BUDISMO
Originalmente o budismo provém do hinduísmo, criados na Índia. Foi fundado por Sidarta Gautama, século VI antes de Cristo.
É uma religião e filosofia orientais. É encaminhada pelos conselhos de Buda, acreditar que a libertação está na sua consciência e que pode ser alcançada com a prática e crenças, como a meditação e yoga. Na forma antiga, essa religião não é teísta, assim sendo, não tem um Deus. Buda não pregava a crença na divindade, mas sim, um guia espiritual com seus seguidores e crenças.
Também acredita-se que todos os seres possuem encarnações e reencarnações, inclusive os animais e plantas. Por isso o sujeito deve ser bom a todos os seres, já que em outra vida pode experimentar aquela forma de tratamento. Este ciclo de reencarnação é chamado de Samsara. •Atenção!: O conceito de chakra é no budismo tibetano, não confundam o antigo com os outros tipos!
Originário na Índia por volta do século V a.C., o Budismo se espalhou pela China nos séculos II e III d.C., e finalmente chegou ao Japão via Coréia no século VI, quando o rei de Paekche enviou uma estátua do Buda e cópias das suras ao imperador japonês. O Budismo se espalhou rapidamente entre as classes altas por causa da influência da família pró-budista Soga em sua luta contra as facções anti-budistas. O príncipe Shotoku (574-622), que deu apoio imperial à construção de templos como o Horyuji (atualmente na província de Nara), é considerado o fundador do Budismo no Japão.
O imperador Shomu (701-756) adotou o Budismo como religião oficial do Estado e construiu o templo Todaiji em Nara e sua grande estátua do Buda. Entretanto, a coexistência do Budismo com o Xintoísmo continuou. Responsável por promover rituais que promoviam o bem-estar nacional, as seis seitas Nara, que dominavam o Budismo naquele tempo, eram primeiramente acadêmicas e tinham pouca influência sobre a população em geral. No início do período Heian (774-1185), a seita Tendai foi introduzida no Japão pelo sacerdote Saicho (767-822) e a seita Shingon foi introduzida por Kukai (774-835), o qual é também conhecido como Kobo Daishi. Essas duas seitas esotéricas vieram a ser as mais importantes seitas na corte imperial.
No período Kamakura (1185-1333), dois grandes acontecimentos ocorreram no Budismo no Japão. O primeiro foi o estabelecimento da escola Zen por Eisai (1141-1215), fundador da seita Rinzai, e posteriormente modificada por Dogen (1200-1253), fundador da seita Soto. O Zen encontrou um público receptivo na elite guerreira de seu tempo devido à sua praticidade e ênfase na autodisciplina e meditação. A prática Zen utiliza a meditação sentada, conhecida como zazen, enigmas conhecidos como koan, como meios para se alcançar a iluminação (satori). A principal diferença entre as duas seitas é que os locais Rinzai Zen são muito mais importantes para a prática koan que no Soto Zen.
O segundo acontecimento importante foi o rápido crescimento das seitas do Budismo popular entre as pessoas comuns. Isso inclui as seitas da Terra Pura, que ensinam que o canto do nome do Buda Amida é o melhor caminho para receber um renascimento no Paraíso de Amida, e também a seita Nichiren, que enfatiza o canto da Sura de Lotus.
No período Edo (1600-1868), o xogunato Tokugawa solicitou que todas as pessoas fossem filiadas a um templo Budista como parte do seu esforço de manter a população longe do Cristianismo. Essa medida assegurou uma grande base de membros nos templos, porém não contribuiu para a vitalidade do Budismo como uma religião viva. No princípio do período Meiji (1868-1912), esse sistema entrou em colapso por meio de ondas de sentimento anti-budismo estimuladas pelo desejo do governo de eliminar a influência do Budismo dos santuários Xintoístas e fazer do Xintoísmo a religião oficial do Estado. Como resposta a isso e à mudança do ambiente social da era moderna, o Budismo passou a se esforçar para redefinir o seu papel no Japão.
