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História My Kind (Vercy) - Mudança.


Escrita por: Semi-Harmonizer

Notas do Autor


Olá estrelinhas! Hm, cap de transição, espero que gostem.

Tem uma cena aí que parte meu coração.

Mas amor e paz viu?

Amo vocês.

Capítulo 20 - Mudança.


Pov Lucy.

 

— Ok, última caixa, não aguento mais! — exclamei cansada, jogando a última caixa com meus pertences na sala do apartamento de Verônica. 

 

Acho que minha sala agora também.

 

— Não aguenta? Mas fui eu que trouxe quase todas! — Verônica resmungou emburrada, fazendo uma careta, se jogando no sofá. 

 

— Dá muito trabalho organizar tudo isso — retruquei, me sentando ao seu lado, deixando que ela deitasse com a cabeça em meu colo. 

 

— Mas, acha que ficou tudo bom? Se quiser, podemos mudar algumas coisas, pra você se sentir mais em casa e...

 

— Vê — cortei seu monólogo, a vendo me olhar — Onde quer que você esteja, eu me sentirei em casa — sussurrei, sorrindo ao ver seus olhos brilharem e um sorriso tomar conta de seu rosto.

 

Não posso mentir. Morar com Verônica me assustava um pouco, mesmo que eu não demonstrasse. Quer dizer, não tínhamos nem um ano de namoro. Mas, já éramos casadas há algumas semanas. Nós pulamos alguns passos, e as vezes eu tenho receio que isso possa nos prejudicar, afinal, as únicas semanas que passamos juntas, todos os dias, dormindo e acordando juntas, foi nessa viagem. E em apenas alguns dias, tivemos uma briga bem feia, que, tudo bem, resultou em Verônica me pedindo em casamento. Mas isso só mostra como somos impulsivas. 

 

Eu tinha esse receio que nossa impulsividade nos atrapalharia, só que, era só olhar o sorriso no rosto de Verônica, sentir seus braços me abraçando, que eu, de repente, deixava todo esse receio para trás, e a ajudava a fazer inúmeros planos de como seria nossos dias morando juntas. 

 

— Eu estou muito feliz que você veio morar comigo — ela sussurrou, o rosto contente, os olhos ainda brilhando. 

 

— Estamos casadas, não é? — lembrei, em um tom divertido, que a fez rir baixo enquanto assentia. 

 

— Bom, agora que a casa é sua também, devíamos estrear a cama como nossa — Verônica disse baixo, o sorriso de canto, se sentando no sofá, já me puxando pela cintura. 

 

— Nós já 'estreamos' aquela cama muitas vezes — lembrei, a deixando me puxar até que eu estivesse em seu colo. 

 

— Mas antes era apenas a minha cama, a partir de hoje é sua também — argumentou, subindo suas mãos quentes pelas minhas costas, por baixo da minha camisa. 

 

— Então o que está esperando? 

 

As palavras mal saíram de meus lábios, e eu já senti a boca da minha esposa em contato com a minha. Seus lábios sedentos me beijando com avidez. Minha mão se perdeu em seus longos cabelos castanhos, enquanto a outra arranhava sua nuca, enquanto ela descia suas mãos para minha cintura. Minha boca se movimentava lentamente sobre a sua, como se quiséssemos levar aquilo devagar. Mesmo que nossos corpos já estivessem implorando por contato, queimando abaixo de nossas roupas. 

 

— Vê — suspirei baixo, quando sua boca desceu para meu pescoço, o mordendo devagar. 

 

Suas mãos desceram para minhas coxas, descobertas, já que eu usava apenas um short jeans e uma regata. Gemi baixinho, a sentindo apertar a carne de minhas coxas, mas soltei um gritinho quando ela se levantou, comigo em seu colo. 

 

— Verônica! — repreendi, mas já envolvendo seu corpo com as pernas e segurando mais firmemente ao redor do seu pescoço. 

