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História My letters to you - Eighth letter


Escrita por: caroldelrio

Notas do Autor


Oi lindos e maravilhosos desses site, tudo bem com vocês? eu to ótima
Borá comemorar o aniversario do nosso maravilhoso Calum T Hood??? E de presente eu trouxe mais uma carta
Ai vocês me perguntam: POXA CAROL, SÓ ISSO??? NÃO NE GALERA, mas o resto dos presentes vem com o decorrer da semana
OBRIGADA por todos os favoritos (51) e todos os comentários maravilhosos que vocês deixaram, pode parece pouco, mas significa muito para mim, por favor continuem assim <3
Bem vindo aos novos leitores, não sejam tímidos <3
Chega de enrolação e boa leitura ;)
Ps: Desculpas qualquer erro, revisei o capitulo, mas pode ser que ainda exista
Ps 2: LEIAM AS NOTAS FINAIS (sério, leiam mesmo, tem fic nova)

Capítulo 9 - Eighth letter


Ashton soltou lentamente meus ombros, ainda me encarando assustado

-O que? Como...Como assim Cal? – Ele disse aumentando o tom de voz – Você tem merda no cérebro ou o que?

-Eu...

-Você também a amava? – Ele gritou e eu me assustei, era raro Ashton perder a cabeça – E só agora descobriu isso?

-Ei, para de gritar seu idiota – disse me levantando do chão

-Se tem algum idiota aqui, esse idiota é você Hood – ele disse sem paciência – Você podia ter dito isso para ela, as coisas podiam ter sido diferentes

Mordi o lábio e abaixei a cabeça, Ashton estava certo em brigar comigo

-Eu sei que eu sou um merda, mas como as coisas poderiam ter sido diferentes? Você mesmo disse agora pouco que ela ainda teria a doença – disse me sentando na cama

-Você poderia ter dado algo bom para ela, apesar de você não ser grande coisa- Ashton disse suspirando, sentando ao meu lado

-Como assim? – Perguntei confuso

-Olha, e ainda falam que eu sou o burro dessa amizade – ele diz revirando os olhos- Você poderia ter dito isso antes dela morrer, por que aí ela iria partir com algo bom, com a certeza de que o amor que ela nutria por você era recíproco

-Ashton, você disse recíproco? Na onde você aprendeu essa palavra?

-Calum...

-Foi ela, não foi? Foi ela que te ensinou essa palavra?

Ashton suspirou mexendo no cabelo

-Olha cara, não estou jogando a culpa em cima de você – ele disse agora mais calmo – Eu também poderia ter sido mais amigo dela, e não só procura-la quando precisasse de uma ajuda nas matérias, todos nós podíamos ter feito algo mais – ele fez uma pausa e eu o encarei- Mas para você é pior, você só descobriu agora?

Acenei que sim com a cabeça

-Foram as cartas, ver tudo na visão dela, me fez perceber que eu também gostava dela – disse –Eu percebi quanta saudades eu sinto dela, antes era tão rotineiro a ver na escola ou na rua, e agora...

-Eu entendo, também sinto falta dela cara, mais do que eu achei que sentiria – ele disse desabafando

-Acho que eu reprimia esse sentimento, só queria vê-la como uma amiga ou uma vizinha próxima, não queria algo sério, se ela tivesse dito antes, e eu...- Parei a frase no meio quando vi que Ashton me encarava sério – Ok, eu poderia ter sido menos lerdo, e ter percebido isso sozinho

Ashton suspirou novamente deitando na cama

-A vida as vezes consegue ser bem merda, não é mesmo? – Ele disse fechando os olhos – Que nos garante que estaremos vivos amanhã?

-Ninguém, nada nos garante isso – disse para ele – Por isso temos que aproveita-la da melhor maneira possível, mas as vezes nos esquecemos disso

-Por isso... – ele disse saltando da cama rapidamente, ficando de pé- Temos que nos divertir para caralho, vamos viver como se hoje fosse o último dia – ele disse empolgado, estendendo os braços para cima

-Ok, vai com calma Ash – disse rindo dele – Você já ligou o aparelho de som e chamou o pessoal?

