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História My Heart Will Go On - Capítulo 01 | Mudança.


Escrita por: crushutchersz

Notas do Autor


Oi gente, sempre tive vontade de postar uma fanfic então finalmente está ai! Espero realmente que todos vocês gostem ❤
My Heart Will Go On (meu coração continuará) é a música do filme Titanic, que também será a música tema dessa história, ao decorrer dos capítulos vocês entenderão o porquê.
Essa história é real, e sempre vai ser narrada pela Marina. Caso contrário, eu avisarei se em algum capítulo eu escrever no ponto de vista de outro personagem. Beijos e boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo 01 | Mudança.


Fanfic / Fanfiction My Heart Will Go On - Capítulo 01 | Mudança.

" - Daniel? Por que seu rosto está escuro? Por que não consigo te ver? O que está acontecendo?
- Está tudo bem, maninha. Eu estou bem, estou aqui, mas não tenho muito tempo...
- Por que? E por que eu não consigo te ver?
Aos poucos, seu rosto foi escurecendo cada vez mais, até ele sumir por completo em meio à escuridão. Eu gritava pelo seu nome aos prantos, mas ele já havia sumido... Eu não pude fazer nada para salvá-lo...
- DANIEL! Daniel, por favor! Onde você está? Daniel!? Daniel!"

- Marina? Marina, filha? Acorda, nós já chegamos. - Meu pai me acordou enquanto abria a porta do carro já começando a retirar algumas coisas e pôr no chão.
   Permito-me respirar por alguns segundos, deixando meu corpo se acostumar com o alívio de tudo aquilo ter sido apenas um pesadelo horrível. Droga...
- Está tudo bem? - Meu pai me perguntou, parando de fazer o que estava fazendo e se concentrando no suor da minha testa. - Você está pálida.
- Estou bem. - Peguei a minha bolsa e dei um passo rápido para fora do carro. Luna deu um pulo e me seguiu até a entrada da casa nova, onde minha mãe já estava organizando algumas coisas também.
   Eu não queria ser grossa com os meus pais, mas essa história de mudança era completamente contra a minha vontade. Eu sentia tanta falta dos meus amigos, da minha escola, da minha vida...
- Limpe as patas dessa cachorra antes de deixá-la entrar dentro de casa. - Minha mãe, como sempre, estressada com tudo e com todos. Lamento por ela ter se tornado esse tipo de pessoa depois de tudo que aconteceu.
   Peguei a Luna no colo e segui para o meu quarto, sem ligar para as patas sujas dela. Eu já sabia onde era, então simplesmente abri a porta e tranquei. Encostei na mesma e deixei minha bolsa cair no chão. Olhei para o teto e respirei fundo, não acreditei que aquilo realmente estava acontecendo. Eu queria sair daquela casa, aquilo tudo me dava uma tremenda dor de cabeça.
Caminhei até a minha cama e me deitei logo depois de tomar a metade de um comprimido para pegar no sono. Eu queria simplesmente dormir para esquecer todos os meus problemas.
E eu sabia que isso era um grande erro...

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- Seu pai e eu já conversarmos mil vezes com você sobre isso, Marina. É extremamente proibido você tomar esses remédios! - Minha mãe gritava enquanto esfregava a cartela de compridos na minha cara.
- Eu estava com sono.
- Você acha que isso é brincadeira?
- Eu não me importo.
Me levantei e fiz um coque no alto da minha cabeça quando meu pai apareceu na porta.
- Já conversou com ela, querida? - Ele perguntou da porta mesmo. Minha mãe sorriu negando com a cabeça. Eu odiava o fato dela me tratar bem quando o papai estava por perto.
- Ótimo. Eu mesmo conto, então. - Ele se aproximou e sentou na cama. - Nossos vizinhos tiveram a boa iniciativa de nos receber com um jantar hoje. Está tudo bem pra você?
- Sim. - Respondi, mas não. Não estava nada bem.
- Ótimo. Sairemos em uma hora, vista-se de maneira comportada. - Ele se levantou, puxando minha mãe pela cintura e saindo ambos do meu quarto.
Me vestir de maneira comportada? Ele achava que esse era os velhos tempos? As coisas mudaram.
Deitei na cama soltando um suspiro exauto e esfreguei os olhos. Pensei em mil maneiras de inventar uma desculpa para não ter que ir jantar na casa dos nossos vizinhos. Mas sabia que isso era importante para o meu pai. Ele estava tentando tanto, achei que era o meu dever tentar também.
Levantei e fui para o banheiro lavar o rosto. Cheguei a conclusão de que eu não precisava me arrumar tanto para causar uma boa impressão em alguém.
   Vesti uma calça jeans escuro e uma blusa de manga comprida verde, de forma que escondesse os meus pulsos também. Soltei o coque e deixei meus cabelos lisos caírem livremente sobre minhas costas, passei um pouco de maquiagem no rosto, nada muito chamativo, mesmo porque eu não gostava nenhum pouco disso. Em alguns minutos eu já estava pronta.
- Me deseje sorte, Luna. - Disse em um tom nada animado e fechei a porta do quarto.
Descendo as escadas, senti o cheiro da torta de maçã que minha mãe fazia. Era o prato favorito do meu irmão, se ele ainda estivesse aqui.
- Qual é a necessidade disso?
Ela ia me responder, e pela sua cara, iríamos começar mais uma discussão, mas o papai chegou bem na hora.
- Estão prontas?
- Sim, querido.
Meu pai depositou um beijo rápido em minha testa e sussurrou:
- Eu sei que está se esforçando, obrigado por isso.

