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História My letters to you - Third letter


Escrita por: caroldelrio

Notas do Autor


Oi lindos e maravilhosos desses site, tudo bem com vocês? eu to ótima
Então, desculpas por não postar no horário normal, mas hoje aconteceu alguns imprevisto, MAS EU TECNICAMENTE NÃO ATRASEI, HOJE AINDA E SEXTA, então ainda ta contando a minha promessa
Agora é serio, muito obrigada por todos os incríveis comentários no último capítulo, sério, vocês arrasam <3
Bem vindo aos novos leitores, não sejam tímidos <3
Chega de enrolação e boa leitura ;)
Ps: Desculpas qualquer erro, revisei o capitulo, mas pode ser que ainda exista
Ps 2: Leiam as notas finais (tem um aviso nela que é importante) <3
Ps 3: Links das minhas outras fics nas notas finais

Capítulo 4 - Third letter


Encarei a bandeja com os biscoitos e o copo de leite e meu estomago revirou, a ânsia de vomito veio, mas consegui conte-la. Respirei fundo tentando me livrar da sensação de enjoo que havia me dominado. Levantei da cama e peguei a bandeja, colocando em cima da mesinha do outro lado do meu quarto, a pouca fome que eu tinha havia passado.

“Seu soubesse que ela não estaria mais aqui, eu teria a tratado melhor? ” Novamente esse pensamento me invadiu, mas no final não daria na mesma? Ela ainda morreria. Bati em minha testa por que era eu estava sendo egoísta, eu estava me comportando como os idiotas da minha escola. Desde que Violet faleceu, o colégio entrou em luto e até as pessoas que se quer conversavam com ela estavam triste ou pelo menos aparentavam, além disso ninguém conseguia ocupar seu lugar na sala de aula, as vezes flagrava Eleanor olhando para a carteira vazia ao seu lado, a onde Violet se sentava. Nos corredores todos falavam “tadinha ela morreu tão cedo, tão nova” ou “fico triste, mas pelo menos não foi comigo” esse tipo de comentário me irritava, por isso fiz questão de afastar aquilo de minha mente, não queria me tornar como um deles, um cretino.

Me sentei mais uma vez em minha cama, passei a mão pelos meus cabelos molhados de suor, estava fazendo calor aquela noite e eu precisaria de um banho bem gelado assim que terminasse todas as cartas, ou pelo menos, quantas eu conseguisse ler. Peguei a terceira carta e notei que o papel estava bem amassado, como se ela tivesse relido várias vezes, apesar disso a letra estava impecável, eu quase consegui vê-la debruçada sobre a mesa escrevendo com sua caneca cor de rosa, prensada entre seus dedos firmes. Não aguentei e comecei a lê-la

“Hey Calum,

Você já ficou trancado em algum lugar por muito tempo? Tempo o suficiente para que o desespero batesse e a falta de ar te dominasse? Se não, preste atenção na história que eu irei te contar.

Eleanor é claustrofóbica. Ela não fica muito tempo em lugares fechados ou escuros ou com muita gente, se o lugar for fechado, escuro e com muita gente ela não cogita se quer a opção de se aproximar. Isso aconteceu devido a um trauma de infância, que eu irei te contar.

Não se sei se você sabe, mas Eleanor é americana e a família dela é toda dos Estados Unidos, então todo natal eles se reúnem na casa da avó dela no Texas. Eleanor tinha 8 anos de idade, e era uma completa pestinha, corria de um lado para o outro com primos, roubava as cerejas da sobremesa, falava palavrão quando não tinha adultos por perto (ela meio que faz isso até hoje). Então, no meio da noite, alguma criança teve a brilhante ideia de brincar de esconde-esconde. Ficou escolhido que alguma criança (que não era Eleanor), contaria até quinze e depois procuraria os demais. Minha melhor amiga correu desesperada para procurar o melhor esconderijo, e acabou achando o sótão. Ela ficou atrás da porta, agachada, quietinha, sem se mexer ou fazer barulho, sentindo orgulho de ter encontrado o melhor esconderijo possível. O problema é que aos poucos as crianças foram sendo encontradas, por que ao contrário de minha amiga, as demais crianças se esconderam em lugares óbvios como de baixo da mesa ou atrás do sofá. Sinceramente quem se de baixo da mesa? Enfim, todos aos poucos foram sendo encontrados, só que eles simplesmente cansaram de procurar por ela e decidiram brincar de alguma coisa ainda mais barulhenta, e a deixaram sozinha no sótão escuro.