 

— Calma, Lu, é só pra chegarmos no quarto — respondeu divertida, e eu ri pela pressa, negando com a cabeça. 

 

Senti minhas costas colidirem com a parede assim que entramos no quarto, e Vero voltou a me beijar, ainda sem me colocar no chão. Sua boca só se afastou para tentar tirar minha camiseta, que foi quando abri os olhos, e olhei para cama. 

 

— Merda — xinguei, vendo o olhar confuso da minha esposa, enquanto ela me colocava no chão — Olha a cama. 

 

Verônica seguiu meu olhar, fazendo a mesma cara frustrada que eu fiz segundos atrás. Já que a cama estava com minhas malas abertas, e cheias de roupas espalhadas. 

 

Pelo jeito eu esqueci de guardar.

 

— Hm, o banheiro? — Verônica sugeriu, o rosto já ficando animado novamente, mas eu apenas ri. 

 

— Não, você vai me ajudar a guardar tudo isso — praticamente mandei, rindo mais um pouco pela careta que ela fez. 

 

— Mal casamos e eu já estou sendo feita escrava — dramatizou, enquanto eu apenas ri, apontando para uma pilha de roupas que ela teria que dobrar. 

 

— Se reclamar eu deito e faço você terminar sozinha — retruquei, segurando o riso quando ela ficou calada. 

 

Levou algumas horas até que tivéssemos organizado todas as minhas roupas no closet de Verônica, que já havia separado os lados igualmente para cada - não que fosse muito necessário, já que vivíamos pegando a roupa uma da outra -, e deixamos tudo arrumado. Foi tanto tempo que quando acabamos apenas nos jogamos na cama, só pra deitar mesmo. 

 

— Ei, você não me disse como foi ontem no Hospital — Vero comentou, me puxando para deitar em seu peito. 

 

— Um pouco estranho — admiti, com uma careta — Já tinha o boato que eu havia sido demitida, afinal eu fiquei dias fora, daí de repente eu simplesmente apareço para um novo dia de trabalho — expliquei, soltando uma pequena risada.

 

— Nunca entendi porque não obedeceu meu pai e foi assinar sua demissão — minha esposa disse confusa, e eu a encarei, um leve sorriso nos lábios. 

 

— Não foi algo intencional, foi simplesmente porque eu tinha que ir atrás de você, sabia que estava mal, então peguei minhas coisas e vim pra cá — respondi, dando ombros, despreocupada — Acabou que foi muito útil, passei no RH antes de plantão, e, aparentemente seu pai me deu os dias que passamos fora, como férias. 

 

— Ele o quê? — Verônica perguntou surpresa, e eu me sentei na cama para a olhar melhor. 

 

— Eu achei que seriam dias descontados do meu salário, mas não, foi como férias remuneradas — contei, sorrindo divertida pela cara da surpresa da minha esposa — Seu pai está tentando, Vê, isso é ótimo, então, seria bom você tentar também — aconselhei baixo, entrelaçando nossas mãos. 

 

— Eu voltei para casa, eu estou tentando, as aulas voltam semana que vem, vou terminar a faculdade — ela disse, despreocupada e eu soltei um suspiro. 

 

— Teu pai pediu para que fosse trabalhar ontem, e depois almoçasse com ele, você não fez nenhum — lembrei, soando calma. 

 

— Lu, eu nunca tive a melhor relação com meu pai, isso é normal — deu ombros, desviando o olhar. 

 

— Pois eu acho que não é só isso — falei, tocando seu rosto levemente, a fazendo olhar para mim — Somos um casal, Vê, pode me dizer qualquer coisa. 

 

Minha esposa respirou fundo, talvez tomando coragem para falar. Verônica era o tipo de pessoa que guardava tudo para si mesma, tudo que ela julgava ser 'bobagem', ela não falava. Mas, era meu dever tentar entender minha esposa. Acho que era minha responsabilidade. 