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A casa dos nossos vizinhos era, sem dúvida alguma, a maior casa da rua. Havia algumas placas de motivação espalhadas pelo jardim, isso me irritou de certa forma. Não tinha necessidade de motivar as pessoas da vizinhança, não se sabia o que elas estavam passando. Era fora de sentido uma coisa dessas.
O vento estava gelado e eu estava com as mãos dentro dos bolsos do casaco, tentando amenizar o frio.
Só me permiti sair de meus pensamentos quando ouvi a porta se abrindo e o sorriso mais lindo que eu já vira na minha vida aparecendo bem diante de mim.
- Olá, vocês devem ser os Turners. Sejam muito bem-vindos! - Ela disse enquanto estendia a mão para os meus pais. - Entrem, por favor.
Meus pais entraram dentro da casa e comprimentaram os outros.
- Deve estar frio ai fora. Não vai entrar? - Ela sorriu, e que sorriso era aquele? Um arrepio estranho percorreu sobre todo o meu corpo, e eu garanto que aquilo não era frio.
Ela estendeu a mão pra mim.
- Stella Lewis. E você é...?
- Marina. Marina Turner.
Não apertei sua mão de volta, então ela a abaixou. Será que ela podia estender denovo? Onde eu estava com a cabeça?
- Entra. - Ela deu passagem para eu entrar e eu mal conseguia dar o primeiro passo. Era como se aquele sorriso tivesse sido um grande bloqueio para mim. O que estava acontecendo comigo? Eu não sabia explicar nada, mas sabia que a noite seria longa.

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- Obrigada, Rosemary. O Jantar estava maravilhoso. - Minha mãe disse e meu pai concordou, agradecendo da mesma forma.
- É um enorme prazer tê-los em nossa casa. Que essa não seja a única vez. - Disse o Sr. Lewis, e logo em seguida completou:
- Stella, querida, por que não leva a Marina para conhecer a casa?
- Claro, papai. Você vem? - Ela perguntou, virando-se para mim.
Apenas me levantei e a segui até o andar de cima e no caminho fui reparando em silêncio o quanto a casa deveria ter um valor altíssimo de bens materias.
- Você quer conhecer a casa?
- Não precisa. - Respondi.
- Uh... Bem, o meu quarto fica aqui.
Stella abriu a porta e seu quarto era completamente diferente do que eu tinha em mente.
   Pensei em algo bem menininha, rosa, e bastante chamativo, mas era apenas um quarto normal com alguns pôsters de bandas antigas.
- Fique à vontade.
Ela se deitou na cama e eu me sentei em uma poltrona que tinha ali.
- Você toca? - Perguntei, apontando em direção ao violão encostado na parede.
- Um pouco. Quer ouvir?
Fiz um sinal positivo com a cabeça, me sentando ao seu lado na cama.
- Tem alguma preferência?
- Toque a sua melhor música.
Ela sorriu mais uma vez, e senti o mesmo arrepio de antes.
   Ela posicionou o violão em seu colo de maneira correta e logo vi seus dedos deslizarem sobre as cordas, fazendo uma melodia maravilhosa tomar conta do quarto. De repente, uma voz adorável se juntou com a música e ela começou a cantar em uma língua diferente, mas eu não liguei, sua voz era tão linda e doce, eu fiquei impressionada com a facilidade que ela aparentava ter pra isso.
Seus olhos estavam fechados, o cabelo estava preso para trás e ela usava uma blusa e uma calça jeans simples, mas ainda assim, estava linda.
Algumas mechas do seu cabelo caiam sobre seu rosto de forma delicada enquanto ela cantava. Mirei seus lábios por alguns segundos, sua boca era inacreditável... Ela abriu os olhos e sorriu pra mim enquanto cantava, aquilo foi definitivamente lindo.
E de repente a música parou.
- Gostou?
Fiquei sem palavras por alguns momentos.
- Achei que só soubesse tocar um pouco.
Ela riu, e que risada gostosa de se ouvir!
- Obrigada, então.
- Foi lindo... É sério.
Eu realmente poderia ficar horas elogiando aquela voz, mas uma das empregadas vieram avisar que meus pais já estavam me esperando.
- Então... Foi um prazer conhecer você, Marina.
- Foi um prazer conhecer você também, Stella.
Eu estendi a minha mão dessa vez, sem saber ao certo se aquilo era sensato ou não depois de eu ter ignorado o aperto de mão dela. Mas senti ela me puxando para um abraço aconchegante, e dessa vez, eu retribui o gesto.
Eu não sabia o que a Stella tinha de tão especial, mas eu estava completamente disposta à descobrir.


Notas Finais




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