Acontece que a família de Eleanor é completamente louca e obcecada por organização, então quando tio Peter viu a porta do sótão aberta, ele simplesmente a trancou, sem perceber que havia uma garotinha encolhida lá dentro. Eleanor faz o tipo hiperativa então quando percebeu que ninguém ia conseguir acha-la, ela simplesmente decidiu sair e ir jogar na cara dos primos que ela era a rainha da brincadeira. O problema é que a porta estava trancada, ela tentou abrir a porta de toas as maneiras e depois gritou por seus pais, mas devido ao barulho da festa ninguém a ouviu. Só então ela começou a perceber como aquele lugar era assustador, escuro e frio, além de que parecia menor do que ela se lembrava causando uma imensa falta de ar. A pobrezinha começou a chorar de desespero e sempre que tentava puxar mais ar, seus pulmões não conseguiam.

Graças a Deus sua mãe notou que sua filha mais velha não estava no meio da bagunça de crianças que subia e descia as escadas, começou a procura-la até ouvir um choro vindo do sótão, quando ela abriu a porta encontrou Els agachada, abraçando seus joelhos, chorando sem parar e com falta de ar. Desde então, quase 10 anos depois, Eleanor não põe os pés naquele sótão

Gostou da história? É realmente interessante, por que Eleanor me contou ela após duas semanas que eu havia chegado, ela foi bem receptiva e nós ficamos amigas de primeira, enfim, te contei essa história toda para poder te lembrar da primeira vez em que eu falei com você.

Lembra-se no dia em que choveu tanto que as luzes do quarteirão inteiro se apagaram? Fazia um mês estão que eu havia me mudado e naquele dia Eleanor teve uma crise de claustrofobia.

Naquela manhã chovia tanto, que mesmo de baixo da maior sombrinha que eu havia encontrado em minha casa, eu e Eleanor chegamos ensopadas no colégio. Senhor Stuart já estava na sala quando nós chegamos, e assim que entramos ele nos encarou com aquela cara feia dele. Eu me sentei rapidamente em minha carteira ao lado de Eleanor enquanto tentava parar de tremer devido as minhas roupas molhadas. Eleanor me cutucou e jogou um bilhetinho em cima da minha mesa

“Já tomou coragem para conversar com o Hood? ” – Estava escrito no bilhete

Como eu já havia falado eu e Eleanor ficamos amigas rápido demais, uma conexão existia entre nós duas, que eu jamais havia tido com nenhuma amiga minha, e eu muito ingênua desabafei com ela que tinha te achado gato, já que a mesma comentou que estudava com você desde pequena

“Não. Ele só lá em casa uma vez, e parece que não foi muito com a minha cara. ” – Respondi

Ela leu o bilhete e escreveu algo em outro papel, e então lançou para mim

“Calum é assim mesmo, tem uma cara meio fechada, mas lá no fundo é legal. Se eu não fosse tão afim do amigo dele, consideraria ele como opção, por que ele é gato pra caralho” - (por favor, não conte seu amigo isso ou olhe Eleanor de outra maneira)

Ri de sua fala e então escrevi

“Desde que eu cheguei, ele foi o único que não veio falar comigo. Ps: não fale palavrão”- e então joguei para ela

Ela leu e revirou os olhos, provavelmente por causa do os

“Porra, me deixe falar as merdas dos palavrões em paz cacete, você sabe que em casa não posso falar merda nenhuma, e ele é gato pra CARALHO”

Eu sabia que ela mandaria um bilhete cheio de palavrões por que era isso que Eleanor fazia quando alguém fala para ela não falar nenhum palavrão. Palavrões eram seu passatempo. Então, antes mesmo deu abrir o bilhete, o senhor Stuart pegou o bilhete de minhas mãos, ele abriu o bilhete e leu, eu comecei a rezar para que ele não lesse aquilo em voz alta. Olhei para Eleanor e ela parecia tranquila, olhando para o professor com cara de tédio. E então as luzes se apagaram der repente. Simplesmente assim, uma acessas e do nada, apagadas.