-Cara, posso não ser bom em calculo ou química, mas se tem uma coisa que eu sei fazer, essa coisa é dar uma festa

-Ta, mas pega leve, amanhã a gente tem aula – falei como se fosse algum pai

-Você ouviu o que eu acabei de dizer? Temos que viver cada dia como se fosse o último – ele falou se sentando novamente ao meu lado – A propósito, você é um ótimo amigo Hood, o melhor de todos

-Você também é o meu melhor amigo Irwin – falei dando um abraço nele

-Ok ok, já deu esse momento fofo nosso – ele falou se separando e eu ri mais uma vez – Que tal você ler mais uma carta, enquanto eu vou lá em baixo terminar de organizar mais algumas coisas? Vê se não surtar

Ele se levantou e saiu do quarto, batendo a porta de leve. Suspirei pegando outra carta da mochila, faltavam poucas para acabar e aquilo me deu um aperto no coração, eu não queria que acabasse, não queria que Violet se fosse, por que ela estava ali comigo, o tempo todo. Mas será que eu amava? As vezes eu me pegava encarando a porta de sua casa como se ela fosse sair de lá a qualquer momento, sorrindo e rindo de qualquer coisa enquanto falava em seu celular, ou ficava procurando por sua presença nos corredores do colégio, correndo por que estava atrasada para alguma aula, mas nada disso acontecia. Então eu chegava em casa e derramava algumas lagrimas.

Acho que isso respondia qualquer dúvida, eu a amava

-Eu te amo Violet – sussurrei antes de abrir a oitava carta

 

 

“Hey Calum,

Eu tenho câncer. Sim, pode parecer chocante falar assim de maneira fria, mas é que eu já me acostumei com isso. Eu sei que eu tenho câncer desde os meus 13 anos, mas ao contrário dos filmes e series, comigo foi diferente, por que os médicos conseguiram “estabilizar” o câncer (tem um termo medico certo para isso, mas na época meus mais me explicaram assim), então eu pude viver minha vida tranquilamente, algumas limitações básicas, mas nada demais, eu tinha uma vida normal.

O problema dos canceres (existe essa palavra?) “estabilizados” é que eles podem voltar a qualquer momento, e de maneira ainda mais agressiva do que foi a primeira vez, e foi isso que aconteceu comigo. Um dia estava bem e no outro eu simplesmente passei mal, achei que havia comido algo estragado, mas quando eu fui vomitar não saiu meu jantar, mas sim sangue. Muito sangue. Quando minha mãe ligou para a ambulância, eu já sabia o que estava acontecendo, era óbvio afinal, vomitar sengue não era algo normal, sem contar nas dores que eu estava sentindo nas últimas semanas e as duas vezes que eu desmaiei no vestiário feminino (só Eleanor sabe disso).

Eu estava certa. O médico disse que o câncer havia voltado e estava se espalhando aos poucos, eu não sabia o que dizer, devo ter ficado em choque por eu não derramei nenhuma lagrima, ao contrário de minha mãe que começou a chorar compulsivamente dizendo que tudo ficaria bem, mas se tudo ficaria bem por que ela estava chorando? Por que meu pai chorou na minha frente? (Meu pai nunca chora na minha frente). Por que Eleanor se jogou na minha cama e chorou durante uma hora seguida? Só após ela ir embora, que u chorei, por que aí parecia que todos estavam se despedindo de mim, sendo que eu ainda estava ali.

Aí meu Deus vamos mudar de assunto, falar de morte é algo terrível, não importa se você esteja com câncer ou não. Vamos falar como eu odeio aniversários.

Ok, não sou nenhuma revoltada, mas eu não gosto de fazer aniversario por conta dos meus pais amarem fazer aniversario. Eles têm a síndrome do ninho, que é basicamente não aceitar que seu filho esteja crescendo, então todo ano eles fazem um bolo super colorido (e infantil) e convidam os vizinhos para a festa. Meus pais dariam um jeito de comemorar, ainda mais agora, na situação em que eu me encontrará, eu tinha certeza que não passaria em branco.

