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História My letters to you - Fourth letter


Escrita por: caroldelrio

Notas do Autor


Oi lindos e maravilhosos desses site, tudo bem com vocês? eu to ótima
To aparecendo aqui em mais uma sexta feira marota
Espero que vocês gostem desse capitulo, por que e um dos mais divertidos dessa fic
PARA QUEM LÊ MINHAS OUTRAS FICS: sai att essa semana, fiquem calmos
Agora é serio, muito obrigada por todos os incríveis comentários, vocês são incríveis <3
Bem vindo aos novos leitores, não sejam tímidos <3
Chega de enrolação e boa leitura ;)
Ps: Desculpas qualquer erro, revisei o capitulo, mas pode ser que ainda exista
Ps 2: Leiam as notas finais <3

Capítulo 5 - Fourth letter


“Hey Calum,

Eu preciso de um carro. Não só pelas razões básicas ou por que todo adolescente da nossa idade tem um carro, mas por que depois do que aconteceu no dia de hoje, eu realmente preciso de um carro.

Já tentei de todas as formas possíveis convencer meus pais de que eu preciso de um carro, claro foram tentativas em vão, já que ambos acreditam que eu não preciso de um carro por que:

1)Eles estão sempre disponíveis para me levar nos lugares (desde que sejam seguros e aprovado por eles)
              2)Eles acreditam que se eu tiver um carro, vou a lugares que eu não deveria ir
              3)Minha mãe leu em uma revista que adolescentes que começam a dirigir, também passam a beber mais, resultando em acidentes
             4)Eles pensam que eu posso fugir de casa

Sim, por alguma razão eles acham que eu posso fugir de casa, isso por que quando jovem, uma semana depois meu tio fez 16 anos e ganhou um carro ele fugiu, ficando 3 meses longe de casa. Mas vamos ser sinceros: Tio Carl é doido, eu amo ele, mas ele é completamente pirado e não liga para as consequências, eu jamais faria na vida, e mesmo se fizesse meus pais me localizariam horas depois por que não sei andar nessa cidade direito ainda.

Mas enfim voltando ao assunto, eu preciso de um carro, ainda mais depois do dia de hoje, quando precisei da sua ajuda, para ir até a farmácia comprar absorventes.

Uma bela tarde ensolarada, eu estava em casa sozinha já que minha mãe havia ido ao médico fazer alguns exames e meu pai estava no trabalho, quando fui a banheiro percebi que a minha menstruação havia chegado, nada de anormal, mas eu simplesmente surtei quando percebi que não havia nenhum (repito NENHUM) absorvente em minha casa. Eu jamais fico sem eles, principalmente agora que eu havia me mudado e conhecia tão pouco da cidade, ok eu sabia a onde ficava a farmácia, mas eu não tenho carro para ir até lá (ir a pé estava fora de cogitação). Eu poderia ligar para Eleanor, mas adivinha? Ela também não tem um carro, por que seus pais acham que ela fugiria, igual ao tio Carl (e ela meio que faria isso mesmo).

Então eu tive a brilhante ideia de ir até a sua casa, já que Mali, mesmo sendo mais nova que eu, deveria ter algum absorvente ou até mesmo a sua mãe poderia me dar uma carona até a farmácia. Ensaiei o diálogo em minha cabeça, pronta para falar com qualquer uma das mulheres da casa, então imagine a minha surpresa quando quem atendeu a porta foi você

-Oi – você disse

Acho que fiquei alguns minutos travada, por que não estava saindo como eu havia planejado

-Hmm, oi Calum

-Tudo bem? – Você perguntou franzindo a testa, provavelmente por causa da minha cara de idiota

-Sim sim – disse rápido demais – Sua irmã está em casa?

-Não

-Não? – Eu perguntei atordoada – Certo, sua mãe está?

-Também não, eu estou sozinho

Droga, realmente não estava saindo como eu havia planejado

-Eles vão demorar para chegar?