Somos adolescentes no segundo ano do ensino médio, mas escuro é escuro. Escuro é igual a gritaria. E gritaria é igual a caos na sala de aula. Caos na sala de aula é igual a professor de física correndo de um lado para o outro tentando controlar a situação. Eu o observava tentando manter a calma enquanto alguns alunos subiam em cima das cadeiras, eu tentava não rir, mas a cena estava hilária. Olhei para Eleanor e ela não estava rindo.

Eu quase nunca me desespero, mas naquele momento eu estava desespera. Minha única amiga, melhor amiga, estava com os olhos esbugalhados e com falta de ar, ela estava tendo uma crise. Pensei em leva-la para o corredor, para longe da bagunça, mas logo percebi que estava tão escuro quanto a sala de aula, aquilo só pioraria a situação. Então me lembre de ter visto uma garrafinha azul assim que entrei na sala. Era a sua garrafinha azul! Me pus de joelhos e estiquei meus braços para frente, para evitar de bater em qualquer lugar. Fui até a sua carteira, que para meu azar você estava sentado nela, quieto observando toda aquela baderna, toquei em seu ombro e você me encarou confuso

-Hey – eu disse sem jeito – Pode me emprestar sua garrafinha de agua? – Falei apontando para o objeto em cima da mesa

Você olhou para a garrafinha e depois para mim

-Oi, hmm, Violet certo?

Balancei a cabeça freneticamente concordando, aí Deus eu era uma sonsa

-Sua nova vizinha se lembra? Me mudei faz um mês mais ou menos

-Claro, jantei na sua casa no dia que você chegou – você disse e então sorriu

Mesmo no escuro em conseguir enxergar seu sorriso. Poxa, e que sorriso você tinha.

-Poderia então me emprestar sua garrafa de agua?

Você deu os ombros e me estendeu a garrafa

-Claro, mas para que você quer isso?

-Escuro; Amiga; Claustrofóbica; não consegue respirar; precisa de agua – expliquei em tópicos

-Ai meu Deus, por que não disse antes? – Você pegou a garrafa e jogou para mim e eu agarrei sem jeito

-Obrigada! – Eu disse tentando sorrir

-Anda logo – você disse em um tom diverti

Levei a garrafa até Eleanor, que bebeu a aguar tão rápida que acabou deixando escorrer por seu queixo e roupa. Eu falava para ela que tudo ficaria bem, que as luzes logo iam voltar, tentei reconforta-la já que não conseguia imaginar o que ela estava passando.

E foi assim Calum, que nossa primeira conversa aconteceu. Foi inusitada, mas eu não a mudaria por nada, talvez se tivéssemos tido uma conversa mais longa, eu teria me cansado de você, assim como você teria se cansado de mim

Sua, Violet”

Eu me lembrava daquele dia vagamente, mas Violet se lembrava de cada detalhe dele. Porém eu lembrava de algo que ela não citará na carta. Quando ela se afastou para ajudar Eleanor, eu a observei. Ela deu agua a amiga e então me encarou, mas logo desviou o olhar, e apesar de estar escuro, eu consegui vê-la sorrindo


Notas Finais


BOM GALERINHA, espero que vocês tenham gostado por esse capitulo é um dos meus favoritos da fic inteira <3
-Por favor comentem o que acharam, eu levo muito opinião de vocês a serio por que ai eu sei se eu estou acertando ou não
-Queria me sentir mais próximas de vocês, então comentem de quais fandons vocês fazem parte <3
-Qualquer coisa falem comigo pelo Twitter (vamos conversar amiguinhos :3) : https://twitter.com/wh0horan_
Os links das minhas outras fics:
* Dear Brother (Luke, 5sos) : https://spiritfanfics.com/historia/dear-brother-3850895
* Into you (Luke, 5sos) : https://spiritfanfics.com/historia/into-you-6168780
beijos até a próxima <3


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