Na manhã do meu decimo sétimo aniversário, mamãe e papai me acordaram com um bolinho, e em cima dele dezessete velas rosas, apaguei uma por uma fazendo dezessete pedidos diferentes (mamãe nunca deixou eu fazer isso, mas naquele ano era diferente), era a festa pela manhã. Em seguida recebi um presente de cada, de minha mãe um par de tênis que eu queria a muito tempo e de meu pai um casaco novo, eu agradeci aos dois e os abracei forte. No meio do abraço os dois começaram a chorar, eu não sabia o que fazer, então continue abraçada com eles.

Um pouco antes do almoço Eleanor apareceu, ela me abraçou forte e me desejou tudo de maravilhoso que eu poderia ter, me entregando um pacotinho que dentro havia uma pulseira da amizade, ela me mostrou uma igual já e seu pulso, percebi que ela estava se controlando para não chorar e eu agradeci por isso.

Depois aconteceu a festa da tarde, que basicamente era um almoço com todos os meus pratos preferidos, nos cantamos parabéns antes, durante e depois de comermos e aquilo me animou um pouco. Na hora da sobremesa mais parabéns para Violet, e enquanto meu pais e Eleanor conversavam sobre qualquer coisa eu os observava, e aquilo me fez pensar como a minha doença afetaria a vida de cada uma, algumas lagrimas caíram, mas não deixei nenhum deles ver, aquele podia ser meu aniversário, mas era o dia deles.

A noite foi a hora do bolo (colorido, escrito em cima “parabéns princesa Violet”). Lembra que eu contei sobre a cada aniversário meus pais chamarem os vizinhos para comemorar junto? Então, eu já me mudei 11 vezes e já tive todos os tipos de vizinhos possíveis, mas esse ano era a sua família.

Eleanor recebeu você, seus pais e sua irmã (ela meio que manda nessa casa quando está aqui), pedindo para vocês entrassem e deixassem os casacos com ela, por que ela os guardaria (excelente atriz eu diria). Sua família veio e me abraçou, me desejando um feliz aniversário, e enquanto sua mãe falava sobre eu ter juízo, percebi você rir baixo, como se soubesse que eu passaria alguma vergonha, por que sempre que nos encontrávamos isso acontecia. Quando você veio me dar parabéns, eu pude rir de verdade pela primeira vez no dia

-Você está fazendo dezessete ou sete anos? Desculpas, o bolo colorido não me ajudou a descobrir – você sussurrou

-Eu tenho que parar de passar tanta vergonha na sua frente, dessa maneira nunca ficaremos quites- eu sussurrei de volta

-Prometo trabalhar nisso – você disse sorrindo para mim

Aquela foi a conversa mais verdadeira que eu havia tido no dia inteiro. Sem olhar de pena ou sorrisos forçados. Quando você conversou comigo eu não achava que iria morrer, pelo contrário, eu me sentia ainda mais viva, eu me sentia a Violet de antes.

Sua, Violet”

 

Ela ainda não havia falado sobre a sua doença nas outras cartas, não dessa maneira pelo menos. Por um segundo eu havia me esquecido que ela havia morrido, que ela não estava mais aqui.

Devia ser uma droga receber olhares de pena, por mais inevitáveis que eles sejam. Eu queria ter descoberto antes, por que eu poderia ter tentado ajudar. Eu queria perceber que a amava antes. Queria ter dito isso para ela. Queria que ela estivesse aqui. Queria poder mudar as coisas.


Notas Finais


BOM GALERINHA, estamos entrando na reta final já <//////3
Ashton é o melhor bff da vida, ele xinga, da esporro, mas no final abraça <3 <3 <3 <3
Por favor comentem o que acharam, eu levo muito opinião de vocês a serio por que ai eu sei se eu estou acertando ou não
-Queria me sentir mais próximas de vocês, então comentem de quais fandons vocês fazem parte <3
-Qualquer coisa falem comigo pelo Twitter (vamos conversar amiguinhos :3) : https://twitter.com/wh0horan_
Os links das minhas outras fics:
*Before (spin off de into you): https://spiritfanfics.com/historia/before-7789455
* Into you (Luke) : https://spiritfanfics.com/historia/into-you-6168780
* Dear Brother (Luke) : https://spiritfanfics.com/historia/dear-brother-3850895
* Incredible places ( com Shawn Mendes): https://spiritfanfics.com/historia/incredible-places-7034718
Beijos até a próxima <3


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