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História My Immortal - Capítulo I: Nada mal para um primeiro dia


Escrita por: ysm_ozean

Notas do Autor


YOOO MINNA-SAAAN \O/
YEEEEY \o/
Como eu vi que vocês gostaram da fic, eu resolvi não demorar para postar o próximo (que já tava pronto >.>). Não tenho muito o que falar... ~Tentando lembrar de alguma coisa...~ Ah! Obrigada pelos comentários anteriores e pelos favoritos também <3 enfim, VAMO PARA DE ENROLAR E BORA PRO CAPITULO! \O/
Nos vemos lá embaixo e espero que gostem <3

Capítulo 2 - Capítulo I: Nada mal para um primeiro dia


╰☆╮

 As gotas de chuva de mais cedo deixavam a janela embaçada, e um sentimento de melancolia e medo tomavam seu coração. Ele não queria sair da cama, e não era só pelo frio ou pelo sono de uma noite mal dormida, mas sim porque seu corpo e sua mente pediam para ele ficar, ainda mais por sentir a pressão de uma escola nova na qual ele iria conhecer em breve.

— Shirou, já está acordado?

 Ele suspirou encolhendo-se por de baixo das cobertas.

— Sim. Já vou levantar.

— Não demore ou vai se atrasar!

 Dando duas leves batidas na porta, a mulher se distanciou deixando ecoar pelo corredor seus passos lentos e o barulho do sapato que usava, agora sentindo-se obrigado a levantar, Shirou retirou o cobertor de cima de seu corpo. Resmungou, mas o fez, mesmo que ainda sentisse frio. Foi para o banheiro ainda de pijama e lá tomou um banho rápido, aquecendo-o e deixando sua mente no lugar, deixou a roupa que usaria atrás da porta e quando terminou, vestiu-se com o majestoso uniforme da Raimon, que por sinal era muito bonito, olhou seu reflexo no espelho. Apesar das bochechas naturalmente rosadas, seu olhar havia perdido há tempos o brilho que sempre o iluminava, e o sorriso que sempre o deixou conhecido não se desenhava mais em seus lábios. Seu suspiro saiu doloroso e profundo, olhou para o lado e viu a gilete sobreposta na tampa da saboneteira. Abriu a torneira sem parar de fitar o brilho metálico que a lamina possuía, fechou seus olhos e balançou a cabeça, afastando aqueles pensamentos de sua mente e jogou de uma vez a agua gelada em seu rosto, sentindo como se cada musculo de sua face se congelasse naquele curto período de tempo, abafou um grito na toalha e se olhou no espelho mais uma vez.

 Agora sim ele tinha acordado.

~*~

— Ohayo!

— Ohayo!

 Antes de passar pela porta, ouvi minha tia me cumprimentar de dentro da cozinha, de onde o cheiro doce do café já chegava até a sala. Dirigi-me para o meu lugar e peguei algumas torradas em cima do pote, sentamo-nos um de frente para o outro depois dela também se servir.

— Ansioso para a nova escola?

— Mais ou menos... Mas tenho a impressão de que vai ser igual aos anos anteriores...

— Não seja tão pessimista. Eu tenho certeza que você vai gostar da Raimon, ela é uma das melhores escolas da região!

 Ela estava entusiasmada, apesar de não conseguir sentir o mesmo, não pude deixar de sorrir para ela, que sem duvidas é como uma mãe para mim.

— E você vai com essa blusa? O tempo vai esquentar mais tarde, não é melhor pôr algo mais leve?

 Meu coração gelou por um minuto, encolhi meus braços para baixo da mesa. Eu estava ótimo com a blusa, não poderia estar melhor.  

— Não se preocupe, eu vou ficar bem.

 Sorri tentando não só convence-la, mas também convencer a mim mesmo de que tudo ficaria bem.

~*~

 A caminhada para a escola era longa, porem, satisfatória. Só de respirar novos ares e conhecer rostos novos, já me dava um grande alivio por dentro, além de me acalmar. Estava bem cedo na verdade, não eram nem 07:30 da manhã, considerando que eu não tinha saído de casa a muito tempo. Porem enquanto passava por um sobrado branco, pude ouvir o radio ligado em uma altura consideravelmente alta. Não a ponto de incomodar os vizinhos, mas o som tocava um musica animada. Olhei na direção do quintal e vi uma garota dançando, fiquei a observando por um tempo, nem percebi que começava a rir do jeito que ela se mexia. Mesmo quando me distanciei continuei a olhar para trás, rindo, mas em certo momento ela se virou e olhou para mim, ficou parada por uns instantes e  depois, se eu não tivesse a visto sozinha lá, diria que alguém puxou ela para o chão, onde ela deve ter se escondido atrás da parede. Virei rapidamente o rosto para frente, acho que ela não viu meu rosto direito, mas tudo bem, não faz mal.