 

Afinal, não era apenas eu agora. Estávamos casadas, eu era responsável por ela também. E sabia que ela se sentia dessa mesma forma. 

 

— É só que, — suspirou alto — É difi esquecer tudo que ele disse, tudo que ele fez, tudo que ele fez com que eu me sentisse — respondeu baixinho, acariciando minha mão com seu polegar — Ele fez com que eu me sentisse um nada, Lucy — ergueu seu olhar para mim, me permitindo ver sua olhos marejados — Eu me senti um lixo, como se não fosse digna de ser filha dele, como se eu não fosse digna de existir! Só porque sou lésbica. Já nos basta essa sociedade dizendo que somos erradas, nos oprimindo, não nos permitindo viver, de uma forma tão ridícula, que ninguém pode sair por aí dizendo que é lésbica, que é gay, porque eles nos mandam nos escondermos! Como se isso não fosse suficiente, meu pai, meu pai, Lucy! Ele olhou nos meus olhos e me disse que tenho uma doença, ele tentou me deserdar, me tirar daqui, ele foi o motivo que passamos dias separadas. Eu me senti péssima, eu chorei Lu, por dias e noites, eu deixei meu amigo fingir me namorar, sabe o que isso fez com a minha mente? Eu realmente achei que estivesse doente em alguns momentos, eu achei que estivesse errada. Eu me senti suja. Eu quis não estar mais aqui. 

 

Ela respirou mais uma vez, terminando de falar, as lágrimas escorrendo dos seus olhos - acredito que os meus não estavam muito diferentes -, o peito subindo e descendo apressado. Soltei um suspiro baixo, tocando seu rosto novamente, secando suas lágrimas com carinho, antes de me aproximar, deixando um beijo suave em cada lado do seu rosto, meus lábios ficando molhados pelas suas latrinas salgadas, e um último beijo em sua testa. Senti seu corpo se relaxar um pouco após meu ato, e me aproximei mais, encostando nossas testas, abraçando sua cintura, nossos olhares próximos, de uma forma que eu sentia sua respiração bater em meu rosto. 

 

— Verônica Iglesias, e futuramente, Verônica Iglesias-Vives — comecei baixo, conseguindo arrancar um sorriso dela — Você é a mulher mais linda, esperta, doce, mas as vezes selvagem, carinhosa com aqueles que ama, inteligente, forte, tanto fisicamente quanto emocionalmente, um pouco idiota admito, que já conheci. Nos meus olhos, você é a mulher que mais se aproxima da perfeição, Verônica. E sua alma, quando eu estou assim, tão perto de você, olhando seus olhos, eu consigo ver a belíssima alma que você possuí. E eu consigo sentir seu coração batendo, Vê, e é tudo tão lindo, e sensacional. Você é sensacional, Vê, maravilhosa. E, eu juro que digo isso todos os dias, para que você nunca mais se sinta dessa forma — prometi, beijando sua testa mais uma vez com carinho, vendo seus olhos marejados, mas dessa vez, de emoção.

 

— Eu amo você — sua voz soou rouca pelo choro, mas eu sorri fraco, beijando seus lábios com delicadeza.

 

— Eu também te amo — respondi, me afastando apenas um pouco para a encarar — E, sobre seu pai, eu sei que ele disse que não nos aceita, apenas nos tolera, e eu sei que isso deve doer, Vê. Mas ele está tentando, ele está arrependido de tudo que lhe disse e que te fez sentir, isso também é difícil para ele, sei que não deveria ser, mas é. Ele vai chegar lá, Vero, ele vai nos entender, eu sei disso. 

 

— Acha mesmo? — perguntou, um pouco insegura, mas eu conseguia ver a esperança em seus olhos castanhos. 

 

— Eu tenho certeza — garanti, vendo um sorriso sincero nascer em seus lábios. 

 

Aquele sorriso. 