-Provavelmente – você disse tranquilo dando os ombros

Então era isso, quando meus pais chegassem em casa eu iria exigir um carro, e não aceitaria um não como resposta.

-Você pode me emprestar seu carro? – Disse sem pensar

Eu realmente disse sem pensar, por que além deu não ter um carro, eu também não tenho uma carteira, logo eu não sei dirigir. Você pareceu em dúvida, mordendo os lábios com certa força (em qualquer outro momento eu teria admirado isso, mas eu estava nervosa demais), mas logo relaxou

-Ok então, vou pegar as chaves – Você disse dando meia volta, entrando em sua casa, mas deixando a porta aberta

Tentei me lembrar das poucas aulas que tive com Tio Carl, na onde ele tentou me ensinar a dirigir, mas eu havia ido tão mal que se quer me lembrava qual pedal era do freio

-Aqui está – você disse voltando e estendendo as chaves para mim – Só não esqueça de me devolver, a alguns dias atrás você me pediu minha garrafinha de agua, e até agora nada – você disse brincando, ou parecia brincadeira

-Ela está lá em casa, se quiser pode ir busca-la – disse rápido demais, mais uma vez

-Ei, calma eu estou brincando, você mora aqui do lado, não teria como me roubar – você disse e me entregou as chaves

Eu as encarei em minha mão. O pânico me consumiu e então tive de falar:

-Você poderia dirigir para mim?

-Você não sabe dirigir ne? – Você disse sorrindo de lado

Eu poderia mentir, dizendo que havia acabado de tirar a carteira e que ainda não me sentia 100% confiante para dirigir um carro que não era meu, mas eu não disse isso

-Não – falei envergonhada

Você fechou a porta de sua casa e me encarou

-Está bem, a onde nós vamos?

Ok, aquilo de certa forma me acalmou, você estava aceitando tudo numa boa, sem muitos questionamentos, talvez Eleanor estivesse certa, você realmente era um cara legal

-Vamos a farmácia – eu disse e você me encarou – Hmm, vou comprar alguns analgésicos

Caminhamos até seu carro em silencio, você destrancou a porta e eu entrei rapidamente, não me importaria se o resto do caminho fosse assim, no silencio profundo e constrangedor. Mas não foi

-Vamos comprar analgésicos? –Você questionou ligando o carro

-Sim, minha mãe pediu para eu comprar depois da aula, mas eu não queria ir a pé, o dia está muito quente – menti

Você riu. Eu fiquei mais nervosa

-E iria pegar meu carro sem saber dirigir? – Você continuou rindo

-Eu não ia pegar seu carro para valer, eu falei no impulso – eu disse mau humorada- Agora por favor, seja um bom vizinho e dirija olhando para frente esta bem?

Ok, eu estava agindo como uma idiota, se você me jogasse para fora do carro eu não iria me surpreender, ou talvez se você nunca mais conversasse comigo eu também não ia te culpar. Mas nada disso aconteceu

-Por que você não tem carteira? – Você perguntou

-Meus pais acham que eu não preciso por que eles me levam em todos os lugares que eu quero e...– disse fazendo uma pausa e você me encarou – Olhe para frente!

-Calma Violet, eu dirijo desde os 14 anos – você riu do meu desespero e eu até conseguir sorrir – Qual o outro motivo?

-Eles acham que eu vou fugir – disse direta

- O que? – Você pareceu um pouco indignado – Você? Fugir?

-Não acha que eu sou capaz de fazer isso? – Falei ficando de novo de mau humor

-Não é isso Violet- você disse tentando se explicar –Não te conheço bem, mas você não parece ser essas meninas que saem fazendo coisas erradas, como fugir de casa

Você estava certo. Eu jamais fugiria de casa, eu não era rebelde e de fato não combinava com a minha personalidade ações sem razão ou sentido