 O raio na frente do prédio, a arvore de cerejeira na entrada, não poderia ser outro lugar. Entrei e me senti espantado com o tamanho daquela escola e com a quantidade de pessoas de diferentes clubes que havia lá. Recebi alguns olhares curiosos, não demorou muito para perceberem que eu não era dali, mas tentei relevar essa situação e segui para dentro parando em uma pequena mesa no hall da escola.

— Bom dia.

— Hum? –Uma garota de cabelos curtos azulados e ondulados, contrastando com seus belos olhos azuis virou-se para mim com um sincero sorriso nos lábios, retribui e ela me cumprimentou. - Bom dia, posso ajudar?

— Acho que sim, é que eu fui transferido para cá e queria saber onde consigo o numero da sala.

— Ah é aqui mesmo. –Pegou uma pasta azul de baixo da mesa e voltou a me olhar com os óculos afastados de seus olhos. – De que escola você veio?

— Hakuren, em Hokkaido.

— ela parou de mexer na pasta e me olhou surpresa.

— Caramba, bem longe, heim... –Ela tinha razão e eu ri de seu comentário concordando com o que foi dito por ela. –Ah, achei. Fubuki Shirou, certo?

— Sim, isso mesmo.

— Sua sala é o 2B.

— Ah obrigado, ér...

— Haruna, Otonashi Haruna! –Estendeu sua mão para mim e eu a cumprimentei. –Se precisar de qualquer coisa...

— Claro, já sei onde pedir. Obrigado, Haruna.

 Assim que me despedi dela, fui direto para minha sala, não queria ser o ultimo a chegar. Apesar de estar estranhamente ansioso fiquei feliz em conhecê-la, parecia ser alguém muito legal e gentil. Infelizmente para mim, os alunos da Raimon já estavam todos dentro de suas salas recolhendo-se para o inicio das aulas, corri para onde seria o corredor da minha sala e encontrei o professor já pronto para fechar a porta, corri e consegui impedi-lo antes que o fizesse. Pedindo para eu esperar um pouco, ele terminou de organizar a sala e veio até mim novamente, pedindo para que eu entrasse. Permaneceram em silencio assim que fiquei de frente para todos, apenas algumas vozes cochichavam algo que eu não pude saber o que era. Para amenizar aquele clima e tentar parecer um pouco amigável, sorri para a classe.

— Pessoal, como podem ver, hoje teremos um novo integrante na nossa família.- A ultima palavra fez meu sorriso morrer. -Ele se chama Fubuki Shirou e veio da escola Hakuren, ao norte do Japão.

 Vi seus olhares tornarem-se curiosos o suficiente para fazer o homem sorrir para mim e rir da reação da sala, dei dois passos adiante e reverenciei-vos.

— É um prazer estar aqui, espero me dar bem com todos.

 Fui dispensado pelo professor e ele me indicou o lugar que eu iria sentar, ao lado do canto da janela, onde havia outro lugar vazio. Fiz o que ele pediu, mas ainda assim queria sentar na janela. Agora em meu lugar, podia ver as pessoas que sentavam ao meu redor, era um...

— Com licença!

 A porta foi bruscamente aberta e assustou a todos, quando olhei para lá, mau acreditei em quem acabava de entrar na sala, cansada e ofegante.

A garota que dançava na varanda.

— Me desculpe, eu estou muito atrasada, né?

— Está sim. –O professor que antes havia sido muito gentil comigo e que eu imaginei ser incapaz de olhar feio para alguém, lançou lhe um olhar raivoso e reprovador. Ela, por sua vez, abaixou a cabeça e pude a ver balbuciar algumas palavras, mas ninguém havia entendido, e eu, como estava longe dali, também não soube do que se tratava.

— Tudo bem, vá sentar em seu lugar.

 Agradeceu rapidamente e sorrindo virou-se para a sala, mas ao me encontrar, não dava pra saber quem estava mais surpreso ali. Voltei minha atenção para o meu caderno, não conseguia encarar alguém por mais de três segundos. Não vi quando ela passou por mim ou se me disse algo, apenas senti seus cabelos longos baterem contra o meu braço assim que ela se virou e sentou-se exatamente ao meu lado, no lugar da janela, no lugar que eu queria sentar. Eu admito, não tenho sorte na vida.