 

Eu acordava todas as manhãs por esse sorriso. E saber que agora eu poderia vê-lo todas as manhãs e todas as noites, deixava meu coração louco de ansiedade. 

 

(...)

 

Ajeitei a jaqueta em meu corpo, era um pouco larga, já que era de Verônica e eu havia emagrecido alguns quilos. Me escorei na janela do carro, onde minha esposa estava no banco do motorista, me encarando com um leve sorriso nos lábios. 

 

— Se você demorar mais aqui, Larissa vai vir pra te arrastar — Verônica disse divertida, e meu cunhado, que estava no banco do passageiro riu.

 

— Onde vocês vão mesmo? — perguntei, curiosa. 

 

— O sol não está forte e o verão já já acaba, então, vou levar Shane pra praia antes que as aulas voltem — respondeu, se virando para sorrir animada para o irmão — Vamos passar o dia lá, né, campeão? 

 

— Sim! E eu vou tentar surfar! — Ele respondeu animada, ergui uma sobrancelha para minha esposa. 

 

— Você não sabe surfar — lembrei, a vendo dar ombros. 

 

— Vamos ter algumas aulas hoje, não pode ser tão difícil, né? — comentou, despreocupada, e eu neguei com a cabeça, mas resolvi deixar pra lá. 

 

— Eu vou almoçar aqui e passar um tempo com elas, me pega quando tiver voltando? — pedi, a vendo já concordar com a cabeça. 

 

— Lá pras cinco da tarde? — perguntou e eu assenti — Ok, mas, se quiserem podem nos encontrar na praia.

 

— O namorado da Amanda tá aí, elas querem que eu o conheça, e aparentemente, ele não é fã de praia — rolei os olhos, já não fui com a cara dele — Mas, tudo bem, vão lá e se divirtam. 

 

Deixei um selinho demorado em seus lábios, rindo ao me afastar depois que Shane solto um gritinho de comemoração. Parece que alguém torcia por nós. E segundo Verônica, o pequeno havia ficado bem chateado por não ter visto nosso casamento, então prometemos que ainda faremos outra festa um dia, e ele será o padrinho de Verônica. 

 

Me afastei do carro, dando meia volta e seguindo para casa da minha irmã. Toquei a companhia e em poucos segundos, Larissa apareceu. 

 

— Lucy! — me abraçou animada e eu sorri, ainda não tinha a visto depois que chegamos. 

 

— Ei, um momento — me virei para trás, sabendo que Verônica ainda estava ali, apenas mandei um beijo no ar, vendo minha esposa rir, antes de dar partida, e eu me virar novamente para minha irmã — Agora sim! Toda sua — brinquei, a fazendo rir enquanto me puxava para dentro. 

 

— Hm, eu sei que já disse por telefone, mas me desculpe pela última vez que a gente se viu — minha irmã pediu baixo, enquanto andávamos para a sala. 

— Tudo bem, Lara, de verdade, você não sabia de tudo e do seu ponto de vista, fazia sentido — a acalmei, com um sorriso leve no rosto. 

 

— Mas, e agora? Está tudo bem? — perguntou um pouco preocupada. 

 

— Ah sim, Vê está se entendendo com o pai, e eu tenho meu emprego de volta — contei contente, a vendo sorrir também.

 

— Ei, que bom que conseguiu seu emprego — Amanda disse assim que entramos na sala, um sorriso acolhedor nos lábios. 

 

Ela também estava tentando. 

 

— Mas então, cadê o tão falado namorado? — perguntei, curiosa, e vi o sorriso da minha irmã mais velha se alargar.

 

Ah não, ela realmente gostava dele. 

 

— Vem, ele está na cozinha — chamou contente, e eu segurei o riso ao ver Larissa rolar os olhos e bufar baixinho antes de seguir nossa irmã. 

