas, algo me diz que se houver uma familiaridade entre ela e Eileen, a pastora pode ter algum poder que nunca tenha usado (e não estou falando de protagonismo!kkk).

Oxe, falei muito... Espero vocês nos comentários, inté! <3


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