— Psiu!

 Ouvi alguém me chamar atrás de mim, mas não me virei.

— Ei, você da frente...! –Sussurrou mais uma vez, mas novamente ignorei aquilo. Não é por nada não, mas não costumo atender pedidos de pessoas que me chamam de psiu ou algo parecido.

— Fubuki...! –Tentei ver quem era apenas rolando meus olhos para o lado, mas não consegui. Depois de me chamar pelo nome, acabei por me virar e me deparei com um garoto sorrindo para mim e seus cabelos lisos e ruivos destacando em seu rosto extremamente pálido, ainda mais do que o meu. –É verdade que você veio de Hokkaido?

 Seus olhos verdes mostravam curiosidade, mas não consegui responder de imediato, ainda estava olhando para eles. Pareciam duas esmeraldas brilhantes ao me fitarem, bem diferentes do cinza dos meus olhos.

— Sim... É bem longe daqui...

— Imagino. –O ruivo gargalhou e eu o acompanhei.

— Já vai encher o saco do garoto novo, Hiroto?

 O tal do Hiroto estreitou seus olhos na direção de quem havia o dito. Era uma garota, cabelos azuis amarrados em um rabo de cavalo e uma franja cobrindo todo o seu olho esquerdo. Ela não olhou para nós, mas riu quando o ruivo a olhou com raiva.

— Não liga pra ele, eu não sou chato.

 Ele?! M-mas... Ela... Ele parecia tanto uma garota...

— Tá tudo bem. –Sorri.

— voçe chegou faz tempo?

— Semana passada, mas minha matricula só foi aceita ontem.

— Entendo... Bem vindo, Fubuki!

— Obrigado.

 Sorrimos um para o outro, Hiroto desviou o olhar para o caderno como se tentasse se lembrar de algo e depois me olhou novamente -Como voçe já deve saber, me chamo Hiroto, Hiroto Kiyama. Ao seu lado direito está o Kazemaru, atrás deles são o Midorikawa, o Someoka e o Fudou. À sua frente está o Kido; atrás de mim, o Goenji e o Endo, na fileira do lado da janela, começando pelo ultimo são: Tobitaka, Sakuma, Ichinose e a mal educada da Yasmin, que chegou atrasada e ainda não falou com ninguém.

 Ele falou da garota ao meu lado, olhei vagarosamente para ela, ainda temendo que ela estivesse me encarando, mas tudo o que vi foi o Hiroto puxar a manga de sua blusa e ela voltar-se para ele lhe mostrando o dedo do meio, voltando a olhar para a janela e apoiar sua cabeça com a mão posta sobre a mesa.

— Não liga pra ela, com certeza deve estar de TPM. –Ambos olhamos para ela, e vi seus ombros se encolherem. -Ela é legal...

 - Senhor Kiyama.

 No mesmo instante viramos para frente, o professor me encarou e logo depois olhou para Hiroto atrás de mim.

— Há algo que você queira compartilhar com a sala?

—... N-não, professor... Me desculpe.

 - Hum, volte sua atenção para o seu caderno, ou então vou ser obrigado a ditar o texto por sua culpa.

 A sala toda reclamou, até o de cabelos curtos rosas, Someoka, jogou uma bolinha de papel em Kiyama. O professor viu e brigou com ele, por fim ditou todo o resto do enorme texto que ele estava passando na lousa. Durante uma das pausas, o professor ficou me olhando e, além dele, percebi que a garota que dançava hoje de manhã também estava me observando, olhei para ela também e ela desviou o olhar imediatamente, o professor também parou de me fitar, achei estranho, mas nada disse.

  Durante a troca de professores no fim das aulas, a maioria dos alunos foi para fora da sala, e fiquei apenas eu, a garota que dançava no quintal e mais algumas pessoas que se sentavam de frente para a mesa do professor. Não a olhei nem por um momento, e ela também continuou com o rosto virado para a janela. De repente, Hiroto entrou correndo pra sala ao lado de Midorikawa, os dois estavam rindo de alguma coisa e foi apenas nesse momento que ela voltou a olhar para o que estava ao nosso redor.                                  

— Quero só ver se o diretor pegar vocês lá fora...

— Ele não vai vir. –O ruivo falou dando breves pausas por conta de seu riso, Midorikawa o puxou pela mão e ambos voltaram para fora, sumindo por entre os demais alunos.

— Vão acabar se ferrando...

  Disse em um tom baixo, a olhei de relance, mas ela percebeu e olhou para mim sorrindo.