 

Foi ainda mais difícil segurar o riso ao chegar na cozinha. A primeira coisa que vi, foi um rapaz não tão mais alto que eu, talvez uns 1,67 de altura, cabelos escuros curtos, e uma barba rala, olhos grandes. Não faria meu tipo nem se eu gostasse de caras, mas a graça estava no fato do avental amarelo cheio de molho de tomate, assim como a camisa azul clara que ele usava e a calça social. Sem comentar a gravata. 

 

Lembrando que estávamos no verão de Miami. E o cara está de gravata num almoço de sábado. 

 

— Não precisava destruir minha cozinha né, Josh — Amanda brincou com o namorado que fez uma feição culpada — Ah, essa é minha outra irmã mais nova, Lúcia. 

 

— Só Lucy mesmo — dei ombros, o vendo sorrir para mim. 

 

— É um prazer imenso lhe conhecer, Lúcia!

 

Franzi o cenho, a animação e a formalidade sendo um tanto quanto engraçado, olhei para Larissa, que prendia o riso, e em seguida para Amanda, que me olhava com o mesmo olhar repreendedor que me dizia para ser gentil. 

 

Era o mesmo olhar que ela me dava quando eu chutava a canela de seu primeiro namorado. 

 

Mas fui educada e o cumprimentei, me sentando na mesa em seguida, com o almoço já servido. E, ponto positivo, o ser vivente cozinhava bem. Ponto negativo, muito muito muito formal e todo engomadinho. Era um pouco irritante. 

 

— Temos algo à contar! — Amanda disse animada, quando já estávamos na sobremesa, entrelaçando sua mão na de Joshua. 

 

Ah não. 

 

Olhei para Larissa, e vi que pensávamos a mesma coisa. 

 

— Estamos namorando há anos, e eu realmente, profundamente amo a irmã de vocês — Joshua disse, nos encarando, ergui a sobrancelha — Por isso, eu pedi à ela, a honra de poder tê-la como minha esposa. 

 

— E eu aceitei — Amanda completou contente, o largo sorriso. 

 

Sorri automaticamente, ela estava feliz. Chutei Larissa por debaixo da mesa, para ela tirar aquele rosto assustado da cara é parabenizar nossa irmã, assim como eu fiz logo. 

 

— Eu, uau, parabéns Mendy — falei, realmente feliz por ela — E você — encarei Josh — Trate te cuidar bem da minha irmã! — tentei soar assustadora e ele assentiu várias vezes seguidas. 

 

— Isso não é incrível? — Amanda comentou, o largo sorriso — Sou a mais velha e a primeira a se casar! — ela disse animada e não evitei o risinho baixo — O que foi? 

 

— Bom, sobre isso — comecei devagar, sentindo os olhares dos três em mim, e sorri de nervoso — Eu meio que posso ter me casado. 

 

Admito que fiquei surpresa pelo grito que Larissa deu em seguida. E ri da cara de surpresa de Amanda. Principalmente quando ela explicou ao noivo que eu era casada com uma mulher. Joshua ficou tão surpreso que se engasgou, chegou até a ficar roxo. Eu, como uma ótima médica, consegui o ajudar, o fazendo tossir algumas vezes, enquanto gaguejava desculpas e ficava roxo novamente, mas de vergonha. E dessa vez, não conseguimos segurar as risadas, o que fez Amanda nos expulsar da cozinha. 

 

— Você viu como ele ficou roxo? — Larissa disse rindo, enquanto nos sentavamos na sala. 

 

— Nunca pensei que eu riria tanto — ri mais alto, respirando fundo, sentindo meu estômago doer. 

 

— Mas, falando sério. Você realmente se casou? — minha irmã perguntou.

 

— Sim, me casei — respondi, um sorriso no rosto — Bom, tecnicamente, não somos pela lei, mas, para nós, estamos casadas. 

 

— Isso é bonito, estou irritada por não estar lá, mas feliz por você — segurou minha mão, sorrindo largo em minha direção — Agora, sobre Amanda — riu baixo, olhando para trás, se certificando que nossa irmã não estava ali — Fala sério, o que ela vê nele!? 