- Por que eles achariam isso? – Você perguntou mais uma vez

-O irmão do meu pai fez isso quando completou 16 anos e ganhou um carro, ficou fora de casa por 3 meses – eu expliquei – Meus avos entraram em colapso e quando meu tio voltou eles simplesmente venderam o carro, meu pai é um ano mais novo que meu tio, logo quando fez 16 anos não tinha nenhum carro para ele, então ele teve de andar de bicicleta até entrar na faculdade 

-Nossa – você pareceu surpreso- Entendo um pouco seus pais, mas mesmo assim, não faz seu estilo

Chegamos na farmácia alguns minutos depois. Um alivio me percorreu, mas logo o pânico voltou quando eu percebi você se soltando do seu cinto

-Hey, não precisa sair, eu volto rapidinho

-Você me fez dirigir até aqui, então acho que eu vou sair

-Não. É sério, eu volto em um minuto

Você bufou irritado, dando a entender que eu havia te convencido. Quase cai na calçada quando sai do carro, corri em direção a sessão de higiene pessoal e eu quase chorei de emoção quando eu agarrei o pacote de absorvente. Estava caminhando para caixa, quando lembrei que para você eu estava ali para compra analgésicos, então comprei alguns para disfarçar e enfiei a sacola em minha bolsa. Quando sai da loja você estava em pé, encostado no carro... fumando?

-Tecnicamente você demorou mais do que um minuto – você disse soltando a fumaça pela boca

-Você fuma? – Era uma pergunta idiota para aquele momento tão obvio

- Fumo – você falou e jogou o cigarro no chão, pisando em cima

-Bom, isso não me surpreende – disse entrando novamente no carro

-Não? –Você falou entrando logo em seguida

-Não – falei dando os ombros – Eleanor já tentou fumar, e ela quase tossiu os pulmões para fora

- E você? Já tentou? – Você falou rindo

-Não – respondi desviando o olhar

Você não sabia, mas eu tenho câncer, e agradeço por ele estar “estabilizado”. Eu não queria motivos para tentar contrair um novo tipo de doença, por isso não fumava e nem bebia bebidas alcoólicas. Após alguns minutos você de repente soltou uma risada estranha, balançando a cabeça de um lado para o outro

- O que houve? – Perguntei

-Sei que você veio a farmácia para comprar absorventes Violet, não sei por que mentiu

Arregalei os olhos quando você disse aquilo

-Hã... – eu travei, não sabia o que falar

-Tudo bem sabe? Garotas precisam disso – você falou tranquilamente, não parecia com nojo nem nada (a maioria dos garotos estaria com essa sensação)

-Tá legal – eu confessei – Mas, como você sabia?

Você pareceu um pouco envergonhada, rindo sem graça

-Bem... – você falou com calma, mordendo os lábios novamente – Sua calça está manchada

Sua, Violet”

Terminei de ler a carta, rindo sem parar. Eu me lembrava perfeitamente daquele dia, de como ela parecia que iria chorar de tanta vergonha, que estava mais vermelha que um pimentão, depois ficou se perguntando se a mulher do caixa e o farmacêutico haviam percebido que sua calça estava manchada. Quando eu estacionei na frente de sua casa, ela me fez jurar que eu não olharia enquanto ela corria até a porta.

Olhei para a folha de papel e a imaginei rindo ao escrever cada linha daquela carta, rindo tanto quanto eu naquele momento.

E então percebi, que já não me lembrava mais de sua risada.


Notas Finais


BOM GALERINHA, espero que vocês tenham gostado, foi curtinho, mas eu adoro esse capitulo de verdade <3
Por favor comentem o que acharam, eu levo muito opinião de vocês a serio por que ai eu sei se eu estou acertando ou não
-Queria me sentir mais próximas de vocês, então comentem de quais fandons vocês fazem parte <3
-Qualquer coisa falem comigo pelo Twitter (vamos conversar amiguinhos :3) : https://twitter.com/wh0horan_
Os links das minhas outras fics:
* Dear Brother : https://spiritfanfics.com/historia/dear-brother-3850895
* Into you : https://spiritfanfics.com/historia/into-you-6168780
beijos até a próxima <3


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