— Desculpe não ter dito nada antes... Eu estava meio...

— Tudo bem. –Retribuiu ao seu sorriso de forma singela.

— Me chamo Yasmin. Voçe e´o Fubuki, certo?

— Isso, é um prazer de conhecer. –Estendi a mão para cumprimenta-la, sorrindo ela trazia sua mão de encontro a minha.

— Igualmen...

— Ninguém fala igualmente. –Olhamos para a porta, era o garoto que eu imaginei ser uma garota. Yasmin o ignorou revirando seus olhos escuros e voltou-se para mim, finalmente me cumprimentando e voltando a olhar de novo para o horizonte mostrado através do vidro límpido da janela. Não me contive em olha-la mais um pouco, e agora a olhando de perto, notei que era a única garota que não usava o uniforme feminino das estudantes, estava com uma calça jeans e uma grande blusa de frio meio masculina, que chegava a cobri-la quase que por completo. Pensei em perguntar até olhar para os meus braços também cobertos com uma blusa. Eu, mais do que ninguém, sabia que há alguns segredos sobre a gente que não queremos que outras pessoas saibam. Permaneci no meu lugar até o pessoal voltar correndo para a sala ao ver que o professor cruzava o corredor para vir para cá.

~*~

— Rodada de vídeo game na minha casa hoje! Quem vai?

— Temos que treinar, Midorikawa!

— Mas Endo...!

— Nada de mas, temos que ir! Ou você acha que vamos ser os melhores jogando vídeo game?!

—... Podemos não ser os melhores no futebol jogando vídeo game, mas seremos os melhores no vídeo game, jogando vídeo game! –Ryuuji levantou os braços em animação, todos rimos dos dois quando Endo se irritou e o levou para o campo de futebol de dentro da escola. Estávamos na porta da escola, as aulas tinham acabado e eu, Hiroto, Kazemaru e Yasmin tínhamos ficado ali, os outros foram para o campo.

— E aí, vocês vão com o Endo?

— Sei lá, ainda tô me decidindo... –Yasmin foi a primeira, deu de ombros e colocou as mãos no bolso de sua blusa.

— Eu vou ter que ficar pra treinar. Fubuki, por que você não fica com a gente?

— Você sabe jogar? –Kazemaru perguntou seguido do convite de Hiroto.

— Sei, mas...

— SABE?! QUE LEGAL!

 Pelo grito vocês já devem imaginar que era o Endo, ele voltou correndo em nossa direção e antes que pudesse me esquivar, ele me abraçou. Acho que fiquei meio atônito a u atitude, pois não retribui, e logo percebi os olhares estranhos de todos sobre mim.

— Você vai vir com a gente, não vai?

 Eu não queria ir, e quase disse o contrario ao ver o olhar pidão de Mamoru, mas continuei convicto em recusar.

— Eu não posso... Eu preciso realmente ir, talvez outro dia, Endo. –Ele fez uma cara triste, mas entendeu e não insistiu, voltou para o campo de futebol e nos deixou sozinhos novamente.

— Cara, tá calor. –Hiroto reclamou se abanando com a mão, deu sua bolsa para Yasmin segurar, mas ela recusou. –Caramba, você tá chata hoje, heim...

— Me chama assim de novo e eu nunca mais volto a falar com você.

— Tsc. –ele nem a questionou, deu a bolsa para Kazemaru e livrou-se do que te incomodava. –Não tá com calor, Fubuki? –Estou.

— Não, eu tô bem, já vou indo. Tchau pra vocês.

 Acenei e andei na direção do ponto de ônibus, não ia fazer a besteira de vir andando de novo. Além de ser muito longe, estava calor e eu não queria correr o risco da minha pressão baixar por conta da blusa. Esperei até que a linha que passava perto de casa chegasse , não demorou a aparecer e eu entrei, sentando em um dos últimos bancos pensando em tudo o que aconteceu. A escola era grande e muito boa, os alunos pareciam ser legais e felizmente não havia nenhum como os da minha escola antiga. Fiz amigos logo no primeiro dia e por sorte, um deles morava na minha rua. Então... Por que esse pressentimento ruim?

 


Notas Finais


Preparem-se. Para. O próximo! Só digo isso :')
Espero que tenham gostado do capitulo *w* se quiserem deixar reviews... >u> huhuhu... hehehehehe ~pedrada~ PAREI! Enfim, não tenho muito o que dizer (Eu já disse isso, não? '-')
Obrigada por ler até aqui! \o/
KYSSUS!!! ^.~/


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