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XINTOISMO
Diferentemente, xintoísmo é do Japão, e não provém de nenhuma outra religião. O xintoísmo é a crença formada por muitas lendas e mitos que explicam a formação do mundo, da vida, e da família real imperial japonesa. Ela é fundada com bases dos elementos da natureza. A convivência da natureza e da vida humana é o principal ponto do xintoísmo. É uma religião panteísta, ou seja,todos os elementos são deuses: os kamis. Cada kami é responsável por um elemento e Cosmo.
Os kamis podem assumir qualquer forma, como humanos, animais, pedras, rios, estrelas, constelações, prosperidade, felicidade e etc.A principal kami do xintoísmo é Amaterasu Omikami, a deusa do Sol, que surgiu de uma lágrima do deus da criação, Azanagui.
E uma das coisas que mais marca o xintoísmo são os templos dos kamis.
Existem muitos kamis, no entanto, na crença xintoísta os principais são: Amaterasu Oo-mikami, a grande deusa do Sol; Tsukiyomi-no-Mikoto, o deus Lua; e Susano-O-no-Mikoto, o deus do mar e das tempestades. De acordo a religião, os deuses vivem em um lugar chamado Takama-no-hara, que significa "Alta Planície do Céu". A palavra ‘Xintoísmo’, a qual é geralmente traduzida com “o caminho dos deuses”, é escrita com dois caracteres. O primeiro caractere, que é pronunciado como kami isoladamente, significa ‘deus’, ‘divindade’, ou ‘poder divino’, e o segundo caractere significa ‘caminho’ ou ‘trilha’. Com a introdução do sistema de arrozais durante o período Yayoi (300 a.C a 300 d.C.), os rituais agrícolas e festivais que posteriormente se tornaram parte do Xintoísmo começaram a se desenvolver.
Embora a palavra kami possa ser usada para se referir a um único ‘deus’, ela também pode ser usada no coletivo para designar uma miríade de ‘deuses’ os quais têm sido o objeto central do culto no Japão desde o período Yayoi. Os kami são parte de todas as formas de vida e se manifesta em diversas formas. Existem kami na natureza que residem em rochas sagradas, árvores, montanhas, e em outros fenômenos naturais. Existe um clã de kami chamado ujigami, que foi originalmente formado por deidades tutoras de clãs específicos, que geralmente é um ancestral do clã que foi deificado. Existe o ta no kami, ou deus dos arrozais, o qual é adorado durante o tempo das plantações e nos festivais das colheitas. E existe o ikigami, que são deidades humanas. Os kami que mais se assemelha com os deuses segundo o padrão ocidental são as divindades celestiais que residem no Takamagahara (Alto Plano Celestial). Eles são dirigidos por Amaterasu Omikami, a divindade que é venerada no Santuário Ise, o principal santuário Xintoísta.
Em parte como uma resposta a chegada das doutrinas bem estruturadas do Budismo no Japão no século VI, a atuante, porém desorganizada crença nativa, foi gradativamente sistematizada no Xintoísmo. O desejo de impor uma linhagem imperial legítima sob o fundamento religioso e mitológico levou à compilação do Kojiki (Compilação dos Assuntos Antigos) e do Nihon shoki (crônicas do Japão), em 712 e 720, respectivamente. Ao traçar a linhagem imperial até a era dos deuses, esses livros ensinam como os kami Izanagi e Izanami formaram as ilhas japonesas e os deuses principais Amaterasu Omikami (deusa do sol), Tsukuyomi no Mikoto (deus da lua), e Susano no Mikoto (deus das tempestades). Acredita-se que o tataraneto de Amaterasu Omikami foi o imperador Jimmu, o lendário primeiro soberano do Japão.
A ausência de escritos sagrados no Xintoísmo reflete na falta de mandamentos morais religiosos. Em contrapartida, o Xintoísmo enfatiza a pureza no ritual e a purificação daqueles que lidam com os kami.
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