 

— Hm, ele é meio bonitinho? — minha frase saiu mais como uma pergunta, o que nos fez rir — Mas cozinha bem! 

 

— Ele veio de gravata, Lu — disse como um argumento e eu ri.

 

— Mas a Amanda ama ele, então, acho que você devia apoiar ela, eles parecem que se dão bem — dei ombros a vendo suspirar.

 

— É, tudo bem né.

 

— Vocês duas não poderiam ter sido mais agradáveis!? — a voz irritada de Amanda soou atrás de nós e ambas nos viramos assustadas — Ele é meu noivo, o homem que eu amo! Não poderiam ser mais gentis? 

 

— Diz a mulher que não suporta a esposa da irmã — Larissa resmungou e eu arregalei meus olhos em sua direção. 

 

— Lari, não — pedi baixo, a vendo me encarar incrédula.

 

— Larissa, vai agora pra aquela cozinha, e peça desculpas ao Joshua, você riu na cara dele e o chamou de idiota playboyzinho mais cedo, então só se desculpe, ele não merece isso — minha irmã mais velha mandou e vi Larissa bufar alto, resmungando enquanto se levantava e seguia para cozinha, enquanto Amanda se sentava ao meu lado — Eu não odeio sua namorada aliás. 

 

— Esposa — corrigi baixo.

 

— Isso, é, esposa — assentiu, desviando o olhar do meu. 

 

— Eu imagino que isso deva ser difícil para você, mas, é importante para mim que você entenda e aceite que eu sou lésbica e amo uma mulher — falei, calma, mas séria. 

 

— Eu estou tentando, Lucy — Amanda respondeu, finalmente me olhando nos olhos — Você é minha irmã mais nova, Lu, eu me preocupo com você, eu só quero o melhor é correto para você. 

 

— Ela é o melhor e o certo para mim. — respondi, um sorriso nos lábios. 

 

— Façamos assim, seja mais legal com meu noivo, e eu serei com sua esposa — sugeriu, me fazendo alargar o sorriso enquanto assentia.

 

— Feito! 

 

— E, bom, vem almoçar semana que vem aqui novamente, e traz a sua esposa junto — me convidou, desviando o olhar, um pouco desconfortável, ri baixinho. 

 

— Ok, a gente vem — concordei. 

 

Voltamos para a cozinha em seguida, nos surpreendendo ao acharmos Joshua e Larissa rindo. Nos juntamos à eles, conversando e nos divertindo. E até que o noivo da minha irmã era suportável às vezes. Ficamos um bom tempo juntos, até eu ouvir a buzina do lado de fora. Me despedi das minhas irmãs com um abraço e apenas acenei para o rapaz, saindo dali e indo até o carro de Verônica. 

 

— Hey amor — cumprimentei, entrando no carro e erguendo meu olhar para ela — Puta que pariu, Verônica! O que houve? — perguntei preocupada assim que pus meus olhos nela, vendo seus braços roxos, e suas coxas avermelhadas. 

 

— Aparentemente surfar não é tão fácil assim e água machuca — respondeu, um sorrisinho sem graça, que me fez soltar uma risada. 

 

— Você foi pra água no seu primeiro dia de aula? — perguntei, a vendo fazer uma careta enquanto mudava de marcha e saía dali. 

 

— Primeira e última! — respondeu com um bico frustrado no rosto. 

 

— Conhecendo você, não vai ser a última — lembrei, ainda rindo, enquanto ela fazia o caminho para nossa casa. 

 

Nossa casa.

 

É, eu me acostumaria rápido com isso.


Notas Finais


@semiharmonizer
E aí?
TENHO FIC NOVA VÁ LÁ NO MEU PERFIL O NOME É LOST GIRLS E É UMA DAS MAIS FODAS QUE EU JÁ ESCREVI VÁ LÁ.


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